Em NY para defender combate às mudanças climáticas, Lula tem reunião com petroleira fora da agenda:bwin review
A Shell confirmou à BBC News Brasil o encontro e disse que a reunião foi realizada a pedido da empresa como parte da agendabwin reviewvisita do presidente global da companha ao Brasil esta semana.
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O encontro foi realizadobwin reviewNova Iorque "por uma questãobwin reviewlogística e disponibilidadebwin reviewcalendáriobwin reviewambos os líderes", disse a Shell.
"A conversa passou por tópicosbwin reviewrelevância do setorbwin reviewenergia no Brasil e foi também uma oportunidadebwin reviewapresentar ao presidente o estudobwin reviewcenáriosbwin reviewtransição energética elaborado pela companhia com foco no país."
Um dos principais interesses da Shell no Brasil é a exploração da margem equatorial, uma regiãobwin reviewcosta marítima entre o Rio Grande do Norte e o Amapá, considerada uma das últimas fronteiras petrolíferas não exploradas no país.
O presidente da Shell Brasil, Cristiano Pinto, porém, já comentou publicamente sobre o assunto.
Na área, há cinco bacias sedimentares: Potiguar, Ceará, Barreirinhas, Pará-Maranhão e Foz do Amazonas.
A Shell tem blocos exploratórios nas bacias sedimentares Potiguar e Barreirinhas.
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O tema gera controvérsia no governo Lula: parte da gestão considera fundamental investir na exploração dos combustíveis fósseis para gerar riqueza e crescimento econômico para o país.
O plano, porém, vai na contramãobwin reviewpromessas do governobwin reviewrelação ao combate a mudanças climáticas. A queimabwin reviewcombustíveis fósseis é uma das principais fontes dos gases que provocam o aquecimento global.
Além disso, a equipebwin reviewlicenciamento ambiental do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), ligado ao Ministério do Meio Ambiente,bwin reviewMarina Silva (Rede), emitiu um parecer contrário à perfuraçãobwin reviewpoços exploratórios na região.
Confrontada com o tema, Marina tem reforçado que o assunto será analisadobwin reviewforma técnica, refutando que o órgão esteja atuando ideologicamente na questão.
O Brasil ainda não definiu se irá permitir a exploração ou não da margem equatorial.
Ambientalistas apontam ser contraditório que o governo aponte a conservação ambiental é uma prioridade ao mesmo tempobwin reviewque aprofunda a exploraçãobwin reviewpetróleo.
A produção da Petrobras,bwin reviewquem o governo é sócio-majoritário, aumenta anualmentebwin reviewprodução, que deve chegar ao ápice apenasbwin review2030. Ainda assim, o Brasil não responde nem por 5% da produção mundial.
Por outro lado, economistas avaliam que o Brasil é um país emergente que não podebwin reviewse furtarbwin reviewobter receitas com o petróleo, ainda mais considerando que países como Estados Unidos e nações europeias não têm diminuído seu consumobwin reviewcombustíveis fósseis a pontobwin reviewatingir suas metasbwin reviewreduçãobwin reviewemissãobwin reviewcarbono nem se disposto a efetivamente remunerar o Brasil e outros emergentes para que o façam.
O que Lula dirábwin reviewseu discurso na ONU
Lula discursará na ONU no momentobwin reviewque o país enfrenta os maiores incêndios bwin review20 anos na Amazônia quanto no Pantanal, segundo o Serviçobwin reviewMonitoramento da Atmosfera Copernicus, da União Europeia.
Em que pese a responsabilidade do governo, que, como admitiu o próprio Lula, não estava “100% preparado” para lidar com a situação, o presidente brasileiro deve responsabilizar a associaçãobwin reviewfenômenos como El Niño e comportamentos humanos criminosos e predatóriosbwin reviewrelação ao meio ambiente pelas cenasbwin reviewdestruição.
No púlpito da ONU, Lula dirá que os países não estão fazendo o suficiente para reduzir essas emissões a pontobwin reviewevitar o colapso do país.
O país aposta na questão ambiental para projetar liderança global. No ano que vem, realizará a COP-30,bwin reviewBelém.
No domingo (22/9), Lula fez um discurso na Cúpula do Futuro, um evento da ONU.
Ele criticou a faltabwin reviewação internacional para cumprir as metasbwin reviewdesenvolvimento sustentável — que, segundo Lula, "foram o maior empreendimento diplomático dos últimos anos, e caminham para se tornar o nosso maior fracasso coletivo".
Solidariedade com o Haiti
Lula também se encontrou mais cedo com o primeiro-ministro do Haiti, Garry Conille.
Na saída, o presidente brasileiro afirmou à imprensa que vê uma 'faltabwin reviewsolidariedade internacional' com o país centro-americano.
"Nós temos que assumir responsabilidade — não o Brasil, [mas] o mundo, com o Haiti", afirmou. "Não é possível. O país se deteriorando e a solidariedade internacional, zero."
Lula pretendia participarbwin reviewum evento da Clinton Foundation, sobre mudanças climáticas, confirmado há vários dias embwin reviewagenda.
Mas, como o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, compareceubwin reviewsurpresa ao evento, o serviço secreto alterou o protocolobwin reviewsegurança,bwin reviewmodo a torná-lo mais rígido.
Isso impediu a entrada da equipebwin reviewLula ao evento conforme o planejado. Como seu time foi barrado, Lula optou por deixar o evento.
Agênciasbwin reviewrating
Mais cedo, Lula também teve reuniões com as duas principais agênciasbwin reviewclassificaçãobwin reviewrisco, a Standard & Poor’s e Moody’s Rating,bwin reviewNova York.
O país tenta retomar o graubwin reviewinvestimento — que funciona como um atestadobwin reviewque um país não corre riscobwin reviewdar calote na dívida pública — e apresentou os resultados do esforço fiscal que tem tentado fazer.
“Ele [o presidente] quis conversar um pouco com as agênciasbwin reviewrisco para entender a opinião que eles estão tendo das políticas implementadas no Brasil, do esforço que nós estamos fazendo depoisbwin reviewdez anos aíbwin reviewrebaixamentobwin reviewque as contas públicas ficaram muito desorganizadas”, disse Haddad,bwin reviewcoletiva à imprensabwin reviewNova York.
A Standard & Poor’s foi representada pelo chefebwin reviewServiços, Yann Pallec, e a Moody’s pelo seu presidente, Michael West.
As duas reuniões não constavam na agenda divulgada à imprensa ontem, mas foram incluídas assim que terminaram, o que não ocorreu no caso da Shell.
De acordo com o ministro da Fazenda, a equipe econômica projeta a elevação da nota do Brasilbwin review2025, mas não o suficiente para a retomada do graubwin reviewinvestimento.
Lula espera obter o grau até 2026. Com o aumento previsto para 2025, o país estaria a apenas um passo disso.
"Antesbwin reviewvir para Nova York, o presidente me perguntou o cronograma do Ministério da Fazenda para a reobtenção do graubwin reviewinvestimento. Quais eram as perspectivas porque o Brasil já teve graubwin reviewinvestimento justamente no 2º governo do presidente Lula", afirmou Haddad.
"Eu disse para ele que nós aguardávamos uma nova rodadabwin reviewaumento da nota para o ano que vem. Na nossa opinião, evidentemente. Cabe às agênciasbwin reviewrisco definir, mas os prognósticos da equipe técnica da Fazenda são muito bons."