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Pão e patêdafabet apostasfrango: a estranha história dos saboresdafabet apostassorvete:dafabet apostas
O sorvetedafabet apostaspão integral é elogiado pelo seu sabordafabet apostasnozes carameladas. Talvez ele seja mais familiar para os apreciadores contemporâneos do que outros pratos históricos, mas as delícias geladas consumidas na Grã-Bretanhadafabet apostasséculos passados eram apresentadasdafabet apostasuma imensa variedadedafabet apostasformas e sabores.
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Agnes Marshall era a autoridadedafabet apostassorvetes no final do século 19. Ela publicou dois livrosdafabet apostasreceitas, especificamente sobre “gelados” (1885) e “gelados extravagantes” (1894).
As receitas incluem sabores que variavamdafabet apostasum espinafre gelado à la creme colorido e detalhadamente elaborado até pequenos gelos recheadosdafabet apostastaças.
Estes consistiamdafabet apostasum patêdafabet apostasfrango temperado com currydafabet apostaspó e molho inglês, gemasdafabet apostasovos e anchovas. Eles eram misturados com molho, gelatina e creme batido. Depois, eram congeladosdafabet apostastaças decorativas e servidos “no almoço ou como segundo prato”.
Textos mais antigos contêm sabores ainda mais extravagantes, ao lado dos típicos sorvetes doces.
O livro L’Artdafabet apostasBien Faire les Glaces d’Office (“A artedafabet apostasbem fazer gelados profissionais”,dafabet apostastradução livre,dafabet apostas1768), do especialistadafabet apostasculinária francês Monsieur Emy, traz receitasdafabet apostassorvetesdafabet apostastrufas, açafrão e com diversos saboresdafabet apostasqueijo.
A história do sorvete
Na época dos livrosdafabet apostasAgnes Marshall, o sorvete era muito mais acessível ao público do que nos séculos anteriores.
Antes dos anos 1800, o gelo era recolhidodafabet apostascursos d’água congelados e armazenadodafabet apostasfrigoríficos subterrâneos, que eram principalmente restritos a grandes fazendas com a terra, a riqueza e os recursos necessários paradafabet apostasconstrução.
Mas, a partir dos anos 1820, o gelo consumido na Grã-Bretanha passou a ser importado da Europa continental e, depois, dos Estados Unidos. Ele era depositadodafabet apostaspoçosdafabet apostasgelo e armazéns.
A importaçãodafabet apostasquantidades maioresdafabet apostasgelo reduziu os custos, enquanto inventores projetavam aparelhosdafabet apostascongelamento mecânico.
O gelo só começaria a ser facilmente produzidodafabet apostascasa muito tempo depois. Mas a redução do custo do gelo tornou o sorvete mais acessível. E foram criados implementos para produção domésticadafabet apostasgelo.
Os livrosdafabet apostasreceitasdafabet apostasEmy e Marshall ilustram aparelhos para produzir sorvete e a patente do congeladordafabet apostasMarshall empregou a mesma técnicadafabet apostascongelamento do congeladordafabet apostaspotes e balde (sarbotiere e son seau,dafabet apostasfrancês)dafabet apostasMonsieur Emy.
Gelo e sal eram colocadosdafabet apostasvoltadafabet apostasum balde, no qual uma misturadafabet apostaságua ou creme era agitada ou girada até congelar. A inovaçãodafabet apostasMarshall era a panela rasa, que aumentou a superfície fornecida para congelamento mais rápido.
Equipada com esse congelador (e, talvez, com a Cavernadafabet apostasGelo da patentedafabet apostasMarshall, para armazenar os gelados), as donasdafabet apostascasadafabet apostasclasse média conseguiam produzir sorvete nadafabet apostasprópria cozinha.
O sorvete e o lazer
O sorvete é perfeito para atrair visitantes aos locais históricos hojedafabet apostasdia. Não apenas pela históriadafabet apostascomo ele era produzido na casa, mas peladafabet apostasrelação com as férias.
Seja com uma bebida, uma ostra na praia ou pelo jingledafabet apostasum caminhãodafabet apostassorvete que se aproxima, o sorvete traz claras relações culturais e emocionais com a recreação e o lazer. E isso também acontecia no passado.
Na Grã-Bretanha do século 19, os vendedores ambulantes (muitos deles, imigrantes italianos) começaram a vender pequenas taçasdafabet apostassorvetedafabet apostasbarracas ou carrinhos nas ruas.
Ao contrário das iguarias imaculadamente elaboradas do livrodafabet apostasreceitasdafabet apostasMarshall, que exigiam a compradafabet apostasdiversos equipamentos, estes sorvetes eram produzidos para serem consumidos foradafabet apostascasa.
E também eram baratos – seu nomedafabet apostasinglês era penny licks (algo como "lambidas por centavos"). Os clientes compravam seus geladosdafabet apostastaçasdafabet apostasvidro para “lamber”, comiam e devolviam a taça para o vendedor, que a reutilizava.
Com a crescente quantidadedafabet apostasresorts no litoral e o crescimento da indústria do lazer ao longo do século 19, os gelos eram apreciados nas férias,dafabet apostasexcursõesdafabet apostasum dia edafabet apostaseventos públicos, como feiras ou exibições.
A portabilidade do sorvete, além do seu apelo culinário, fez com que ele ocupasse um lugar permanente no nosso tempodafabet apostaslazer – um capricho delicioso que podemos segurar com uma das mãos e apreciar como partedafabet apostasuma experiência maior.
O atodafabet apostastomar sorvete preparado com uma receita da era georgiana ou vitoriana, portanto, conecta os visitantes atuais a uma longa tradiçãodafabet apostasapreciar gelados como formadafabet apostasrecreação.
Provavelmente, os locais históricos não irão adotar as formas menos higiênicasdafabet apostasque o sorvete costumava ser consumido. Mas servir receitas históricas oferece aos visitantes a oportunidadedafabet apostassaborear uma nova cadeia sensorial do passado.
E aquele sabor pode estar relacionado a histórias maiores. A partir do sorvete, podemos aprender sobre desenvolvimentos tecnológicos, avanços no comportamento relativo à higiene, viagens globais, disponibilidadedafabet apostasingredientes ao longo do tempo, tendências, moda e hábitosdafabet apostaslazer.
Afinal, analisar a história dos alimentos – das latas nos nossos armários até uma xícaradafabet apostaschá ou um sorvete na praia – pode nos trazer novas perspectivas sobre o passado e o presente.
* Lindsay Middleton é historiadora alimentar e associadadafabet apostasintercâmbiodafabet apostasconhecimento da Universidadedafabet apostasGlasgow, no Reino Unido.
Este artigo foi publicado originalmente no sitedafabet apostasnotícias acadêmicas The Conversation e republicado sob licença Creative Commons. Leia aqui a versão originaldafabet apostasinglês.
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