Por que ainda não é possível fazer um transplantehandicap estrela betcérebro:handicap estrela bet
A notícia trouxe entusiasmo. Podemos dizer que aquele foi o primeiro transplantehandicap estrela betcérebro – ou, melhor dizendo,handicap estrela betcabeça – realizado "com sucesso".
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Fim do Matérias recomendadas
White era profundamente religioso e não foi assessorhandicap estrela betbioética médicahandicap estrela betdois papas por acaso.
Por isso, ele preferiu chamar a intervençãohandicap estrela bet"transplantehandicap estrela betcorpo". Ele tinha certezahandicap estrela betque o cérebro continha a alma ehandicap estrela betque ela poderia ser transferida para o novo receptor.
Mas o sucesso durou pouco. O macaco morreu depoishandicap estrela betalguns dias.
White prosseguiu com seu trabalho, realizando centenashandicap estrela betoutros experimentos. E, até o fim dos seus dias, fantasiou com a repetição dahandicap estrela betfaçanhahandicap estrela betseres humanos.
Ele chegou até a ter um candidato – um jovem tetraplégico que desejava conseguir um "corpo melhor". Mas o seu sonho nunca chegou a ser realizado.
White não foi o único a tentar realizar o transplantehandicap estrela betcérebro humano, mas certamente foi o mais conhecido.
É dele o méritohandicap estrela better desenvolvido diversos procedimentos cirúrgicos que continuam sendo utilizados até hoje para salvar vidas.
Mas seu trabalho também foi objetohandicap estrela betduras críticas. White chegou a ser considerado o símbolo da "indústria bruta e cruel da vivissecção", o que pode ter frustrado suas aspirações ao prêmio Nobel.
Problemashandicap estrela betconexão com a medula
Apesar dos incríveis avanços da ciência, ainda não conseguimos transplantar o cérebro.
O problema residehandicap estrela betuma questão não menos importante: ninguém conseguiu conectar o novo órgão à medula espinhal do corpo receptor.
De fato, nos experimentoshandicap estrela betWhite, os macacos ficavam paralisados do pescoço para baixo. Isso explicaria por que o seu candidato era tetraplégico – neste sentido, ele não tinha nada a perder.
Considerado por alguns o "objeto mais complexo do universo", o cérebro estabelece milhõeshandicap estrela betconexões que controlam todas as funções do nosso corpo.
E voltar a conectar todo esse emaranhadohandicap estrela betligações com a precisão necessária para recompor os circuitos ainda não está ao nosso alcance.
Além disso, se conseguirmos fazer o transplante, o que aconteceria com as nossas lembranças, nossas emoções e com tudo aquilo que já aprendemos?
É uma questão muito importante, já que todos nós concordamos que este órgão tem a chavehandicap estrela betacesso à nossa identidade.
Neurônioshandicap estrela betreposição
Como, atualmente, não é possível transplantar o cérebro completo com sucesso, talvez possamos controlar nossas expectativas e estudarhandicap estrela betassombrosa capacidadehandicap estrela betremodelar-se.
A resiliência permite que nos adaptemos a circunstâncias difíceis e superemos as adversidades. E o protagonista da nossa história sabe muito a este respeito, pois ele se adapta continuamente às condições do ambiente ao seu redor.
O cérebro consegue adaptar-se modificando as conexões entre os seus neurônios – formando ligações novas e eliminando outras.
Esta capacidade é chamadahandicap estrela betplasticidade. Ela explica por que conseguimos aprender a resolver uma equação matemática, recordar o nomehandicap estrela betum bom vinho ou eliminar as lembranças que já não servem para nós.
E também nos permite,handicap estrela betcertos casos, recuperar-noshandicap estrela betlesões cerebrais.
Mas a plasticidade cerebral tem um lado B. Ela pode mascarar doenças como o malhandicap estrela betParkinson ou Alzheimer, que passam anos ou até décadas sem serem percebidas, enquanto o cérebro se esforça para compensar os estragos progressivos causados pelas enfermidades.
Sabemos que os neurônios alteram suas conexões, mas será que eles se regeneram?
A maioria das pessoas responderia que, com o tempo, vamos perdendo essas células nervosas e não conseguimos repô-las.
Este assunto continua suscitando discussões, mas já descobrimos que não é assim.
Nosso cérebro contém células-mãe que geram novos neurônios todos os dias.
Este processo se chama neurogênese ehandicap estrela betdescoberta revolucionou a neurociência.
Infelizmente, esta capacidade persiste apenashandicap estrela betregiões muito específicas do cérebro adulto. Uma delas é o hipocampo, que participa do aprendizado e da memória.
Mas também existem boas notícias. A criaçãohandicap estrela betnovos neurônios pode ser estimulada.
O exercício físico e os alimentos ricoshandicap estrela betantioxidantes, por exemplo, favorecem este processohandicap estrela betrenovação. E também sabemos que a obesidade, o envelhecimento e as doenças neurodegenerativas o retardam.
Por isso, ativar a formaçãohandicap estrela betneurônios para que o cérebro se regenere passou a ser um objetivo apaixonante para a ciência.
Transplantehandicap estrela betneurônios
E é aqui que podemos retomar o velho sonho do transplante com possibilidadeshandicap estrela betsucesso.
A ideia é simples: os neurônios morrem e nós os substituímos por outros. E talvez você se surpreenda ao saber que já o fazemos há décadas.
Esta intervenção revelou-se um possível tratamento para diversas doenças neurológicas, mas vou falar sobre aquela que conheço melhor: a doençahandicap estrela betParkinson.
Esta doença é caracterizada pela morte dos neurônios que produzem dopamina.
Sua ausência gera um caos nos circuitos cerebrais, o que causa uma sériehandicap estrela betproblemas, principalmente motores.
Para tentar reparar estes danos, foram realizados transplanteshandicap estrela betneurônios que produzem esse importante neurotransmissor. E os resultados foram excelenteshandicap estrela betanimaishandicap estrela betlaboratórios ehandicap estrela betuma sériehandicap estrela betpacientes, que observaram a melhora dos seus sintomas.
Mas estes são apenas experimentos. Anteshandicap estrela betdar o salto definitivo para a prática clínica, é preciso resolver uma sériehandicap estrela betproblemas.
Precisamoshandicap estrela betuma fonte acessívelhandicap estrela betneurônios. Atualmente, eles são obtidos a partirhandicap estrela bettecido fetal, com as limitações que são naturalmente impostas.
É preciso ter milhares dessas células para repor todas as que foram perdidashandicap estrela betum único paciente. E, se pensarmos no númerohandicap estrela betpessoas afetadas, serão necessários milhõeshandicap estrela betneurônios.
Neste sentido, as células-mãe oferecem, sem dúvida, grandes oportunidades.
Precisaremos também conseguir com que os neurônios sobrevivam após o implante e, como se não fosse pouco, que se conectem corretamente com as células vizinhas. É impossível ficar entediado com tanta coisa por fazer.
Quando chegarmos a este ponto, a capacidadehandicap estrela betregeneração cerebral pode não ter ainda cumprido com as expectativas.
Mas confie na ciência. Como o cérebro, ela também é especialistahandicap estrela betresiliência.
*Jannette Rodríguez Pallares é professora titularhandicap estrela betanatomia e embriologia humana da Universidadehandicap estrela betSantiagohandicap estrela betCompostela, na Espanha.
Este artigo foi publicado originalmente no sitehandicap estrela betnotícias acadêmicas The Conversation e republicado sob licença Creative Commons. Leia aqui a versão originalhandicap estrela betespanhol.