As crianças isoladas pela seca na cidade com pior índicemines sloteducação do Brasil:mines slot

Seca na Amazônia: idosamines slotpele escura e cabelo curtos sentada à mesa ensinando uma criança tambémmines slotpela escura, que realiza atividade escrita

Crédito, Vitor Serrano/BBC

Legenda da foto, Sem poder ir à escola por conta da seca, netosmines slotFrancisca precisam aprendermines slotcasa

Os rios que levam crianças e professoresmines slotcomunidades ribeirinhas e rurais às escolas secaram, e 60% dos maismines slot4,4 mil alunos estão sem frequentar a salamines slotaula numa cidade que já tem registrado indicadoresmines sloteducação preocupantes.

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Grupos do Telegram são ferramentas poderosas que facilitam a comunicação, a discussão e o compartilhamento mines slot informações entre diversas pessoas. Estes grupos podem ser úteis para diversos fins, desde propósitos sociais até corporativos. Neste guia, abordaremos como ingressar mines slot {k0} um grupo no Telegram e as etapas envolvidas para isso.

Introdução aos grupos do Telegram

Ingressar mines slot {k0} um grupo no Telegram é um procedimento simples que pode ser feito através do aplicativo mines slot {k0} dispositivos móveis ou desktop. Basta pesquisar o grupo desejado, verificar sua descrição e confirmar a adesão à comunidade. Veremos, então, como isso pode ser feito através dos seguintes passos:

1. Abra o aplicativo Telegram. Inicie o aplicativo "Telegram" mines slot {k0} seu dispositivo móvel ou desktop.
2. Localize o grupo desejado. No canto inferior esquerdo, encontre o ícone mines slot lupa ("Pesquisar") para facilitar a busca ou lembre-se do assunto do grupo e percorra as opções sugeridas dos grupos disponíveis.
3. Confirme sua adesão. Selecione o grupo desejado na lista mines slot resultados e clique no botão "Unir-se ou ingressar". Verifique a descrição do grupo para ter certeza mines slot que esteja mines slot {k0} o lugar certo.

Como identificar bots mines slot {k0} grupos do Telegram

Ao ingressar mines slot {k0} um grupo no Telegram, é possível notar bots entre os membros. Bots são identificados por uma "imagem mines slot perfil" circular ou monocromática, com menos detalhes mines slot {k0} comparação com as imagens mines slot perfil mines slot usuários humanos.

Desvantagens do uso mines slot bots mines slot {k0} grupos do Telegram

Embora bots ofereçam vantagens como automação mines slot tarefas e agilidade ao grupo, é importante considerar que sua implementação pode desumanizar a comunicação, o que pode não ser ideal mines slot {k0} todas as situações. Além disso, é necessário configurar bots cuidadosamente a fim mines slot evitar quaisquer conflitos ou consequências indesejáveis. Não é incomum que bots possam ser responsáveis por interações inadequadas ou mesmo spam no grupo, o que pode impactar negativamente seu clima e desviar a atenção mines slot seus objetivos.

Conclusão

Ingressar mines slot {k0} um grupo no Telegram pode parecer simples, mas há fatores adicionais a se considerar antes e depois da adesão. É crucial confirmar a legitimidade do grupo e qualquer bot presente para evitar possíveis riscos. Dessa forma, será possível participar mines slot um grupo ativo, oferecendo mais oportunidades mines slot networking para todos os envolvidos.

Fim do Matérias recomendadas

Manaquiri foi a cidade brasileira com menor nota no Índicemines slotDesenvolvimento da Educação Básica (Ideb) para os anos iniciais do ensino fundamentalmines slot2023, divulgado neste ano: apenas 2,5, numa escala que vai até 10.

Nem todas as cidades ou escolas são avaliadas no índice do Ministério da Educação (MEC), por não atingirem um número mínimomines slotalunos.

Nestas eleições municipais, a BBC News Brasil visitou municípios que estãomines slotprimeiro e último lugarmines slotrankingsmines slotindicadores sociais para investigar o que um país desigual como o Brasil pode aprender com seus extremos.

Alémmines slotManaquiri, a reportagem foi à cidade melhor colocada no ranking do Ideb - Pires Ferreira, no Ceará. Outra equipe visitou os municípios com melhor e pior colocação no Índicemines slotDesenvolvimento Humano — São Caetano do Sul (SP) e Melgaço (PA) (leia aqui).

Imagem areamines slotcidade com rios secos

Crédito, Vitor Serrano/BBC

Legenda da foto, Rios secarammines slotManaquiri, impedindo o transportemines slotalunos às escolas
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Fim do Que História!

Em 2024, os alunosmines slotManaquiri que estãomines slotcasa por conta da seca têm recebido tarefas e alimentos enviados pela escola — mas, fundamentalmente, têm dependido do conhecimento da família emines slotuma conexãomines slotinternet (muitas vezes instável) para tirar dúvidas com os professores.

Mesmo os que moram perto da escola, como os netosmines slotFrancisca, estão com aulas suspensas. Segundo a prefeitura, professores também estão isolados e os que podem chegar à escola precisam preparar o ensino remoto.

Francisca percebeu que o novo cenário longe da escola — que tem se repetido desde os anosmines slotpandemia — iria prejudicar o futuromines slotseus netos.

Ela saiu batendomines slotportamines slotporta na Vila do Janauacá, comunidademines slotManaquiri onde se chega apenasmines slotbarco, para encontrar ao menos 15 jovens e adultos que gostariammines slotretomar a educação numa turmamines slotEJA na escola local. E conseguiu.

“Eu já aprendi matemática, português e até um pouquinhomines slotinglês. O bom é que a gente ensina eles e aprende junto”, diz Francisca, ela própriamines slotensino remoto no EJA desde setembro.

Mas a pescadora não acha que o esforço que faz deveria ser regra. “O certo é estar na escola”, conta.

“Dentromines slotsalamines slotaula é uma coisa, a aula remota é outra. O que está acontecendo agora é que vou ter que forçar mais a minha mente para ajudar eles”.

Escolas vazias, alunosmines slotcasa

A mines slot BBC News Brasil foi até a escola municipal na Vila do Janauacá numa quarta-feira no finalmines slotsetembro — e encontrou o prédio vazio, apenas com algumas funcionárias.

Em uma chamada rápidamines slotgrupo com alunos do sexto ano via Whatsapp, a professora Cristiane Ribeiro, sentadamines slotfrente a dezenasmines slotcadeiras vazias, tirava dúvidas dos estudantes sobre teorias econômicas.

Professora Cristiane Ribeiro segura o celular numa ligação numa salamines slotaula vaziamines slotManaquiri

Crédito, Vitor Serrano/BBC

Legenda da foto, Salasmines slotaula estão vaziasmines slotManaquiri — e professores como Cristiane Ribeiro tiram dúvidas pelo WhatsApp

“A gente tem trabalhado para que as atividades e todo o conteúdo cheguem às casas dos alunos, mas a gente sabe que não é a mesma coisa”, diz a professora.

A população amazônica está acostumada ao processomines slotcheia e seca dos rios ao longo do ano — mas não na intensidade que tem acontecido, segundo os moradores e cientistas.

De acordo com o Centro Nacionalmines slotMonitoramentomines slotDesastres Naturais (Cemaden), a seca no Brasil entre 2023 e 2024 é a "mais intensa da história recente" — sendo a Amazônia uma das regiões mais afetadas.

Os rios da região registraram neste ano o menor nível da história, como o Negro,mines slotManaus, o Solimões,mines slotTabatinga (AM), e o Madeira,mines slotPorto Velho (RO).

À frente da disciplinamines slotgeografia, Cristiane costuma explicar aos alunos que a crise climática visível no quintalmines slotcasa mines slot é resultadomines slotmodificações que os seres humanos fizeram e que a "natureza está tentando encontrar o seu equilíbrio".

Mas, mesmomines slotépoca quando não há grandes cheias ou secas, a educaçãomines slotManaquiri já é um desafio.

Alguns alunos passam horas no barco, outros precisam caminhar na mata fechada para encontrar o barqueiro que os vai levar à escola.

“Então eles chegam cansados, fadigadosmines slotum sol escaldante como é aqui do nosso Estado, então é complicado e cansativo”, conta a professora Cristiane.

“Eu creio que os demais Estados não sabem da nossa realidade. Aqui as dificuldades são maiores. As pessoas precisam entender que não é só o número pelo número [o Ideb]. Por trás desse número, existe um grande desafio que essa região enfrenta”.

Mae ensina filho numa mesa na cozinha

Crédito, Vitor Serrano/BBC

Legenda da foto, Gisele Amorim se preocupa que os filhos fiquem viciadosmines slottelas, já que as atividades escolares ocupam pouco tempo

A cercamines slot30 minutosmines slotbarco num braço do rio Solimões que está cada vez mais seco, a famíliamines slotGisele Amorim tenta encontrar saídas para o tempo ocioso das crianças.

"Tenho até medomines sloteles ficarem viciadosmines slotcelular, na televisão, porque é muito desenho. É triste ver a situação da criança sem estar na escola", diz Gisele, grávidamines slotseis meses.

Com os rios quase totalmente secos, o transporte escolar não consegue navegar —mines slotalguns pontos, apenas pequenas canoasmines slotque só cabem duas pessoas.

“Assim o ensino fica mais para trás,mines slotvezmines slotir pra frente”, diz Gisele.

Num município ribeirinho e tão sensível aos fenômenos climáticos como Manaquiri, seria necessário um calendário específicomines slotque as férias estudantis ocorrammines slotperíodosmines slotimpossibilidademines slotacesso, explica Fabiane Garcia, doutoramines sloteducação e professora na Universidade Federal do Amazonas (Ufam).

“Eu vim da zona rural daqui do Amazonas, sei como é a realidade. O nosso calendário tem que ser diferente da zona urbana emines slotmuitos lugares isso já acontece”, diz Garcia.

Cidades como Tefé (AM) e escolasmines slotáreas ribeirinhasmines slotManaus são algumas que preveem o sobe e desce das águas na horamines slotestabelecer datas escolares.

A Prefeituramines slotManaquiri disse que tentou se antecipar ao problemamines slotseca com aulas aos sábados e feriados para adiantar conteúdos, por exemplo. Mas argumenta que a estiagem começou mais cedo que o ano anterior, atrapalhando a programação.

"Nós não imaginávamos que a seca ia ser tão rápida assim, ela se adiantou muito esse ano. É complexa demais a questão do calendário climático aqui", diz o prefeito Jair Souto (MDB), que esteve à frente da prefeituramines slotquatro ocasiões e elegeu seu sucessor, Nelson Nilo (MDB), nestas eleições.

O prefeito diz que o ideal é as crianças estaremmines slotfériasmines slotoutubro — começando o ano letivo logomines slotjaneiro. Não há previsão para a volta às aulas ainda neste ano.

Vista aérea da Vila do Janauacá

Crédito, Vitor Serrano/BBC

Legenda da foto, Comunidade da Vila do Janauacá está desconectada do centromines slotManaquiri devido à seca — para chegar até ela, é preciso pegar barcomines slotIranduba (AM)

Problemas além da seca

Mas se as salasmines slotaula vazias e a impossibilidademines slotlocomoção são um sinal claro dos desafiosmines slotuma cidade como Manaquiri, outros problemas também se acentuammines slotáreas rurais do Norte do Brasil.

Na cidade amazonense, apenas 75% dos professores do ensino fundamental têm ensino superior —– um número abaixo da média nacional,mines slotquase 87%, segundo dados do Instituto Nacionalmines slotEstudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

“Tem muita professora boa que trabalhava com a gente, mas, quando tem oportunidademines slotser aprovada lámines slotManaus, é a primeira coisa, porque lá paga melhor”, diz Júnior Amorim, professor do sexto ano numa escola no centromines slotManaquiri.

Para o professor, os alunosmines slotManaquiri são prejudicados ainda pela faltamines slotmaterial que dinamize as aulas emines slotuma parceria mais sólida entre as escolas e as famílias: "Não adianta só quadro e caneta piloto".

A professora Cristiane Ribeiro, da Vila do Janaucá, explica ainda que,mines slotalgumas comunidades distantes, há professores que estudaram apenas até a quarta série e já são colocados dentromines slotuma salamines slotaula.

Prefeitomines slotManaquiri, Jair Souto - homem carecamines slotpele claramines slotfrente à prefeitura

Crédito, Vitor Serrano/BBC

Legenda da foto, Prefeito Jair Souto,mines slotManaquiri, passou oito anos à frente da prefeitura e diz que não melhorou o Ideb devido à pandemia e anosmines slotseca e cheia

De acordo com o prefeito Jair Souto, tem sido difícil atrair profissionais qualificados para Manaquiri, especialmente para zonas rurais. “Esse é o grande desafio no Brasil e nas áreas remotas”, diz o político, prometendo um sistemamines slotaumentomines slotremuneração com base nos resultadosmines slotcada professor — algo a ser aplicado na gestão seguinte,mines slotseu sucessor.

Souto também reclama da forma como a educação é financiada para os municípios amazônicos.

Assim como a grande maioria dos municípios brasileiros, Manaquiri depende majoritariamentemines slotrecursos repassados pelo governo federal ou estadual.

Na área da educação, o dinheiro chega às cidades principalmente através do Fundomines slotManutenção e Desenvolvimento da Educação Básica emines slotValorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).

Criadomines slot2007, o fundo tem papel fundamental na reduçãomines slotdesigualdades entre as regiões, já que redistribui recursos nacionais com base no númeromines slotalunos — e não levandomines slotconta o que determinado Estado arrecadou, por exemplo.

Mas o prefeito diz que Fundeb tem sido insuficiente, já que os recursos repassados não levammines slotconta que Manaquiri gasta mais no transporte (em barcos e por longas distâncias), por exemplo.

A cidade ainda precisaria, argumenta Souto,mines slotmais recurso por aluno, já que há escolas que precisam ser mantidasmines slotcomunidades ribeirinhas e que funcionam com pouquíssimas crianças.

"O Brasil precisa entender a complexidade da região Norte e fazer políticas específicas para a região. Nós não somos iguais", diz.

O Norte é a região proporcionalmente mais jovem do Brasil, um país que tem vistomines slotpopulação economicamente ativa diminuirmines slotrelação aos idosos.

Isso quer dizer que a forma como os jovens estão se formando vai influenciar o futuro do país, explica o economista Naercio Menezes Filho, professor do Insper e da Universidademines slotSão Paulo.

"Como teremos menos jovens, a gente precisa ter gente cada vez mais produtiva. E um dos principais fatores para aumentar a produtividade é a qualidade da educação", diz Menezes Filho, especialista no desenvolvimento da primeira infância.

"Então é preocupante que isso não esteja acontecendo na região que a gente tem a maior concentraçãomines slotjuventude", completa.

O MEC reconheceu,mines slotnota, que é necessário atacar as desigualdades educacionais no Brasil e disse que está implementando novos critérios no Fundeb para que cidades que tenham alunos mais pobres possam receber mais recursos.

Já o Fundo Nacionalmines slotDesenvolvimento da Educação (FNDE), responsável pela gestão do Fundeb, prometeu um olhar para o que chamamines slot"custo amazônico", por meiomines slotum programa voltado para auxiliar no transportemines slotestudantes da zona rural emines slotregiões mais afastadas.

No entanto, até o momento, ainda não há um orçamento definido para as mudanças, diz o FNDE.

O que o Ideb não mede

O Ideb é calculado com basemines slotdois indicadores: a taxamines slotaprovação escolar; e as médiasmines slotdesempenho nos exames aplicados pelo Sistemamines slotAvaliação da Educação Básica (Saeb), nos quintos e nono ano do ensino fundamental e terceiro ano do ensino médio.

Ele é considerado o principal indicador da educação brasileira e consegue ligar alertas.

Mas será que, numa cidade como Manaquiri, o índice é capazmines slotcaptar tudo?

Mesa com objetos  e cartaz escrito as conquistas dos povos indígenas

Crédito, Vitor Serrano/BBC

Legenda da foto, Escolamines slotManaquiri tem sala dedicada a artefatos arqueológicos encontrados por alunos

Para a educadora Fabiane Garcia, da Ufam, as crianças ribeirinhasmines slotáreas rurais na Amazônia têm uma leituramines slotmundo e vivências cotidianas que não são vistasmines slotresultadosmines slotprovas.

"Em termosmines slotleitura e cálculo, objetivamente, elas estão falhando. Mas não podemos dizer que não esteja ocorrendo aprendizado. Talvez seja uma aprendizagem que esses próprios modelos não captam", diz a professora.

Em escolas indígenas do Amazonas, exemplifica Garcia, os professores são da própria comunidade e dão aulas na língua nativa. Muitas vezes esse educador não tem um cursomines slotgraduação, e os resultadosmines slotprovasmines slotportuguês podem não ser os esperados.

"Isso pode ser visto no Sudeste como uma coisa ruim, mas a gente precisa entender que isso é bom porque no fundo a gente está nesse processomines slotmanutenção e resgate da cultura, da língua", diz.

Na escola da Vila do Janauacá, uma das salas é dedicada a um pequeno museu com artefatos arqueológicos que as famílias encontram ali mesmo. São potesmines slotcerâmica e vasosmines slotcivilizações antigas e que fazem parte do dia a dia das aulas.

O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) informou que já fez uma visita ao colégio para catalogação dos itens,mines slotmeio ao recadastramentomines slotsítios arqueológicos na região.

“A gente mostra que outros povos estiveram aqui antes da gente”, comenta a professora Cristiane, apontando os objetos históricos que as crianças encontraram, literalmente, no quintalmines slotcasa.

Artefatos encontrados pela população da Vila do Janauacá

Crédito, Vitor Serrano/BBC

Legenda da foto, Artefatos encontrados pela população da Vila do Janauacá