Crise dos Mísseisbonus gratis slotCuba: o evento que quase levou à guerra nuclear entre EUA e URSS:bonus gratis slot
O perigobonus gratis slotuma guerra atômica entre as maiores potências da época parece iminente e chegou a horabonus gratis slotfalar abertamente ao mundo.
"Qualquer míssil lançadobonus gratis slotCuba contra qualquer nação do Hemisfério Ocidental será considerado um ataque da União Soviética contra os Estados Unidos, exigindo uma resposta retaliatória total contra a União Soviética", advertiu Kennedy.
Americanos, cubanos e soviéticos se prepararam para um confronto que por vários dias se acreditou inevitável.
O terror tomou conta dos cidadãos. Os supermercados estavam lotados e as prateleiras, esvaziadas pela compra às pressas, tomada pelo pânico. Aqueles que podiam pagar construíram abrigos e os estocaram com os suprimentos que acreditavam serem necessários para sobreviver a um impacto atômico.
Nunca tantos milhõesbonus gratis slotpessoas estiveram tão pertobonus gratis slotuma aniquilação massiva e instantânea devido às rivalidades entre Washington e Moscou. Entre o capitalismo e o comunismo.
A crisebonus gratis slotoutubrobonus gratis slot1962, também conhecida como Crise dos Mísseisbonus gratis slotCuba, foi o momento mais tenso da Guerra Fria.
Sessenta anos após este acontecimento, a BBC revê como foram os diasbonus gratis slotterrorbonus gratis slotque o planeta esteve perto da Terceira Guerra Mundial num conflito nuclear sem precedentes.
A antessala da crise
Após a Segunda Guerra Mundial, os Estados Unidos e a URSS, aliados vitoriosos contra o fascismo, mergulharambonus gratis slotuma competição geopolítica pelo domínio global.
A rivalidade também levou a uma corrida armamentista atômica na qual os EUA estavambonus gratis slotvantagem. Em 1962, os EUA já haviam instalado na Turquia uma sériebonus gratis slotmísseis balísticos com ogivas nucleares com capacidadebonus gratis slotatingir o território soviéticobonus gratis slotpoucos minutosbonus gratis slotcasobonus gratis slotconfronto.
Vários países estiverambonus gratis slotalguma forma envolvidos na luta entre Washington e Moscou. Cuba foi um deles.
Após o triunfo da revoluçãobonus gratis slotFidel Castrobonus gratis slot1959, a ilha se aproximou da URSS e passou a ser percebida pelos Estados Unidos como uma ameaça ideológica bem debaixo do seu nariz influenciada por seu maior rival.
As relações entre Havana e Washington se deteriorarambonus gratis slotritmo frenético. No início da décadabonus gratis slot1960, o governobonus gratis slotFidel realizou uma ondabonus gratis slotnacionalizações na indústria que prejudicou grandes empresas americanas.
Os Estados Unidos, sob o governobonus gratis slotDwight Eisenhower, responderam buscando derrubar o regime socialista, especialmente com um forte embargo econômico e o financiamentobonus gratis slotgrupos armados contrarrevolucionários.
Em 1961, após o fracasso da invasão da Baía dos Porcos,bonus gratis slotCuba, por um exércitobonus gratis slotcubanos exilados treinados pela CIA, os EUA redobraram os esforços contra a revolução cubana.
"A Operação Mongoose foi criada nos EUA com a intençãobonus gratis slotcausar uma insurreição que colocaria Cuba à beira do desastre, mas ficou claro que as chancesbonus gratis slotum movimento interno desmoronar a revolução eram praticamente nulas", explica Oscar Zanetti, pesquisador da Academiabonus gratis slotHistóriabonus gratis slotCuba, à BBC Mundo (serviço da BBCbonus gratis slotespanhol).
"Assim,bonus gratis slotmarçobonus gratis slot1962, foi imposta a opçãobonus gratis slotintervenção direta dos Estados Unidos com o usobonus gratis slottodos os meios militares necessários", acrescenta Zanetti.
A pequena Cuba precisava se defender da ameaça do país mais poderoso do mundo, e a URSS, então sob a liderançabonus gratis slotNikita Khrushchev, estava disposta a apoiá-la.
"Proteger Cuba tornou-se uma questãobonus gratis slotsegurança nacional para a URSS. Se Cuba fosse invadida e a URSS não fizesse nada, os soviéticos seriam vistos como aliados não confiáveis do Terceiro Mundo ", disse Philip Brenner, especialista nas relações Cuba-EUA, à BBC Mundo.
Assim, durante o verãobonus gratis slot1962, Moscou e Havana começaram a instalar secretamente dezenasbonus gratis slotplataformasbonus gratis slotlançamentobonus gratis slotmísseis trazidos da URSS.
O "segredo" durou até 14bonus gratis slotoutubro. Naquele dia, um aviãobonus gratis slotreconhecimento dos EUA sobrevoando Cuba notou uma paisagem diferente do habitual.
Montadas entre as palmeiras estavam plataformasbonus gratis slotlançamentobonus gratis slotmísseis capazesbonus gratis slotatingir Washington e outras cidades americanas e causar morte e destruição semelhantes ou piores do que Hiroshima e Nagasakibonus gratis slot1945.
A crisebonus gratis slotoutubro tinha acabadobonus gratis slotestourar.
14-22bonus gratis slotoutubro: O mundo às portasbonus gratis slotum conflito nuclear
Certamente, aquele 14bonus gratis slotoutubrobonus gratis slot1962 foi um domingo tranquilo para a maioria dos americanos, mas não para o piloto Richard Heyser.
Este homem estava pilotando o avião espião U-2 sobre Cuba nas primeiras horas daquela manhã. Sua missão era verificar as suspeitas e informações que os EUA tinham sobre a presençabonus gratis slotarmas soviéticas na ilha.
Seis minutosbonus gratis slotvoo foram suficientes para tirar as primeiras 928 fotos que comprovavam a manutenção do armamento.
No dia seguinte, o Centrobonus gratis slotInterpretação Fotográfica Nacional da CIA começou rapidamente a análise das imagens, identificando os componentesbonus gratis slotmísseis balísticosbonus gratis slotmédio alcancebonus gratis slotum campobonus gratis slotSan Cristóbal, na provínciabonus gratis slotPinar del Río, no oeste da ilha.
Mais voosbonus gratis slotreconhecimento confirmaram outros locaisbonus gratis slotmontagem.
Quando soube dissobonus gratis slotem 16bonus gratis slotoutubro, a primeira coisa que Kennedy fez foi convocar um seleto grupobonus gratis slotassessores, conhecido como Comitê Executivo do Conselhobonus gratis slotSegurança Nacional (Excomm, na siglabonus gratis slotinglês), para decidir sobre uma resposta estratégica.
"Seu secretáriobonus gratis slotDefesa, Robert McNamara, apresentou-lhe três opções: a políticabonus gratis slot'aproximar-sebonus gratis slotCastro e Khrushchev', um bloqueio navalbonus gratis slotnavios soviéticos que transportam armas para Cuba e uma 'ação militar dirigida contra Cuba'", diz Peter Kornbluh, diretor do Projetobonus gratis slotDocumentaçãobonus gratis slotCuba do Arquivobonus gratis slotSegurança Nacional dos EUA.
O presidente decide seguir com a segunda opção para ganhar tempo e negociar uma solução com Khrushchev e uma "aproximação clandestina" com Fidel.
Se tivesse escolhido atacar Cuba, especialistas dizem que o conflito nuclear teria sido desencadeado.
Durante uma semana o mundo viveu praticamente inconsciente do perigo e das negociações entre Washington-Havana-Moscou, das quais dependiam milhõesbonus gratis slotvidas.
22bonus gratis slotoutubro: Kennedy faz pronunciamento público
O presidente norte-americano se senta na frente das câmerasbonus gratis slot22bonus gratis slotoutubro e parece pronto para responder com força a qualquer ataque, mas vários analistas dizem que por trás dessa fachada está um homem flexível cujo objetivo é impedir o apocalipse nuclear.
Ele fala com determinação e coragem, mas também com cautela. Uma palavra mal escolhida pode ser mal interpretada, levar a um acidente e causar uma catástrofe.
Por isso, quando anuncia que interceptará qualquer carregamento adicionalbonus gratis slotarmas da URSS para Cuba, ele se refere à operação como uma "quarentena estrita"bonus gratis slotvezbonus gratis slotum "bloqueio" — que seria realizado com um cinturãobonus gratis slotnavios ao redorbonus gratis slotCuba.
"Mesmo que fosse um bloqueiobonus gratis slotfato, Kennedy usa a palavra quarentena porque um bloqueio é considerado um atobonus gratis slotguerra", explica Brenner.
Kennedy também torna públicas suas ordens para continuar e aumentar a vigilância sobre Cuba, considerar um ataque a qualquer nação do Hemisfério Ocidental como um ataque contra os Estados Unidos, reforçar a base navalbonus gratis slotGuantánamo e convocar uma reuniãobonus gratis slotemergência do Conselhobonus gratis slotSegurança das Nações Unidas.
Finalmente, o presidente também exorta seu colega Khrushchev a "parar e eliminar essa ameaça clandestina, imprudente e provocativa à paz mundial".
No mesmo diabonus gratis slotseu discurso, Kennedy enviou uma carta a Khrushchev afirmando que os EUA não permitiriam que mais armas fossem enviadas a Cuba e conclamou os soviéticos a desmantelar basesbonus gratis slotmísseis já concluídas oubonus gratis slotconstrução e retirar armas enviadas ao território cubano.
Os dias seguintes foram os mais sombrios da crise.
23-26bonus gratis slotoutubro: O mundo se prepara para o conflito
Em 24bonus gratis slotoutubro, o bloqueio naval foi instalado para impedir a chegadabonus gratis slotvários navios soviéticos que estavam a caminho. No mesmo dia, Khrushchev respondeu a Kennedy que o "bloqueio" era um "atobonus gratis slotagressão" e que ordenaria que os navios não parassem.
Durante os dias 24 e 25bonus gratis slotoutubro, no entanto, alguns navios foram retirados da linhabonus gratis slotquarentena. Outros foram detidos pelas forças navais dos EUA, mas não continham armas e foram autorizados a prosseguir.
Enquanto isso, mais voosbonus gratis slotreconhecimento dos EUA perceberam que as basesbonus gratis slotmísseis soviéticasbonus gratis slotCuba estavam pertobonus gratis slotsua fase operacional. Sebonus gratis slot14bonus gratis slotoutubro não havia míssil pronto, nos 12 dias seguintes ocorreu uma rápida habilitação.
"Até 28bonus gratis slotoutubro, havia 12 mísseis operacionais, com planosbonus gratis slotinstalar cercabonus gratis slot30 mísseisbonus gratis slotmédio alcance e outros 30bonus gratis slotmédio alcance", diz Brenner.
Naqueles dias, Fidel alertou os cubanos sobre o riscobonus gratis slotinvasão e cercabonus gratis slot300 mil homens armados foram mobilizados.
Pela primeira vez embonus gratis slothistória, os Estados Unidos declararam DEFCON (Condiçãobonus gratis slotDefesa) nível 2, o maior alerta antesbonus gratis slotum confronto nuclear.
Em 26bonus gratis slotoutubro, Kennedy disse a seus assessores que apenas um ataque dos EUA a Cuba teria chancebonus gratis slotdesmantelar os mísseis, mas insistiubonus gratis slotdar mais tempo à via diplomática.
A crise parecia estagnada quando naquela mesma tarde surgiu uma informação importante.
O correspondente da rede americana ABC, John Scali, informou à Casa Branca que um agente soviético lhe havia passado a possibilidadebonus gratis slotque os soviéticos removessem os mísseis da ilha caribenha se os Estados Unidos prometessem não invadir Cuba.
Enquanto a Casa Branca avaliava a validade desse vazamento, Khrushchev enviou uma carta emocionada a Kennedy. Ele estava conversando com ele sobre a tragédia que seria um holocausto nuclear e propôs uma solução semelhante à que Scali havia vazado.
27bonus gratis slotoutubro: O sábado negro
A mensagembonus gratis slotKhrushchev chega na noitebonus gratis slotsexta-feira, 26bonus gratis slotoutubro,bonus gratis slotWashington, bem depois da meia-noitebonus gratis slotMoscou.
As autoridades americanas estão exaustas. Eles passaram noites dormindobonus gratis slotseus escritórios. Agora estão convencidosbonus gratis slotque as palavras do presidente soviético são autênticas e que a resolução está à vista.
Mas as esperanças duram pouco.
Quando o Excomm se reúne no sábadobonus gratis slotmanhã, eles recebem a notíciabonus gratis slotque Khrushchev estabeleceu um novo conjuntobonus gratis slotcondições. Agora ele também pede a retirada dos mísseis Júpiter que os Estados Unidos mantêm na Turquia.
"Parecia um acordo recíproco, mas na realidade era um ultimato. A Turquia era aliada da Otan e retirar os mísseis sob uma ameaça da URSS poderia destruir a aliança", explica Brenner.
As exigênciasbonus gratis slotKhrushchev comprometeram a posiçãobonus gratis slotKennedy. A tensão estava aumentando novamente.
Assim, à medida que as autoridades americanas determinam como proceder, ocorre o temido errobonus gratis slotcálculo.
Um aviãobonus gratis slotreconhecimento americano U-2 é abatido por mísseis soviéticosbonus gratis slotCuba. Seu piloto é morto instantaneamente. A única fatalidade da crise dos mísseis.
Os generais dos EUA recomendam atacar imediatamente.
"E os Estados Unidos estavam preparados. Reuniram soldados suficientes no sul da Flórida e aviões suficientes para atacar", diz Brenner.
Algum tempo depois, o secretáriobonus gratis slotDefesabonus gratis slotKennedy, McNamara, reconheceriabonus gratis slotentrevista que achava que a "bela tarde"bonus gratis slotsábado, enquanto caminhava pelos jardins da Casa Branca, seria a última que veria embonus gratis slotvida.
Altos funcionários da Casa Branca foram instruídos a se abrigar com suas famíliasbonus gratis slotuma área secretabonus gratis slotMaryland para sobreviver no casobonus gratis slotuma guerra nuclear. Nada parecia impedir o resultado fatal.
28bonus gratis slotoutubro - O fim do pesadelo
Os analistasbonus gratis slotguerra geralmente definem essas situações extremas como "escalar para desescalar": levar advertências ao extremo para forçar acordos.
Mas então havia muitas dúvidas sobre como interpretar Khrushchev. Todos estavam desesperados e Kennedy e seu conselho acreditavam que não tinham escolha a não ser o confronto militar.
É quando intervém o ex-embaixador na URSS Llewellyn Thompson, cuja longa experiênciabonus gratis slotnegociação com comunistas lhe deu a capacidadebonus gratis slotantecipar com precisão os movimentos contraditóriosbonus gratis slotKhrushchev.
"Thompson diz a Kennedy que o líder soviético estábonus gratis slotuma encruzilhada e ele precisa oferecer uma saída", conta Brenner.
Thompson recomenda abordar Khrushchev e prometer não invadir Cubabonus gratis slottroca da retirada dos mísseis. Informe-o também que retirará os mísseis da Turquiabonus gratis slotsegredo e sem torná-lo público como parte da negociação.
O procurador-geral Robert Kennedy então se reuniu secretamente com o embaixador soviético nos Estados Unidos, Anatoly Dobrynin, e indicou que os Estados Unidos planejavam remover os mísseis Júpiter da Turquiabonus gratis slotqualquer maneira, e o fariambonus gratis slotbreve, mas que isso não poderia fazer parte do processobonus gratis slotqualquer resolução pública da crise dos mísseis.
Na manhã seguinte,bonus gratis slot28bonus gratis slotoutubro, Khrushchev declarou publicamente que os mísseis soviéticos seriam desmontados e retirados nas próximas semanas.
A crise dos mísseis era história e o segredo do acordo dos mísseis turcos foi mantido por 25 anos.
"A capacidadebonus gratis slotpensar com empatia sobre o que Khrushchev precisava acabou com a crise", explica Brenner.
As consequências da crise
Enquanto Kennedy e Khrushchev vendiam a resolução da crise como um triunfo diplomático para o alíviobonus gratis slotseus cidadãos, a decepção se instalava no governo cubano.
O historiador Zanetti relata que Cuba foi excluída das negociações e que suas exigências foram ignoradas.
"O governo cubano considerou que, embora o acordo tenha eliminado o perigobonus gratis slotuma guerra nuclear, não oferecia as garantias necessárias para a segurançabonus gratis slotCuba e a paz no Caribe", disse.
"[Fidel] Castro propôs cinco pontos que incluíam o levantamento do bloqueio econômico, o fim da promoçãobonus gratis slotatividades subversivas na ilha pelos EUA e a retirada da Base Navalbonus gratis slotGuantánamo", acrescenta o acadêmico.
Após este episódio, o próprio Fidel reconheceu que as relações entre Cuba e a URSS foram afetadas por algum tempo.
A diplomacia entre Havana e Washington continua condicionadabonus gratis slotparte pelos turbulentos acontecimentos da décadabonus gratis slot1960. O embargo econômico ainda estábonus gratis slotvigor, assim como o governo socialista, e apesar dos esforços feitos durante o governobonus gratis slotBarack Obama, as relações bilaterais parecem longebonus gratis slotnormalizar.
Porbonus gratis slotvez, após a crisebonus gratis slotoutubro, Washington e Moscou estabeleceram uma linha telefônica direta, conhecida como "telefone vermelho", para evitar que tais tensões se repetissem.
A Guerra Fria durou até 1991 com a dissolução da URSS. Kennedy foi assassinadobonus gratis slot1963. Khrushchev morreubonus gratis slot1971, aos 77 anos. Nem viu o fim do conflito que quase levou o mundo ao desastre.
- Este texto foi publicadobonus gratis slothttp://vesser.net/internacional-63309793
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