Humanos têm 'salto'ok betsenvelhecimento aos 44 e 60 anos, sugere estudo:ok bets

mulherok betsmeia idade com pele clara, franja e mão no queixo

Crédito, Getty Images

"Não estamos apenas mudando gradualmente ao longo do tempo; há mudanças realmente dramáticas", disse Michael Snyder, PhD, professorok betsgenética e autor sênior do estudo,ok betsuma publicação da Universidade Stanford.

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Os autores afirmam que essas grandes mudanças provavelmente impactam nossa saúde — o númerook betsmoléculas relacionadas a doenças cardiovasculares mostrou mudanças significativasok betsambos os períodos, e aquelas relacionadas à função imunológica mudaramok betspessoas no início dos 60 anos.

Os pesquisadores monitoraram mudanças relacionadas à idadeok betsmaisok bets135.000 moléculas e microrganismos diferentes, totalizando quase 250 bilhõesok betspontosok betsdados distintos.

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Os dados foram obtidos por coletasok betssangue e outras amostras biológicas dos participantes a cada poucos meses, para viabilizar a análiseok betsdiferentesok betsmoléculas, incluindo RNA, proteínas e metabólitos, assim como mudanças nos microbiomas dos participantes.

"Eles descobriram que milharesok betsmoléculas e microrganismos passam por mudanças emok betsabundância, aumentando ou diminuindo — cercaok bets81%ok betstodas as moléculas estudadas mostraram flutuações não linearesok betsquantidade, o que significa que mudaram maisok betscertas idades do queok betsoutras", diz a publicação no site da universidade.

"Quando buscaram por agrupamentosok betsmoléculas com as maiores mudançasok betsquantidade, perceberam que essas transformações ocorreram principalmenteok betsdois períodos: na metade dos 40 anos e no início dos 60 anos."

Suemoto, professora da USP, destaca, entre os pontos positivos, que a análise utilizou métodos modernos e avançados, capazesok betsrealizar a leituraok betsbilhõesok betsdados.

Mas os resultados, embora ofereçam pistas interessantes sobre o envelhecimento humano, não podem ser considerados absolutos.

"A revista na qual o estudo foi publicado é bastante conceituada, o que indica que o conteúdo passou por uma revisão importante. Mas há limitações", explica Suemoto.

A professora cita o número pequenook betsparticipantes (108 pessoas) até 75 anos (embora o envelhecimento continue após essa idade), eok betslocalização restrita, apenas indivíduos que residiam no estado da Califórnia, nos EUA, como alguma delas.

"Idealmente esse número seria muito maior, e com populações diversas, incluindo outros países. Entendo também que isso tornaria o estudo muito mais caro e demorado."

Outro ponto, analisa Suemoto, é o tempook betsacompanhamento dos participantes.

"Os pesquisadores analisaram dadosok betspessoasok betsdiferentes idades - entre 25 e 75 anos - durante um período médiook bets1,7 anos [o período máximo que uma pessoa foi acompanhada éok bets6,8 anos]. Idealmente, todos os participantes teriam a mesma idade, e seriam acompanhados até os 80 anos ou mais."

homem com cabelos brancos sentado com mãos sobre uma mesa

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Riscosok betsdoenças como Alzheimer e doenças cardiovasculares aumentam acentuadamente na velhice

As pistas que o estudo oferece

Snyder, professorok betsgenética na Stanford, e seus colegas foram inspirados a investigar a taxaok betsmudanças moleculares e microbianas pela observaçãook betsque o riscook betsdesenvolver muitas doenças associadas à idade não aumentaok betsforma incremental com os anos.

"Por exemplo, os riscosok betsdoenças como Alzheimer e doenças cardiovasculares aumentam acentuadamente na velhice,ok betscomparação com um aumento gradual do risco para aqueles com menosok bets60 anos", diz o texto no site da universidade.

Já o grande agrupamentook betsmudanças na metade dos 40 anos surpreendeu os cientistas.

A princípio, eles assumiram que a menopausa ou a perimenopausa estava impulsionando grandes mudanças nas mulheres do estudo, distorcendo o grupo inteiro. Mas quando separaram o grupook betsestudo por sexo, descobriram que a mudança também estava ocorrendo nos homens na metade dos 40 anos.

"Isso sugere que, enquanto a menopausa ou perimenopausa pode contribuir para as mudanças observadas nas mulheres na metade dos 40 anos, provavelmente há outros fatores, mais significativos, influenciando essas mudanças tantook betshomens quantook betsmulheres. Identificar e estudar esses fatores deve ser uma prioridade para futuras pesquisas", disse Xiaotao Shen, um dos autores do estudo, ao site da Stanford.

Em pessoas na faixa dos 40 anos, foram observadas mudanças significativas no númerook betsmoléculas relacionadas ao metabolismook betsálcool, cafeína e lipídios, bem como alterações associadas a doenças cardiovasculares, pele e músculos.

Para os com 60 anos, as mudanças moleculares estavam mais relacionadas ao metabolismook betscarboidratos e cafeína, função renal, regulação imunológica, doenças cardiovasculares, assim como pele e músculos.

À Stanford, Snyder sugere que algumas dessas mudanças podem estar ligadas a fatores comportamentais ouok betsestilook betsvida específicos desses grupos etários, e não apenas a fatores biológicos.

Por exemplo, a disfunção no metabolismo do álcool pode ser consequênciaok betsum aumento no consumook betsálcool por pessoas na casa dos 40 anos, uma fase frequentemente marcada por maior estresse.

A equipe pretende investigar mais a fundo os fatores que impulsionam essas mudanças.

"É importante replicar esses resultadosok betsamostras maiores eok betsdiferentes localidades, mas saber que existem momentosok betsmaior vulnerabilidade pode ajudar na orientaçãook betspráticasok betsvida mais saudáveis, especialmenteok betstorno dessas idades críticas. Mesmo que estilook betsvida saudável seja importanteok betstodas as fases da vida, talvez seja ainda mais crucial nesses momentos", avalia a professoraok betsgeriatria Claudia Kimie Suemoto.