Suécia registra primeiro casogreenbets.ionova variante da mpox fora da África: o que é a doença e como é transmitida?:greenbets.io

Um dia após a Organização Mundialgreenbets.ioSaúde (OMS) anunciar que a mpox se tornou uma "emergênciagreenbets.iosaúdegreenbets.iointeresse global", a Agênciagreenbets.ioSaúde da Suécia comunicou aquele que seria o primeiro caso da nova variante mais contagiosa da doença fora da África.

A pessoa se contagiou durante uma estadiagreenbets.ioum uma área da África onde atualmente há um surto importantegreenbets.iompox da variante "clado 1", segundo a agência sueca informou nesta quinta-feira (15/8).

Segundo Olivia Wigzell, diretora da Agênciagreenbets.ioSaúde Pública da Suécia, a pessoa infectada havia buscado atendimento na regiãogreenbets.ioEstocolmo, capital do país. Ela afirmou que o fatogreenbets.ioa pessoa estar recebendo tratamento no país europeu não significava que houvesse risco para a populaçãogreenbets.iogeral.

A mpox, anteriormente chamadagreenbets.iovaríola do macaco, é transmitida através do contato com uma pessoa infectada, seja por meiogreenbets.iorelações sexuais ou pela exposição da pele ou pela respiração próxima do paciente.

Pelo menos 450 pessoas morreram desde que surgiu um surto inicial na República Democrática do Congo há alguns meses. Desde então, a doença se espalhou para outras áreas da África Central e Oriental.

OMS: 'Emergênciagreenbets.iointeresse global'

Na quarta-feira (14/8), o Comitêgreenbets.ioEmergência sobre mpox da OMS anunciou que a doença se tornou uma emergênciagreenbets.iosaúde públicagreenbets.iointeresse global.

A declaração foi feita por causa da rápida propagação da enfermidade por alguns países da África. O anúncio foi feito por Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da organização.

Ele informou por meiogreenbets.iosua conta no X, antigo Twitter, que equipes estão trabalhando nos países afetados e outrosgreenbets.iorisco, "por meiogreenbets.ionossos escritórios nacionais e regionais", com parceiros, ONGs, sociedade civil e outros órgãos para conter a disseminação da doença.

Essa declaração sobre a mpox já tinha sido feitagreenbets.iojulhogreenbets.io2022 e durou até 2023, quando a organização decidiu rebaixar seu status novamente.

A mpox é um novo nome adotado pela OMS para a antiga varíola dos macacos (ou monkeypox,greenbets.ioinglês).

O atual surtogreenbets.iompox é mais preocupante do que os anteriores porque envolve uma nova variante do vírus, que os especialistas dizem ser a versão mais perigosa que já se viu.

No Brasil, 709 casos e 16 mortes por mpox foram notificadosgreenbets.io2024 — e, com os temoresgreenbets.ioum novo problemagreenbets.iosaúde pública, o Ministério da Saúde convocou uma reunião para discutir a questão.

Em nota, o ministério diz que pretende atualizar as recomendações e o planogreenbets.iocontingência para a mpox no país.

O texto ainda aponta que o governo "acompanha com atenção" a situação da mpox no mundo e monitora informações junto à OMS e outras instituições.

"A avaliação é que o evento apresenta risco baixo neste momento para o Brasil", destacou ao ministério.

Confira a seguir o que se sabe sobre a doença — e as formasgreenbets.ioprevenção, diagnóstico e tratamento.

A mpox é comum? Em quais países ela ocorre?

A mpox é uma doença causada pelo vírus monkeypox.

Esse agente infeccioso pertence ao mesmo grupogreenbets.iovírus da varíola, embora costume ser muito menos prejudicial.

Esse vírus foi originalmente transmitidogreenbets.ioanimais para humanos, mas agora também circula entre pessoas.

Ele é mais comumgreenbets.ioaldeias remotas nas florestas tropicais da África, especialmentegreenbets.iopaíses como a República Democrática do Congo.

Nessas regiões, ocorrem milharesgreenbets.iocasos e centenasgreenbets.iomortes por mpox todos os anos — as crianças com menosgreenbets.io15 anos são as mais afetadas.

Duas cepas principais do vírus circulam pelo mundo.

A primeira, chamadagreenbets.io"clado 1" é endêmica na África Central.

Já a "clado 1b" abrange uma nova versão do patógeno, que é mais virulenta e está envolvida no surto atual.

Essa variante se espalha com maior frequência atravésgreenbets.iocontatos próximos nas casas, onde geralmente infecta crianças.

O CDC africano afirma que foram detectadas maisgreenbets.io14,5 mil infecções e maisgreenbets.io450 mortes por mpox entre o iníciogreenbets.io2024 e o finalgreenbets.iojulho.

Isso representa um aumentogreenbets.io160% nos casos e um incrementogreenbets.io19% nos óbitosgreenbets.iocomparação com o mesmo períodogreenbets.io2023.

Embora 96% dos casosgreenbets.iompox ocorram na República Democrática do Congo, a doença se propagou para muitos países vizinhos, como Burundi, Quênia, Ruanda e Uganda, onde normalmente não é endêmica.

Uma cepa mais brandagreenbets.iompox, que pertence ao chamado "clado 2", causou um surto globalgreenbets.io2022. Essa variante mais leve se propaga principalmente através do contato sexual.

Ela se disseminou por quase 100 países, incluindo o Brasil e partes da Europa e da Ásia, que normalmente o vírus não circula.

O surto foi controlado por meio da vacinaçãogreenbets.iogrupos vulneráveis.

O acesso às vacinas e aos tratamentos contra mpox é deficiente na República Democrática do Congo — e as autoridadesgreenbets.iosaúde seguem preocupadas com a propagação da doença.

Quais são os sintomasgreenbets.iompox?

Os sintomas iniciais incluem febre, doresgreenbets.iocabeça, inchaços, dores nas costas e dores musculares.

Assim que a febre diminui, podem ocorrer erupções na pele. Elas geralmente começam pelo rosto e depois se espalham para outras partes do corpo, mais comumente nas palmas das mãos e nas solas dos pés.

Esses machucados, que podem causar muita coceira e dor, passam por diferentes estágios antesgreenbets.iofinalmente formarem uma crosta, que posteriormente cai.

Essas lesões ainda podem deixar cicatrizes.

A infecção geralmente desaparece sozinha e dura entre 14 e 21 dias.

Em casos graves, as lesões podem atacar todo o corpo, principalmente a boca, os olhos e os órgãos genitais.

Como a mpox é transmitida?

A mpox se espalha por meio do contato próximo com alguém infectado — inclusive por meiogreenbets.iosexo, contato pele a pele e até conversa ou respiração pertogreenbets.iooutra pessoa.

O vírus pode entrar no corpo atravésgreenbets.ioum ferimento na pele, do trato respiratório ougreenbets.ioolhos, nariz ou boca.

O patógeno também pode ser transmitido pelo toquegreenbets.ioobjetos contaminados pelo vírus, como roupasgreenbets.iocama, roupas e toalhas.

O contato próximo com animais infectados, como macacos, ratos e esquilos, é outro possível caminhogreenbets.iocontaminação.

Durante o surto globalgreenbets.io2022, o vírus se espalhou principalmente por meio do contato sexual.

O atual surto na República Democrática do Congo parece estar relacionado ao contato sexual, mas a doença foi diagnosticadagreenbets.iopúblicos diversos.

Quem tem mais riscogreenbets.iose infectar com mpox?

A maioria dos diagnósticos envolve pessoas sexualmente ativas e homens que fazem sexo com homens.

Indivíduos que possuem vários parceiros ou novos parceiros sexuais podem estargreenbets.iomaior risco.

Mas qualquer pessoa que tenha contato próximo com alguém com sintomas pode contrair o vírus — incluindo profissionaisgreenbets.iosaúde e familiares.

O conselho é evitar o contato próximo com qualquer pessoa com mpox e lavar as mãos com água e sabão se o vírus for detectado nagreenbets.iocomunidade.

Aqueles que têm mpox devem ficar isolados até que todas as lesões desapareçam.

Os preservativos devem ser usados ​​como precaução durante 12 semanas após a recuperação, segundo as diretrizes da OMS.

Como é o tratamento da mpox?

Uma terapia desenvolvida para tratar a varíola comum também pode ser útil no tratamento da mpox, mas há pesquisas limitadas sobre a eficácia do remédio.

Os surtosgreenbets.iompox podem ser controlados por meio da prevençãogreenbets.ioinfecções — e a melhor maneiragreenbets.iofazer isso é com as vacinas.

Existem três imunizantes disponíveis, mas geralmente apenas as pessoasgreenbets.iorisco ou que tiveram contato próximo com uma pessoa infectada podem tomá-los.

A OMS não recomenda atualmente a vacinação massiva,greenbets.iopopulações inteiras.

São necessários mais estudos para saber o nívelgreenbets.ioproteção das vacinas atuais contra as novas versões do vírus.

A OMS pediu recentemente às farmacêuticas responsáveis por esses imunizantes para que elas fizessem testes mais amplos.

A ideia seria entender se esses produtos podem ser úteis numa situaçãogreenbets.ioemergência, mesmo que ainda não tenham sido formalmente aprovados nos países onde podem ser necessários.

Com reportagemgreenbets.ioPhilippa Roxby e Jeremy Howell, do Serviço Mundial da BBC, e Paul Kirby e Smitha Mundasad, da BBC News.