Qual a gravidade da crise vivida por Cuba e como ela se compara ao período após colapso da URSS:bet365 liberte um mercenário
“Em meio a um bloqueio que pretende nos sufocar, continuaremos trabalhandobet365 liberte um mercenáriopaz para sair desta situação”, acrescentou Díaz-Canel.
e cresce com seus pequenos jogadores! Este divertido jogo para crianças com idades
3 e acima inclui um tapete bet365 liberte um mercenário 💪 2 lados e spinner reversível para 2 níveis bet365 liberte um mercenário jogo. Jogo
Minimum Requirements | Recommended Specifications | |
Memory | 8 GB RAM | 12 GB RAM |
Hard Drive Space | 36 GB | 177 GB |
Network | Broadband Internet connection |
Você está procurando maneiras bet365 liberte um mercenário retirar rapidamente o dinheiro do PayPal? Não procure mais! Neste artigo, exploraremos os diferentes métodos 💋 que você pode usar para sacar fundos com rapidez e eficiência.
Método 1: Transferência para Conta Bancária
Fim do Matérias recomendadas
Segundo Pavel Vidal, professorbet365 liberte um mercenárioeconomia da Universidade Javerianabet365 liberte um mercenárioCali, na Colômbia, a situação que a ilha atravessa hoje tem algumas semelhanças com os primeiros anos da décadabet365 liberte um mercenário1990, logo após o colapso da União Soviética, que deixou Cuba sem o seu principal apoio político e econômico no exterior.
No chamado Período Especial, os cubanos viveram aquele que foi provavelmente o momento econômico mais difícil desde o triunfo da Revoluçãobet365 liberte um mercenário1959.
O jornalista Pascal Fletcher, que foi correspondentebet365 liberte um mercenárioHavana naquela época, e atualmente é analista da BBC Monitoring, relembra algumas das mudanças mais visíveis que aconteceram naquele período.
“Naquela crise econômica que o então líder cubano Fidel Castro chamou eufemisticamentebet365 liberte um mercenário'Período Especialbet365 liberte um mercenárioTemposbet365 liberte um mercenárioPaz', os automóveis desapareceram das ruas e estradas da ilha, os carrosbet365 liberte um mercenárioboi substituíram os tratores no campo, e os cubanos cultivaram hortasbet365 liberte um mercenárioseus quintais e telhadosbet365 liberte um mercenárioum exercício 'revolucionário'bet365 liberte um mercenárioausteridade e resiliência para compensar a súbita escassezbet365 liberte um mercenáriosuprimentos vitais”, explica.
Mas como estas duas crises se comparam?
Pavel Vidal afirma que do pontobet365 liberte um mercenáriovista macroeconômico, há alguns indicadores que caíram mais durante o Período Especial, enquanto outros são semelhantes.
Ele destaca, por exemplo, que há 30 anos o Produto Interno Bruto (PIB) despencou 35%, mas agora não retraiu tanto, visto que caiu 11% durante a pandemiabet365 liberte um mercenáriocovid-19, mas depois se recuperou um pouco.
A inflação, por outro lado, é semelhante entre os dois períodos.
Já o déficit fiscal chegou a 30% naquela época e, desta vez, não subiu tanto, mas manteve-se elevado por mais tempo.
“Acho que são crises muito parecidas. Também não posso dizer que está pior, porque acredito que a economia está mais diversificada agora: há mais opções que não estavam abertas no Período Especial, quando não havia remessas, não havia turismo, e a economia estava completamente estatizada", observa.
Pobreza 'alarmante'
O especialista acredita que na situação atual, os setores da sociedade cubana que recebem remessas ou estão ligados ao setor privado emergente podem estar lidando com a crisebet365 liberte um mercenáriouma maneira melhor do que outros grupos.
“Os pensionistas e funcionários do Estado que dependembet365 liberte um mercenáriouma renda fixabet365 liberte um mercenáriopesos cubanos que não foi reajustada pela inflação... não há dados oficiais, mas acredito que os números da pobreza são alarmantes. Principalmente no que se refere aos aposentados, cuja situação é agravada pelo envelhecimento da população. Aí existe uma situação muito complicada”, afirma.
Estas desigualdades entre os diferentes setores da sociedade cubana são uma das razões pelas quais alguns economistas consideram que a situação atual é mais dura do que a vivida na décadabet365 liberte um mercenário1990.
O economista Ricardo Torres, pesquisador do Centrobet365 liberte um mercenárioEstudos Latino-Americanos e Latinos da American University, nos EUA, argumenta que embora sob a perspectiva do PIB, a crise atual possa parecer “mais branda” do que a do Período Especial, é preciso levarbet365 liberte um mercenárioconsideração alguns aspectos qualitativos “para compreender o fardo sobre as pessoas, e como a crise pode ser sentida”.
Deterioração contínua
Torres destaca, por exemplo, que o Período Especial foi precedido por uma fasebet365 liberte um mercenáriocrescimento econômico, enquanto a atual conjuntura se dá “após quase 30 anosbet365 liberte um mercenáriocrise permanente”.
“Nos anos 1990, o país apresentava um certo bem-estar que tinha sido alcançado na décadabet365 liberte um mercenário1980, tantobet365 liberte um mercenáriotermosbet365 liberte um mercenárioconsumo quantobet365 liberte um mercenáriotermosbet365 liberte um mercenárioqualidade e profundidade dos serviços sociais,bet365 liberte um mercenárioeducação,bet365 liberte um mercenáriosaúde, com conquistas esportivas a nível mundial. E tudo issobet365 liberte um mercenáriouma sociedade muito mais igualitáriabet365 liberte um mercenáriotermosbet365 liberte um mercenáriorendimentos do que a que existe agora. Não quer dizer que não havia problemas, mas era definitivamente muito mais igualitáriabet365 liberte um mercenáriotermosbet365 liberte um mercenáriorendimentos”, aponta.
Isso indica que embora a partirbet365 liberte um mercenário1994 o PIB tenha começado a crescer novamente, houve muitas áreas da economia, da sociedade ebet365 liberte um mercenárioda população que nunca recuperaram o padrãobet365 liberte um mercenáriovida e os níveisbet365 liberte um mercenárioatividade da décadabet365 liberte um mercenário1980.
As diferenças entre estes dois pontosbet365 liberte um mercenáriopartida iniciais marcam também, na opinião dele, a capacidade do país para superar esta crise.
“A infraestruturabet365 liberte um mercenárioCuba, construída depoisbet365 liberte um mercenário1959, estava praticamente recém-construída na décadabet365 liberte um mercenário1990. Pense nas centrais elétricas, nas estradas. Agora essa situação é muito diferente. As centrais elétricas estão há maisbet365 liberte um mercenário30 anosbet365 liberte um mercenáriofuncionamento, talvez já excedendo os parâmetros para os quais foram concebidas. Muitas estradas, por exemplo, nunca tiveram manutenção nos últimos 30 anos”, afirma.
“Então, a infraestrutura física estábet365 liberte um mercenárioum estado muito mais lamentável agora, mais deteriorada do que nos anos 1990. Talvez a única infraestrutura que esteja relativamente melhor hoje seja a das telecomunicações, já que certamente se expandiu a disponibilidadebet365 liberte um mercenáriocelulares e, inclusive, o acesso à internet."
Torres acrescenta que a ilha perdeu capacidade produtiva.
“Há muito menos usinas açucareiras, muito menos indústriasbet365 liberte um mercenáriomanufatura, menos agricultura e pecuária, por exemplo. Há mais hotéis e aeroportos, e alguns deles são mais modernos do que os que existiam na décadabet365 liberte um mercenário1980, mas o equilíbriobet365 liberte um mercenáriotermosbet365 liberte um mercenárioinfraestrutura não é favorável”, destaca.
Migraçãobet365 liberte um mercenáriomassa
O especialista afirma que nestas três décadas a ilha perdeu muito capital humano devido à emigração e ao envelhecimento da população.
“Durante o Período Especial, o atendimento hospitalar sofreu, claro, mas nada a ver com a situação que vivemos hoje. O mesmo pode ser dito da educação. Cuba estava com um sistema educacional robusto, com muito capital humano. Isso não é mais verdade. Pelo contrário, tem havido uma emigraçãobet365 liberte um mercenáriomassabet365 liberte um mercenárioprofessores bem qualificados que afeta todos os níveis”, diz ele.
Além disso, ele afirma que a assistência material que as pessoas podem receber do Estado foi reduzida, não sóbet365 liberte um mercenáriotermosbet365 liberte um mercenáriomedicamentos que podem estar disponíveis num hospital, por exemplo, como tambémbet365 liberte um mercenárioitens básicos que a população recebe por meio da libreta (cadernetabet365 liberte um mercenárioracionamento), sistema criado para controlar a distribuição destes produtos para a população.
“O que foi mantido durante o Período Especial com alguns problemas, agora praticamente não existe mais. Ou seja, os produtos fornecidos por meio da cadernetabet365 liberte um mercenárioracionamento foram reduzidos ao mínimo. Os produtos não chegam aos armazéns. E, às vezes, quando chegam, chegam com mesesbet365 liberte um mercenárioatraso”, ressalta.
Na visãobet365 liberte um mercenárioTorres, todos estes problemas são agravados pelo fatobet365 liberte um mercenárioque o aumento da desigualdade torna alguns setores da sociedade muito vulneráveis à crise.
'Uma crise muito pior'
“Embora o governo não divulgue números oficiais a este respeito, sabe-se que os níveisbet365 liberte um mercenáriodesigualdade já eram muito altosbet365 liberte um mercenário2019. Isso significa que um grupo importante da população chega a esta crise atual com o padrãobet365 liberte um mercenáriovida bastante deteriorado, com carências importantesbet365 liberte um mercenáriotermosbet365 liberte um mercenáriomoradia,bet365 liberte um mercenárioacesso a serviços sociais. Então, eles chegam com muita desvantagem, e esta crise os atinge duramente. E eles não têm nenhum tipobet365 liberte um mercenáriorecurso ou reserva para enfrentar essa situação”, explica.
Assim como o Período Especial, cujo gatilho foi a queda da União Soviética e do bloco comunista — que levou Cuba a perder a maior parte do seu mercado externo, assim como subsídios importantes —, a crise atual também foi alimentada por fatores externos.
Entre eles, os especialistas citam o colapso da economia da Venezuela — que durante o governobet365 liberte um mercenárioHugo Chávez se tornou o principal parceiro comercialbet365 liberte um mercenárioHavana —, a reimposiçãobet365 liberte um mercenáriosanções pelos EUA durante o governobet365 liberte um mercenárioDonald Trump, a pandemiabet365 liberte um mercenáriocovid-19 e, inclusive, a invasão russa da Ucrânia (que influenciou o aumento dos preços dos fertilizantes e dos alimentos no mundo).
A estes elementos, devemos acrescentar o que os economistas consideram erros nas políticas internas, como a recente “reforma monetária” (uma tentativa fracassadabet365 liberte um mercenáriounificar o câmbio); um conjuntobet365 liberte um mercenárioreformas econômicas parciais e incompletas, como a iniciativa do ex-presidente Raúl Castrobet365 liberte um mercenárioentregarbet365 liberte um mercenáriousufruto as terras improdutivas para os agricultores, destaca Pavel Vidal.
“O usufruto não dá ao agricultor a segurança que ele precisa, porque ele não tem a propriedade da terra. Há milhõesbet365 liberte um mercenáriolimitações para, por exemplo, erguer construções nessas terras e, além disso, a compra forçada por parte do Estadobet365 liberte um mercenáriouma parte importante da produção a preços ridículos torna a atividade agropecuária financeiramente inviável”, explica.
A somabet365 liberte um mercenáriotodos esses elementos faz com que a crise atual seja “muito pior” do que a do Período Especial, segundo Emilio Morales, presidente do Havana Consulting Group e vice-presidente do centrobet365 liberte um mercenárioestudos Cuba Siglo 21.
“É uma crise muito pior, mais profunda. Maisbet365 liberte um mercenário30 anos se passaram desde o Período Especial. Aquela foi uma crise mais econômica do que política e social, e para sair dela, o governo teve que fazer alguns ajustes, como permitir o enviobet365 liberte um mercenárioremessas, o investimento estrangeiro e o turismo. Abrir-sebet365 liberte um mercenárioforma muito limitada ao setor privado naquela época. Todas estas medidas existem, estão implementadas há 30 anos, e o país está caindo aos pedaços”, diz ele à BBC News Mundo, serviçobet365 liberte um mercenárionotíciasbet365 liberte um mercenárioespanhol da BBC.
Uma crise multissistêmica
“Trinta anos depois, se tornou uma crise multissistêmica. É uma crise política, social, sanitária e econômica. E todos estes fatores juntos geraram esta tempestade que neste momento se vê nesta explosão social que está acontecendobet365 liberte um mercenáriodiferentes locais do país”, acrescenta, fazendo referência aos protestos que ocorreram na ilha no dia 17bet365 liberte um mercenáriomarço.
Torres, Vidal e Morales concordam que o problema subjacente é um modelo econômico que “não funciona”.
“A evidência histórica é esmagadorabet365 liberte um mercenáriotermosbet365 liberte um mercenárioque esses modelosbet365 liberte um mercenárioeconomia centralmente planificadas, sobretudo no estilo soviético, não deram resultadobet365 liberte um mercenárionenhum dos paísesbet365 liberte um mercenárioque foram adotados. Observe que a própria China e o Vietnã, apesarbet365 liberte um mercenárioainda terem partidos comunistas no poder, há maisbet365 liberte um mercenáriotrês décadas reconheceram que este modelo não era funcional, e o abandonaram”, destaca Torres.
Pavel Vidal indica que embora sejam necessárias mudanças estruturais que não sãobet365 liberte um mercenáriocurto prazo, a ilha passou três décadas fazendo reformas parciais e incompletas — e o governo continua apostandobet365 liberte um mercenáriouma economia centralizada.
“Continuam dizendo que a empresa estatal socialista é o principal ator da economia cubana, mas é justamente a empresa estatal socialista que não tem conseguido oferecer eletricidade nem alimentos aos cubanos”, afirma.
As autoridades cubanas, porbet365 liberte um mercenáriovez, culpam as sanções dos EUA pelas dificuldades que a economia cubana atravessa — e acusaram o governo americano e os exilados cubanosbet365 liberte um mercenárioMiamibet365 liberte um mercenárioincitarem os protestos que ocorreram no leste do país.
Na segunda-feira (18/03), o Ministério das Relações Exteriores cubano convocou o encarregadobet365 liberte um mercenárionegócios da embaixada dos Estados Unidosbet365 liberte um mercenárioHavana, Benjamin Ziff, para uma reunião, na qual transmitiu o "firme repúdio ao comportamento intervencionista e às mensagens caluniosas do governo dos Estados Unidos ebet365 liberte um mercenáriosua embaixadabet365 liberte um mercenárioCuba sobre assuntos internos da realidade cubana".
"Também chamou a atenção para a responsabilidade direta do governo dos Estados Unidos sobre a difícil situação econômica que Cuba atravessa atualmente e, especificamente, sobre as carências e dificuldades que a população enfrenta diariamente, com o esgotamento e insuficiênciabet365 liberte um mercenáriosuprimentos e serviços essenciais, sob o peso e impacto do bloqueio econômico destinado a destruir a capacidade econômica do país", indica o comunicado do ministério cubano.
Não está claro, no entanto, até que ponto o discurso oficial será persuasivo para dissipar o desconforto entre os cubanos.
“A confiança do povo cubanobet365 liberte um mercenárioseus líderes, os sucessoresbet365 liberte um mercenárioFidel, ebet365 liberte um mercenáriofé na Revoluçãobet365 liberte um mercenário65 anos que a imprensa estatal cubana ainda elogia, estãobet365 liberte um mercenárioseu ponto mais baixo historicamente, a julgar pelas reclamações e demandas dos manifestantes que tomaram as ruasbet365 liberte um mercenárioSantiagobet365 liberte um mercenárioCuba ebet365 liberte um mercenáriooutras cidades e vilarejos do leste do país no dia 17bet365 liberte um mercenáriomarço”, diz Pascal Fletcher.
'Fartos e cansados'
Ele explica que junto às demandas por “eletricidade e alimentos”, e os gritosbet365 liberte um mercenário“liberdade” e “Pátria e Vida” — que se tornaram populares durante uma onda anteriorbet365 liberte um mercenárioprotestos antigoverno que se espalharam por toda a ilhabet365 liberte um mercenáriojulhobet365 liberte um mercenário2021 —, muitos manifestantesbet365 liberte um mercenárioSantiagobet365 liberte um mercenárioCuba também esbravejaram com funcionários do Partido Comunista que tentaram argumentar com eles: “Não queremos mais ladainha”.
“Isso indica claramente que muitos cubanos estão fartos e cansados da propensão do governobet365 liberte um mercenáriosempre culpar o embargo econômico dos EUA por todos os males do país”, avalia Fletcher.
“Os cubanos clamam por soluções internas e mudanças por parte do seu governo interno, chegabet365 liberte um mercenárioretórica incendiária dirigida ao velho inimigo 'imperialista'", conclui.