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Economistas esperam que no próximo trimestre (abril, maio e junho) a economia brasileira sinta os efeitos das graves enchentes no Rio Grande do Sul.
O índicegreenbets.io0,8% confirma as previsõesgreenbets.iolenta retomada da economia brasileira — e o colocagreenbets.iolinha com diversas economias internacionais.
Em comparação com os demais países do G20 (as 20 maiores economias do planeta), o Brasil teve crescimento superior ao dos países europeus e dos Estados Unidos, mas segue atrásgreenbets.ioemergentes como Turquia, China e Índia.
A economia mundial está vivendo um momentogreenbets.iocrescimentos desiguais, segundo analistas e entidades internacionais — com alguns países se recuperando mais rapidamente do que outros dos choques econômicos desta década.
Depois dos anos da pandemiagreenbets.iocovid e o choque inflacionário que se seguiu a ela (dois fenômenos que foram sentidosgreenbets.iopraticamente todos os lugares do planeta), os países estão agoragreenbets.iodiferentes momentos dagreenbets.iotrajetóriagreenbets.iorecuperação.
Os números indicam que o Brasil ainda vive um momentogreenbets.iorecuperação — mas com previsõesgreenbets.iocrescimento mais modestas do que as realizadas nos últimos anos.
Em 2020, o PIB brasileiro contraiu 3,3%, e nos anos seguintes houve recuperaçãogreenbets.iotodos os anos: 5% (2021), 3% (2022) e 2,9% (2023).
Para este ano e para 2025, o governo, o mercado e entidades internacionais projetam uma taxa anualgreenbets.iocrescimentogreenbets.iotornogreenbets.io2%.
“Impulsionadas pelo crescimento robusto do emprego, pelos aumentos do salário mínimo e pela diminuição da inflação, espera-se que o consumo das famílias seja o principal motor do crescimento, especialmentegreenbets.io2024”, afirmagreenbets.ioum relatório recente a OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) sobre suas expectativasgreenbets.iorelação ao Brasil.
Crescimento desigual: os líderes
Os três países que registraram as taxasgreenbets.iocrescimento mais robustas este ano foram a Turquia, a China e a Índia até agora.
A economia turca cresceu 1,6% no primeiro trimestre deste ano. Mas a Turquia está ainda no meio do seu ciclogreenbets.ioaumentogreenbets.iojuros, já que o país enfrenta uma das maiores taxasgreenbets.ioinflação do mundo –greenbets.io75% por ano.
Uma das surpresas desse ano, segundo o FMI, tem sido a economia da China. Na semana passada, o Fundo revisou a previsãogreenbets.iocrescimentogreenbets.io2024 para 5% — 0,4% a mais do que o projetado anteriormente.
O país vinha sofrendo desaceleração devido a uma crise no mercado imobiliário doméstico. Recentes medidas do governo contra essa crise ajudaram a reverter as expectativas dos economistas.
Outra economia com crescimento robusto é a Índia — uma tendência que já dura décadas. Com exceção dos anos da pandemia, a economia indiana registra crescimentos anuais acimagreenbets.io5% há 14 anos.
O governo da Índia divulgou apenas dados anualizados (e nãogreenbets.iocomparação ao trimestre anterior) deste primeiro trimestregreenbets.io2024 que indicam um crescimentogreenbets.io7,8% nos últimos 12 meses. Economistas dizem que o resultado surpreendeu positivamente e as perspectivas para o país são boas.
Analistas preveem que o crescimento econômico vai se sustentar ao longo do ano e que o primeiro-ministro, Narendra Modi, — favorito para vencer as eleições que estão tendo seus votos contados nesta semana — terá US$ 25 bilhõesgreenbets.iosuperávits para gastargreenbets.ioinvestimentos governamentais.
Crescimento desigual: os demais
Uma das decepções neste primeiro trimestre do ano foi a economia dos Estados Unidos — que é considerada central para recuperação global.
O crescimento econômico veio abaixo do esperado — com taxa anualizadagreenbets.io1,6%, contra expectativasgreenbets.io2,4%greenbets.ioeconomistas e 4,9% no trimestre anterior.
E a inflação não está caindo no ritmo esperado, o que pode prolongar o períodogreenbets.iojuros mais altos na economia americana (leia mais sobre os EUA mais abaixo nesta reportagem).
A economia com pior desempenho entre os países do G20 é a do Japão. O país enfrentou recessão técnica no final do ano passado (dois trimestres consecutivosgreenbets.iocrescimento negativo) e perdeu o postogreenbets.ioterceira maior economia do mundo para a Alemanha (os primeiros lugares são ocupados por EUA e China, respectivamente).
O baixo gasto dos consumidores tem impedido a economia japonesagreenbets.iocrescer. A desvalorização da moeda nacional também teve um papel importante na queda do Japãogreenbets.iorelação à Alemanha.
Outro país com perspectivasgreenbets.iobaixo crescimento é a Argentina, que ainda não divulgou os dados referentes ao primeiro trimestre deste ano. O país vem passando por um choquegreenbets.iomedidas econômicas promovidas pelo novo presidente, Javier Milei, que promete cortar gastos para segurar a inflação, que é recorde no G20.
A inflação mensal argentina caiu para baixogreenbets.io9% no mês passado — após ter atingido 25%greenbets.iodezembro. A OCDE prevê contraçãogreenbets.io3,3% da economia argentina este ano, seguida por crescimentogreenbets.io2,7% no ano que vem.
Na Europa, as principais economias — Alemanha, Reino Unido e França — registraram crescimentogreenbets.iomenosgreenbets.io1% este trimestre.
No Reino Unido, a principal notícia foi a queda da inflação, o que sinaliza que os juros também podem cair, dando início a uma recuperação mais forte. A inflação anualizadagreenbets.ioabril foigreenbets.io2,4% — depoisgreenbets.ioter atingido 11%greenbets.iooutubrogreenbets.io2022.
A economia é um dos pontos centrais da eleição britânica, que está marcada para 4greenbets.iojulho.
Já a economia alemã passou por uma revisão drásticagreenbets.ioexpectativas no começo do ano — com o governo rebaixandogreenbets.ioprevisãogreenbets.iocrescimentogreenbets.io2024greenbets.io1,9% para 0,3%. O ministro da Economia, Robert Hadeck, disse que a economia alemã está atravessando "águas turbulentas" e que a recuperação está sendo bem mais lenta do que o antecipado.
A Europa segue com a inflaçãogreenbets.iolento declínio, e com crescimento econômico modesto. Analistas esperam que o Banco Central Europeu vá promover na quinta-feira (6/6) o primeiro corte na taxagreenbets.iojuros da zona do euro desde 2019.
Quatro países ainda não divulgaram seus PIBs do primeiro trimestregreenbets.io2024: África do Sul, Austrália, Argentina e Rússia.
'Otimismo cauteloso' no mundo
Em um relatóriogreenbets.iomaio, a OCDE diz que a economia global está vivendo um momentogreenbets.io“otimismo cauteloso”.
“Acreditamos que o cenário macroeconômico vai seguir desalinhado [entre os países], com a inflação e as taxasgreenbets.iojuros caindogreenbets.ioritmos diferentes.”
A economia global ainda segue tentando se recuperar dos efeitos da pandemiagreenbets.iocovid que abalou todas as estruturas econômicas no começo desta década.
Entre 2020 e 2022, diversos governos do mundo — entre eles o do Brasil — investiram recursos públicos para a criaçãogreenbets.ioprogramas e benefíciosgreenbets.iosuporte à economiagreenbets.ioum momentogreenbets.ioque muitas empresas precisaram fechar suas portas por causa da doença.
Nos anos seguintes, houve dois problemas imediatos enfrentados pelos governantes. Primeiro o aumento da dívida pública dos países, por conta dos gastos realizados durante a pandemia.
Segundo, houve uma crise nas cadeias globaisgreenbets.ioprodução. A pandemia provocou interrupções nas cadeiasgreenbets.iodiversos produtos — causando atrasos e encarecimento na produçãogreenbets.iobens.
Esses dois elementos resultaramgreenbets.iouma disparada da inflaçãogreenbets.iodiversos países do mundo. A situação foi pontualmente agravadagreenbets.iofevereirogreenbets.io2022 com a eclosão da guerra na Ucrânia, que causou um choquegreenbets.iopreçosgreenbets.iocommodities e energia.
Nos Estados Unidos e na Europa, a inflação atingiu patamares inéditosgreenbets.iomaisgreenbets.io40 anos.
A respostagreenbets.ioquase todas as autoridades monetárias no mundo foi aumentar as taxas básicasgreenbets.iojuros das suas economias para conter a inflação. O temor dos governos e bancos centrais é que uma inflaçãogreenbets.ioalta acabaria provocando crises econômicas mais agudas, já que o podergreenbets.iocompra das pessoas cairia— e todos ficariam relativamente mais pobres.
O aumento das taxasgreenbets.iojuros encarece o custo do dinheiro nas economias e serve para segurar os aumentos generalizadosgreenbets.iopreços. Diversas autoridades monetárias promoveram aumentos radicais nas suas taxasgreenbets.iojurosgreenbets.ioum curto períodogreenbets.iotempo. No Brasil, o Comitêgreenbets.ioPolítica Monetária do Banco Central subiu os jurosgreenbets.io4,25%greenbets.iojulhogreenbets.io2021 para 13,75%greenbets.ioagostogreenbets.io2022.
A esperança era que um “choquegreenbets.iojuros” seguraria a inflação.
No entanto, a medida que serve para salvar a economia também tem potencial para provocar outros prejuízos. Se os juros ficamgreenbets.ioum patamar elevado por muito tempo, há o riscogreenbets.ioeles frearem o crescimento econômico — ou até mesmogreenbets.ioprovocarem recessões.
Autoridades monetárias precisam sempre calcular os momentos certos para subir e depois baixar os juros.
Economistas indicam que — depoisgreenbets.ioanos sofrendo com esses desajustes citados acima provocados pela pandemia — a economia global vivegreenbets.io2024 um momento delicado,greenbets.ioque a inflação parece estar caindogreenbets.ioalguns países — mas não foi completamente derrotada ainda.
Ou seja, o mundo poderia estar muito pertogreenbets.iouma recuperação econômica, com possibilidadegreenbets.ioestabilidade e crescimento.
Mas a economia global ainda não chegou lá.
Uma questão central para o mundo: EUA
Este ano, o debate sobre taxasgreenbets.iojuros no mundo estágreenbets.ioum momentogreenbets.ioindefinição. O anogreenbets.io2024 começou com pesquisas mostrando um certo otimismo nos mercados — tanto no Brasil comogreenbets.iooutros países.
Nos EUA — país que é central na economia global pela força e dinamismogreenbets.ioseu capitalismo e pelo papel central que o dólar ocupa nas transações internacionais — o mercado saiugreenbets.iouma situaçãogreenbets.iopessimismo para umagreenbets.iootimismo quase exagerado, com recordes nas bolsasgreenbets.iovalores.
Até o ano passado, muitos previam que, antes que houvesse uma recuperação plena, a economia americana entrariagreenbets.iorecessão. Mas no começo deste ano, o humor mudou nos EUA, e a maioria dos analistas já descartava a recessão, antecipando o fim da inflação e a queda dos juros.
Até o momento, nenhum dos dois cenários — o otimista ou o pessimista — parece ter se consolidado. Economistas já não veem uma recessão americana no horizonte. Mas a queda dos juros e a recuperação plena parecem ter ficado para o ano que vem.
Os rumos da economia americana são importantes, porque a taxagreenbets.iojuros do país pode ter influência direta nos juros e na cotação das moedasgreenbets.iooutros países.
Quando os juros sobem nos EUA, muitos investidores internacionais tendem a realocar seus recursosgreenbets.iooutros países para títulos do governo americano — enfraquecendo moedas estrangeiras e provocando desequilíbrios.
O problema maior da economia dos EUA neste ano é semelhante ao do Brasil: a inflação não está caindo no ritmo desejado, mesmo depoisgreenbets.iotanto tempo com juros mais altos. Por isso, os juros estão ainda sendo mantidosgreenbets.iopatamares altos — eles subiramgreenbets.io0,25%greenbets.iomarçogreenbets.io2022 para 5,5%greenbets.iojulho do ano passado e ainda não caíram.
No Brasil, também houve uma reversãogreenbets.ioexpectativas nas últimas semanasgreenbets.iorelação a inflação e juros, com maior pessimismo.
No começo do ano, o Boletim Focus do Banco Central — que reúne projeções dos principais agentes financeiros do Brasil — indicava que o mercado acreditava que o Brasil terminaria o ano com juro básicogreenbets.io9%. Hoje essa estimativa subiu para 10,25%.
A OCDE alerta para os perigos que ainda existem na recuperação global.
“Apesargreenbets.iouma perspectivagreenbets.iorisco mais equilibrada, ainda há preocupações substanciais. As elevadas tensões geopolíticas, especialmente no Oriente Médio, poderão perturbar os mercadosgreenbets.ioenergia e financeiros, provocando um aumento da inflação e uma diminuição do crescimento.”
“As expectativasgreenbets.ioque a inflação continuará caindogreenbets.ioforma constante também podem se provar equivocadas.”