Como pássaros, queijos e vinho podem causar doenças pulmonares:betfair site

O póbetfair sitecarvão gera entre os mineiros uma condição conhecida como enfisema, hoje chamadabetfair sitedoença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC).

Mas a inalaçãobetfair sitecertas partículas pode causar doenças específicas com nomes incomuns. E elas são mais frequentesbetfair sitecertas profissões – e atébetfair sitecertos passatempos.

O exemplo mais conhecido talvez seja o amianto.

A história do amianto é longa e,betfair siteúltima análise, mortal. Trata-sebetfair siteuma substânciabetfair siteocorrência natural – um material forte, durável e resistente ao calor. Ele já foi extensamente utilizado na construção civil e naval.

Ao se decompor, o amianto libera fibras no ar que podem ser inaladas facilmente. E, ao migrar para o trato respiratório, ele pode primeiramente afetar os pulmões, gerando uma espéciebetfair sitecicatriz que impede que eles inflem normalmente. É a chamada asbestose.

O amianto também pode se moverbetfair sitedireção ao lado externo, irritando e espessando a pleura (a membrana que reveste os pulmões). Isso restringe ainda mais a expansão dos pulmões.

E o pior talvez ainda seja a associação do amianto à forma agressivabetfair sitecâncer conhecida como mesotelioma, que é grave e, infelizmente, incurável.

O espectrobetfair sitepacientes atingidos pelas doenças relacionadas ao amianto não se limita a homens no seu ambientebetfair sitetrabalho. Muitas esposas que lavavam as roupas sujas dos maridos também foram expostas, bem como as crianças que moravam na mesma casa.

O primeiro diagnóstico confirmadobetfair siteasbestose ocorreubetfair site1924.

O espantoso é o longo período que separa o primeiro reconhecimento das doenças (e até das mortes) relacionadas ao amianto no início do século 20 e abetfair siteeventual proibiçãobetfair siteusobetfair sitealguns países nos anos 1980 e 1990, quandobetfair siteremoção e descarte passaram a ser cuidadosamente regulamentadas.

Aves, latão e queijo azul

Não é apenas o seu trabalho que pode colocar vocêbetfair siteriscobetfair sitedesenvolver certas doenças pulmonares.

Às vezes, o que você faz no seu tempo livre também é responsável.

Um exemplo são os adeptos da criaçãobetfair siteaves, que criam pombos para competições ou mantêm avesbetfair sitecasa como animaisbetfair siteestimação.

Se você for uma dessas pessoas, mantenha-se atento aos sintomas do peito, como tosse persistente ou respiração curta. E, se eles aparecerem, trate com seriedade.

A patologia que estamos procurando aqui tem um nome sofisticado: alveolite alérgica extrínseca (AAE).

Resumidamente, trata-sebetfair siteuma inflamação dos minúsculos sacosbetfair sitear do pulmão (os alvéolos), gerada por uma reação alérgica a uma partícula externa que entra no corpo. Ela tem várias características comuns com a asbestose: tosse, rigidez no peito e respiração curta.

A AAE pode ser diagnosticada com imagens radiográficas. Em um raio X do peito, os campos do pulmão apresentam nebulosidade, com aparência similar a vidro moído.

A doença também pode ser investigada com examesbetfair sitesangue e um teste respiratório específico. Nele, o paciente sopra o arbetfair siteum tubo para medir seu volume pulmonar e o fluxobetfair sitear durante a expiração. Chamamos este examebetfair siteespirometria.

Mas voltemos, agora, aos nossos amigos emplumados e aos problemas que eles causam.

A poeira das penas e as fezes das aves contêm proteínas aviárias que podem inflamar nossos pulmões quando inaladas. Elas podem virbetfair sitediversas espéciesbetfair siteaves diferentes.

A inflamação é observadabetfair sitecriadoresbetfair sitepombos, mas também atinge produtores e vendedoresbetfair siteaves.

Mesmo os pássaros pequenos, como canários e periquitos, podem trazer risco, da mesma forma que as aves maiores, como calopsitas e papagaios.

A AAE também tem outras causas, além da inalação constantebetfair sitepartículas das aves. A lista é extensa e curiosa. Ela inclui uma sériebetfair sitealérgenos provenientesbetfair sitediversos camposbetfair siteatividade.

No setorbetfair sitealimentos, por exemplo, imagine a inalação dos fungos da crostabetfair sitequeijos azuis, que causa a doença conhecida como pulmão do queijeiro. Ou os fungos das uvas mofadas e o desenvolvimentobetfair sitepulmão do vinicultor.

Partículas similares podem ser liberadas por grãosbetfair sitecafé, melaço, cogumelos e cevada. Cada uma delas criabetfair siteprópria formabetfair sitedoença respiratória.

As pessoas que trabalham com capim seco ou feno – como os fazendeiros ou construtoresbetfair sitetelhadosbetfair sitepalha, por exemplo – também podem inalar fungos inflamatórios. Outras fontes incluem a serragem, fertilizantes e musgos.

Aparentemente, nem a música e a banheira quente estão totalmente livresbetfair siteriscos.

Bactérias relacionadas àquelas que causam a tuberculose podem ser inaladasbetfair siteinstrumentosbetfair sitesopro feitosbetfair sitelatão ou da água quente borbulhante. Estas doenças são coloquialmente chamadasbetfair sitepulmão do músico e pulmão da sauna.

A maior parte dessas condições pode ser tratada com esteroides, mas o principal é evitar a exposição ao alergênicobetfair sitequestão.

Para alguns, isso é mais fácil do que para outros. Pode ser mais difícil se desfazerbetfair siteum animalbetfair siteestimação do que mudarbetfair sitecarreira.

Parte da dificuldade pode ser determinar o que está causando o problema. Por isso, é sempre importante que o médico pergunte sobre a profissão e os hobbies do paciente durante uma consulta sobre sintomas respiratórios.

Não subestime os efeitos do ar que respiramos sobre os pulmões. O ar pode sempre exercerbetfair siteinfluência – tanto no campo, quanto na cidade.

* Dan Baumgardt é professor da Escolabetfair siteFisiologia, Farmacologia e Neurociências da Universidadebetfair siteBristol, no Reino Unido.

Este artigo foi publicado originalmente no sitebetfair sitenotícias acadêmicas The Conversation e republicado sob licença Creative Commons. Leia aqui a versão originalbetfair siteinglês.