STF rejeita denúncia contra Lira: as acusações que rondavam o presidente da Câmara:site apostas com bonus

Uma operação da PF envolvendo pessoas próximas ao deputado foi deflagrada um dia após a votação da medida provisória que estabeleceu a estrutura do governo e após críticas abertassite apostas com bonusLira à articulação políticasite apostas com bonusLula.

Esse cenário levou o ministro Paulo Pimenta, da Secretariasite apostas com bonusComunicação Social da Presidência, a descartar, na sexta-feira (2/6), qualquer hipótesesite apostas com bonusenvolvimento do governo na operação da Polícia Federal. Na ocasião,site apostas com bonusentrevista à GloboNews, Pimenta disse que a PF cumpre determinações do Poder Judiciário e que o Executivo não possui influência.

Sobre a ação da PF, Lira disse não se sentir atingido: "Ninguém gostasite apostas com bonusreceber notícias como a gente recebeu, mas não posso comentar uma operação policial sem ter acesso ao que nela tem [...] Não me sinto atingido e nem acho que isso seja provocativo", disse,site apostas com bonusentrevista à GloboNews.

A seguir, confira quais as suspeitas que rondam o presidente da Câmara e o que dizem especialistas sobre possíveis reações do presidente da Câmara.

STF julga recursosite apostas com bonusArthur Lira

A denúncia rejeitada nesta terça-feira contra Lira havia sido feitasite apostas com bonus2018. Todos os ministros da primeira turna votaram pela rejeição da denúncia.

Em outubrosite apostas com bonus2019, a primeira turma do STF havia aceitado a acusação parcialmente.

Lira foi denunciado pelos crimessite apostas com bonuscorrupção passiva e lavagemsite apostas com bonusdinheiro por ter supostamente aceitado,site apostas com bonus2012, dinheirosite apostas com bonuspropina paga por um dirigente da Companhia Brasileirasite apostas com bonusTransportes Urbanos (CBTU). Segundo a acusação, Lira teria aceitado propinasite apostas com bonusR$ 106 mil para dar apoio político para que o dirigente se mantivesse no cargo.

A denúncia usou informações da colaboração premiada do doleiro Alberto Youssef, um dos principais delatores da Operação Lava Jato. O caso supostamente envolvendo Lira se encaixava no perfil da maioria dos que chegaram à Justiça.

Segundo Youssef, o dinheiro teria sido apreendido pela Polícia Federalsite apostas com bonus2012, no momentosite apostas com bonusque um assessorsite apostas com bonusLira foi detido no Aeroportosite apostas com bonusCongonhas tentando embarcar com o dinheiro escondidosite apostas com bonussuas roupas, inclusive meias.

A maior parte das acusações eramsite apostas com bonusque parlamentares recebiam vantagens indevidassite apostas com bonusempreiteiras, empresários esite apostas com bonusagentes públicossite apostas com bonustrocasite apostas com bonusapoio para se manteremsite apostas com bonussuas posições ou conseguirem mais contratos com estatais.

Apesarsite apostas com bonusa denúncia ter sido aceitasite apostas com bonus2019,site apostas com bonusdefesa ingressou com um recurso contestando a decisão. É justamente este recurso que será julgado agora, quase quatro anos depois.

Procurado, o advogadosite apostas com bonusdefesasite apostas com bonusLira neste processo, Pierpaollo Bottini, disse à BBC News Brasil que Lira não tem envolvimento com o caso.

"As acusações são falsas, derivadas da delaçãosite apostas com bonusum doleiro cuja inimizade com o deputado foi reconhecida judicialmente", disse Bottini.

Sobre o fatosite apostas com bonusum ex-assessorsite apostas com bonusLira ter sido encontrado com R$ 106 mil, o advogado disse que Lira não poderia responder pelo crime "uma vez que não se tratasite apostas com bonusconduta do deputado, massite apostas com bonusterceiro".

O advogado também rejeitou haver algum tiposite apostas com bonusinfluência do Executivo no fatosite apostas com bonuso STF ter colocado o caso na pautasite apostas com bonusjulgamentos.

Após o julgamento desta terça-feira, Bottini celebrou a decisão. “O arquivamento da quarta denúncia contra o deputado Arthur Lira revela a fragilidade das delaçõessite apostas com bonusAlberto Youssef e os riscossite apostas com bonusfundamentar acusações apenas nas declaraçõessite apostas com bonuscolaboradores, sem outras provas que corroborem as narrativas”, disse o advogado.

Suspeitassite apostas com bonusfraudesite apostas com bonuscomprasite apostas com bonuskitssite apostas com bonusrobótica

Outro caso envolvendo suspeitassite apostas com bonuscorrupção e pessoas próximas a Lira teria acontecidosite apostas com bonusAlagoas, seu reduto político. O caso teria a ver com a compra supostamente superfaturadasite apostas com bonuskitssite apostas com bonusrobótica para escolas do interiorsite apostas com bonusAlagoas.

As compras foram financiadas com recursossite apostas com bonusemendas parlamentares.

Uma investigação da Polícia Federal apura possíveis fraudessite apostas com bonuslicitações que teriam resultadosite apostas com bonusum prejuízo estimadosite apostas com bonusR$ 8,1 milhões aos cofres públicos.

Na semana passada, a PF deflagrou uma operação que mirou um casalsite apostas com bonusassessores parlamentares próximo a Lira: Luciano Cavalcante, que atuava na liderança do PP na Câmara dos Deputados, esite apostas com bonusesposa, cujo nome completo não foi revelado.

Segundo as investigações, ela também teria atuado como assessorasite apostas com bonusLira. Apesar disso, o presidente da Câmara não teria sido mencionado diretamente pelas investigações até o momento.

Nesta segunda-feira, Luciano Cavalcante foi exonerado do cargo. Na nota oficial divulgada pela Polícia Federal sobre a operação, não há nenhuma menção a Arthur Lira.

De acordo com informações divulgadas pelo jornal Folhasite apostas com bonusS. Paulo, a PF teria detectado transações financeiras suspeitas entre a Megalic e o casalsite apostas com bonusassessoressite apostas com bonusLira.

As suspeitas sãosite apostas com bonusque eles teriam sido beneficiados com recursos dos contratos supostamente superfaturados.

A BBC News Brasil não conseguiu identificar a defesasite apostas com bonusLuciano e Glaucia e também não conseguiu localizar o casal para que eles se manifestassem sobre o caso. A assessoriasite apostas com bonusimprensasite apostas com bonusLira também não respondeu aos contatos feitos pela reportagem.

Em entrevista à GloboNews na semana passada, Lira disse não ter relação com o caso.

"O que eu posso dizer é que eu, tendo a postura que tenho,site apostas com bonusdefesa das emendas parlamentares que levam benefícios para todo o Brasil, para toda a população, eu não tenho absolutamente nada a ver com o que está acontecendo", disse o deputado.

A empresa responsável pelo fornecimento dos kits supostamente superfaturados era a Megalic, localizadasite apostas com bonusMaceió.

A Megalic estásite apostas com bonusnomesite apostas com bonusRoberta Lins Costa Melo e Edmundo Catunda. Edmundo e Lira são aliados políticossite apostas com bonusAlagoas.

A BBC News Brasil tentou contato com a defesasite apostas com bonusRoberta e Edmundo, mas os advogados apontados como responsáveis por atuar no caso não atenderam às ligações feitas pela reportagem.

Em nota, o escritório que defende a empresasite apostas com bonusum processo no Tribunalsite apostas com bonusContas da União (TCU) afirmou que as vendas feitas por ela teriam ocorrido dentro dos trâmites legais.

"Em primeiro lugar, que todas as aquisições se deram a partirsite apostas com bonusparâmetros técnicos delineados pelos órgãos licitantes, sem nenhuma interferência da empresa. Essas aquisições, frise-se, foram precedidassite apostas com bonusprocesso licitatório legal e com ampla competitividade", disse a nota.

A investigação da Polícia Federal sobre o caso começou no ano passado, após a publicaçãosite apostas com bonusuma sériesite apostas com bonusreportagens do jornal Folhasite apostas com bonusS.Paulo.

O jornal publicou nesta terça-feira (6/6) que a Polícia Federal flagrou,site apostas com bonusvídeo, durante a investigaçãosite apostas com bonusdesviossite apostas com bonuscontratossite apostas com bonuskit robótica, uma suposta entregasite apostas com bonusdinheiro para um motoristasite apostas com bonusLuciano Cavalcante, ex-auxiliar diretosite apostas com bonusLira.

Cavalcante é investigado no caso e foi exonerado do cargosite apostas com bonusassessor da liderança do PP na Câmara. A defesasite apostas com bonusCavalcante disse à Folhasite apostas com bonusS.Paulo que as imagens "não indicam nenhum ato ilícito praticado pelos investigados muito menos por Luciano, que sequer aparece nelas" e afirmou que os fatos serão "devidamente esclarecidos no decorrer das investigações."

Retaliação à vista?

O professorsite apostas com bonusCiência Política da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Marco Antônio Teixeira afasta a possibilidadesite apostas com bonusque Lira possa retaliar o governo por conta do aparente "cerco" sobre ele.

"Primeiro porque não parece haver, neste momento, um aparelhamento da PF que pudesse permitir essa conclusãosite apostas com bonusque a operação da semana passada tenha tido a influência do governo. E, segundo, porque o caso do Supremo não tem ligação alguma com o governo", disse.

A professorasite apostas com bonusCiência Política da Universidade Federalsite apostas com bonusAlagoas (UFAL) Luciana Santana, por outro lado, acredita que Lira pode, sim, interpretar os movimentos no STF e na PF como uma espéciesite apostas com bonus"cerco" se fechando contra ele. Ela aponta duas possíveis reações para Lira.

"Ele pode se sentir encurralado. A tendência natural é que ele tente amenizar o seu tom frente ao Executivo e consiga manter uma relação harmônica", afirmou.

Santana, porém, vislumbra outro tiposite apostas com bonusreação possível. "Se ele for para uma linha mais radical, pode tentar barrar a agenda do Executivo ou pressionar para que mais emendas parlamentares e cargos sejam liberados", afirmou a professora.