'Nasceu segurando o DIU': quais as chancesbig brother brasil betanoengravidar usando método contraceptivo?:big brother brasil betano

As fotos ou notíciasbig brother brasil betanomulheres que engravidaram com o DIU,big brother brasil betanoacordo com as médicas entrevistadas pela BBC News Brasil, costumam chamar a atenção justamente pela raridade desses eventos.

"Enquanto a probabilidadebig brother brasil betanogravidez associada a este método não chega a umabig brother brasil betanocada 100 mulheres por ano, a pílula, por exemplo, apresenta uma probabilidadebig brother brasil betanonovebig brother brasil betanocada 100 mulheres. Gestações, mesmo com o usobig brother brasil betanopílula, não costumam surpreender, mas um bebê que nasceubig brother brasil betanouma mulher que usava DIU, por ser muito raro, costuma despertar interesse", avalia Helga Marquesini, ginecologista do Hospital Sírio Libanês.

Nos estudos clínicos, ambos os métodos contraceptivos (e outros, como injeções e adesivos) demonstram uma boa eficácia. Mas, na prática, as taxasbig brother brasil betanofalha dos métodosbig brother brasil betanoação rápida podem variar bastante, uma vez que é necessário lembrar-sebig brother brasil betanoutilizá-los da forma correta.

Com o uso "ideal" da pílula combinadabig brother brasil betanoprogestagênio, por exemplo, o riscobig brother brasil betanoengravidar ébig brother brasil betano0,3%. No entanto, o número sobe para 8% no uso chamadobig brother brasil betano"típico", no qual as mulheres eventualmente esquecembig brother brasil betanotomar o remédio ou acabam tomando-obig brother brasil betanodiferentes horários.

Como resultado, os contraceptivosbig brother brasil betanoação prolongada, como o DIU, demonstram ser até 20 vezes mais eficazes na prevenção da gravidez,big brother brasil betanoacordo com dados da Febrasgo (Federação Brasileira das Associaçõesbig brother brasil betanoGinecologia e Obstetrícia).

Nos casos rarosbig brother brasil betanoque o DIU realmente falha, costuma ser porque está mal posicionado, explica a médica.

"Se o DIU se mover e ficar posicionado muito baixo dentro do útero, isso poderia aumentar a possibilidadebig brother brasil betanofalha do método contraceptivo. É por isso que recomendamos que a paciente passe por consulta para checar a posição do dispositivo, o que pode ser feito com ultrassom, pelo menos uma vez ao ano", explica a ginecologista Ilza Monteiro, vice-presidente da Comissão Nacionalbig brother brasil betanoAnticoncepcionais da Febrasgo.

Por que um bebê 'nascer segurando o DIU' é extremamente improvável

Durante o desenvolvimento fetal, o bebê é envolto pela bolsa amniótica, uma estrutura que o isola do restante do útero e proporciona proteção. Paralelamente, o DIU permanece na cavidade uterina, sem ter contato direto com o bebêbig brother brasil betanoformação.

“Ainda que a membrana rompesse, o bebê teria que ir buscar o DIU, o que sabemos que não acontece. Essas fotos são montadas, e o método acaba sendo difamado por conta disso.”

Além disso, o processobig brother brasil betanonascimento envolve a passagem do bebê pelo canal do parto, enquanto o útero se contrai para expulsá-lo. De acordo com as especialistas, é extremamente improvável que o DIU fosse expelido junto com o bebê, e ainda mais, embig brother brasil betanopequena mão.

Nos episódios rarosbig brother brasil betanoque o DIU falha e a gravidez ocorre com a presença do dispositivo, a equipe médica precisa avaliar se é possível remover o DIU.

“Quando realizamos a remoção do DIUbig brother brasil betanocondições favoráveis, conseguimos mitigar os principais riscos, que incluem infecção na bolsa amniótica, aborto, descolamento prematurobig brother brasil betanoplacenta, sangramentos durante a gravidez e trabalhobig brother brasil betanoparto prematuro”, explica Helga Marquesini.

“No entanto, é importante ressaltar que, lamentavelmente, os dados indicam que, mesmo após a retirada do DIU, não conseguimos reduzir essas complicações para níveis equivalentes aosbig brother brasil betanomulheres que engravidaram sem o usobig brother brasil betanoDIU. Portanto, a taxa dessas complicações permanecerá ligeiramente elevada após a remoção, embora a retirada do dispositivo contribua significativamente para a redução desses riscos.”

DIU: o que é e como age no organismo

O DIU é um dispositivo projetadobig brother brasil betanoformatobig brother brasil betano"T" que é inserido através do colo do útero até a cavidade uterina com o objetivobig brother brasil betanoprevenir a concepção.

A versão hormonal e a versãobig brother brasil betanocobre do DIU têm mecanismosbig brother brasil betanoação distintos, mas ambas compartilham uma mesma missão final: impedir que os espermatozoides encontrem os óvulos.

No caso do DIUbig brother brasil betanocobre, o objeto, sendo um corpo estranho dentro do útero, provoca uma reação inflamatória que torna os espermatozoides mais lentos ou até inativos, impedindo o seu progresso até as trompas e o encontro com o óvulo.

Já os dispositivos hormonais contêm levonorgestrel, um tipobig brother brasil betanoprogesterona semelhante à que ocorre naturalmente na segunda fase do ciclo menstrual.

Sua ação é criar um tampão espesso e denso, dificultando o caminho dos espermatozoides da vagina até o útero e as trompas.

A maioria das mulheres pode usar um DIU, masbig brother brasil betanoalgumas situações não são recomendados. As contraindicações incluem casosbig brother brasil betanoproblemas no útero, infecções pélvicas recentes, sangramento vaginal sem explicação, gestação corrente ou alergia ao cobre (no caso da versão do dispositivo feita deste material).

Algumas contraindicações específicas também se aplicam aos tiposbig brother brasil betanoDIU que liberam hormônios, como histórico familiarbig brother brasil betanocânceres hormônio-dependentes, como câncerbig brother brasil betanomama hormônio-positivo e câncerbig brother brasil betanoovário.

O DIUbig brother brasil betanocobre costuma ser mais barato, é oferecido pelo SUS e tem uma durabilidade maior (10 anos, enquanto o hormonal dura 5 anos), mas também pode aumentar as cólicas e o sangramento menstrual — sintomas que o DIU hormonal ameniza —, segundo especialistas.

"Se não houver nenhuma dessas contraindicações, passa a ser uma escolha da mulher. É especialmente interessante para mulheres jovens, que tendem a esquecer maisbig brother brasil betanotomar a pílula, ou para aquelas que têm rotinas muito agitadas", diz Marquesini.

Apesar da alta proteção contra gestações, é preciso lembrar que os DIUs não protegem contra infecções sexualmente transmissíveis, e, por isso, mesmo com o método contraceptivo, o usobig brother brasil betanocamisinha é essencial.

"É preciso quebrar a ideiabig brother brasil betanoque, com o DIU, a mulher está totalmente protegida. Tenho observado, nos últimos anos, um aumentobig brother brasil betanomulheres contraindo ISTs (infecções sexualmente transmissíveis) — inclusive mulheres grávidas. Além disso, para quem quer evitar a gestação, a camisinha é uma camada a mais", aponta a ginecologista Ilza Monteiro.

DIU não prejudica fertilidadebig brother brasil betanoquem quer engravidar no futuro

Tanto o DIUbig brother brasil betanocobre quanto o hormonal não têm efeitos permanentes sobre a fertilidade,big brother brasil betanoacordo com os especialistas.

Uma vez removido, o DIU deixabig brother brasil betanoexercer seu efeito contraceptivo, o corpo retorna ao funcionamento normal do ciclo menstrual e à ovulação, possibilitando a concepção quando ocorrer o momento desejado.

Estudos não demonstraram diferenças nas taxasbig brother brasil betanogestação após 1 ano entre ex-usuáriasbig brother brasil betanodo dispositivo, implantes, outros contraceptivos oubig brother brasil betanonão usuárias.

Em uma revisão científica que avaliou 17 diferentes estudos, a médiabig brother brasil betanotempo para gravidez foibig brother brasil betano2 a 4 meses após usobig brother brasil betanopílulas ou DIUs ebig brother brasil betanodois a sete meses após usobig brother brasil betanoimplantes.