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Os países da América Latina com as maiores e as menores taxasspy casinofecundidade (e qual o impacto disso):spy casino
A Ásia, o continente seguinte na listaspy casinomaiores quedas, registrou uma quedaspy casino66,2%.
para várias regiões na Tunísia, todas as quais estão ao redor spy casino suas fronteiras. Ele
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Fim do Matérias recomendadas
Já a média mundialspy casinoredução foispy casino52,6%, segundo a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL).
“O declínio da taxaspy casinofecundidade na América Latina é muito interessante porque tem ocorridospy casinotaxas muito mais rápidas do quespy casinooutros lugares do mundo. Além disso, historicamente, a região era caracterizada por ter uma fecundidade numerosa e precoce”, explica Martina Yopo, doutoraspy casinoSociologia pela Universidadespy casinoCambridge (Reino Unido) e pesquisadora da Universidade Católica do Chile.
Quais países latino-americanos têm as taxasspy casinofecundidade mais baixas e mais altas? E que consequências isso tem?
Os latino-americanos com menos filhos
Chile, Uruguai, Costa Rica e Cuba são os países com as taxasspy casinofecundidade mais baixas da América Latina: 1,5 filho por mulher, segundo o Fundospy casinoPopulação das Nações Unidas (UNFPA).
Em seguida, estão Brasil e Colômbia, com 1,6 e 1,7, respectivamente.
A diminuição da natalidade nestes países pode ser explicada por vários fatores.
Um deles é a maior capacidadespy casinocontrole da fertilidade.
“Há uma maior prevalência no uso e na legitimidade dos métodos contraceptivos. Hoje é mais fácil acessá-los, e é algo que se tornou cada vez mais normalizado socialmente”, explica Martina Yopo.
Outro fator que se destaca no contexto latino-americano, diz a pesquisadora, são as “profundas transformaçõesspy casinotorno dos papéis, aspirações e expectativasspy casinogênero”.
“Hoje, as mulheres têm taxasspy casinoparticipação muito mais elevadas no mercadospy casinotrabalho e no ensino superior. Esta é uma mudança cultural muito relevante, onde ser mulher hoje não significa ser mãe e ter família não significa necessariamente ter filhos”, afirma Yopo.
Sabrina Juran, especialista no setorspy casinoestatísticas da UNFPA, concorda.
“Na América Latina, vemos melhorias no acesso à educação, nos direitos reprodutivos, no planejamento familiar e mudanças profundas nas normas sociais”, aponta.
Tudo isso também levou muitas mulheres a adiar a maternidade, o que tem consequências.
“No Chile, por exemplo, a porcentagemspy casinomulheres que se tornam mães depois dos 30 anos quadruplicou na última década. E uma das consequências diretas do adiamento da maternidade é a infertilidade”, afirma Martina Yopo.
“Isso fica muito claro no aumento do usospy casinotécnicasspy casinoreprodução assistida que tem ocorrido na América Latina. À medida que a maternidade é adiada, o que as pesquisas mostram é que a reprodução fica menos eficiente”, acrescenta.
Outro ponto a considerar é a precariedade das condições sociais para se ter filhos, afirma a socióloga.
“O aumento do custospy casinovida e o fatospy casinohoje ser cada vez mais difícil ter acesso a uma boa saúde, a uma boa educação e à habitação, é claro que afeta. Um quilospy casinobebê é muito caro”, brinca.
Consequências da baixa natalidade
A taxaspy casinofecundidadespy casinovários países latino-americanos está abaixo da taxaspy casinoreposição populacional — ou seja, o mínimospy casinonascimentos necessários para manter uma população estável —, que éspy casino2,1 filhos por mulher.
“Na região, existem 29 países que têm uma taxaspy casinofecundidade inferior à taxaspy casinoreposição. Isso representa mais da metade do total das nações latino-americanas, o que traz desafios importantes”, explica Sabrina Juran, da UNFPA.
Segundo vários pesquisadores, essa situação implica que,spy casinoum futuro não muito distante, haverá menos trabalhadores e mais aposentados.
Para Martina Yopo, esse "é um fenômeno complexo porque põespy casinoquestão o funcionamentospy casinoalguns dos principais sistemas que temos na sociedade: o mercadospy casinotrabalho, o ensino superior, as aposentadorias".
A especialista aponta que esses sistemas se baseiam justamente na ideiaspy casinoque "haverá gerações que substituirão as que já existem".
Tudo isto faz soar o alarme — não só na América Latina, mas no mundo.
De acordo com as Nações Unidas, as taxasspy casinofecundidade estão abaixo das taxasspy casinoreposiçãospy casinomais da metade dos países.
Quase um quinto desses países — como China, Itália, Coreia do Sul e Espanha — têm agora uma fecundidade “ultrabaixa”, com menosspy casino1,4 filhos por mulher.
Para estimular que as pessoas tenham filhos, vários governos concedem benefícios a cada bebê nascido. Subsídios para tratamentosspy casinofertilidade também aumentaram.
Emboraspy casinoalguns locais estas políticas tenham conseguido abrandar o declínio da natalidade, a tendência decrescente continua a ser a norma.
E quais são os países com a taxaspy casinofecundidade mais alta?
Do outro lado do espectro — ou seja, com altas taxasspy casinofecundidade na América Latina — estão Haiti, com 2,7 filhos por mulher; o Paraguai, com 2,4; e Bolívia, Peru e Venezuela, com 2,1.
Embora essas taxas se destaquem no contexto regional, a nível global estão longespy casinoalguns países africanos, onde as taxas são muito maiores.
O Níger, por exemplo, tem uma taxaspy casino6,6 filhos por mulher; Chade e Somália têm 6.
Mesmo assim, para a pesquisadora Martina Yopo, é interessante observar as diferenças entre os países da região — as quais muitas vezes correspondem a diferenças no acesso a contraceptivos, ao ensino superior e ao mercadospy casinotrabalho.
Neste contexto, é importante mencionar o contraste entre as baixas taxasspy casinofecundidade na América Latina e o elevado índicespy casinogravidez na adolescência que persiste na região.
Segundo a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), a América Latina e o Caribe têm um dos maiores númerosspy casinogravidezspy casinoadolescentes entre 15 e 19 anos, abaixo apenas da África.
Embora a organização calcule que, na última década, a região conseguiu reduzir a gravidez na adolescência (passandospy casino73,1 filhos por 1.000 mulheres adolescentesspy casino2010 para 52,1spy casino2022), o valor "continua elevadospy casinocomparação a outras regiões do mundo e é 48% superior à média mundial".
Sabrina Juran destaca o papel da desigualdade, tão marcante na América Latina, nisso.
"É isso que estamos vendo na questão da gravidez na adolescência. As taxas mais altas estão nas populações indígenas, rurais, com alta pobreza.”
Martina Yopo, porspy casinovez, afirma que tem havido na região uma "incapacidade estruturalspy casinoreduzir as taxasspy casinogravidez na adolescência, com algumas exceções".
“As evidências mostram que existe uma polarização, um padrão bimodal na América Latina, entre mulheresspy casinonível socioeconômico médio ou alto que começam a adiar a maternidade, e outros segmentos da população, geralmente mais precários, que têm padrões reprodutivos diferentes", diz a socióloga.
Para onde vamos?
O rápido declínio nos nascimentos na América Latina e no mundo surpreendeu e desafiou as estimativas feitas até mesmo por organizações internacionais como as Nações Unidas (ONU).
No seu último relatório sobre as perspectivas populacionais, publicadospy casinojulho, a ONU afirmou que a população mundial (8,2 bilhõesspy casinopessoas) deverá continuar a crescer até 2080, atingindo um máximospy casino10,3 bilhões.
Mas esse número começará a diminuir “para cercaspy casino10,2 bilhões no final do século — 6% ou 700 milhõesspy casinopessoas menos do que o projetado há uma década”.
A organização afirma que alguns países, como a China, a Alemanha, o Japão e a Rússia, atingirão o seu picospy casino2024 e verãospy casinopopulação total diminuir "14% nos próximos trinta anos".
"Uma mudança notável na demografia será que o númerospy casinopessoas com maisspy casino65 anos ultrapassará o númerospy casinopessoas com menosspy casino18 anos até ao final da décadaspy casino2070, enquanto haverá mais pessoas com maisspy casino80 anos do que bebês com menosspy casinoum anospy casinomeados da décadaspy casino2070", afirma a ONU.
Perante este cenário, Martina Yopo destaca que as políticas públicas devem se adaptar às novas condições demográficas.
Para Sabrina Juran, porém, a resposta não deve necessariamente centrar-sespy casinoprovocar mudanças demográficas, como incentivar as famílias a terem mais filhos.
“Devemos aceitar a nova taxaspy casinonatalidade como uma realidade. É uma tendência e é até uma boa tendência, porque falaspy casinomelhorias no acesso a contraceptivos, a direitos reprodutivos e à educação”, afirma.
"Mas para as economias dos países, é obviamente preocupante. Por isso, apelamos para que nos preparemos adequada e antecipadamente, que invistamos para que os idosos sejam produtivos ou para que aproveitemos 100% da população — não retirando as mulheres do mercadospy casinotrabalho, por exemplo", conclui.
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