'Brancos estão sendo substituídos por imigrantes': a teoria da conspiração que influencia eleições nos EUA:casa aposta com

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Manifestação anti-imigração na Califórniacasa aposta com2019

Personalidades da direita radical americana, como o apresentador da Fox News Tucker Carlson e o candidato a vicecasa aposta comTrump, J.D. Vance, também aludem ao relato.

Pule Matérias recomendadas e continue lendo
Matérias recomendadas
casa aposta com de :Temos os melhores relatórios de previsão, você está convidado a participar

Cross-border transactions: Making a trip to the United States and notice a debit terminal at a store? You may be able to pay using Interac Debit.
Interac e-Transfers are only available in Canada for individuals who have Interac-partnered bank accounts (most of them). So, no you cannot use Interac e-Transfer in the U.S. That being said, Interac does have a collaboration with Mastercard and Western Union to allow Canadians to send International Transfers.

{k0}

Você está procurando um lugar para assistir Chapecoense e CRB? Não procure mais! Aqui estão algumas opções casa aposta com você pegar o jogo:

  • Estádio Arena Condá: Este é o estádio casa aposta com origem do Chapecoense e pode acomodar até 19.722 espectadores, localizado casa aposta com {k0} Capecó (Santa Catarina).
  • Estádio do Café: Este estádio está localizado casa aposta com {k0} Londrina, Paraná e pode acomodar até 44.977 espectadores. É o local casa aposta com origem da CRB
  • Joinville: Localizado casa aposta com {k0} Junevil, Santa Catarina (Brasil), este estádio pode acomodar até 12.000 espectadores e é um possível local para o jogo.

{k0}

Os ingressos podem ser comprados on-line através do site oficial da Chapecoense ou CRB, na bilheteria no dia casa aposta com jogo. Certifiquese que verifica a disponibilidade dos bilhetes com antecedência e eles se esgotam rapidamente!

Outras informações:

Se você está planejando participar do jogo, não se esqueça casa aposta com verificar o horário e os horários para as equipes. Também é uma boa ideia familiarizar-se com regras dos estádios antes da partida; E claro que também deve usar cores das suas equipas!

{k0}

Participar casa aposta com um jogo Chapecoense e CRB pode ser uma experiência emocionante para qualquer fã do futebol. Com estas opções, onde assistir ao game você poderá escolher o local que melhor se adapte às suas necessidades ou preferências! Não perca a oportunidade casa aposta com {k0} apoiar sua equipe no seu time

pix bet365 apk download

os hoje, originalmente sendo referido como uma "máquina casa aposta com frutas" ou "bandido casa aposta com um

ço". Sininho da liberdade (jogo) - Wikipedia 🔑 en.wikipedia : Wikipédia em: Fiel

Fim do Matérias recomendadas

Trata-se, porém,casa aposta comuma teoria da conspiração, que, segundo especialistas, está profundamente conectada a outra narrativa igualmente falsa que circula há anos — se não há séculos.

A chamada teoria da "grande substituição" difunde a ideiacasa aposta comque há uma elite que usa a imigraçãocasa aposta commassa para substituir a população originalcasa aposta comum determinado país, geralmentecasa aposta commaioria branca, por imigrantes não brancos.

Pule Que História! e continue lendo
Que História!

A 3ª temporada com histórias reais incríveis

Episódios

Fim do Que História!

"A teoria basicamente prega que a mudança nos padrõescasa aposta compopulação que estamos observando nos últimos anos não aconteceram por acaso, mas estão sendo promovidas por um conjuntocasa aposta comelites políticas", afirma Michael Feola, professor da Lafayette College, nos Estados Unidos, e pesquisador da política racial da direita radical americana.

Quando falamcasa aposta comelites, aqueles que acreditam nesta teoria geralmente se referem a partidoscasa aposta comesquerda ou adeptos da social-democracia, grandes corporações e comunidades judaicas, explicou Cas Mudde, professor da Universidade da Geórgia ao podcast The Real Story da BBC.

Segundo Mudde, a teoria da "grande substituição" vai alémcasa aposta comoutras narrativas racistas que pregam a existênciacasa aposta comuma ondacasa aposta commigração maligna ou uma "islamização da Europa".

De acordo com a teoria, diz o professor, as ditas elites não querem apenas "substituir" a população nativa, mas também obter vantagens políticas com isso.

"A ideia é que eles estão fazendo isso para se manter no poder", explica Mudde.

Uma 'nova' teoria antiga

A origem do termo "grande substituição" é atribuída ao autor francês Renaud Camus,casa aposta comobras publicadas entre 2010 e 2011.

Nelas, Camus argumenta que os "franceses étnicos" e os europeus brancos estariam sendo substituídos física, cultural e politicamente por pessoas não brancas.

Embora os textos não tenham sido traduzidos para o inglês inicialmente,casa aposta comtese foi acolhida por grupos supremacistas dos Estados Unidos desdecasa aposta compublicação.

Assim, por exemplo, os lemas "não nos substituirão" e "os judeus não nos substituirão" foram entoados por manifestantes da direita radical que tomaram as ruascasa aposta comCharlottesville, nos Estados Unidos,casa aposta comagostocasa aposta com2017.

Os pensamentoscasa aposta comCamus também foram apontados como parte da motivaçãocasa aposta comalguns ataques racistas nos Estados Unidos e na Nova Zelândia, apesar do francês rechaçar com veemência esses atos e dizer que a "não violência" é um elemento centralcasa aposta comsua filosofia.

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Lemas que remetem à teoria da 'grande substituição' foram entoados por manifestantes da direita radicalcasa aposta comCharlottesvillecasa aposta com2017

Na França, as ideias também ganharam força por meio da vozcasa aposta comEric Zemmour, jornalista que entrou para a política e concorreu à Presidência com uma plataformacasa aposta comdireita radicalcasa aposta com2022.

Mas estudiosos do tema afirmam que as ideias na qual a teoria se baseia circulavam muito antes disso.

Segundo Mudde, a teoria já era bastante popular entre a direita radical desde as décadascasa aposta com1980 e 1990, quando quase todos os partidos dessa vertente na Europa circulavam alguma versão dessa ideia.

"Mas cresceucasa aposta comforma exponencial à medida que a direita radical ganhou espaço", diz o professor.

É ainda possível identificar ideias semelhantescasa aposta comtextos e narrativas anti-imigração que datam desde o século 18 nos Estados Unidos.

Benjamin Franklin expressou desdém pelos imigrantes holandeses que chegaram no país por voltacasa aposta com1750, e o advogado eugenista Madison Grant ecoou essas ideiascasa aposta comobras baseadas no racismo científico no início do século 20.

Na era moderna, especialistas apontam também para o livro O Diáriocasa aposta comTurner, um romancecasa aposta com1978 escrito pelo supremacista branco William Luther Pierce sob o pseudônimocasa aposta comAndrew Macdonald.

A obra deu voz a estas noções ao descrever uma revolução violenta nos Estados Unidos com uma guerra racial que leva ao extermíniocasa aposta comnão brancos.

"Essas ideiascasa aposta com'poder branco' e as tradições supremacistas brancas estão nos Estados Unidos há gerações", diz Michael Feola, da Lafayette College.

"Antes, eles falavamcasa aposta com'extermínio branco' ou 'genocídio branco'casa aposta comvezcasa aposta comsubstituição."

Racismo, xenofobia e antissemitismo

Ao longo dos anos, a teoria ganhou contornos e alvos distintos, dizem os especialistas.

"O indivíduo que é considerado 'de fora' dependecasa aposta comquem é o outrocasa aposta comcada contexto particular", diz Jacob Davey, pesquisador do Instituto para Diálogo Estratégico (ISD), com sedecasa aposta comLondres.

"Na Europa, os muçulmanos têm sido considerados esse grupo externo primário e têm sido alvocasa aposta comextremistascasa aposta comdireita repetidas vezes. Mas o componente antissemita surgecasa aposta comtemposcasa aposta comtempos também."

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Protesto contra racismo e islamofobiacasa aposta comabrilcasa aposta com2024casa aposta comParis

Nos Estados Unidos, afirma o especialista, a teoria foca na população afro-americana e nos imigrantes da América Latina.

Davey afirma ainda que, atualmente, a narrativa da teoria se manifesta muitas vezes casa aposta comtemores sem fundamentocasa aposta comque imigrantes estão "roubando os empregos" da população nativa ou "mudando a personalidade"casa aposta comuma cidade.

"É claro que nem todas as pessoas que acreditam nisso são parte da direita radical", afirmou o pesquisador ao podcast The Real Story da BBC.

"Mas a direita radical reconhece essas ansiedades e realmente busca capitalizá-las."

Ao mesmo tempo, a ideiacasa aposta comque são elites formadas por judeus que orquestram a "grande substituição" também aparece com frequência, segundo Feola.

"Muitas vezes, nos fóruns da direita radical, vemos as elites judaicas sendo apontadascasa aposta comforma caricatural e realmente grosseira como os responsáveis por projetar dos bastidores essas mudanças populacionaiscasa aposta comnação após nação após nação", diz o professor.

"Isso se relacionacasa aposta comcerta forma com tópicoscasa aposta comoutras teorias da conspiração antissemitas mais antigas."

Ainda segundo o estudioso, é justamente o fato da teoria apontar membros da elite ou grandes entes poderosos como os responsáveis por um plano maior ajuda a explicar seu apelo.

"A maneira como a teoria usa a estrutura básicacasa aposta commuitas das teorias da conspiração populares atualmente a torna atraente para muitas pessoas", diz.

"Elas basicamente atribuem todas as mudanças pela qual o mundo está passando, sejam mudanças nos padrões populacionais, instabilidade no suprimentocasa aposta comalguns alimentos, a pandemia, a um único culpado misterioso."

Além disso, afirma Adolphus Belk Jr., professor na Universidade Winthrop, no Estados Unidos, o racismo e a xenofobia que já fazem partecasa aposta commuitas dessas sociedades facilitam que essas ideias ganhem forçacasa aposta commeio a um cenáriocasa aposta comaumento da imigração e mudança nos padrões populacionais.

"Por que as pessoas acreditam nisso? Há na populaçãocasa aposta comgeral atitudes antinegros, antilatinos, antimuçulmanos e antissemitas que fornecem um panocasa aposta comfundo para radicalizar as pessoas e levá-las a aderir a estas falsas narrativas", disse o pesquisador à BBC.

Tudo isso, segundo especialistas, é extremamente perigoso e vem estimulando a violência racial.

Acredita-se que os autores dos massacrescasa aposta comChristchurch, na Nova Zelândia,casa aposta com2019, ecasa aposta comCharleston, na Carolina do Sul,casa aposta com2015, acreditavamcasa aposta comideias que fazem parte da teoria da "grande substituição".

No ataque da Nova Zelândia, o supremacista branco Brenton Tarrant atirou contra muçulmanos que rezavamcasa aposta comduas mesquitas, deixando 51 pessoas mortas.

Já no atentado nos Estados Unidos, nove pessoas morreram depois que Dylann Roof abriu fogocasa aposta comuma igrejacasa aposta comcomunidade negra.

Crédito, Reuters

Legenda da foto, O supremacista branco Brenton Tarrant fez uma transmissão ao vivo nas redes sociais do ataquecasa aposta comChristchurch, na Nova Zelândia

Quem acredita na teoria?

As ideiascasa aposta comsubstituição racial são especialmente populares nos Estados Unidos e na Europa, apontam especialistas.

Na França, alémcasa aposta comEric Zemmour, outras forças políticascasa aposta compeso da direita radical já deram voz a preocupações semelhantescasa aposta comalgum momento.

Uma pesquisacasa aposta com2021, realizada pela Harris Interactivecasa aposta comconjunto com a revista semanalcasa aposta comnegócios Challenges, mostrou que 61% dos franceses acreditavam na teoria, enquanto cercacasa aposta com67% estavam preocupados que isso pudesse ocorrer no futuro.

Pesquisadores também identificam uma extensa influência das ideiascasa aposta comsubstituição na Hungria, onde o presidente Viktor Orbán profere com certa frequência discursos anti-imigraçãocasa aposta comcompasso com ideias da "grande substituição".

Nos Estados Unidos, diversas figurascasa aposta comprojeção nacional ligadas ao movimento da direita radical têm se mostrado importantes para a difusão da teoria, diz o professor Michael Feola.

Crédito, Reuters

Legenda da foto, Trump insinuou, sem qualquer evidência, que imigrantes ilegais estariam chegandocasa aposta commassa no país para votar

Segundo o especialista, enquanto Trump usa uma sériecasa aposta comargumentos característicos da "grande substituição", como a ideiacasa aposta comuma "invasãocasa aposta comimigrantes" ou o uso pelos democratascasa aposta comimigrantes ilegais nas eleições, ele não costuma nomear diretamente a teoria.

"Mas seus aliados invocam a história e a linguagem mais específicas da substituição. Em grande parte para dizer que o Partido Democrata está importando intencionalmente eleitores da América Latina e do Sul global para ganhar poder eleitoral", afirma Feola.

Um desses aliados é Vivek Ramaswamy, empresário que foi pré-candidato às eleições pelo Partido Republicano.

Em um debate televisionado, ele afirmou que a teoria da "'grande substituição' (...) não é uma grande teoria da conspiraçãocasa aposta comdireita, mas parte da plataforma básica do Partido Democrata".

O companheirocasa aposta comchapacasa aposta comTrump, J.D. Vance, também já fez menções à ideia, assim como o bilionário Elon Musk.

Essas declarações têm tido um impacto direto no aumento da crença na teoria entre a população americana.

Pesquisadores da Universidadecasa aposta comMiami utilizaram uma pesquisa nacionalcasa aposta com2022 para indicar que um terço dos americanos concorda atualmente que lideranças estão substituindo pessoas brancas por pessoas não brancas.

"Essas crenças estão relacionadas a traçoscasa aposta compersonalidade antissocial, várias formascasa aposta comsentimentos nacionalistas e autoritários e sentimentos negativoscasa aposta comrelação a imigrantes, minorias, mulheres e o establishment político", dizem os pesquisadorescasa aposta comum artigo publicado na revista científica Politics, Groups, and Identities.

Ainda segundo os autores, a combinação entre um público com predisposição para essas características e a constante repetição das ideias por figurascasa aposta comdestaque "pode criar uma tempestade perfeita" na qual comportamentoscasa aposta comestilo vigilante e violentos se tornam cada vez mais frequentes.

Imigrantes ilegais nas urnas?

No contexto político americano, o tema também tem crescido a pontocasa aposta comse tornar um elemento significativo na corrida eleitoral americana.

O foco é justamente a ideia infundadacasa aposta comque grandes gruposcasa aposta comimigrantes ilegais se preparam para votar e influenciar o pleito a favor dos democratas.

"Certamente é uma tentativacasa aposta comprovocar medo, ansiedade e pânico no eleitorado americano para tentar beneficiar as alas mais à direita do Partido Republicano", afirma Feola.

Uma reportagem recente do jornal The New York Times mostrou como advogados proeminentes, parlamentares, influenciadorescasa aposta comdireita e outros aliadoscasa aposta comTrump têm feito pressão sobre as autoridades eleitorais americanas para barrar o que acreditam ser uma massacasa aposta comimigrantes ilegais que pretendem votar nos democratas.

Segundo a reportagem, essas figuras "têm pedido por expurgoscasa aposta comlistascasa aposta comeleitores, entrado com ações judiciais, se preparado para monitorar locaiscasa aposta comvotação e espalhado desinformação online", abrindo as portas para futuros questionamentos sobre a credibilidade do pleito.

Não há, porém, nenhuma evidência para sustentar essa narrativa.

Um estudo do Brennan Center for Justice, uma organização sem fins lucrativos focadacasa aposta comquestõescasa aposta comvotação e justiça criminal, analisou 42 jurisdições eleitorais nas eleiçõescasa aposta com2016.

Nestes locais, os votos indevidoscasa aposta comnão cidadãos representaram 0,0001% do totalcasa aposta comvotos.

Mesmo a conservadora Fundação Heritage, que mantém uma basecasa aposta comdados que se dedica a registrar casoscasa aposta comfraude eleitoral, encontrou apenas 23 casos documentadoscasa aposta comvotaçãocasa aposta comnão cidadãoscasa aposta comtodo o país entre 2003 e 2023.