Os chineses que temem perder tudo com crisebrabet lgigante imobiliária Evergrande:brabet l

Diversos prédiosbrabet lvários tamanhobrabet lconstrução

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Pedidobrabet lfalência da Evergrande expôs a crise imobiliária na China

No entanto, poucos meses após a compra, o cenário mudou.

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Em Henan, a província central da China onde o casal comprou o imóvel, as obras foram paralisadas.

“Vimos a estrutura principal sendo construída e,brabet lrepente, ouvimos que Evergrande estava ruindo. Depois, a construção foi interrompida, no ano passado.”

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Em setembrobrabet l2021, a Evergrande não conseguiu reembolsar maisbrabet lUS$ 100 milhões a credores offshore. Naquela época, estimava-se que a empresa tinha maisbrabet l1,5 milhãobrabet limóveis inacabados.

Essas situações alarmantes trouxeram à luz uma crise imobiliária na China que ainda está se desenrolando, dois anos depois. A empresa falida passou os últimos 18 meses tentando um acordobrabet lrecuperação, mas as preocupações sobre o seu futuro foram renovadas esta semana com a notíciabrabet lque o seu fundador, Hui Ka Yan, e outros líderes sêniores foram detidos pela polícia.

"Usei parte do dinheiro da minha aposentadoria para pagar a entrada. Pagaremos a hipoteca pelos próximos 30 anos", diz Guo.

À medida que a crise imobiliária na China aumenta, crescem também os receios dela. “Não queremos acabar sem nada”, diz.

Essa é uma preocupação compartilhada por muitas pessoas que investiram suas poupanças num novo imóvel: que seus sonhos tenham sido demolidos para sempre.

O que aumenta a preocupação é que a Evergrande não é a única empresa imobiliáriabrabet lsérios apuros.

Outra gigante, a Country Garden, relatou um prejuízo semestral recordebrabet lUS$ 6,7 bilhões. Analistas estimam que essa incorporadora tenha vendido um milhãobrabet limóveis que ainda não foram concluídos.

Mulher andandobrabet lbicicletabrabet lfrente a grande prédio

Crédito, EPA

Legenda da foto, Os compradoresbrabet limóveis da Evergrande sofrem com a incerteza sobre o destinobrabet lseu investimento

“Quase comprei um apartamento da Country Garden”, relata Zhang Min,brabet l31 anos, que também morabrabet lHenan.

Ela e o noivo planejavam comprar o imóvel juntos. A casa dos pais dela foi construída pela Country Garden, e o jovem casal foi informadobrabet lque poderia comprar um imóvel com descontobrabet lagosto. Mas eles mudarambrabet lideia quando souberam que a empresa estava à beirabrabet lum colapso.

"Certamente não vamos adiar o nosso casamento porque não compramos uma casa nova. Terei apenas que desistir da ideiabrabet l'recém-casados morandobrabet luma casa nova'", diz Zhang.

"A geração dos meus pais viu o mercado imobiliário da China crescer por duas décadas. Hojebrabet ldia, as pessoas ao meu redor estão preocupadas com a desvalorização dos preços das casas."

O mercado imobiliário da China representa um terço dabrabet leconomia. Por isso,brabet lsituação está preocupando também indústrias relacionadas, desde materiaisbrabet lconstrução como aço e cimento, até eletrodomésticos.

E, no entanto, esta é mais uma crise para Pequim, que também enfrenta a desaceleração do crescimento, a queda das exportações e uma taxabrabet ldesempregobrabet ljovens passando dos 20%.

Pequim tem procurado moderar a preocupação da população. A mídia estatal pouco disse sobre Hui ter sido colocado sob vigilância policial, e o Ministério das Relações Exteriores pareceu bloquear as perguntas dos repórteres sobre o assuntobrabet lentrevista coletiva na quinta-feira (28/9).

Mas a notícia tem sido um assunto importante nas redes sociais chinesas, como o Weibo. Foram maisbrabet l600 milhõesbrabet lvisualizações apenas sobre o assunto da vigilância sobre Hui.

Muitos no Weibo reclamam sobre o que permitiu à Evergrande e outros gigantes imobiliários chegarem a esse ponto, enquanto os compradores foram pouco protegidos.

“Por contabrabet lmecanismos e regulamentação inadequados, quase se tornou uma regra que as empresas possam ‘colapsar’”, escreveu um usuário.

Há também a preocupaçãobrabet lque a crise imobiliária se estenda a outras empresas, porque a situação da Evergrande revelou falhas sistêmicas, como o endividamento excessivo e grandes descontos para atrair compradores que acabam esgotando os cofres da empresa.

Policiais fazendo cordãobrabet lisolamento na frentebrabet lprédio

Crédito, Reuters

Legenda da foto, Em fotobrabet l2021, seguranças isolam a sede da Evergrandebrabet lShenzhen, para onde se dirigiram compradores furiosos

Pessoas também têm compartilhado suas experiências como compradorasbrabet limóveis desiludidas e ansiosas.

Em um vídeo no Douyin, a versão chinesa do TikTok, um homem contou que teve que trabalharbrabet ltrês empregos para pagar a hipoteca e o aluguel atual — porque não podia se mudar para seu apartamento inacabado da Evergrande.

Quando as falhas da empresa apareceram pela primeira vez, há dois anos, houve protestosbrabet lfrente aos escritórios da empresabrabet lShenzhen, no sul da China. Nos últimos meses, essas manifestações voltaram.

Guo diz que ela e outros compradores da Evergrande também não estãobrabet lbraços cruzados. Eles formaram três grupos na rede WeChat, com quase 500 membros cada.

“Nós nos organizamos para procurar o governo. Com tantosbrabet lnós, eles não podem ignorar isso”, disse ela.

Ela também disse à BBC que foi avisada pelas autoridades locais para não falar com a mídia e ouviu promessasbrabet lque as obras do prédio onde está seu apartamento seriam retomadasbrabet lbreve.

Mas alguns membros do seu grupo vão verificar o canteirobrabet lobras todos os dias e têm visto poucos trabalhadores e um progresso mínimo.

“Algunsbrabet lnós pararambrabet lpagar a hipoteca”, diz Guo. "Se o banco pressionar demais, eles dormirão no saguão do banco."

*Com reportagem adicionalbrabet lIan Tang e Kelly Ngbrabet lSingapura