Os irmãos que fugiramcodigo boas vindas betanocasa, se perderam e conseguiram voltar 13 anos depois:codigo boas vindas betano
“Senti falta da minha mãe todos os dias”, me disse Bablu, que cresceucodigo boas vindas betanoorfanatos, pelo telefone.
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Fim do Matérias recomendadas
"Estou muito feliz agora que estou com a minha famíliacodigo boas vindas betanonovo.”
O vídeo do reencontro, que aconteceu no finalcodigo boas vindas betanodezembro, mostra Neetu soluçandocodigo boas vindas betanotanto chorar ao receber Bablucodigo boas vindas betanocasa, abraçando o filho com força e agradecendo a Deus por "me dar a alegriacodigo boas vindas betanoabraçar meu filho novamente".
Na sequência, Bablu abraça Rakhi, que havia voltado para casa dois dias antes. Embora os irmãos mantivessem contato há alguns anos, eles estavam se encontrando pessoalmente pela primeira vez depoiscodigo boas vindas betanomaiscodigo boas vindas betanouma década.
A separação
Bablu e Rakhi viviam na cidadecodigo boas vindas betanoAgra, no norte do país, com os pais — Neetu Kumari e Santosh, que trabalhavam como diaristas.
Em 16codigo boas vindas betanojunhocodigo boas vindas betano2010, Neetu, que não havia conseguido encontrar trabalho naquele dia, descontoucodigo boas vindas betanofrustraçãocodigo boas vindas betanoRakhi — e bateu na filha com um pegadorcodigo boas vindas betanometal que usava para cozinhar.
Rakhi e Bablu fugiram entãocodigo boas vindas betanocasa depois que a mãe saiu para resolver algo.
“Meu pai também me batia, às vezes, se eu não estudasse direito, então quando Rakhi veio até mim e disse: Vamos morar com a vovó, eu concordei”, diz Bablu.
Depois que se perderam, um motoristacodigo boas vindas betanoriquixá deu uma carona a eles até a estação ferroviária.
As crianças embarcaram entãocodigo boas vindas betanoum trem, onde foram avistadas por uma mulher que trabalhavacodigo boas vindas betanouma instituiçãocodigo boas vindas betanocaridade infantil.
Quando o trem chegou a Meerut, cidade a quase 250 quilômetroscodigo boas vindas betanoonde viviam, ela os entregou à polícia, que os levou para um orfanato do governo.
“Dissemos a eles que queríamos ir para casa, tentamos contar a eles sobre os nossos pais, mas nem a polícia nem os responsáveis do orfanato procuraram nossa família”, afirma Bablu.
Um ano depois, os irmãos também foram separados — Rakhi foi transferida para um abrigo para meninas administrado por uma ONG perto da capital, Nova Déli. Alguns anos depois, Bablu foi transferido para outro orfanato do governocodigo boas vindas betanoLucknow, capital do Estadocodigo boas vindas betanoUttar Pradesh.
Os irmãos se conectam novamente
Sempre que alguma autoridade, assistente social ou jornalista importante visitava o orfanato, Bablu contava a eles sobre Rakhi na esperançacodigo boas vindas betanose reencontrá-la.
Mas sócodigo boas vindas betano2017 que a estratégia funcionou – uma das novas cuidadoras do abrigo decidiu ajudá-lo, quando ele contou quecodigo boas vindas betanoirmã havia sido enviada para um orfanato para meninas mais velhascodigo boas vindas betanoalgum lugar pertocodigo boas vindas betanoNova Déli.
“Ela ligou para todos os orfanatoscodigo boas vindas betanoNoida e Grande Noida (subúrbioscodigo boas vindas betanoDéli), perguntando se havia alguém chamado Rakhi. E, depoiscodigo boas vindas betanomuito esforço, ela a encontrou”, lembra Bablu.
“Quero dizer ao governo que é muito cruel separar irmãos. Irmãos e irmãs deveriam ser colocadoscodigo boas vindas betanocentros próximos uns dos outros. Não é justo separá-los”, acrescenta.
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Depois que os irmãos se reconectaram, eles costumavam conversar pelo telefone. Mas sempre que o rumo da conversa mudava para “encontrar a família”, Rakhi pensava que isso era improvávelcodigo boas vindas betanoacontecer.
“Treze anos não é pouco tempo, e eu tinha poucas esperançascodigo boas vindas betanoque conseguiríamos encontrar a mamãe”, ela me conta.
Já Bablu não tinha dúvida: “Fiquei muito feliz por encontrar Rakhi, e também estava confiantecodigo boas vindas betanoque agora também seria capazcodigo boas vindas betanoencontrar nossa mãe.”
Em um dos lugarescodigo boas vindas betanoque ele ficou, recorda Bablu, os cuidadores e os meninos mais velhos batiam nele com frequência. Ele conta que tentou fugir duas vezes, mas depois ficou com medo e acabou voltando.
Rakhi, por outro lado, diz que a ONGcodigo boas vindas betanoque cresceu cuidou bem dela. Pergunto se ela acha que acodigo boas vindas betanovida teria sido diferente se ela tivesse permanecido na casa dos pais.
“Acredito que tudo o que acontece é sempre para o bem, e talvez eu tenha tido uma vida melhor longecodigo boas vindas betanocasa”, avalia.
"Eu não pertencia a eles, mas ainda assim eles cuidavamcodigo boas vindas betanomim muito bem. Ninguém nunca me bateu, e fui bem tratada. Frequentei uma boa escola, tive acesso a bons serviçoscodigo boas vindas betanosaúde e a todos os outros recursos que vêm junto com a proximidadecodigo boas vindas betanouma cidade grande", acrescenta.
O ativista que reuniu a família
No dia 20codigo boas vindas betanodezembro, o ativista dos direitos da criança Naresh Paras, baseadocodigo boas vindas betanoAgra, recebeu um telefonemacodigo boas vindas betanoBablu, que agora vive e trabalhacodigo boas vindas betanoBengaluru.
"Você reuniu muitas famílias, pode me ajudar a encontrar a minha?", Bablu perguntou a ele.
Paras, que trabalha com crianças desde 2007, diz que este não foi um caso simples.
Os irmãos não se lembravam do nome do pai, e os cartões Aadhaar (documentoscodigo boas vindas betanoidentidade) emitidos pelo governo apresentavam nomes diferentes. Eles também não tinham ideiacodigo boas vindas betanoqual Estado ou distrito eram — e o registro do orfanato dizia que eles eramcodigo boas vindas betanoBilaspur, uma cidade no Estadocodigo boas vindas betanoChhattisgarh, no centro do país. Os telefonemascodigo boas vindas betanoParas para os orfanatos e a polícia,codigo boas vindas betanoBilaspur, não deramcodigo boas vindas betanonada.
A investigação só avançou quando Bablu se lembroucodigo boas vindas betanoter visto uma réplicacodigo boas vindas betanolocomotiva fora da estaçãocodigo boas vindas betanotremcodigo boas vindas betanoque haviam embarcado.
“Eu sabia que deveria ser a estaçãocodigo boas vindas betanoAgra Cantonment”, diz Paras.
Ao analisar os registros policiais da cidade, ele se concentrou na delegaciacodigo boas vindas betanopolíciacodigo boas vindas betanoJagdishpura, onde o pai dos irmãos havia apresentado queixacodigo boas vindas betanojunhocodigo boas vindas betano2010.
Mas quando foi procurar a família, descobriu que a casa onde moravam era alugada — e eles haviam se mudado.
Rakhi disse a ele que se lembrava que o nome da mãe era Neetu, e que ela tinha uma marcacodigo boas vindas betanoqueimadura no pescoço.
Paras se dirigiu então a um pontocodigo boas vindas betanotrabalhadores informais,codigo boas vindas betanoAgra, onde diaristas se reuniam todas as manhãs na esperançacodigo boas vindas betanoencontrar trabalho. Ele não encontrou Neetu, mas alguns dos trabalhadores disseram que a conheciam e passariam a mensagem adiante.
Assim que Neetu Kumari soube que os filhos tinham sido encontrados, ela foi até a polícia, que entroucodigo boas vindas betanocontato com Paras.
Juntos novamente após 13 anos
Quando Paras visitou Neetu, ela mostrou a ele fotos das crianças e uma cópia do boletimcodigo boas vindas betanoocorrência da polícia. Quando ele a colocoucodigo boas vindas betanocontato com Bablu e Rakhi, por meiocodigo boas vindas betanouma chamadacodigo boas vindas betanovídeo, todos se reconheceram.
Neetu Kumari disse a Paras que “se arrependeucodigo boas vindas betanoter batidocodigo boas vindas betanoRakhi” — e contou também sobre as tentativascodigo boas vindas betanoencontrar os filhos.
“Peguei dinheiro emprestado e viajei para Patna [capital do Estadocodigo boas vindas betanoBihar] depoiscodigo boas vindas betanoouvir que meus filhos haviam sido vistos pedindo dinheiro nas ruascodigo boas vindas betanolá. Visitei templos, mesquitas, gurdwaras (templos sikh) e igrejas para rezar por seu retorno seguro”, ela disse a ele.
No reencontro emocionante com o filho e a filha, ela falou que havia nascidocodigo boas vindas betanonovo.
Rakhi disse que estava se sentindo “em um filme”, porque não esperava mais ver a mãecodigo boas vindas betanonovo.
“Fiquei muito feliz”, acrescentou ela.
Já Bablu afirmou que seus sentimentos eram “mistos”.
"É incrível que Paras tenha levado apenas uma semana para encontrar minha família. Fiquei com raiva da polícia e dos funcionários da ONG que não me ajudaram, apesar dos repetidos pedidos, mas fiquei muito felizcodigo boas vindas betanoconversar com a minha mãe. Ela estava chorando, perguntando 'por que você me deixou?' Eu disse a ela: 'Nunca teria deixado você. Eu me perdi'", afirma.