A lei que pode tirar da prisão militares que cometeram crimes durante ditadura no Uruguai:software casino online

Os defensores da lei dizem que ela é uma "medida humanitária" que beneficiará não apenas pessoas com maissoftware casino online65 anos, mas também mães e mulheres grávidas que estão atualmente na prisão.

Carmen Asiaín é uma das senadoras que votou a favor do projeto. Ela diz que os parlamentares tiveram "o cuidadosoftware casino onlinerespeitar as convenções internacionaissoftware casino onlinedireitos humanos esoftware casino onlinenão criar situaçõessoftware casino onlineimpunidade".

De acordo com o projeto, observa a senadora do Partido Nacional, os condenados com maissoftware casino online65 anos só poderão cumprir a penasoftware casino onlineprisão domiciliar se um juiz concordar que asoftware casino onlinesaúde física ou mental é tão frágil que permanecer no presídio afetariasoftware casino online"dignidade humana".

Embora condenados por crimes contra a humanidade sejam excluídos da medida, ativistassoftware casino onlinedireitos humanos argumentam que a maioria dos oficiais uruguaios foram condenados por crimes "menos graves", como homicídio ou lesões corporais, e, portanto, podem ser beneficiados caso a legislação seja aprovadasoftware casino onlinedefinitivo.

Milharessoftware casino onlinepessoas foram torturadas e 197 pessoas desapareceram à força durante o regime militar do Uruguai, segundo dados do governo do Uruguai. Outras 202 pessoas foram vítimassoftware casino onlineexecuções extrajudiciais entre 1968 e 1985.

A pesquisadora Francesca Lessa, acadêmica da University College London, passou anos recolhendo dados sobre os crimes cometidos durante os 12 anossoftware casino onlineditadura do Uruguai e acompanhou as tentativassoftware casino onlinelevar os responsáveis ​​à justiça. A ONGsoftware casino onlinedireitos humanos Observatório Luz Ibarburu também participou do trabalho.

O Uruguai retomou a democraciasoftware casino online1985, mas uma leisoftware casino onlineimunidade anistiou integrantes das forças armadas acusados ​​de violações dos direitos humanos. Isso durou até 2011.

Até essa data, apenas 28 pessoas haviam sido condenadas por abusos durante a ditadura.

Pablo Chargoñia, do Observatório Luz Ibarburu, afirma que o novo projetosoftware casino onlinelei pode fazer com que os poucos policiais condenados sejam mandados para casa.

O tempo também está contra quem tenta investigar os crimes da ditadura. O golpe que deu início ao regime militar ocorreu há 50 anos e muitos dos envolvidos morreram antessoftware casino onlineserem processados, explica Chargoñia.

Alémsoftware casino onlinetentar processar os golpistas, grupossoftware casino onlinedireitos humanos tentam descobrir o que aconteceu com os "desaparecidos", pessoas que foram sequestradas pelo regime.

As entidades pediram às Forças Armadas do Uruguai que divulgassem informações sobre o paradeiro dessas pessoas. Mas até agora, dos 197 uruguaios considerados desaparecidos, apenas foram encontrados os restos mortaissoftware casino online31.

A busca é complicada pelo fatosoftware casino onlinemuitos terem sido vítimassoftware casino onlineum plano secreto denominado Operação Condor, no qual as ditaduras da Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai trabalharamsoftware casino onlineconjunto para localizar os seus opositores nas fronteiras.

Vinte e cinco dos 31 corpos foram encontrados na Argentina, mostrando até que ponto as ditaduras dos dois países vizinhos colaboraram entre si.

Embora a maioria dos desaparecidos há décadas sejam considerados mortos, os sobreviventes da Operação Condor conseguiram fornecer informações sobre como funcionavam os regimes militares.

Sara Méndez é uma dessas pessoas. Na décadasoftware casino online1970, a ativista e professora uruguaia vivia exilada na capital argentina, Buenos Aires.

Bebês retirados das mães

Em 13software casino onlinejulhosoftware casino online1976, ela foi sequestradasoftware casino onlineuma operação conjunta das forças armadas uruguaia e argentina. Enquanto homens armados a empurravam com os olhos vendados para dentrosoftware casino onlineum carro, deixaram para trás o seu filho, nascido três semanas antes.

Sara foi levada para uma casasoftware casino onlinetortura secretasoftware casino onlineBuenos Aires, antessoftware casino onlineser enviadasoftware casino onlinevolta ao Uruguai, onde ficou presa por cinco anos.

Ela passou os 25 anos seguintes procurando seu filho, Aníbal Mendez, antessoftware casino onlinefinalmente encontrá-losoftware casino online2002, na Argentina. Aníbal havia sido adotado por um comandantesoftware casino onlinepolíciasoftware casino onlineBuenos Aires e nada sabia sobre seus passado.

Quando Aníbal tinha 25 anos, o homem que ele pensava ser seu pai lhe contou que ele era adotado:

"Ele disse que um bebê havia sido abandonadosoftware casino onlineuma clínica local. Ouvi a versão dele, mas não acreditei", diz Aníbal, hoje com 47 anos.

Aníbal concordousoftware casino onlinefazer um testesoftware casino onlineDNA, que confirmou que Sara ésoftware casino onlinemãe. Ele e Sara passaram os últimos 20 anos construindo um relacionamento.

"No começo foi muito difícil. Imagine, uma pessoa que não te criou, que você acabousoftware casino onlineconhecer, mas que você sabe que ésoftware casino onlinemãe biológica, isso foi algo que tivemos que superar", explica.

Aníbal também teve que lidar com sentimentos conflitantes pelo casal que o criou.

"Tenho muita certezasoftware casino onlineque essas duas pessoas que me criaram cometeram este crime terrívelsoftware casino onlinepegar um bebê e mudarsoftware casino onlineidentidade. Mas não vou apagar esse amor que eles me deram nem o amor que também senti por eles."

Sara diz que se reconectar com o filho "demorou muitos anossoftware casino onlinetrabalho".

Estima-se que 500 bebês foram retiradossoftware casino onlinemulheres presas políticas como Sara durante a ditadura argentina. Dessas, 133 depois reencontraram suas famílias biológicas.

Mas os roubossoftware casino onlinebebês deixaram um legadosoftware casino onlinetraumas complexos.

"Penso que o roubosoftware casino onlinebebês foi uma das coisas mais cruéis que estas ditaduras fizeram. A capturasoftware casino onlineuma criança por pessoas que faziam partesoftware casino onlineum aparelho repressivo que perseguiu, torturou e matou seus pais", diz Sara.

Ela está preocupada com o fatosoftware casino onlinea propostasoftware casino onlinelei que atualmente tramita no Congresso do Uruguai "não faça distinção entre crimes comuns e crimes cometidos pelo Estado".

Ela também acha que o projeto "não levasoftware casino onlineconsideração a opinião da vítima na horasoftware casino onlinedecidir qualquer modificação do regime prisional dos militares condenados".

Três militares reformados e um policial cumprem atualmente penas no Uruguaisoftware casino onlineconexão com o sequestro e torturasoftware casino onlineSara Méndez.

Um deles já foi colocadosoftware casino onlineprisão domiciliar. Se o projeto for aprovado, os outros também poderão cumprir suas penassoftware casino onlinecasa.