Lula x Bolsonaro no 1º ano: petista encontrou mais chefesbet penaltyEstado e sindicatos; ex-presidente, empresários e evangélicos:bet penalty
O levantamento indica que Bolsonaro manteve uma rotina doméstica mais intensabet penaltycompromissos, com grande volumebet penaltyencontros combet penaltyprópria equipebet penaltyministros e com outras autoridades brasileiras, como os presidentes do Supremo Tribunal Federal, Senado e Câmara dos Deputados.
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Já a agendabet penaltyLula registra uma quantidade maiorbet penaltyinterações com lideranças mundiais na comparação com seu antecessor.
O levantamento foi feito com auxíliobet penaltyferramentasbet penaltyprogramação que permitem extrair e filtrar dadosbet penaltyforma automatizada. Foram criados algoritmos (conjuntobet penaltyinstruções e regras) para coletar os dados das agendas oficias, sistematizar essas informações e organizar o conteúdo a partirbet penaltypalavras-chave, como nomesbet penaltyautoridades recebidas pelos presidentes.
Foram consideradas todas as atividades registradas na agenda, como encontros com ministros, cerimônias, viagens nacionais e internacionais, telefonemas para líderesbet penaltyoutros países, entrevistas, transmissões ao vivobet penaltyredes sociais e reuniões com parlamentares, empresários, movimentos sociais ou lideranças religiosas, entre outros.
Esses registros, porém, não refletem a totalidade das atividades presidenciais, já que tanto Lula quanto Bolsonaro tiveram compromissos no primeiro anobet penaltymandato que não foram incluídos nas agendas oficiais, algo que limita a transparência da rotina dos mandatários, na avaliação dos pesquisadores.
A imprensa brasileira noticiou, por exemplo, ao menos três encontrosbet penaltyLula no ano passado com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), sem registros oficiais. Os dois teriam jantado no Palácio da Alvorada no dia 2bet penaltyagosto e se reunido novamente na residência oficialbet penaltyLira duas semanas depois, para discutir a reforma ministerial.
Já no dia 13bet penaltydezembro, teriam almoçado no Palácio do Planalto com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para discutir a agenda econômica no Congresso.
Bolsonaro, porbet penaltyvez, visitou a sede da Agência Centralbet penaltyInteligência dos Estados Unidos (CIA) quando viajou a Washingtonbet penaltymarçobet penalty2019,bet penaltyoutro exemplobet penaltyatividade presidencial sem registro oficial. No dia 29 daquele mesmo mês também discursoubet penaltyum evento evangélico só para homensbet penaltyBrasília, chamado Escolabet penaltyHombridade, novamente fora da agenda.
Também chama atenção os poucos registrosbet penaltycompromissos com as primeiras-damas,bet penaltyespecial no casobet penaltyLula, já que Janja tem sido presença frequentebet penaltyatividades importantes, como a Cúpula do G20,bet penaltyque participou das reuniões dos líderes. Sua presença, porém, não consta na agenda.
Segundo o levantamento, ela aparece apenas dez vezes na agenda oficial do petista, enquanto Michelle Bolsonaro aparece seis vezes nabet penaltyBolsonaro.
A situação se inverte no caso dos filhos, que eram presença frequente nos compromissos do ex-presidente. Segundo o levantamento, a agendabet penalty2019 soma 27 registros do senador Flávio Bolsonaro, 14 do deputado Eduardo Bolsonaro e sete do vereador Carlos Bolsonaro — todos ativos na política como o pai. Já Lula não registrou qualquer atividade com seus cinco filhos, que não possuem mandato político.
Além da omissãobet penaltyinformações, a faltabet penaltypadronização na divulgação das agendas também impede uma comparação mais detalhada da quantidadebet penaltytempo que cada presidente dedicou aos compromissos oficiais.
Enquanto a agendabet penaltyBolsonaro registrava a horabet penaltyinício ebet penaltytérmino das suas atividades, abet penaltyLula informa apenas o horáriobet penaltycomeço. Dessa forma, não há informações públicas sobre a duração dos compromissos do atual presidente.
O levantamento foi coordenado por Ernani Carvalho, coordenador do mestrado profissionalbet penaltyPolíticas Públicas da UFPE e líder do grupobet penaltyestudos sobre Poder Judiciário, Política e Sociedade. Participaram também Dalson Figueiredo e Lucas Silva, do grupobet penaltymétodosbet penaltypesquisabet penaltyCiência Política, e Bhreno Vieira, do grupobet penaltypesquisa Instituições, Políticas e Governo, vinculados à mesma universidade.
Para os autores do levantamento, a agenda presidencial é uma importante fonte para análise das prioridades dos governos e dos gruposbet penaltyinteresse com maior capacidadebet penaltyinfluenciar a gestão federal, ainda que os registros não agreguem a totalidade das atividades dos mandatários.
"Estamos cientesbet penaltyque não se pode confundir acesso político com sucesso dos gruposbet penaltyinteresse na consecução dos seus objetivos. Porém, medir acesso é importante, já que pode revelar o protagonismobet penaltyalguns grupos", ressaltam os autoresbet penaltyum documento que resume os resultados encontrados e que, futuramente, pretendem publicar como artigo científico.
"A capacidade dos gruposbet penaltyinteressebet penaltycomunicar suas demandas aos líderes políticos e gestores governamentais é pré-requisito para influenciar o processobet penaltytomadabet penaltydecisão", dizem ainda.
Na avaliaçãobet penaltyErnani Carvalho, a comparação inicial das agendas mostra que Lula e Bolsonaro deram acesso,bet penaltyseu primeiro anobet penaltymandato, aos grupos que se alinham aos seus projetosbet penaltygoverno.
"A agenda cristaliza fortemente os alicercesbet penaltyque estão construídos a polarização que existe hoje no Brasil. Essa divisão está refletida na agenda", diz.
Detalhes dos números mostram, por exemplo, que Bolsonaro teve 28 atividades com lideranças evangélicasbet penalty2019, considerando registros envolvendo pastores e missionários.
Esse número não inclui as interações com parlamentares evangélicos, como o deputado pastor Marco Feliciano (PL-SP), ou encontros com a Frente Parlamentar Evangélica, pois os pesquisadores avaliam que esses compromissos têm mais um aspecto institucionalbet penaltyrelação com o Parlamento do que uma dimensão estritamente religiosa.
Lula, porbet penaltyvez, não teve qualquer registrobet penaltyatividades com lideranças evangélicasbet penalty2023.
Já os compromissos com lideranças católicas são mais equilibrados, com cinco registros para Bolsonaro e seis para Lula. O petista teve, inclusive, três interações com o Papa Francisco: duas durantebet penaltyvisita oficial ao Vaticanobet penaltyjunho e um telefonemabet penaltymaio.
Enquanto Bolsonaro teve forte agenda religiosa, refletindo a importância desse grupo embet penaltybase eleitoral, Lula abriubet penaltyagenda dez vezes para encontros ou atividades com sindicatos, grupo que não aparece nas atividades oficiais do seu antecessor. O sindicalismo é o berço político do petista, que se projetou ao liderar greves no ABC paulista, durante a ditadura militar.
Por outro lado, Bolsonaro registrou uma atividade mais intensa com empresários, sejabet penaltyeventos coletivos oubet penaltyencontros fechados no Palácio do Planalto.
Há 21 registros dessas atividades, sendo seis relacionados à Federação das Indústrias do Estadobet penaltySão Paulo (Fiesp). Já na agendabet penaltyLula foram identificadas cinco atividades com o setor empresarial, sendo duas com a Fiesp.
A BBC News Brasil questionou a Secretariabet penaltyComunicação da Presidência e a assessoria do ex-presidente Bolsonaro sobre os principais resultados encontrados e sobre a ausênciabet penaltyalguns compromissos nas duas agendas, mas não obteve retorno.
A reportagem também tentou obter a duração dos compromissosbet penaltyLula por meio da Leibet penaltyAcesso à Informação, mas teve o pedido negado.
A Casa Civil respondeu que "a disponibilização das agendas segue os princípios da transparência ativa, estabelecidos pela CGU (Controladoria Geral da União) e demais órgãosbet penaltycontrole e transparência".
Disse também que "não há registro do horário exatobet penaltytérmino das agendas do sr. presidente da república, haja vista ausênciabet penaltyobrigação legal para tanto".
O que explica a agenda mais intensabet penaltyBolsonaro?
Apesar da impossibilidadebet penaltycomparar a duração das agendas dos dois presidentes, o pesquisador Ernani Carvalho considera que a diferença na quantidadebet penaltycompromissos entre Lula e Bolsonaro é significativa e pode estar relacionada às prioridades dos seus governos e a diferençabet penaltyexperiência dos dois.
Sem contar os diasbet penaltypossebet penaltyambos, a análise das agendas indica que Bolsonaro teve ao menos um compromissobet penalty302 dias do ano, restando 62 dias sem atividades oficiais.
Já Lula teve ao menos uma atividade oficialbet penalty277 dias do ano, havendo 87 sem registros na agenda.
Com isso, considerando apenas os diasbet penaltyque houve ao menos um compromisso, a média diáriabet penaltyatividadesbet penaltyBolsonarobet penalty2019 ficoubet penalty7,2, enquanto o atual presidente registrou uma médiabet penalty5,5 compromissos por diabet penalty2023.
Os autores do levantamento apontaram à BBC News Brasil possíveis explicações para a diferença na quantidadebet penaltycompromissos dos dois presidentes.
Uma das hipóteses levantadas é o fatobet penaltyBolsonaro ter sido eleitobet penalty2018 para um primeiro mandato presidencial, que representou uma ruptura com a tradicional polarização entre PT e PSDB que já durava maisbet penaltyduas décadas no país.
Para Ernani Carvalho, Bolsonaro assumiu o comando país interessadobet penaltyconsolidar um forte polobet penaltydireita no país, sobbet penaltyliderança.
Isso, avalia o coordenador, se refletiubet penaltyuma intensa agenda doméstica e nos encontros frequentes com gruposbet penaltysua base eleitoral, como no caso dos evangélicos.
"Precisamos aprofundar melhor (a análise das agendas), mas provavelmente uma hipótese é essa necessidade do ex-presidente Bolsonarobet penaltyconstituir um polobet penaltydireita, que defenda ideais e valoresbet penaltydireita. Isso exige realmente trabalho", avalia.
Por outro lado, nota o coordenador, o fato Lulabet penaltyser um líder experiente, já no terceiro mandato, pode ser um motivo para o número menorbet penaltycompromissos.
Outro elemento que chama atenção é o grande númerobet penaltyviagens internacionaisbet penaltyLula, ressalta, o que pode ter contribuído para um número menorbet penaltycompromissos domésticos, devido ao tempo gastobet penaltydeslocamentos.
"O presidente Lula já passou pelo governo duas vezes. Com toda abet penaltyexperiência, ele tem mais foco do que quer atingir. Isso torna o trabalhobet penaltyagenda menos árduo do que no casobet penaltyBolsonaro. Mas é importante deixar claro que isso ainda é uma hipótese", ressalta o professor.
Restrições médicas limitaram as agendas dos dois presidentes no primeiro ano.
No finalbet penaltysetembro, Lula realizou uma cirurgia para colocar uma prótese no quadril, devido a fortes dores que sentia na região. Por causa disso, passou dez dias seguidos sem qualquer compromisso. Depois, manteve uma agenda menos intensa nas duas semanas seguintes, despachando do Palácio da Alvorada, residência oficial.
Bolsonaro, porém, também tevebet penaltyagenda limitada por questões médicasbet penalty2019, quando precisou fazer cirurgias para tratar sequelas da facada que sofreubet penaltysetembrobet penalty2018, durante a campanha presidencial.
Devido a um procedimento no finalbet penaltyjaneiro para reconstrução do trânsito intestinal e retirada da bolsabet penaltycolostomia, ele passou dezessete dias internadobet penaltyum hospitalbet penaltySão Paulo, períodobet penaltyque teve doze dias sem qualquer compromisso.
Jábet penaltysetembro, Bolsonaro teve nove dias seguidos sem registros na agenda, quando esteve internado para correçãobet penaltyuma hérnia na parede abdominal, perto da cicatriz da facada.
Lula teve quase quatro vezes mais encontros com líderes mundiais
A pedido da BBC News Brasil, os pesquisadores contabilizaram os compromissos e interações dos dois presidentes com líderesbet penaltyoutros países.
Foram levantados os registrosbet penaltyencontros com chefesbet penaltyEstado oubet penaltygovernobet penalty28 países, priorizando as maiores potências mundiais e nações com as quais o Brasil tem forte relação histórica. Foram incluídos também líderesbet penaltypaíses com os quais Lula ou Bolsonaro têm especial proximidade, como Cuba e Venezuela no caso do petista, ou Hungria e Israel no caso do ex-presidente.
O resultado mostrou 122 registros do tipo na agendabet penaltyLula, contra 33 no casobet penaltyBolsonaro.
Para Ernani Carvalho, a baixa interaçãobet penaltyBolsonaro com outros líderes internacionais pode refletir seu foco na agenda doméstica, a escolha por um ministro das Relações Exteriores (Ernesto Araújo) com pouca expressão e seus ataques a importantes parceiros do Brasil, como a China, criticada por seu regime comunista.
Além disso, o pesquisador destaca a decisão do governo Bolsonarobet penaltyir contra a tradição brasileirabet penaltyliderança nas pautas ambientais.
"Bolsonaro teve muita dificuldade, até por questõesbet penaltyapoio interno,bet penaltycapitalizar uma agenda internacional relativa à Amazônia, à ecologia e à biodiversidade, que é onde o Brasil se posiciona internacionalmente com maior capital", analisa.
Já no casobet penaltyLula, ressalta o professor, ocorre o contrário, com o fortalecimento da política ambiental e a valorização dessa agenda na política externa.
Além disso, Carvalho avalia que o atual presidente viu na fraca agenda internacionalbet penaltyBolsonaro a oportunidadebet penaltyreposicionar o Brasil globalmente.
"Os dados mostram com bastante clareza a força da política externa no governo Lula e a diferença abissal com seu antecessor", nota Carvalho.
"Acredito que isso vai diminuir um pouco esse ano porque nós temos eleições municipais e o foco do presidente Lula, um político extremamente prático, deve voltar para as questões internas mais fortemente", acrescenta.
Na agenda do petista, se destacam os registrosbet penaltyatividades com líderesbet penaltyArgentina (13), Alemanha (9), França (8), Espanha (8), Estados Unidos (7), África do Sul (6), Cuba (6), Paraguai (6) e Portugal (6).
No casobet penaltyBolsonaro, os líderes com mais frequência são da Arábia Saudita (6), Japão (6), Argentina (4) e Paraguai (3).
A proximidade com o governobet penaltyMohammed bin Salman, príncipe herdeiro da Arábia Saudita, gerou desgaste para Bolsonaro depois que foi revelada a vendabet penaltyjoias recebidas durante visita àquele país.
O caso levou à aberturabet penaltyuma investigação criminal contra o ex-presidente, devido à comercializaçãobet penaltyitens do acervo presidencial. A defesabet penaltyBolsonaro sustenta que as joias seriam um presentebet penaltycunho pessoal e poderiam ser vendidas.
Mohammed bin Salman voltou a aparecer na agenda presidencialbet penalty2023 — há três registrosbet penaltycompromissosbet penaltyLula com o líder saudita.
Chama ainda atenção a maior frequênciabet penaltycompromissosbet penaltyLula com o presidente dos EUA, Joe Biden,bet penaltycomparação com a quantidadebet penaltyinterações ocorridas entre Bolsonaro e o então mandatário americano, Donald Trump, apesar do forte alinhamento do ex-presidente com o republicano.
A agendabet penaltyLula registra sete atividades com Biden, incluindo a visita oficial à Casa Brancabet penaltyfevereiro, um encontro bilateralbet penaltyNova Yorkbet penaltysetembro, e o lançamentobet penaltyduas iniciativas conjuntas: a Parceria pelos Direitos dos Trabalhadores e Trabalhadora, ocorrida tambémbet penaltyNova York, e a Aliança Global para os Biocombustíveis, durante a Cúpula do G20, na Índia.
Já a agendabet penaltyBolsonaro registra dois encontros com Trump: a visita oficial à Casa Brancabet penaltymarço e o encontro bilateral realizadobet penaltyjunho, durante Cúpula do G20 no Japão.
O então presidente disse à imprensa brasileirabet penaltydezembrobet penalty2019 que falou por telefone com Trump para tentar evitar o aumento da taxa sobre a exportaçãobet penaltyaço brasileiro — alta que se confirmou no mês seguinte. Essa conversa, porém, não aparece na agenda oficial.
Bolsonaro teve quase o dobrobet penaltycompromissos com ministros
A comparação das agendas mostra que Bolsonaro manteve um contato mais frequente com seus ministros do que Lula.
Uma pesquisa pelo nome dessas autoridades nos registros oficiais indica que ministrosbet penaltyBolsonaro aparecem 1.417 vezes nabet penaltyagenda. No casobet penaltyLula, há 742 registros do tipo, quase metade.
Por outro lado, há semelhanças nas pastas mais prestigiadas pelos presidentes. Em ambos os casos, os ministros palacianos, ou seja, que têm gabinete dentro do Palácio do Planalto, são os mais recebidos. Além desses, o responsável pela política econômica também aparece com destaque.
Nos dois governos, as mulheres tiveram espaço reduzido na agenda presidencial do primeiro ano.
De todos os registrosbet penaltyintegrantes da equipe ministerial na agendabet penaltyLula, apenas 97 (13,1% do total) foram com mulheres. As mais frequentes foram a ministra da Gestão, Esther Dweck (24), a ministra da Saúde, Nísia Trindade (16), e a ministra do Planejamento, Simone Tebet (16).
O atual presidente começou o governo com onze ministras, mas essa representação recuou para nove, após as demissõesbet penaltyAna Moser (Esportes) e Daniela Carneiro (Turismo), para acomodar indicações políticas.
No governo Bolsonaro, a representatividade feminina no primeiro escalão era ainda menor, assim como a frequência nos compromissos oficiais: juntas, as ministras Damares Alves (Mulher, da Família e dos Direitos Humanos) e Tereza Cristina (Agricultura) somam 39 atividades na agendabet penalty2019, o que representa apenas 2,8%bet penaltytodos os registrosbet penaltyintegrantes da equipe ministerial.
Bolsonaro lidera encontros com outras autoridades brasileiras
Analisando os encontros com os chefesbet penaltyoutros Poderes, os pesquisadores identificaram 17 compromissosbet penaltyBolsonaro com a participação do então presidente da Câmara, Rodrigo Maia (União), e 22 atividades com a presença do então presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União).
Lula, porbet penaltyvez, tem nove registros do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), embet penaltyagendabet penalty2023, enquanto o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD), esteve sete vezes com o presidente da República.
O númerobet penaltyencontros com os presidentes do STF foi mais equilibrado: Bolsonaro teve sete atividades oficiais com presençabet penaltyAntonio Dias Toffoli, e Lula registrou cinco compromissos com Rosa Weber.
As agendas registram ainda 35 encontros individuais ou reuniões coletivas com governadores para o ex-presidente e 30 para o petista.
Analisando os nomes mais frequentes na agenda, nota-se que Lula se reuniu com governadoresbet penaltydiferentes linhas ideológicas, enquanto Bolsonaro priorizou o campo da direita.
O petista Elmanobet penaltyFreitas, do Ceará, lidera a agendabet penaltyLula com cinco registros, seguido do tucano Eduardo Leite, do Rio Grande do Sul, com quatro.
Depois, aparecem três vezes os governadores do Riobet penaltyJaneiro, Cláudio Castro (PL); do Pará, Helder Barbalho (MDB); ebet penaltyPernambuco, Raquel Lyra (PSDB).
No casobet penaltyBolsonaro, o mais frequente foi Ronaldo Caiado (União),bet penaltyGoiás, com dez registros. Depois aparece o então governadorbet penaltySão Paulo, João Doria (PSDB), com quatro.
Na sequência, com três compromissos, aparecem os governadoresbet penaltyRondônia, Marcos Rocha (União); ebet penaltyRoraima, Antonio Denarium (PP).
Levantamento será ampliado para mais presidentes
Os pesquisadores pretendem aprofundar as análises das agendas presidenciais, ampliando o levantamento para todos os presidentes após a redemocratização (José Sarneybet penaltydiante).
A faltabet penaltypadronização, porém, é um desafio, ressalta Carvalho.
"Os estudosbet penaltyagenda presidencial nos Estados Unidos aparecem como uma agenda acadêmica forte na décadabet penalty80. E, no Brasil, a gente está tentando criar essa tradição, até para fortalecer a transparência pública", disse.
A ideia é verificar quais grupos mantêm historicamente acesso ao presidente analisando um conjuntobet penaltypresidentes maior e por mais anos. "Por exemplo, (poderemos) saber se os evangélicos não tinham acesso antes e só vieram a ter com o presidente Bolsonaro", acrescenta.