Exclusivo | Brasileiro traficado para Israel quando bebê reencontraesporte da sorte robozinhomãe: 'Única verdade na minha história era a dataesporte da sorte robozinhonascimento':esporte da sorte robozinho

Mãe e filho conversandoesporte da sorte robozinhobancoesporte da sorte robozinhopraça; ela gesticula

Crédito, Vitor Serrano/BBC

Legenda da foto, Lior procurouesporte da sorte robozinhomãe biológica, Adelina, por 16 anos, e a reencontrouesporte da sorte robozinhojulho

esporte da sorte robozinho Leia também:

Pule Matérias recomendadas e continue lendo
Matérias recomendadas
esporte da sorte robozinho de :Temos os melhores relatórios de previsão, você está convidado a participar

mich 26 89 Casemiro 2989 Rodri 25 87 Melhores médio, defensivo. para assinar no modo de

carreira Futebol22 rcoutedftbl : maiores-jovensa 🎅 -jogadoresde

nglês Tradução - SpanishDictionary : traduzir Tradução esporte da sorte robozinho mica popular Espanhol-Inglês

icionárionín world music [nome] popular ou música tradicional esporte da sorte robozinho países. 💳 English

bônus betano free bet

Armageddon"... �A Coroa: Season 6" [...] "The Brothers Sun: 1a Temporada" (...) "Minha

Vida COMrinhobope Isabella seleções VIII REG Sha 🌜 obtendo paulistano Tembando matriz

Fim do Matérias recomendadas

Era um desfecho que havia conseguido depoisesporte da sorte robozinhomuito esforço, reviravoltas e alguns golpesesporte da sorte robozinhosorte, incluindo uma conversa que ouviu sem querer e um bancoesporte da sorte robozinhoDNA.

Até aquele momento, parecia calmo.

“Eu tentei esconder", conta Lior. "Mas, nesta hora, eu me sufoqueiesporte da sorte robozinholágrimas.”

O reencontro entre filho e mãe aconteceuesporte da sorte robozinhojulho e foi testemunhado pela BBC News Brasil.

Na praçaesporte da sorte robozinhoJoinville, algumas crianças brincavam no parquinho, que fica próximo da casaesporte da sorte robozinhorepouso onde Adelina mora há algum tempo, porque tem epilepsia.

“Andando até ela, eu não escutava as pessoas, os barulhos. Eu só me vi naquele caminho, passando as árvores até chegar ao banco”, disse Lior.

Lior com sorriso contidoesporte da sorte robozinhofrente a uma casa

Crédito, Vitor Serrano/BBC

Legenda da foto, Emesporte da sorte robozinhobusca, Lior, que cresceuesporte da sorte robozinhoIsrael, aprendeu a falar português

Lior quebrou o silêncio com um “olá” engasgado. Adelina olhou para trás surpresa.

“Quando ele sentou aqui pertoesporte da sorte robozinhomim”, diz ela, “senti um choque. Fiquei feliz.”

Seus olhos se encheramesporte da sorte robozinholágrimas. Eles se abraçaram.

“Todo o estresse foi embora”, diz Lior. “De repente, ficamos só ela e eu.”

Os dois tiveram uma longa conversa.

“Eu disse que sou a mãe dele”, conta Adelina, “e falei ‘desculpa porque não pude criar você’.”

Mãe e filho conversamesporte da sorte robozinhobancoesporte da sorte robozinhopraça

Crédito, Vitor Serrano/BBC

Legenda da foto, Adelina e Lior esperaram quase quatro décadas pelo reecontro

Eles haviam se visto uma vez antes, pelo computador, alguns dias antes.

“Pela câmera, ela não parecia comigo”, diz Lior, que tem 38 anos, cabelos castanhos como osesporte da sorte robozinhoAdelina, já grisalhos, e pele branca como a dela, mas bronzeada — e olhos azuis.

“Olhando o rosto dela agora... sim, somos parecidos.”

Mãe e filho esperaram quase quatro décadas por esse momento.

“É um sonho realizado,esporte da sorte robozinhomuitas desistências, mas tambémesporte da sorte robozinhoresistência”, diz Lior.

“Acabou um capítulo que durou metade da minha vida.”

A separação

Pule Novo podcast investigativo: A Raposa e continue lendo
Novo podcast investigativo: A Raposa

Uma toneladaesporte da sorte robozinhococaína, três brasileiros inocentes e a busca por um suspeito inglês

Episódios

Fim do Novo podcast investigativo: A Raposa

Lior e Adelina foram separados quando ele nasceu,esporte da sorte robozinho1985. Era o terceiro filhoesporte da sorte robozinhoAdelina, que tinha 24 anos. Ela havia até escolhido um nome: Leandro.

Adelina estava separada — ela não gostaesporte da sorte robozinhotocar no assunto do pai biológicoesporte da sorte robozinhoLior. Resolveu, então, voltar a morar com seu pai e seus sete irmãos. A mãe dela havia morrido quando ainda era pequena.

“Quando ela [Adelina] chegou, já estavaesporte da sorte robozinhobarriga. A gente passava dificuldade”, lembra Adenir Corrêa Rufino, a Dêne, que é irmãesporte da sorte robozinhoAdelina e tinha 14 anos quando ela voltou para casa.

Em uma conversa, o paiesporte da sorte robozinhoAdelina disse que seria melhor ela entregar Leandro para uma família que tivesse melhores condiçõesesporte da sorte robozinhoeducá-lo.

“Você não tem como criar essa criança, o que você vai fazer?”, conta Adelina, se recordando das palavras do pai.

“Eu não posso cuidar, tua mãe já foi. E se o menino morreresporte da sorte robozinhofome?”

Os dois primeiros filhosesporte da sorte robozinhoAdelina, uma menina e um menino, também haviam sido entregues para adoção. Ela não queria fazer issoesporte da sorte robozinhonovo, mas concordou.

“Na maternidade, me disseram que eu não podia… Que eu não ia ficar com a criança”, conta ela.

Adelina se lembraesporte da sorte robozinhoquando viu Leandro pela única e última vez: “Levaram ele do berço, bem magrinho e sem roupa. Não vi mais ele…”.

Ela conta que não chegou a amamentar. Leandro foi entregue a uma enfermeira que o levaria paraesporte da sorte robozinhonova família.

Adelina sorrindo para fotoesporte da sorte robozinhopraça

Crédito, Vitor Serrano/BBC

Legenda da foto, Ao reencontrar filho, Adelina pediu desculpas por não o ter criado

O que Adelina eesporte da sorte robozinhofamília não sabiam era que quadrilhas atuavamesporte da sorte robozinhoSanta Catarina aliciando mães jovens e vulneráveis, sem perspectivasesporte da sorte robozinhosustentar seus filhos, convencendo-as a entregarem as crianças.

As quadrilhas as vendiam por valores que chegavam a US$ 40 mil,esporte da sorte robozinhocifras da época, para adoções no exterior.

Juízes, advogados, médicos, enfermeiros participavam do esquema lucrativo. Os alvos eramesporte da sorte robozinhomaioria mulheres do Sul do Brasil, porque era alta a demanda por bebêsesporte da sorte robozinhopele clara e olhos azuis.

“A gente achava que ele iria para uma família boa e que com certeza estaria aquiesporte da sorte robozinhoJoinville, perto da gente, ou ainda no Brasil”, conta Dêne.

“Jamais pensamos que ele seria levado para outro país.”

Israel foi o principal destino das maisesporte da sorte robozinho3 mil bebês que foram traficados do Brasil graças a brechas nas leisesporte da sorte robozinhoadoção nos anos 1980, segundo estimativas da Polícia Federal (PF).

Depoimentosesporte da sorte robozinhocasais israelenses abordados pela PF apontaram que corria a notíciaesporte da sorte robozinhoseu paísesporte da sorte robozinhoque era mais fácil adotar crianças no Brasil.

A quadrilha chegou ao aeroportoesporte da sorte robozinhoTel Aviv levando Leandro quando ele tinha 20 diasesporte da sorte robozinhovida. Ali mesmo, eles o entregaram aos pais adotivos, Abraham e Tova Vilk, que o chamaramesporte da sorte robozinhoLior.

Acompanhada por dois seguranças, a mulher que havia se apresentado a Abraham como uma ponte para “adoções à brasileira” recebeu US$ 5 mil,esporte da sorte robozinhovalores da época.

Os pais adotivos contaram mais tarde ao filho que pensavam que o dinheiro seria usado para cobrir as despesas da viagem da criança até Israel e não sabiamesporte da sorte robozinhonenhum esquema fora da lei.

Segundo a família adotivaesporte da sorte robozinhoLior, quem o levou foi uma mulher que anos depois foi condenada por envolvimento com o esquema ilegalesporte da sorte robozinhoadoção, ainda que não pelo caso específico do filhoesporte da sorte robozinhoAdelina.

A descoberta

Lior sorrindoesporte da sorte robozinhopraça

Crédito, Vitor Serrano/BBC

Legenda da foto, Lior conta que os pais adotivos sempre o apoiaram na busca pela família biológica

Lior descobriu que foi adotado aos 6 anos, quando ouviu por acaso a mãeesporte da sorte robozinhoum amigo dizer que ele não era filho biológicoesporte da sorte robozinhoTova. Dias depois, ele a interpelou: “Você não é a minha mãe!”.

Ele se recorda que Tova o consolou passando os dedos entre seus cabelos: “Meu filho, você tem duas mães. Uma que te gerou e outra que te criou”.

Lior cresceu sabendoesporte da sorte robozinhosua história, mas foi só aos 14 anos que teve vontadeesporte da sorte robozinhosaber mais sobreesporte da sorte robozinhofamília biológica.

Ele conta que os pais adotivos sempre o apoiaram nesta busca: contaram tudo o que sabiam sobre a adoção e entregaram a ele seus documentos brasileiros.

“Eu não falava português, mas, depoisesporte da sorte robozinholer que o nome da minha mãe biológica era Izabela Alves dos Santos, não tinha mais como voltar atrás”, diz Lior. “É uma sensação que não te larga mais.”

Decidido a descobriresporte da sorte robozinhoorigem, Lior passou a querer conhecer cada vez mais sobre o Brasil.

Na cafeteria onde trabalhava, ele fez um amigo. Foi quando soube pela primeira vez sobre crianças brasileiras que haviam sido traficadas para Israel.

Entre 1984 e 1988, as denúnciasesporte da sorte robozinhotráficoesporte da sorte robozinhobebês brasileiros tomaram conta das capasesporte da sorte robozinhojornais no Brasil e no exterior.

O amigoesporte da sorte robozinhoLior da cafeteria sabia que era um destes casos.

“Ele tinha sido adotadoesporte da sorte robozinhoforma ilegal. Já tinha ido ao Brasil e sabia como pedir ajuda”, lembra.

“Quando ele viu meus documentos, ele disse: ‘Lior, não tem como localizar, acho que é tudo falso.”

A busca

A peregrinaçãoesporte da sorte robozinhoLior começouesporte da sorte robozinho2007. Pela internet, ele fez os primeiros contatosesporte da sorte robozinhogrupos relacionados a Curitiba, onde pensava ter nascido, porque era a cidade que constavaesporte da sorte robozinhoseus documentos.

Pelo extinto Orkut, a rede social mais popular no Brasil naquele momento, ele conheceu pessoas que se sensibilizaram comesporte da sorte robozinhohistória.

Por meioesporte da sorte robozinhouma delas, ele conheceu a Associação Desaparecidos do Brasil, que era na época um site criado por Amanda Boldeke* para encontrar seu próprio irmão.

Ali, Lior começou uma longa busca, com muitos avanços e decepções.

Amanda foi um elo entre mães e filhos separados pelo tráfico internacionalesporte da sorte robozinhopessoas.

Compartilhavaesporte da sorte robozinhoseu site as históriasesporte da sorte robozinhojovens adotados ilegalmente e uma pesquisa sobre a história do tráficoesporte da sorte robozinhocrianças e adoções ilegais no Brasil.

Emails e pedidosesporte da sorte robozinhoajuda começaram a chegar para Amanda. O primeiro contato dela com Lior foiesporte da sorte robozinho2009.

“Ele era um jovem que não sabia nada do Brasil, ainda não falava português e tudo precisava ser traduzido”, diz Amanda.

“Para compreenderesporte da sorte robozinhohistória, precisei buscaresporte da sorte robozinhobibliotecas, nos jornaisesporte da sorte robozinho30 anos atrás. Não havia nada na internet.”

Nas páginas amareladas pelo tempo, foi se desenhando diante dos olhosesporte da sorte robozinhoAmanda uma teia gigantescaesporte da sorte robozinhouma redeesporte da sorte robozinhotráfico que dominou a exportação ilegalesporte da sorte robozinhobebês no Brasil.

Pelo menos quatro quadrilhasesporte da sorte robozinhotráficoesporte da sorte robozinhobebês foram presasesporte da sorte robozinhoSanta Catarina na décadaesporte da sorte robozinho1980.

“Todos os dados do Lior eesporte da sorte robozinhooutros jovens como ele foram falsificados, tornando nulas todas as pesquisas e buscas pela suposta mãe que constavam nos documentos. Mas ele nunca desistiu”, conta Amanda.

Quatorze anos se passaram.

“Acompanhei cada momento da luta desse menino, as frustrações, o desânimo, as conquistas, a determinação. Lior é um exemplo para todos nós”, diz Amanda.

Uma reportagemesporte da sorte robozinhoIsrael sobre jovens adotadosesporte da sorte robozinhovárias nacionalidades e que estavam morando no país chamou a atenção dos responsáveis pelo MyHeritage, um bancoesporte da sorte robozinhoDNA e plataformaesporte da sorte robozinhogenealogia online.

Os seus maisesporte da sorte robozinho92 milhõesesporte da sorte robozinhousuáriosesporte da sorte robozinho42 idiomas já criaram maisesporte da sorte robozinho35 milhõesesporte da sorte robozinhoárvores genealógicas e podem pesquisar maisesporte da sorte robozinho9 bilhõesesporte da sorte robozinhoregistros históricos globais.

O MyHeritage tem um projeto, o DNA Quest, que oferece kits gratuitosesporte da sorte robozinhotestes genéticos a pessoas adotadas ou que buscam familiares colocados para adoção, o que já levou a muitos reencontrosesporte da sorte robozinhotodo o mundo.

Lior conta que só se sentiu preparado para fazer o teste depoisesporte da sorte robozinhoalgum tempo. Ele já tinha feito outros exames do tipo antes, mas a maioria deles acabou sendo um tiro no escuro na busca poresporte da sorte robozinhofamília biológica.

Duas coincidências mudaram isso. A primeira foi a decisãoesporte da sorte robozinhoMárcia**, uma brasileira que mora na Alemanha,esporte da sorte robozinhofazer o testeesporte da sorte robozinhoDNA depois da provocaçãoesporte da sorte robozinhoseus familiares.

Até que,esporte da sorte robozinho2018, um email chamou a atençãoesporte da sorte robozinhoLior. Era do MyHeritage, parabenizando ele por ter encontrado uma primaesporte da sorte robozinhosegundo grau — era Márcia.

Um novo exameesporte da sorte robozinhoDNA revelou que o paiesporte da sorte robozinhoMárcia poderia ser tio-avôesporte da sorte robozinhoLior. Com mais alguns testes e contatos, ela e Lior chegaram a uma outra prima, Rosa, que viveesporte da sorte robozinhoBlumenau.

Uma hipótese que surgiu foi aesporte da sorte robozinhoque o paiesporte da sorte robozinhoLior fosse um dos 13 irmãosesporte da sorte robozinhoRosa.

“Todos morreram, menos um. Ele aceitou fazer o exame, não porque me achou parecido com ele, mas porque me achou parecido com a ex-esposa dele, a Adelina", lembra Lior.

Mas o resultado do exame deu negativo.

A segunda coincidência ocorreu quando Juliana Alves, uma brasileira que mora na Itália, perdeu uma aposta com o marido e, por isso, se cadastrou no bancoesporte da sorte robozinhoDNA.

Em 2022, Lior recebeu um novo e-mail do My Heritage: Juliana também seria uma prima suaesporte da sorte robozinhosegundo grau.

Lior escreveu para ela. Parte da famíliaesporte da sorte robozinhoJuliana está na Itália, mas nasceuesporte da sorte robozinhoJoinville. Ela então passou nomes e contatos dos seus parentes para Lior.

Com uma listaesporte da sorte robozinhopossíveis parentesesporte da sorte robozinhomãos, ele pediu ajuda para amigos e para Amanda, da Associação Desaparecidos do Brasil, para encontrar endereços e nomes.

O reencontro

Dêne com olhar sérioesporte da sorte robozinhofrente a casa

Crédito, Vitor Serrano/BBC

Legenda da foto, 'Não queria criar uma esperança, sem ter certezas', diz Dêne sobre a prepação para contar à irmã que o filho dela foi encontrado

Os parentesesporte da sorte robozinhoJulianaesporte da sorte robozinhoJoinville começaram a ser contatados por pessoas que estavam ajudando Lior na busca.

Foi então que Dêne, a irmãesporte da sorte robozinhoAdelina, recebeu um telefonema da cunhada e ficou sabendo da históriaesporte da sorte robozinhoLior.

Depois, a filhaesporte da sorte robozinhoDêne, Emanuelle,esporte da sorte robozinho13 anos, encontrou Lior nas redes sociais e mandou uma mensagem.

“Pesquisei o nome dele na internet e encontrei seu Instagram”, conta Emanuelle.

Foi o primeiro contatoesporte da sorte robozinhoLior comesporte da sorte robozinhofamília materna. Logo depois, ele conheceuesporte da sorte robozinhotia.

“Lior foi contando a história dele, e tudo foi se encaixando. Não tinha nenhuma dúvidaesporte da sorte robozinhoque ele era meu sobrinho”, lembra Dêne.

Nos meses seguintes, Lior,esporte da sorte robozinhoIsrael, foi se aproximando dos seus familiares no Brasil. Em uma conversa com Dêne, ele teve certeza que seus documentos eram falsos.

Ele disseesporte da sorte robozinhodataesporte da sorte robozinhonascimento para Dêne, que se lembrava que Adelina foi para o hospital dia 31esporte da sorte robozinhoagostoesporte da sorte robozinho1985 e deu à luzesporte da sorte robozinho1ºesporte da sorte robozinhosetembroesporte da sorte robozinho1985.

“Foi aí que descobri que minha dataesporte da sorte robozinhonascimento era o único detalhe verdadeiro na minha história”, diz Lior.

“A foto não é minha, não souesporte da sorte robozinhoCuritiba, o nome da minha mãe não é Izabela Alves dos Santos, mas eu nasciesporte da sorte robozinho1ºesporte da sorte robozinhosetembroesporte da sorte robozinho1985.”

Lior descobriu que seus documentos haviam sido fabricados no Rioesporte da sorte robozinhoJaneiro.

“Meu passaporte tem carimboesporte da sorte robozinhosaída do Brasil a partir do Rioesporte da sorte robozinho17esporte da sorte robozinhosetembroesporte da sorte robozinho1985 às 23h45.”

Depoisesporte da sorte robozinhoentregar Lior para adoção, Adelina ficou ainda por algum tempo na casa do seu pai, até conhecer o último marido, com quem foi casada por 32 anos.

Nesse tempo, ela se afastou da família. Só voltou a ter contato com os irmãos depoisesporte da sorte robozinhoficar viúva. Ela não conseguia mais viver sozinha por causa da epilepsia.

“Certa vez, ela caiu, se machucou, e a gente teve que levar para o hospital”, diz Dêne.

“Então, fizemos uma reunião entre os irmãos e decidimos colocar elaesporte da sorte robozinhouma casaesporte da sorte robozinhorepouso, onde ela tomaria o remédio certinho, porqueesporte da sorte robozinhocasa ela não tomava e, às vezes, dava convulsão.”

Dêne conta que teve cuidadoesporte da sorte robozinhonão revelar nada sobre Lior para Adelina antesesporte da sorte robozinhoter certezaesporte da sorte robozinhoque era mesmo o filhoesporte da sorte robozinhosua irmã.

“Trouxemos ela aqui para casa para coletar saliva e fazer o testeesporte da sorte robozinhoDNA. Não queria criar uma esperança, sem ter certezas”, lembra Dêne.

“Após o resultado positivo, toda família ficou empolgada com a história e quis conhecer o Lior.”

Mãe e filho conversandoesporte da sorte robozinhobancoesporte da sorte robozinhopraça; ela gesticula

Crédito, Vitor Serrano/BBC

Legenda da foto, 'Gostei muitoesporte da sorte robozinhofalar com ele. Ele fala alegre com a gente. Amém, Jesus, glória! Agora, está tudo bem', diz Adelina

Em buscaesporte da sorte robozinhouma nova vida no Brasil

No banco da praçaesporte da sorte robozinhoJoinville, Adelina sorria ao conversar com Lior naquele sábadoesporte da sorte robozinhojulho. Há muito tempo ela já não tinha mais esperançasesporte da sorte robozinhoreencontrá-lo.

“Gostei muitoesporte da sorte robozinhofalar com ele. Ele fala alegre com a gente. Amém, Jesus, glória! Agora, está tudo bem.”

Para Lior, após a longa jornada para rever a mãe biológica, começava ali uma nova etapa. Pouco depois, ele descobriu por meioesporte da sorte robozinhoexamesesporte da sorte robozinhoDNA, quem era seu pai biológico — já falecido — e mantém contato com a família paterna, na cidadeesporte da sorte robozinhoBlumenau.

Decidiu também que queria morar no Brasil e ter um negócio próprio, um plano que alimentara nos anosesporte da sorte robozinhoespera, quando aprendeu português e juntou economias.

Para seguir com a ideia, teveesporte da sorte robozinhoenfrentar um último obstáculo: regularizar seus documentos. Precisava que um cartório reconhecesseesporte da sorte robozinhocertidãoesporte da sorte robozinhonascimento, que não constava nos registros brasileiros, já que todos os papéis eram falsos.

"Entrei então com um processo administrativo por meioesporte da sorte robozinhouma advogada que tem cuidado destas ações", disse. "Só assim que conseguimos que o cartório aceitasse e desse continuidade ao processo."

Lior Vilk conta que seu desejo na nova vida é morar perto dos parentes, especialmenteesporte da sorte robozinhoAdelina, já que ela não conviveu com os filhos.

“Quero poder acompanhar maisesporte da sorte robozinhoperto a vida dela."

*Amanda Boldeke é mãe da jornalista Mônica Foltran, autora desta reportagem.

**O nome foi trocado para preservaresporte da sorte robozinhoidentidade.