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A bactéria comedoragreenbets.io saquecarne que ameaça se espalhar pela Austrália:greenbets.io saque
Desta vez, ele foi para o St Vincent's, um dos principais hospitais da Austrália. E ficou internado por cercagreenbets.io saqueuma semana fazendo biópsias até finalmente confirmarem o diagnóstico: úlceragreenbets.io saqueBuruli. Uma doença bacteriana que pode causar grandes feridas abertas e, se não for tratada, levar à desfiguração permanente.
Foram cercagreenbets.io saqueseis semanas desde que Noel percebeu o calombo até fazer uma biópsia definitiva e tomar a medicação certa. Os médicos disseram que ele podia ter perdido o pé.
Antesgreenbets.io saquenotar o que pensava ser uma mera mordidagreenbets.io saquemosquito, Noel vinha trabalhando muito no jardim, mexendo na terra para abrir espaço para um grande galpão.
"Cortei um montegreenbets.io saqueárvores que não eram mexidas há 20 anos", diz ele.
"Estou bastante convencidogreenbets.io saqueque [pegar a úlcera] coincidiu com a destruição das árvores e do habitat dos gambás."
Sim, gambás. Os cientistas acreditam que essas criaturas noturnas fofas podem desempenhar um papel fundamental na transmissão da úlceragreenbets.io saqueBuruli para os humanos.
Eles também sofrem com a doença, e a bactéria do Buruli — chamada Mycobacterium ulcerans — é encontradagreenbets.io saquegrandes quantidadesgreenbets.io saquesuas fezes.
Os gambás perderam grande parte do seu habitat natural para o desenvolvimento urbano nos últimos anos, o que os aproximou dos humanos enquanto as duas espécies competem por espaço e, possivelmente, gerando casos da doença.
Antes restrita aos subúrbios, a úlceragreenbets.io saqueBuruli está agora se aproximandogreenbets.io saqueMelbourne, e médicos e cientistas estão tentando impedir seu avanço antes que ela atinja a populaçãogreenbets.io saquecinco milhõesgreenbets.io saquehabitantes.
Uma ameaça crescente
Noel moragreenbets.io saqueMelbourne, masgreenbets.io saquefamília tem uma casagreenbets.io saquepraia a cercagreenbets.io saque100 kmgreenbets.io saquedistância, na Penínsulagreenbets.io saqueMornington. É uma área nobre que aparece no mapa como uma perna do continente, com a ponta do dedo do pé apontando para o oeste.
É um destinogreenbets.io saqueférias popular entre os moradores da cidade, com suas praias cercadas por cabanas coloridas e passarelasgreenbets.io saquemadeira que serpenteiam as colinas com vista para o mar.
Trilhas levam a lugares como a "Diamond Bay" e o "Millionaire's Walk", onde as casas são grandes e modernas, muitas com piscina e jardins enormes.
Não é exatamente o tipogreenbets.io saquelugargreenbets.io saqueque você esperaria ouvir falar sobre uma bactéria devoradoragreenbets.io saquecarne à solta, mas os casosgreenbets.io saqueúlceragreenbets.io saqueBuruli no estadogreenbets.io saqueVictoria tendem a ser encontrados nessa região.
Em todo o estado, o númerogreenbets.io saquecasos mais do que triplicou nos últimos anos:greenbets.io saque2014, os médicos notificaram 65 casos da doença;greenbets.io saque2019, foram registrados 299, enquanto no ano passado, 218.
Quando há suspeita da doença, o paciente geralmente é encaminhado para o médico Daniel O'Brien, infectologista especialistagreenbets.io saqueúlcerasgreenbets.io saqueBuruli que tem uma clínica nas proximidadesgreenbets.io saqueGeelong.
Ele começou a fazer a travessiagreenbets.io saque40 minutosgreenbets.io saquebalsa semanalmente para ver o número crescentegreenbets.io saquepacientes com a doença. Ele conta que atendegreenbets.io saquecinco a dez novos pacientes por semana.
A úlceragreenbets.io saqueBuruli pode destruir rapidamente a pele e os tecidos moles se não for tratada com uma combinaçãogreenbets.io saqueantibióticos e esteroides específicos ao longogreenbets.io saquesemanas e,greenbets.io saquemuitos casos, meses.
"Não importa o quão pequena ou grande seja a lesão, não há ninguém que não seja significativamente afetado por essa doença", diz O'Brien.
Os impactos físicos são significativos: a úlcera agressiva pode causar desfiguração, exigindo cirurgia e levando à incapacidadegreenbets.io saquelongo prazo.
"Ela pode realmente devorar um membro inteiro", explica O'Brien, cuja listagreenbets.io saquepacientes inclui crianças que precisaramgreenbets.io saqueaté 20 operações para combater a úlcera.
A doença também tem um impacto econômico. Noel trabalha na novela Neighbours e tevegreenbets.io saquese ausentar por um mês porque o buraco no calcanhar o impediugreenbets.io saqueficargreenbets.io saquepé por um longo períodogreenbets.io saquetempo.
Os tratamentos também podem fazer com que as pessoas se sintam muito mal. Foi o casogreenbets.io saqueNoel com os esteroides.
"Fiquei muito feliz quando paramos", diz ele.
Mas, sete meses depois, ele ainda precisa tomar antibióticos.
Outros pacientes relatam que os antibióticos causam náusea, candidíase vaginal e oral e dorgreenbets.io saqueestômago.
"É difícil. É muito desconfortável e muito desagradável", afirma Cheryle Michael, aposentada que teve úlceragreenbets.io saqueBuruli no rostogreenbets.io saqueagostogreenbets.io saque2020 e ainda está tomando medicamentos.
"Os esteroides me deixaram muito deprimida, cansada e desmotivada", acrescenta.
Os antibióticos, porgreenbets.io saquevez, provocam problemas estomacais que a deixam nervosa ao sairgreenbets.io saquecasa.
"Para ser franca, prefiro não ficar muito longe do meu banheiro."
A úlceragreenbets.io saqueBuruli é tratada com uma dose fortegreenbets.io saquedois antibióticos potentes que precisam ser tomados por várias semanas e, muitas vezes, meses: a rifampicina, que também é usada no tratamentogreenbets.io saqueoutras infecções bacterianas graves, incluindo tuberculose e hanseníase, e a moxifloxacina, que pode ser usada para tratar a peste.
Dependendo da gravidade da úlcera, altas dosesgreenbets.io saqueesteroides também são necessárias, assim como cirurgia.
"Eu não diria que qualquer tratamento é fácil. [Os pacientes] todos sofremgreenbets.io saqueum grau significativo", diz O'Brien.
Úlcera desconhecida
Enquanto a úlceragreenbets.io saqueBuruli devora os tecidos moles dos pacientes, algumas perguntas sem resposta atormentam médicos e cientistas encarregadosgreenbets.io saquetentar impedir que outras pessoas sejam infectadas.
"Não sabemos o suficiente a respeito. Há algumas questões científicas realmente importantes sobre onde ela deixa o meio ambiente, os outros reservatórios animais e como os humanos realmente a contraem", explica O'Brien.
"A menos que obtenhamos respostas para essas perguntas vitais, realmente vamos ter dificuldade para controlar a doença."
Atualmente, os cientistas estão trabalhando com a hipótesegreenbets.io saqueque a bactéria é amplificada por gambás e suas fezes.
Mosquitos e outros insetos que picam transportam então essa bactéria dos gambás ou do ambiente para os humanos, ao perfurargreenbets.io saquepele e deixar a bactéria que vai causar a úlceragreenbets.io saqueBuruli.
Mas isso continua sendo uma teoria, e ninguém sabe ao certo se os humanos estão contraindo a doençagreenbets.io saquemosquitos, do solo ou dos próprios gambás.
A úlceragreenbets.io saqueBuruli é classificada como uma doença "negligenciada" pela Organização Mundial da Saúde (OMS): não recebe muita atenção e não se sabe muito sobre ela.
Foi descoberta pela primeira vezgreenbets.io saque1897greenbets.io saqueUganda, mas como afeta sobretudo comunidades pobres com cuidadosgreenbets.io saquesaúde limitados, "simplesmente não havia dinheiro para realmente investir tempo, esforço e recursos na pesquisa", afirma O'Brien.
Sua própria experiência vemgreenbets.io saquepassar anos trabalhando na África Ocidental, tratandogreenbets.io saquepacientes com úlceragreenbets.io saqueBuruli e doenças relacionadas: lepra e tuberculose.
Quando a úlceragreenbets.io saqueBuruli apareceu pela primeira vez no estadogreenbets.io saqueVictoriagreenbets.io saque1948, havia apenas um punhadogreenbets.io saquecasos. Mas agora, segundo especialistas, a doença está se tornando mais comum na Austrália.
Ninguém sabe como ela chegou aqui. Até mesmo algumas pessoas que vivem no meio da península dizem que nunca ouviram falar dela, afirma Kim Blasdell, pesquisadora sênior da CSIRO, agência nacionalgreenbets.io saqueciências da Austrália. Ela está liderando um estudo para entender a possível ligação entre gambás, a úlceragreenbets.io saqueBuruli e os humanos.
"Se há pessoas que vivem nas áreasgreenbets.io saquefoco da doença que não ouviram falar dela, então a maioria das pessoas fora dessas áreas também não terá ouvido falar", diz ela.
Isso pode ser um grande problema: pacientes desinformados que esperam semanas pelo diagnóstico podem ser potencialmente desastrosos, como aconteceu no casogreenbets.io saqueNoel.
"Então, você realmente quer ser capazgreenbets.io saqueevitar", afirma O'Brien.
Desenvolvimento da doença
Uma parte fundamental da prevenção estágreenbets.io saqueentender o que pode estar acontecendo na região para aumentar o númerogreenbets.io saquecasos da doença. Buscar mudanças no ambiente local é vital,greenbets.io saqueacordo com Blasdell.
"Há muitos empreendimentosgreenbets.io saquedesenvolvimento nas áreas onde houve muitos casosgreenbets.io saquehumanos", diz ela.
Os humanos estão transformando a Penínsulagreenbets.io saqueMornington desde que os europeus chegaramgreenbets.io saque1803 e começaram derrubando grande parte da floresta nativa para fornecer lenha para a recém-criada cidadegreenbets.io saqueMelbourne.
Mas, à medida que a população cresceu nos últimos anos, o desenvolvimento urbano aumentou e cada vez mais habitats naturais foram perdidos.
"Quando as pessoas limpam o terreno para construir uma casa nova ou derrubam a vegetação nativa, isso significa que os animais nativos que vivem naquela terra, inclusive os gambás, migram para a vegetação remanescente daquela área. Isso concentra o númerogreenbets.io saquegambás ", explica Blasdell.
E também pode concentrar a quantidadegreenbets.io saqueMycobacterium ulceransgreenbets.io saqueuma pequena área.
O desenvolvimento humano também significa que as pessoas estão tendo um contato mais próximo com os animais. Os gambás vivem naturalmentegreenbets.io saqueárvores nativas como as árvores-do-chá, mas essas criaturas fofas podem se adaptar bem a um ambiente mais urbano quando são obrigadas — como o jardim da casa das pessoas.
Em suas novas moradias, os gambás também têm acesso a mais recursos do que teriamgreenbets.io saqueseus habitats naturais.
Essas criaturas têm uma queda por plantas frondosas, desde as folhas dos carvalhos dos parques públicos às rosas, magnólias e árvores frutíferas que são encontradasgreenbets.io saqueabundância nos jardins da região.
Uma planta florida pode ser reduzida a um caule nu por um gambá faminto, para desespero dos jardineiros do subúrbio.
"Muitas casas na região têm muitas espécies nativas [de plantas e árvores]. Os gambás amam; vivem nelas e fazem cocô por todo chão. Eles correm sobre telhados e garagens", diz Blasdell.
Pode parecer um estorvo, mesmo sem a úlceragreenbets.io saqueBuruli, mas os gambás são espécies protegidas na Austrália — é ilegal matá-los ou feri-los.
Muitas vezes, as pessoas tentam se livrar dos gambás sacudindo as árvores para tirá-losgreenbets.io saquelá, ou até mesmo usando "spraygreenbets.io saquepimenta e molhogreenbets.io saquepeixe", diz Blasdell.
Ao fazer isso, eles podem se colocargreenbets.io saquecontato ainda mais próximo com os gambás, aumentando o riscogreenbets.io saquecontrair doenças.
Alémgreenbets.io saqueacabar com seu habitat natural e, inadvertidamente, aproximar animais selvagens e humanos, os novos projetosgreenbets.io saquedesenvolvimento podem estar involuntariamente atraindo doenças, diz Blasdell.
Os novos empreendimentos na Península Bellarine, no lado oposto à Penínsulagreenbets.io saqueMornington, são repletosgreenbets.io saquelagos e canais. Pode parecer bacana. Mas não para ela e seus colegas.
Eles pensam imediatamente nos mosquitos que podem estar envolvidos na transmissão do Buruli, alémgreenbets.io saqueserem portadores conhecidosgreenbets.io saqueoutros patógenos.
Da mesma forma que os empreendedores precisam fazer avaliaçõesgreenbets.io saqueimpacto ambiental, diz Blasdell, eles também deveriam levargreenbets.io saqueconsideração os riscos à saúde.
Cheryle Michael, que chegou à região comgreenbets.io saquefamília no início dos anos 1990, notou a diferença.
"Costumávamos dizer que era bom porque não havia mosquitos, mas sem dúvida as populaçõesgreenbets.io saquemosquitos aumentaram ao longo das décadas", afirma.
Assim como os casosgreenbets.io saqueúlceragreenbets.io saqueBuruli. "A úlceragreenbets.io saqueBuruli não fazia parte do ambiente até recentemente. Simplesmente não era algo com que nos preocupássemos", acrescenta..
A úlceragreenbets.io saqueBuruli não é o único exemplo. Um relatóriogreenbets.io saque2018 encontrou muitas relações entre a perda da vegetação nativa e a mudança no uso da terra e o surgimentogreenbets.io saquedoenças na Austrália.
O desenvolvimentogreenbets.io saquedoenças é um processo no qual os humanos estão muito envolvidos, diz Rosemary McFarlane, professora assistentegreenbets.io saquesaúde pública na Universidadegreenbets.io saqueCanberra, na Austrália, e uma das coautoras do estudo.
"Estamos colocando uma pressão incrível sobre os sistemas naturais; temos muito mais humanos e rebanhos do que vida selvagem, mas eles estão todos se sobrepondo enquanto competem por recursos. É um problema que nós mesmos criamos", avalia.
Portanto, o problema não são os gambásgreenbets.io saquesi — é que estamos mais perto deles do que nunca. Parte da razão pela qual não devemos culpá-los. Sem falar que os gambás são uma parte importante do ecossistema australiano, com suas fezes nutrindo o solo.
Além disso, Blasdell destaca que, se o gambá fosse o culpado, era esperado ver úlceragreenbets.io saqueBuruligreenbets.io saqueoutras partes superdesenvolvidas semelhantes da Austrália, onde também há gambás. Em vez disso, o problema está centralizado pertogreenbets.io saqueMelbourne e Geelong.
Uma combinaçãogreenbets.io saquedesenvolvimento e outros fatores ambientais parecem estar contribuindo para a propagação desta doença. Entender como e por que a doença existe — tantogreenbets.io saquegambás quanto no meio ambientegreenbets.io saqueVictoria — é vital para saber se vai se espalhar ainda mais pelo país.
Em buscagreenbets.io saquerespostas
Cada vez mais frustrado com o aumento no númerogreenbets.io saquepacientes que sofrem com a doença, O'Brien publicougreenbets.io saque2018 um artigo no Medical Journal of Australia, pedindo financiamento para uma resposta científica urgente ao crescente númerogreenbets.io saquecasos.
Por volta da mesma época, uma meninagreenbets.io saque13 anos chamada Ella Crofts lançou uma petição pedindo fundos ao governo depoisgreenbets.io saquesofrer com uma úlcera grave no joelho que exigiu três operações e mesesgreenbets.io saquetratamento.
Uma semana após a publicação, O'Brien havia garantido maisgreenbets.io saque3 milhõesgreenbets.io saquedólares australianos (cercagreenbets.io saqueR$ 13 milhões).
Com essa verba, O'Brien tem colaborado com outros especialistas para responder à pergunta fundamental: como acontece a transmissão?
"Essa é uma doença que tem uma interação complexa entre o meio ambiente, os animais e os humanos", afirma.
Mas sem um entendimento melhor da transmissão,greenbets.io saqueprevenção continuará difícil.
O'Brien se juntou a pesquisadores ambientais, cientistasgreenbets.io saquedoenças infecciosas e especialistasgreenbets.io saquecomportamento humano para conseguir montar todas as peças do quebra-cabeça e descobrir o que está acontecendo.
Um dos pesquisadores com quem ele tem trabalhado nos últimos dois anos é Blasdell.
Em uma manhã ensolaradagreenbets.io saqueoutubrogreenbets.io saque2020, Blasdell vagava pelas ruas do subúrbio da Penínsulagreenbets.io saqueMornington equipadagreenbets.io saquemáscara, luvas azuis e um saco plástico amarelo. Ela parou ao ladogreenbets.io saqueuma árvore e levantou a cabeça para olhar paragreenbets.io saquecopa.
A árvore Melaleuca preissiana é um dos pontosgreenbets.io saqueencontro favoritosgreenbets.io saquegambás e — bingo! — ela avistou um ninho. Na grama logo abaixo, achou rapidamente o que procurava: bolinhas marrom-escurasgreenbets.io saquecocôgreenbets.io saquegambá.
Degreenbets.io saquesacola plástica, Blasdell tirou um pequeno tubogreenbets.io saqueensaio e uma pinça verde. Decantando algumas fezes no tubo, ela colou uma etiqueta nele e guardou na bolsa com outras amostras.
Enquanto isso,greenbets.io saqueequipe enviou questionários aos moradores da Penínsulagreenbets.io saqueMornington — tanto para aqueles que tiveram a doença quanto para aqueles que não tiveram.
Eles querem conhecer seus hábitos: será que usam luvas na jardinagem, por exemplo, e moram pertogreenbets.io saquereservatóriosgreenbets.io saqueágua parada, que podem atrair mosquitos?
Blasdell egreenbets.io saqueequipe também visitaram as casasgreenbets.io saquealguns moradores e coletaram amostras ambientais para ver se a bactéria se encontrava no solo ao redorgreenbets.io saquesuas residências.
Ao relacionar todas essas informações, eles esperam obter uma imagem mais claragreenbets.io saquecomo a doença está passando do meio ambiente para os humanos.
Depois do pôr do Sol, Saras Windecker egreenbets.io saqueequipe se dirigiram para lá. Na escuridão da noite, Windecker, pesquisadora da Universidadegreenbets.io saqueMelbourne, se pôs a caminhar lentamente pelas ruas do subúrbio da península, enquanto a lanterna presa àgreenbets.io saquecabeça iluminava as árvores ao redor, e começou a contar. Ela estava fazendo um levantamento para ver quantos gambás existem na região.
Ela começou no nortegreenbets.io saqueMelbourne, onde encontrava cercagreenbets.io saque30 por noite. Mas, à medida que se aproximava da Penínsulagreenbets.io saqueMornington, "começamos a ver números realmente altos — maisgreenbets.io saque100 gambásgreenbets.io saqueuma única noite", diz ela.
Como os cientistas acreditam que os mosquitos provavelmente também desempenham um papel nesta complexa cadeiagreenbets.io saquetransmissão, alémgreenbets.io saquecontabilizar os gambás, eles também têm realizado levantamentosgreenbets.io saquemosquitos.
"Podemos usar isso para criar um mapa espacialgreenbets.io saqueonde o mosquito é mais abundante egreenbets.io saqueque períodosgreenbets.io saquetempo", afirma Windecker.
Ao obter todas essas informações —a abundânciagreenbets.io saquegambás, a quantidadegreenbets.io saquebactériasgreenbets.io saquesuas fezes e no meio ambiente e a profusãogreenbets.io saquemosquitos —, Windecker pretende criar um sistemagreenbets.io saquealerta para as comunidades e autoridadesgreenbets.io saquesaúde.
"Vamos [criar] um mapagreenbets.io saquerisco espacial mais amplogreenbets.io saqueonde a bactéria pode estargreenbets.io saquemaior riscogreenbets.io saqueinfectar mais humanos no futuro", explica.
Mas a importânciagreenbets.io saqueencontrar respostas vai muito além da costa da Penínsulagreenbets.io saqueMornington: quase 3 mil pessoas no mundo todo sofremgreenbets.io saqueúlceragreenbets.io saqueBuruli a cada ano.
A pesquisa estava indo bem até a primaveragreenbets.io saque2020, mas a pandemiagreenbets.io saquecovid-19 prejudicou seu andamento — e é difícil obter mais financiamento.
Por enquanto, os pesquisadores ainda não descobriram com certeza como a bactéria infecta os humanos.
Diantegreenbets.io saqueuma pandemia global, O'Brien teme que a úlceragreenbets.io saqueBuruli possa cair no esquecimento mais uma vez. E receia que seria imprudente ignorá-la.
"A covid-19 está nos mostrando que não podemos ver doenças isoladamente. [Os coronavírus] podem ser respiratórios, e [a úlcera de] Buruli bacteriana, mas ambos vêm da natureza, ambos são um alerta sobre nossas interações com a natureza, os dois são imensamente prejudiciais à saúde humana", afirma.
"Aprender as liçõesgreenbets.io saqueum é muito importante para o outro."
greenbets.io saque Leia a versão original greenbets.io saque desta reportagem (em inglês) no site BBC Future greenbets.io saque .
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