'Argenchina': por que Argentina desbancou Brasil e virou 'queridinha' da China na América Latina :cacaniquel

Montagem com bandeiras da China e da Argentina

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Em 2022, China investiu US$ 1,34 bilhão na Argentina, contra US$ 1,30 bilhão no Brasil

Em 2022, segundo o estudo do Conselho Empresarial Brasil China (CEBC) Investimentos chineses no Brasil: 2022 — tecnologia e transição energética, o montante destinado por Pequim à Argentina somou US$ 1,34 bilhão, contra US$ 1,30 bilhão recebido pelos brasileiros.

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Os Três Títulos da Taça Libertadores das Américas do Palmeiras e a Sua Grande Base cacaniquel Fãs

O Palmeiras é um dos clubes cacaniquel futebol tradicionais da Copa Libertadores, tendo vencido o torneio em3 ocasiões(1999, 2024, 2024). O clube, também conhecido como Verdão, é considerado um dos maisgrandes e populares do país, com uma impressionante torcida cacaniquel aproximadamente 21 milhões cacaniquel pessoas e 184.680 associadas oficiais.

Fundado cacaniquel {k0} 1914, no distrito cacaniquel Perdizes, na cidade cacaniquel São Paulo, o Palmeiras é um dos clubes mais queridos e reconhecidos na América do Sul, além cacaniquel detentor cacaniquel numerosos títulos e conquistas.

  • 10 títulos do Campeonato Brasileiro
  • 36 títulos do Campeonato Paulista
  • 2 títulos da Copa do Brasil

Além disso, a sua história e conquistas esportivas são dignas cacaniquel nota, fazendo do Palmeiras um dos clubes mais importantes e influentes do futebol mundial:

  • É detentor do título da Copa Rio - antecessora da Copa Intercontinental e da atual Liga dos Campeões da FIFA - cacaniquel {k0} 1951.
  • Venceu a Copa EuroAmericana cacaniquel {k0} 2014 e cacaniquel {k0} 2024.
  • Assumiu o posto cacaniquel primeiro colocado do Ranking da Confederação Sul-Americana cacaniquel Futebol - CONMEBOL cacaniquel {k0} 1998 e 2024.

A Torcida do Palmeiras

Ao longo dos seus 108 anos cacaniquel história, o Palmeiras tem construído uma basesolidíssima cacaniquel fãs. Segundo uma pesquisa da Pluri Consultoria cacaniquel {k0} 2024, o Palmeiras possui cerca cacaniquel 21 milhões cacaniquel torcedores, sendo o terceiro time brasileiro com a maior base cacaniquel torcedores. cacaniquel acordo com a IBOPE.

Ascorrespondentesestatísticas do CNT/Sports Marketing Report indicam uma torcida superior a 31 milhões cacaniquel torcedores, situando o Palmeiras como o clubecom a quinta maior torcida do mundo.

Conclusão

Com título cacaniquel provedor histórico, as conquistas do Palmeiras com ostres títulos:1999, 2024, 2024 da Taça Libertadores das Américas demonstram poder e comprometimento. Adorado pela imensa turma, a equipe perde os jogos menos que outros clubes no Brasil.

Fim do Matérias recomendadas

Mais recentemente, após lobby chinês, a Argentina foi anunciada como um dos seis países que vai passar a integrar os Brics a partircacaniquel2024, grupo formado por Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul. Os outros são Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia e Irã.

E, desde o ano passado, a Argentina faz parte da chamada 'Nova Rota da Seda', projeto desenvolvimentista chinês. Foi a primeira grande economia da América Latina a aderir à iniciativa.

Especialistas ouvidos pela BBC News Brasil dizem acreditar que o ano passado foi um caso isolado, e o Brasil — que sempre recebeu praticamente a metade do total do investimento chinês na América Latina — deve retomar a liderança (ler mais abaixo).

E, mesmo com a possível vitória do anarcocapitalista Javier Milei, o candidato presidencial mais bem cotado nas pesquisascacaniquelintençãocacaniquelvoto e aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que já criticou abertamente a China, eles consideram pouco provável um rompimento entre os dois países.

O primeiro turno das eleições presidenciais argentinas vai ocorrer no próximo domingo, dia 22cacaniqueloutubro — Sergio Massa (União pela Pátria), o candidato governista, e Milei (A Liberdade Avança), da oposição, são os favoritos na disputa. Em terceiro nas sondagens, está a também opositora e ex-ministracacaniquelsegurança argentina Patricia Bullrich (Juntos pela Mudança).

Dependência

Sergio Massa

Crédito, Reuters

Legenda da foto, Sergio Massa, ministro da Economia argentino e candidato presidencial, brincou que Argentina deveria ser rebatizadacacaniquel"Argenchina"
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Que História!

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Episódios

Fim do Que História!

A China é o segundo principal parceiro comercial da Argentina, depois do Brasil. Trinta anos atrás,cacaniquel1992, era o 14º.

As razões para a aproximação entre os dois países são muitas, algumas das quais também explicam o interesse chinês pelo Brasil.

De um lado, a Argentina, assim como o Brasil, é um país que exporta commodities — uma potência tanto na agricultura, com carne, trigo, milho, soja, quantocacaniquelrecursos minerais, com petróleo, gás e lítio.

De outro, a China, com uma populaçãocacaniquelmaiscacaniquel1,4 bilhãocacaniquelpessoas e um apetite voraz, precisa dessas matérias-primas para se desenvolver e crescer.

"A China sempre vai precisar importar uma grande quantidadecacaniquelalimentos porque os seus próprios recursos agrícolas não são suficientes. Nesse sentido, a Argentina, com acacaniquelenorme riqueza agrícola, é um parceiro óbvio", diz à BBC News Brasil Jorge Heine, ex-ministrocacaniquelAtivos Nacionais do Chile e ex-embaixador chilenocacaniquelPequim, hoje professor na UniversidadecacaniquelBoston, nos Estados Unidos.

Mas a escassez históricacacaniqueldólares do país vizinho, sobretudo pelas altas dívidas externas contraídas ao longocacaniquelsuas diversas crises, acabou por aumentar essa dependência.

"A Argentina hoje não tem muitas opções na mesa que não envolvam a China, essa é uma realidade incontornável. Sob riscocacaniquelcalote dos Estados Unidos e bancos ocidentais, Europa cada vez mais distante da região, a Rússia, que poderia aproveitar esse vácuo, às voltas com suas crises por conta da guerra na Ucrânia...o único país com envergadura para costurar algum tipocacaniquelparceria mais confortável com a Argentina é a China", diz Tulio Cariello, diretorcacaniquelConteúdo e Pesquisa do CEBC.

Em junho, a Argentina fechou um acordo com o Banco do Povo da China, o BC chinês, para ampliar o swap cambial, que no total chega a US$ 19 bilhões e que permitiu ao país, tendo acesso a menoscacaniquelum terço desses recursos, junto com um desembolso do BancocacaniquelDesenvolvimento da América Latina e Caribe (CAF), pagarcacaniquelyuans parte da dívida com o Fundo Monetário Internacional (FMI).

E, como panocacaniquelfundo, também há a questão geopolítica — a China vem aumentandocacaniquelinfluência sobre a América Latina, uma região que por muito tempo foi considerada "o quintal"cacaniquelseu principal arquirrival no xadrez geopolítico internacional: os Estados Unidos.

"A China tem uma visãocacaniquellongo prazo sobre seus investimentos e, neste sentido, problemas ou contratempos da economia argentina constituem um obstáculo menor do que para as empresas ocidentais", explica Heine.

Além disso, segundo ele, "a economia americana compete com a economia argentina — os EUA produzem carne e soja, por exemplo. Há mais elementoscacaniquelcomplementaridade entre as economias chinesa e argentina, o que explica essa parceria frutífera", acrescenta.

Para uma fonte do alto escalão do governo argentino, ouvida pela BBC News Brasil sob condiçãocacaniquelanonimato, a China "foi o principal aliado financeiro da Argentina nos últimos tempos e o presidente Alberto Fernández é grato ao governo chinês. Por isso,cacaniquelúltima viagem internacional foi à China, num gestocacaniqueldiplomacia presidencial, após a renovação do swapcacaniquelmoedas".

Fernández chegou à China no último sábado (14/10) para se encontrar com a ex-presidente Dilma Rousseff, chefe do Novo BancocacaniquelDesenvolvimento (também chamadocacaniquel"Banco dos Brics"),cacaniquelXangai, e com o presidente chinês, Xi Jinping,cacaniquelPequim.

Ele participa do 3º Fórum do Cinturão e Rota para a Cooperação Internacional e também se encontra com investidores.

Alberto Fernández

Crédito, Reuters

Legenda da foto, Presidente argentino Alberto Fernández escolheu China comocacaniquelúltima viagem presidencial

Brasil

Apesarcacaniquela Argentina ter ultrapassado o Brasilcacaniquelvolumecacaniquelinvestimentos no ano passado, especialistas ouvidos pela BBC News Brasil não acreditam que isso vá se tornar uma tendência.

"Acho que essa questãocacaniquela Argentina ultrapassar o Brasil tem que ser contextualizada. A diferença entre os doiscacaniquel2022 é muito pequena, não chega nem a US$ 500 milhões. Sem contar quecacaniqueltermos históricos, o Brasil quase sempre liderou, com alguns países da região ultrapassandocacaniquelraros momentos por quentões pontuais. O Chile, por exemplo, já ficou na frente do Brasil por ter recebido um investimento gigantesco na áreacacaniquellítio", diz Cariello, do CEBC.

Heine, da UniversidadecacaniquelBoston, concorda.

"Considero o que aconteceu no ano passado mais como um acaso do que qualquer outra coisa. Há vários projetos chineses sendo desenvolvidos no Brasil. Portanto, o que acontececacaniquelum ano não significa necessariamente uma tendência", assinala.

Investimentos não concretizados

SupermercadocacaniquelBuenos Aires

Crédito, Reuters

Legenda da foto, Crise econômica aumentou dependênciacacaniquelArgentina junto à China

Segundo o relatório do CEBC, no ano passado, um dos motivos que ajudou a Argentina a superar o Brasilcacaniquelvolumecacaniquelaportes chineses foram os negócios expressivos no segmentocacaniquellítio, na áreacacaniquelmineração.

Houve duas aquisições na exploração do mineral por parte das chinesas Ganfeng Lithium e Zijin Mining Group.

Mas especialistas apontam que, assim como acontece no Brasil, muitos investimentos chineses bilionários anunciados na Argentina ainda não saíram do papel.

"Há maiscacaniquel15 anos, a China vem anunciando investimentos na Argentina que na maioria dos casos não se concretizaramcacaniquelforma suficiente. O que tem acontecido, ultimamente, são alguns investimentos específicos", diz à BBC News Brasil o economista Marcelo Elizondo, presidente do Comitê Argentino da CâmaracacaniquelComércio Internacional (ICC).

Emcacaniquelvisão, "a Argentina é pouco atraente para investidores chineses, que se depararam com muitos obstáculos", acrescenta ele, citando a "brecha cambial" (as diferenças entre o câmbio oficial e as várias cotações paralelas do dólar) e a dificuldade para importar insumos e máquinas para a produção.

"Neste sentido, a China tem estado presente muito mais pelas urgências financeiras e conjunturais da Argentina (como o pagamento ao FMI)", acrescenta.

Mudançacacaniquelrumo com Milei?

Javier Mileicacaniquelcampanha na Argentina

Crédito, Reuters

Legenda da foto, Especialistas não acreditamcacaniquelrompimento entre China e Argentina com vitóriacacaniquelJavier Milei

E o que deve acontecer com a Argentina se o candidato mais bem cotado à presidência, o anarcocapitalista Javier Milei, vencer?

Tachadocacaniquel"Trump argentino", Milei aventou "cortar relações com a China", devido ao fatocacaniquelque o país asiático é governado pelo Partido Comunista, e quer reaproximar a Argentina dos Estados Unidos, atualmente o terceiro principal parceiro comercial argentino.

Também prometeu, se eleito, tirar a Argentina do Mercosul e chamou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)cacaniquelsocialista "com vocação totalitária".

"Este rompimento (da Argentina com a China) seria impossível. A China é o principal destino da carne bovina e da soja que exportamos. É impossível deixarcacaniquelnegociar com a China. Não é possível ideologizar o comércio exterior, isso é impossível", diz à BBC News Brasil Diego Guelar, ex-embaixador da Argentina no Brasil.

Para o embaixador argentino na Suíça, Gustavo Martínez Pandiani, cotado como chancelercacaniqueleventual governo do candidato Sergio Massa, "a China é hoje uma das economias emergentes mais importantes do planeta e passou a ser um investidor relevante na América Latina. Achamos que se deve continuar fortalecendo a parceria estratégica com a China com o objetivocacaniquelse avançar no desenvolvimentocacaniquelsetores-chave como o agroindustrial e o energético, entre outros".

Heine, da UniversidadecacaniquelBoston, lembra que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) também lançou mão da mesma retórica anti-China durante a corrida presidencial, mascacaniquelseu governo, as relações comerciais entre os dois países não foram prejudicadas.

"Meu palpite é que Milei, se eleito, tenha que fazer teriam que fazer o mesmo que Bolsonaro fez: engolir suas palavras e fazer o que os imperativos das realidades econômicas internacionais lhe impõem", diz.

Apesar disso, Ariel González Levaggi, secretário-executivo do CentrocacaniquelEstudos Internacionais da Universidade Católica Argentina, não descarta atritos entre Argentina e China com a vitóriacacaniquelMilei.

"Essas eleições não são uma boa notícia para os chineses, porque os três candidatos apresentaram agendas muito menos favoráveis à China. Mas, no casocacaniquelMilei, a preocupação é grande, especialmente no tocante ao aprofundamento das relações, com um temorcacaniquelque alguns projetoscacaniquelinvestimentos sejam paralisados", diz.

"De qualquer forma, dificilmente, as relações bilaterais vão retornar ao nível da presidênciacacaniquelCristina Kirchner (2007-2015), sobretudocacaniquelseu segundo mandato, quando houve uma aproximação entre os dois países, e a Argentina tinha uma posição muito refratária aos Estados Unidos", conclui.