'Limpeza da morte': a prática suecasportingbett comse livrarsportingbett combens acumuladossportingbett comvida:sportingbett com
Trata-sesportingbett comuma prática conhecida como döstädning — um termo relativamente recente para designar um costume antigo — que combina a palavra dö (morte) e städning (limpeza).
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Fim do Matérias recomendadas
Esta "limpeza antes da morte" consistesportingbett comse livrarsportingbett comtudo o que é desnecessário antessportingbett comdeixar este mundo. Uma prática que a artista sueca nonagenária Margareta Magnusson explicasportingbett comdetalhes no livro O que deixamos para trás: a arte sueca do minimalismo e do desapego (editora Intrínseca, 2024).
Basicamente, "a ideia é não deixar um montesportingbett comlixo para trás quando você morrer. Lixo que outras pessoas vão ter que dar um fim", explica Magnusson à BBC News Mundo, serviçosportingbett comnotíciassportingbett comespanhol da BBC.
"Nesta cultura consumistasportingbett comque vivemos, o döstädning é uma formasportingbett comajudar aqueles que deixamos para trás", acrescenta.
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É uma ideia tão simples que praticamente dispensa explicação. A mortesportingbett comum ente querido deixa para muita gente uma montanhasportingbett comproblemas não resolvidos, coisas para organizar, alémsportingbett comuma tristeza sem fim.
"Um dia, quando você não estiver mais aqui,sportingbett comfamília vai ter que lidar com todas as suas coisas, e não acho isso justo", explica Magnussonsportingbett comum vídeo que gravou com a filha.
"Pense nas suas pessoas favoritas. Você quer colocar todo seu lixo no colo delas? E pensesportingbett comtodas as suas coisas favoritas: elas deveriam acabar na lixeira?", diz ela à BBC News Mundo.
"Tive que arrumar tudo tantas vezes após a mortesportingbett comoutra pessoa que não obrigaria ninguém a fazer isso após minha morte”, acrescenta a autora, que teve que cuidarsportingbett comtudo que seu pai,sportingbett commãe e seu marido deixaram para trás após falecerem.
Ainda assim, a artista reconhece que o processo não é fácil para todos.
"Fazer um inventáriosportingbett comtodos os nossos pertences antigos, lembrar da última vez que os usamos, e dizer adeus a alguns deles, não é uma tarefa fácil para muita gente. As pessoas são mais propensas a acumular coisas do que a jogá-las fora", ela afirma.
Mas admite que está sempre fazendo este tiposportingbett comlimpeza, porque "gostosportingbett comter tudo bonito e arrumado ao meu redor".
"Gosteisportingbett comrever minhas memórias, minha vida. Dar coisas para meus netos e meus filhos."
"Não vejo isso como algo triste", ela diz.
"Mas, sim, como um alívio."
Mãos à obra
Se este conceito nórdico te agrada, e você acha que pode ser útil, Magnusson tem várias sugestões sobre como colocá-losportingbett comprática.
Primeiro, comece analisando o que você tem no sótão, no porão ou nos armários do corredor. Ou seja, nos lugares que estão forasportingbett comvista, e onde costumam estar as coisas que você não usa, ou as que você não sabe o que fazer com elas e que talvez nem se lembre que tem.
Você também pode pensarsportingbett comum parente ou amigo mais jovem, para quem pode dar coisas que possam sersportingbett comgrande utilidade para ele.
"Comece com as coisas grandes. Mesas, cadeiras, móveis. Depois passe para coisas menores, como roupas e panelas", diz ela à BBC News Mundo.
Em relação às roupas, ela argumenta que o ideal é ter um guarda-roupa só com o que gostamossportingbett comusar, com peças que possam ser combinadas entre si, que você possa escolher quasesportingbett comolhos fechados para sair sempre bem vestido.
Os itens que só te dizem respeito, como souvenirs, cartas, diários ou fotos íntimas, podem ser guardadossportingbett comuma caixa etiquetada com o nomesportingbett comalguémsportingbett comconfiança, e com instruções claras para que descarte o material sem inspecionar seu conteúdo.
Ela também recomenda adquirir uma fragmentadorasportingbett compapel para destruir documentos muito particulares, potencialmente prejudiciais ou simplesmente desnecessários.
Igualmente importantes são os problemas ou situações não resolvidas com amigos e familiares: é uma boa ideia tentar esclarecê-las antes que seja tarde demais.
As senhassportingbett comacesso a sites e contassportingbett complataformas digitais podem ser anotadassportingbett comalgum lugar para facilitar a vidasportingbett comquem fica para trás, diz ela.
E, por fim, você pode se dedicar a organizar (ou descartar) as fotos e lembranças.
É sempre melhor deixar isso para o final, "porque se não você fica preso no baú das recordações, e não consegue fazer nada", explica.
O melhor é fazer isso sozinho, uma vez que o objetivo é justamente não sobrecarregar os outros.
Conversa difícil
Qual é o momento ideal para encarar esta tarefa?
"Se você está na reta final, não espere demais…" escreve a artista.
Ela sugere começar aos 65 anos, no mínimo. Mas, na verdade, acredita que é melhor começar o mais cedo possível.
"Comece cedo, antes que você fique velho e fraco demais para fazer isso", recomenda Magnusson, que diz fazer um pouco todos os dias.
"Nunca é cedo demais. Só é tarde demais quando você já está morto", diz ela à BBC News Mundo.
"Você não vai se arrepender, tampouco seus entes queridos."
E se não estivermos pensandosportingbett comnós mesmos, massportingbett comnossos pais, Magnusson sugere que tenhamos essa conversa com elessportingbett comalgum momento.
"Claro que não é fácil, mas acho que se você não fizer isso enquanto eles estão vivos, vai ser um inferno para você depois", explica.
"Você precisa ser um pouco indelicado, e talvez possa ir com eles até o porão ou o sótão, e perguntar o que eles querem fazer com isso ou aquilo, e se você pode ajudá-los a reduzir seus pertences."
"Não acho que eles vão ficar bravos com isso", conclui.