Jornalista relembra experiência traumática presosudeste esporteoutra embarcação no local do naufrágio do Titanic:sudeste esporte
O Titanic afundousudeste esporte15sudeste esporteabrilsudeste esporte1912, após colidir com um iceberg. Antessudeste esporteafundar, o transatlântico britânico se dividiusudeste esporteduas partes.
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"Ao nos aproximarmos da áreasudeste esportepopa — passando por cima do que é chamadosudeste esportecamposudeste esportedetritos —, fomos apanhados... por uma corrente subaquática muito rápida. E acabamos ficando presos na hélice", diz Guillen, descrevendo-a como "enorme".
"Do nada, houve uma batida. Nós simplesmente sentimos essa colisão e,sudeste esporterepente, vieram os detritos... pedaços enormes, pedaços enferrujados do Titanic começaram a cair sobre nós."
'Eu me despedi na minha mente'
Guillen, que é físico e agora um autor best-seller, diz que "ficou bem claro para nós, quase imediatamente, que estávamos presos".
Segundo ele, o piloto, que costumava pilotar caças russos Mig, começou a manobrar o submarino para tentar escapar da hélice.
"É como se o seu carro ficasse atolado na lama: você tenta ir para frente, para trás, para frente, para trás. Simplesmente para tentar sair dali."
"Todos nós ficamossudeste esportesilêncio. Não queríamos perturbar ou distrair Viktor. Sabíamos que estávamossudeste esporteuma crise. Então só ficamos calados."
O submarino finalmente conseguiu se desvencilhar da hélice "por conta da habilidade do Viktor", afirma Guillen.
"Tivemos sorte. Foi quase uma horasudeste esporteque ficamos presos. E eu já havia praticamente me despedido na minha mente."
"Nunca vou esquecer esse pensamento que me veio à cabeça: é assim que vai acabar para você."
"Mas no final, sentimos que algo havia mudado... havia uma sensaçãosudeste esporteque estávamos flutuando."
O jornalista lembra que tudo isso aconteceu na escuridão total, uma vez que o piloto apagou os holofotes do submersível.
"Não queríamos dizer nada. Fiquei pensando: 'Meu Deus, será possível que escapamos?'"
"Então me virei para Viktor e perguntei: 'OK?' Só isso."
"O inglês dele era ruim. E nunca vou esquecer [como] ele respondeu, murmurando com sotaque russo: 'Tudo bem'."
"Respirei aliviado."
'Estava pronto para enfrentar qualquer um que entrassesudeste esportepânico'
Guillen conta que eles levaram cercasudeste esporteduas horas e meia para voltar à superfície, e as pessoas a bordo do naviosudeste esportelançamento estavam cientessudeste esporteque houve uma situaçãosudeste esporte"crise".
Segundo ele, no ano 2000, havia apenas dois países que tinham submarinos capazessudeste esportesuportar a enorme pressão da água — França e Rússia.
O jornalista comparou o submarino russo Mirsudeste esporte7,8 metrossudeste esportecomprimento (26 pés)sudeste esporteque estava com o submersível Titan, que desapareceu no último domingo (18/06) no Oceano Atlântico com cinco pessoas a bordo.
Os cinco passageiros morreram durante o mergulho, segundo informação divulgada na quinta-feira (22/06) pela OceanGate, responsável pelo veículo, e pela Guarda Costeira dos EUA.
"Nosso submersível não era nada parecido com este submersível luxuoso. Eu vi fotos do interior do Titan — parece uma mansão."
Dentro do compartimento apertado, havia "dois bancossudeste esportecada lado — para mim e para meu companheirosudeste esportemergulho, e o piloto ficava no meio".
"Tenho medosudeste esporteágua. Já era difícil para eu fazer aquilo", admite Guillen. Mas ele afirma que simplesmente não podia recusar a oportunidadesudeste esportefazer uma reportagem do local do naufrágio do Titanic.
Antes do mergulho, a tripulação foi instruída sobre o que esperar no submersível.
"Eles contaram uma história verídica que aconteceu quando outro cara se viusudeste esporteuma crise no submersível", diz o jornalista americano.
"O primeiro impulso dele foi ir até a escotilha. Porque seu primeiro instinto quando está preso lá embaixo é: você se levanta para chegar à escotilha, que está bem acima... pensando que vai escapar dessa forma."
"Este cara fez issosudeste esportepânico e, claro, foi uma catástrofe, porque no momento que ele faz isso, basta uma rachadura; a água entra — está sob uma pressão muito forte: é como uma lâminasudeste esportebarbear — corta você ao meio."
"Fiquei muito preocupado que alguém pudesse fazer isso no submersível. Então, imediatamente fiquei vigilante", lembra ele, acrescentando que não estavasudeste esportepânico — mas estava "pronto para enfrentar qualquer outra pessoa no submarino que pudesse entrarsudeste esportepânico".
"Isso ajudou a me distrair da crisesudeste esporteque estávamos — meio que me deu um propósito, uma razão para não pensarsudeste esportemais nada", diz ele.
"E depois — sendo um cientista — logo comecei a fazer um inventário na minha cabeça: quanto nosso oxigênio vai durar, o que poderíamos fazer."
"Pensei comigo mesmo como poderíamos sair daquela situação, e cheguei num pontosudeste esporteque realmente tive que admitir o simples fatosudeste esporteque não havia saída", diz ele, descrevendo as condições como "muito hostis".
"Foi quando aquela voz veio à minha cabeça — é assim que vai acabar para você. E senti quase uma paz sobrenatural."
Quando questionado sobre o desaparecimento do submersível Titan, Guillen não consegue conter a emoção.
"Meu coração está despedaçado por causa dessas cinco pobres almas lá embaixo", diz ele,sudeste esportemeio a muitas lágrimas.
"Sei exatamente o que eles estão enfrentando. Simplesmente não há palavras para isso."
"Sei o que eles estão passando. Estou rezando muito", finalizou a entrevista fortemente emocionado.