Por que disputa sobre petróleo na foz do Amazonas não deve levar a nova ruptura entre Lula e Marina, segundo analistas:ons88 casino

Lula conversando com Marina Silva

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Marina Silva apoiou Lula após ficar afastada por 14 anos do PT

Na quarta-feira (24/5), o Congresso impôs algumas derrotas políticas à Marina Silva. Uma comissão mista da Câmara e do Senado aprovou uma restruturaçãoons88 casinoórgãos do governo que fortalece o centrão e enfraquece Marina. O poderons88 casinoalguns órgão do ministério do Meio Ambiente serão transferidos para órgãosons88 casinooutras pastas.

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No plenário da Câmara, deputados aprovaram uma MP que afrouxa regrasons88 casinoproteção da mata atlântica. O texto agora segue para sanção ou vetoons88 casinoLula. Houve também a aprovaçãoons88 casinoum pedidoons88 casinourgência para limitar a demarcaçãoons88 casinoterras indígenas.

Para especialistas ouvidos pela BBC News Brasil antes da votação, conflitos do tipo são esperados — e, a depender da condução do caso, podem solidificar (ou fragilizar) o discurso ambientalista que Lula vem adotando desde a campanha.

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"Os empreendimentosons88 casinomaior porte geram mais polêmica e os técnicos do Ibama estão acostumados com esse tipoons88 casinopressão", aponta a urbanista e advogada Suely Araújo, especialista sêniorons88 casinopolíticas públicas do Observatório do Clima.

"O que me parece estar acima do tom necessário neste caso é que o veto foions88 casinoapenasons88 casinoum bloco específicoons88 casinoexploração, e a discussão foi extrapolada como se envolvesse toda a política energética do país."

"Mas não me parece que o que aconteceu até agora represente um estremecimento da relação ou no alinhamentoons88 casinodiscurso entre o presidente da República e a ministra do Meio Ambiente", complementa ela.

Os pesquisadores também avaliam que, por ora, a controvérsia relacionada à perfuração na foz do Amazonas não tem o mesmo potencial da crise que se abateu sobre o segundo governo Lulaons88 casino2008 — que resultou na saídaons88 casinoMarina Silva do Ministério do Meio Ambiente após uma sérieons88 casinoquedasons88 casinobraço com outros setores do governo.

Para Natalie Unterstell, presidente do Instituto Talanoa, é preciso considerar que, nos últimos 20 anos que se passaram entre as gestõesons88 casinoMarina Silva no Ministério do Meio Ambiente, o mundo mudou.

"A gente não pode desconsiderar o contexto mundial. No início dos anos 2000, o problema principal que gerou desgastes dentro do então governo Lula tinha muito tudo a ver com desmatamento, infraestrutura e questão agrícola", opina ela.

"Agora estamos num contexto globalons88 casinoque Marina Silva não é mais uma voz isolada quando o assunto é desenvolvimentoons88 casinobaixas emissões e energia limpa. Isso se tornou um ponto mandatórioons88 casinotodos os manuaisons88 casinoinvestimento públicos e privados."

Já a socióloga Lorena Cândido Fleury, professora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), vê no episódio atual uma certa sensaçãoons88 casinodéjà-vu, que remete às experiências passadas dos governos anteriores do PT.

"O licenciamento ambiental respeita duas premissas básicas: o processo democrático e a evidência científica. É importante que as discussões ocorram com todos os setores da sociedade, mas o parecerons88 casinotécnicos e cientistas deve ser respeitado ou confrontados por outros especialistas no tema", destaca.

"Mas tendo a acreditar que estamosons88 casinoum outro momento, que nos dá a entender que a questão ambiental está no centro do discurso do presidente Lula", pondera ela, que também coordena o Comitêons88 casinoPesquisaons88 casinoSociologia Ambiental e Ecologia Política da Sociedade Brasileiraons88 casinoSociologia.

Entenda a controvérsia

A foz do Amazonas é o localons88 casinoque o famoso rio da Região Norte deságua no mar. Ela faz parteons88 casinouma região conhecida como Margem Equatorial Brasileira, que se estende do Amapá até o Rio Grande do Norte.

A Petrobras tem interesseons88 casinoestudar o potencial da exploraçãoons88 casinopetróleo nesse local — a empresa estima que seja possível retirar 14 bilhõesons88 casinobarris do combustível fóssil dali.

Porém, antesons88 casinoiniciar qualquer empreendimento do tipo, é necessário obter um licenciamento ambiental exigido por lei.

Quando o projeto envolve o mar territorial do país, o órgão responsável por emitir esse documento é o Ibama.

A Petrobras pediu um licenciamento para estudar a possibilidadeons88 casinoexploraçãoons88 casinopetróleo num bloco específico — o FZA-M-59.

O parecer emitido por técnicos do Ibama desaconselhou a liberação da obra no local e apontou "incosistências técnicas" no pedido. O presidente do instituto, Rodrigo Agostinho, seguiu a orientação dos servidores e negou a licença no dia 17ons88 casinomaio.

"Não restam dúvidasons88 casinoque foram oferecidas todas as oportunidades à Petrobras para sanar pontos críticosons88 casinoseu projeto, mas que este ainda apresenta inconsistências preocupantes para a operação seguraons88 casinonova fronteira exploratóriaons88 casinoalta vulnerabilidade socioambiental", escreveu Agostinho no documento.

O Ibama também mostrou-se preocupado com o riscoons88 casinoacidentes que podem espalhar petróleo pela região — as correntes marítimas ali são muito diferentes das observadasons88 casinooutros locais da costa brasileira e poderiam espalhar o óleo a grandes distâncias num curto espaçoons88 casinotempo, temem os técnicos do órgão.

Vale lembrar que a foz do Amazonas é considerada por especialistas como uma regiãoons88 casinoalta relevância biológica.

O local abriga corais pouco estudados, que têm capacidadeons88 casinoviver na transição entre águas doces e salgadas. A costa da Amazônia também possui 80% dos manguezais brasileiros.

Após a decisão do Ibama, a Petrobras divulgou uma nota no dia 18ons88 casinomaio,ons88 casinoque disse ter reagido "com surpresa" à notícia.

Na quarta-feira (24/5), a petrolífera confirmou que vai entrar com um requerimento para que o Ibama reconsidere o pedidoons88 casinolicença ambiental.

Em nota, o Ministério do Meio Ambiente reiterou que a "decisão sobre licenças ambientais que cabem ao governo federal compete exclusivamente ao Ibama, a partirons88 casinoanálise e fundamentação técnicas".

Já o Ministérioons88 casinoMinas e Energia afirmou que "já havia solicitado à Petrobras aprofundamento dos estudos para sanar maiores dúvidas quanto à viabilidade da prospecção da Margem Equatorialons88 casinomaneira ambientalmente segura".

"Todo o processoons88 casinodiscussão do tema tem garantido a participação plena dos órgãos envolvidos na questão e respeitará as diretrizes do Governo do presidente Lula,ons88 casinounião e reconstrução,ons88 casinoconfiança eons88 casinodiálogo, levandoons88 casinoconta o respeito ao meio ambiente e às questões sociais e econômicasons88 casinointeresse do País", diz o texto.

Mapa da bacia da foz do Amazonas com possíveis locais para perfuraçãoons88 casinopetróleo

Crédito, Ibama/Divulgação

Legenda da foto, O bloco 59 é o quadrado amarelo mais acima no mapa e está na bacia da foz do Amazonas

Reações individuais

Em meio à controvérsia, no dia 18ons88 casinomaio o senador Randolfe Rodrigues (sem partido, AP), líder do governo Lula no Congresso Nacional, anunciou a saída da Rede Sustentabilidade, mesmo partido políticoons88 casinoMarina Silva.

Nas redes sociais, Rodrigues criticou o veto do Ibama e disse que o órgão "não ouviu o governo local e nenhum cidadão" do Amapá, Estado que ele representa no Senado Federal.

"O povo amapaense quer ter o direitoons88 casinoser escutado sobre a possível existência e o eventual destinoons88 casinonossas riquezas", protestou.

No dia 22ons88 casinomaio, ainda na Cúpula do G7ons88 casinoHiroshima, no Japão, Lula foi questionado sobre a questão.

Ele disse "achar difícil" que a exploraçãoons88 casinopetróleo no encontro do rio com o oceano represente algum problema para a Amazônia, pois ela se encontra a maisons88 casino500 kmons88 casinodistância da floresta.

"Se explorar esse petróleo tiver problemas para a Amazônia, certamente não será explorado", ponderou o presidente.

Nessa mesma data, Lula usou o Twitter para dizer que as 28 milhõesons88 casinopessoas que moram na Amazônia "têm o direitoons88 casinotrabalhar e comer".

"Por isso, precisamos ter o direitoons88 casinoexplorar a diversidade da Amazônia, para gerar empregos limpos, para que a Amazônia e a humanidade possam sobreviver", compartilhou ele.

Na terça-feira (23/5), o ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), convocou uma reunião com representesons88 casinoIbama, Petrobras e os ministérios do Meio Ambiente eons88 casinoMinas e Energia para lidar com a crise.

Em entrevista ao G1 logo após o encontro, Costa afirmou que "é preciso fugirons88 casinoposições excessivamente ideológicas sobre a foz do Amazonas".

Jáons88 casinouma entrevista coletiva realizada após a reunião, Marina Silva declarou que o parecer do Ibama levouons88 casinoconta apenas parâmetros técnicos.

"É uma decisão técnica, e decisão técnicaons88 casinoum governo republicano e democrático é cumprida e respeitada", disse.

Os demais participantes da reunião no Ministério da Casa Civil não deram declarações públicas desde então.

A BBC News Brasil entrouons88 casinocontato com assessoriaons88 casinoimprensa Secretariaons88 casinoComunicação Social da Presidência da República para ter um posicionamento oficial a respeito das informações apresentadas, mas não foram enviadas respostas até a publicação desta reportagem.

Randolfe Rodrigues e Marina Silva

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Randolfe (esq.) saiu da Rede depoisons88 casinoo Ibama barrar prospecçãoons88 casinopetróleo

Experiências do passado

O debate envolvendo a possível exploraçãoons88 casinopetróleo na foz do Amazonas trouxe à tona a crise que Marina enfrentou durante o primeiro e o segundo governo Lula, quando também foi ministra do Meio Ambiente.

Ela deixou o cargoons88 casino2008 após uma sérieons88 casinoconflitos e quedasons88 casinobraço com outras lideranças durante o segundo mandato presidencial do petista.

À época, ela relatou sofrer "crescentes resistências junto a setores importantes do governo" e rivalizava com a então ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT) e com Blairo Maggi (PP), governadorons88 casinoMato Grosso à época.

Neste período, Dilma comandava o Planoons88 casinoAceleração do Crescimento (PAC), que necessitava do licenciamento ambiental para obrasons88 casinoinfraestrutura e exploraçãoons88 casinorecursos na região amazônica.

Já Marina era a responsável pelo Plano Amazônia Sustentável (PAS) e perdeu algumas disputas sobre a aprovaçãoons88 casinograndes projetosons88 casinoinfraestrutura nessa região. Um dos principais deles foi a construção da Usinaons88 casinoBelo Monte, no Pará.

As duas voltaram a rivalizar nas eleiçõesons88 casino2014, das quais Dilma sagrou-se vencedora.

Marina só se reaproximou do PT e apoiou Lula novamente 14 anos depois da saída do governo, nas eleiçõesons88 casino2022.

Logo após a vitória contra Jair Bolsonaro (PL), ela participou da Convenção das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (COP27), realizadaons88 casinoSharm El-Sheik, no Egito, já como uma das fortes candidatas a assumir o Ministério do Meio Ambiente pela segunda vez.

À época, questionada pela BBC News Brasil sobre o que a fazia acreditar que o terceiro governo Lula seria diferente nas pautas ambientais, ela defendeu que "o mundo mudou".

"O presidente Lula mudou. Naquela época, as diretrizesons88 casinocontrole e participação social, o combate às atividades ilegais, a política ambiental, eram diretrizes só do Ministério do Meio Ambiente. Agora, o próprio presidente assumiu que essas instâncias serãoons88 casinotodo o governo. Lula disse que a política ambiental vai ser transversal. Ele afirmou que o clima está no mais alto nívelons88 casinoprioridade e queremos chegar ao desmatamento zero", declarou à época.

Perguntada sobre a exploraçãoons88 casinopetróleo, uma das marcas dos dois primeiros mandatosons88 casinoLula e que volta à baila agora, Marina lembrou que o presidente já havia declarado que agora existem alternativas para a produçãoons88 casinoenergia, como as usinas eólicas, a biomassa e a energia solar.

"Elas já têm um custo mais barato do que a própria energia que vem das hidrelétricas. Esses grandes empreendimentos podem ser substituídos pela geraçãoons88 casinoenergia limpa, renovável, segura e com boa distribuição", lembrou a atual ministra do Meio Ambiente.

Lula e Marinaons88 casino2004

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Marina pediu demissão do Ministério do Meio Ambienteons88 casino2008

Riscoons88 casinocontradições

Suely Araújo, do Observatório do Clima, reforça que os licenciamentos ambientais são uma parte fundamentalons88 casinoqualquer empreendimento — e que o Ibama é responsável por uma pequena parcela deles (a maioria é feita por instâncias municipais ou estaduais).

Ela mesma, que foi presidente do Ibama entre 2016 e 2018, disse que precisou negar vários pedidos do tipo quando esteve no cargo.

Na avaliação da especialista, Lula "incorporou a questão climática e ambiental" no discurso e isso foi reforçado a partir do momentoons88 casinoque Marina aderiu à campanha, ainda na época das eleições do ano passado.

Mas ela entende que é papel da sociedade civil fiscalizar e cobrar para que o discurso proferido até agora se transformeons88 casinoações práticas e políticas públicas.

Segundo Araújo, o governo Lula tem enfrentado dificuldades para reconstruir as políticas ambientais, pois recebeu um cenárioons88 casino"terra arrasada".

Além disso, ela lembra que as invasõesons88 casinoBrasília no dia 8ons88 casinojaneiro e a crise dos yanomami exigiram atenção e ações imediatas, que postergaram o início das políticas ambientaisons88 casinolongo prazo.

Por fim, ela aponta algumas "incoerências" entre o que foi ditoons88 casinocampanha e o que está acontecendo na prática — a começar pelos próprios projetosons88 casinoexploraçãoons88 casinonovas fontesons88 casinocombustíveis fósseis.

"Em plena crise climática, faz sentido você apostar na ideiaons88 casinoque o Brasil será o último grande exportadorons88 casinopetróleo? O mundo inteiro precisa caminhar para a descarbonização das fontesons88 casinoenergia e, a partirons88 casino2030, o uso desses combustíveis deve estar no mínimo necessário. Se não fizermos isso agora, nossos problemas ficarão ainda piores", diz.

"Eu pessoalmente acho muito questionável um modeloons88 casinoque o Brasil se torna um grande vendedorons88 casinopetróleo, quando o caminho deveria ser justamente o oposto", complementa.

"Será que esse é o Brasil que a gente quer? Será que essa é a melhor formaons88 casinogerar renda para os brasileiros? Até que ponto a exploraçãoons88 casinopetróleo tem estimulado realmente a distribuiçãoons88 casinorenda no país? Nós sabemos que essa atividade gera dinheiro, mas isso é distribuídoons88 casinoque forma e para quem?", questiona a especialista.

Para Fleury, se o Governo Federal focarons88 casinoprogramasons88 casinoinvestimento e incentivo aos combustíveis fósseis e ao transporte individual, isso criará uma contradição com as falas proferidas até o momento.

"De nada adianta o discurso falarons88 casinoquestão climática se as práticas e as políticas públicas estiverem centradas no petróleo", alerta.

Logo da Petrobras

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Legenda da foto, Para Araújo, Petrobras deveria fazer uma transição dos combustíveis fósseis para fontesons88 casinoenergia renováveis

Araújo explica que o Brasil tem uma vantagem competitiva e é a única grande economia do planeta que pode conseguir zerar as emissõesons88 casinogases causadores das mudanças climáticas antes dos prazos estabelecidosons88 casinoacordos internacionais.

"Nós do Observatório do Clima defendemos que o Brasil pode se tornar um líder mundialons88 casinotermosons88 casinodescarbonização até 2045", estima.

"E essa discussão precisa envolver todas as nossas decisõesons88 casinoinfraestrutura e energia. Que futuro queremos? Se o país tiver um modeloons88 casinorespeito ao meio ambiente, com o pressuposto da florestaons88 casinopé e da geraçãoons88 casinoriquezas a partir dos recursos naturais dos nossos biomas, nosso potencial é gigantesco", propõe.

O engenheiroons88 casinoenergia Rafael Henrique Pinto e Silva, doutorandoons88 casinoTecnologia e Ambiente da Universidade Estadualons88 casinoCampinas (Unicamp), diz ser favorável à decisão do Ibama, mas também entende o fatoons88 casinoo governo ter a exploração da Amazônia como uma pauta "por questõesons88 casinodesenvolvimento".

"Embora eu não concorde com isso, porque acreditoons88 casinooutras formasons88 casinotransição energética sem o usoons88 casinocombustíveis fósseis eons88 casinoexploração da Amazônia", pondera ele.

"Isso permitiria que o país faça uma transição energética justa e limpa, inclusive com incrementos na economia e na geraçãoons88 casinoempregos", vislumbra.

"Mas o governo precisará fazer uma boa comunicação sobre essas questões, para que uma eventual desaceleraçãoons88 casinoinvestimentos no petróleo não vire um tiro no pé. Isso porque o governo tem como promessasons88 casinocampanha uma maior visao ambiental, que pode entrarons88 casinocontradicao com o desenvolvimento energético, como é esse caso", diz ele.

Unterstell concorda e chama a atenção para o fatoons88 casinoque, nos últimos anos, o Brasil tem apresentado nas negociações internacionais um desejoons88 casinoser um dos últimos países a deixarons88 casinoexploraçãoons88 casinopetróleo.

"E o que vemos agora nos primeiros mesesons88 casinogoverno Lula é essa bomba estourando. O Brasil foi o terceiro país que solicitou e licitou mais empreendimentosons88 casinogás e petróleo no mundo inteiro, só atrásons88 casinoCatar e Arábia Saudita", diz Unterstell.

A presidente do Instituto Talanoa diz que o surgimento desse assunto era inevitável e considera "interessante" a forma como o governo está lidando com a questão até o momento.

"Por enquanto, a discussão é sobre a foz do Amazonas, mas há uma conversa mais densa sobre nossa receitaons88 casinodesenvolvimento e como vamos tratar as regiões que são ricasons88 casinopetróleo num contextoons88 casinoque ele deixaons88 casinoum grande negócio", conta.

"Temos questões estruturais sendo expostas e precisamos ver como o governo vai amadurecer essa discussão", conclui Unterstell.