Conheça o Ftira, pão feito da mesma forma há maiscasa de aposta saque rapido500 anoscasa de aposta saque rapidoMalta :casa de aposta saque rapido

Apenas uma faixa com fotos da família indicam que, naquela casa, igual a tantas outras da cidadecasa de aposta saque rapidoTas-Sliema, ao lado da capital Valetta, saem Ftiras quentinhos desde as primeiras horas da manhã.

A padaria não tem website, muito menos redes sociais. Assim mesmo, clientes fiéis guiados pelo aroma das fornadas não paramcasa de aposta saque rapidochegar.

O ambiente da padaria é quente e dominado por homens experientes com mais idade que Nicholas. O calor vem do fogo que nunca se apaga dentro dos fornos a lenha que já eram utilizadoscasa de aposta saque rapidoMalta há 500 anos.

"Neste trabalho temos muita dedicação, faz muito calor no verão e trabalhamos todos os dias,casa de aposta saque rapidosegunda a domingo", conta o jovem padeiro.

A massa do Ftira não tem muito segredo: farinha, fermento, água e sal. Mas a diferença principal estácasa de aposta saque rapidoseu tempocasa de aposta saque rapidocozimento, apenas 20 minutos no fornocasa de aposta saque rapidoalta temperatura. O que resulta ser três vezes mais rápido que o cozimentocasa de aposta saque rapidoum pão maltês comum.

Paul Vella, dono da padaria Paul Ta Kalc, localizadacasa de aposta saque rapidoAl-Qormi, cidade no sul da ilhacasa de aposta saque rapidoMalta, explica que o Ftira é feito a partir da mesma receitacasa de aposta saque rapidomassa do pão maltês, mas a diferença principal está no formatocasa de aposta saque rapidoque o pão é moldado.

Essa foi uma tecnologia desenvolvida no começo do século 16, quando a ilhacasa de aposta saque rapidoMalta era dominada pela ordem militar cristã dos Cavaleiros Hospitalários.

Nesse período, os padeiros precisavamcasa de aposta saque rapidouma solução para assar mais com menos lenha. E assim nasceu este pão achatado, crocante e com um furo no meio.

"Sei quando a massa está pronta para assar com um toque, e se o pão está macio pela cor da casca", conta Paul, que faz esse trabalho há 25 anos.

A posição estratégicacasa de aposta saque rapidoMalta, rodeada pelo mar Mediterrâneo, fez com que a ilha fosse conquistada por diferentes povos. Árabes, romanos, franceses e ingleses deixaramcasa de aposta saque rapidocultura gastronômica nestas terras.

O país se tornou independentecasa de aposta saque rapido1964, mas ficou órfãocasa de aposta saque rapidopratos com assinatura própria. O Ftira é uma das únicas receitas que conseguem unir opiniões ao redor do país: é autênticocasa de aposta saque rapidoMalta.

O pão que é Patrimônio Cultural Intangível pela Unesco

A receita original para rechear o pão maltês leva ingredientes mediterrâneos como alcaparras, cebolas, conservascasa de aposta saque rapidotomate e azeite. Mas caminhando pelas ruas da capital Valeta, é possível encontrar salmão defumado e até nutella entre as fatias dos pães.

"Embora as combinaçõescasa de aposta saque rapidosabores do Ftira tenham se modernizado, a tradição se manteve intacta por séculos", conta Noel Buttigieg, membro do Institutocasa de aposta saque rapidoTurismo e Culturacasa de aposta saque rapidoMalta.

A história do pão maltês é passadacasa de aposta saque rapidopai para filho nos bairroscasa de aposta saque rapidoMalta, mas também é estudada na maior universidade do país.

Buttigieg é referência nacional no campo da antropologia da alimentação, mas concentrou suas pesquisascasa de aposta saque rapidopanificação mediterrânea, especialmente no Ftira.

O pesquisador foi o responsável pela indicação da tradição do Ftira à Unesco, que foi finalmente considerado como Patrimônio Cultural Intangívelcasa de aposta saque rapido2020.

Mas, para garantir uma vaga no hall da fama para o pão secular, o professor criou relacionamentos com padeiros ao redor da ilha por anos e precisou recolher centenascasa de aposta saque rapidoassinaturas que apoiassem a ideia.

A possibilidadecasa de aposta saque rapidoabsorver novidades foi um dos motivos principais para a ratificação do Ftira na Unesco, outro foi o acréscimocasa de aposta saque rapidomulheres padeiras.

Isso porque os homens seguem sendo os principais padeiros artesanais, e muitos afirmam que o ambiente quente é o que afasta a presença feminina dos fornos a lenha. Porém, é possível encontrar mulheres com mãos experientes abrindo quiloscasa de aposta saque rapidomassa no emblemático formatocasa de aposta saque rapidorosca do Ftira.

O presente e o futuro

"De 116, hoje temos 60 padarias artesanais na ilha. Em quase uma geração perdemos metade delas", conta Noel Buttigieg à BBC News Brasil.

Uma das possíveis explicações para a diminuição da panificação artesanal é o crescente númerocasa de aposta saque rapidopadarias industriais que começaram a chegar à ilha.

Nos últimos 20 anos, Malta viu o aparecimentocasa de aposta saque rapidopelo menos cinco delas, conta Buttigieg. Segundo ele, esses novos empreendimentos mecanizados levam o mercado para longe das padarias tradicionais.

"É difícil, porque, além da dificuldade do trabalho, quase não existem trabalhadores que queiram exercer essa profissão", conta o padeiro Nicholas Sammut.

A faltacasa de aposta saque rapidomãocasa de aposta saque rapidoobra também é um dos fatores que prejudicam a manutenção da tradição do Ftira.

É raro encontrar jovens como Nicholas comandando todo o ritual da reposiçãocasa de aposta saque rapidolenha, beneficiamento da farinha e entrega dos Ftiras.

Segundo ele, muitos jovens vão estudar fora da ilhacasa de aposta saque rapidoMalta e voltam desesperados para comer um sanduíchecasa de aposta saque rapidoFtira, mas não se interessamcasa de aposta saque rapidotrabalhar nas padarias.

"Não perderemos o Ftira, mas possivelmente o Ftira feitocasa de aposta saque rapidomaneira artesanal", afirma o padeiro.

O Ftiracasa de aposta saque rapidoMalta é como o pão francês, ou pãocasa de aposta saque rapidosal, no Brasil. Faz parte da rotina e acompanha os maltesescasa de aposta saque rapidodiferentes refeições ao longo do dia.

Na ilhacasa de aposta saque rapidoGozo, que faz partecasa de aposta saque rapidoMalta, o Ftira é consumido como uma pizza. Já nas regiões mais centrais, ele pode ser servido puro, com manteiga, azeite oucasa de aposta saque rapidoformatocasa de aposta saque rapidosanduíche.

"Aqui na rua principalcasa de aposta saque rapidoValeta servimos muitos sanduíchescasa de aposta saque rapidoFtira embalados para viagem. Assim, os clientes conseguem levar para a praia ou piscinas naturais da ilha", conta a empresária Luana Gaudeano.

Luana é italiana e é sócia da lanchonete The Submarine. Junto com seu esposo, decidiu empreendercasa de aposta saque rapidoMalta. Segundo ela, é bastante comum esse intercâmbio entre a gastronomia italiana e a maltesa, pela proximidade geográfica.

Mas, mesmo tentando servir outras receitas, o carro-chefe da lanchonete segue sendo o sanduíchecasa de aposta saque rapidoFtira.

"O Ftira é interessante também desde um pontocasa de aposta saque rapidovista turístico, é o pão mais popular entre os estrangeiros", conta Luana.

Em meio ao pessimismo da perda desse saber tradicional, a recente nomeação do Ftira como patrimônio da Unesco parece trazer alguma esperança.

Os padeiros-artesãos acreditam que, mesmo com a industrialização da produção do Ftira, ainda haverá espaço para aqueles que chegam até a ilhacasa de aposta saque rapidobusca do sabor autênticocasa de aposta saque rapidoum pão feito da mesma forma há maiscasa de aposta saque rapido500 anos.

casa de aposta saque rapido Onde encontrar o Ftiracasa de aposta saque rapidoMalta

casa de aposta saque rapido CARMELO MICALLEF BAKERY

2, Triq San Trofimu, Tas-Sliema, Malta

+35621340628

casa de aposta saque rapido TA KALC PAUL’S BAKERY

56, Triq L-Isqof Scicluna, Ħal Qormi, Malta

+356 7747 5502

casa de aposta saque rapido THE SUBMARINE SANDWICHS

42, Triq il-merkanti, Il-Belt Valletta VLT 1173, Malta

+356 7706 4944