É mesmo verdade que é mais saudável viver no campo ou na praia?:ronaldinho bet

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Legenda da foto, Mudar-se da cidade grande para o campo pode não apenas aumentarronaldinho betsensaçãoronaldinho betfelicidade como melhorarronaldinho betsaúde

De modo geral, evidências sugerem que espaços verdes são bons para aqueles que vivemronaldinho betáreas urbanas. Aqueles que vivem próximo a parques ou áreas arborizadas lidam com níveis mais baixosronaldinho betpoluição e barulho e tiram mais proveitoronaldinho betefeitosronaldinho betresfriamento local (algo que se torna incrivelmente útil à medida que o planeta esquenta).

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Legenda da foto, A pesquisa mostra que áreas verdes são boas para moradores urbanos, o que é uma boa notícia para moradoresronaldinho betWellington, Nova Zelândia

Espaços naturais são propícios para atividades físicas e sociais - ambas inclusive associadas a uma gamaronaldinho betbenefícios para a saúde.

O tempo passado na natureza tem sido relacionado a índices físicos reduzidosronaldinho betestresse. Quando estamos passeando ou apenas sentados sob árvores, nosso ritmo cardíaco e nossa pressão sanguínea tendem a cair. Também liberamos mais "células assassinas" naturais: linfócitos que vagam pelo corpo caçando células cancerosas e infectadas por vírus.

Espaços naturais são calmantes

Pesquisadores ainda estão tentando entender por que isso ocorre, embora tenham várias hipóteses. "Uma teoria predominante é que os espaços naturais agem como um calmante para os estímulos da cidade movimentada", diz Amber Pearson, geógrafa da saúde da Universidade do Estadoronaldinho betMichigan, nos EUA. "De uma perspectiva evolutiva, também associamos as coisas naturais como recursos fundamentais para a sobrevivência, por isso as favorecemos."

Isto não significa, necessariamente, que todos os habitantes da cidade grande deveriam se mudar para a zona rural.

Moradoresronaldinho betcidades tendem a sofrer níveis mais altosronaldinho betasma, alergia e depressão. Mas também costumam ser menos obesos, têm menos riscosronaldinho betcometer suicídio e são menos propensos a serem mortosronaldinho betum acidente. Eles ainda têm vidas mais felizes como idosos e vivem maisronaldinho betmodo geral.

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Legenda da foto, Moradores das cidades vivem mais do que os da zona rural e são idosos mais felizes

Embora tenhamos uma tendência a associar cidades com poluição, crime e estresse, viverronaldinho betlocalidades rurais pode também ter seus custos. Insetos portadoresronaldinho betdoenças e aracnídeos podem, por exemplo, diminuir o fatorronaldinho betsaúde daquela cabana idílica do Maine, na costa americana.

Em outros casos, a poluição rural traz grandes riscos. Na Índia, a poluição do ar contribuiu para a morteronaldinho bet1,1 milhãoronaldinho betpessoasronaldinho bet2015 - e moradores do campo representam 75% das vítimas. Isso ocorre principalmente porque eles correm mais riscoronaldinho betrespirar o ar poluído pela queimaronaldinho betáreas agrícolas, madeira ou estrumeronaldinho betvaca (usado como combustível para cozinhar e produzir calor).

Na Indonésia, o corte e a queimada praticados para limpar terrenos também provocam um nevoeiro tóxico que perdura por meses e às vezes afeta países vizinhos, como Cingapura, Malásia e Tailândia. Enquanto isto, sabe-se que a fumaçaronaldinho betincêndios na América do Sul e sul da África percorre todo o hemisfério sul (dito isso, o ar no hemisfério sul é geralmente mais limpo do que no norte - simplesmente porque há menos pessoas vivendo lá).

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Legenda da foto, Por causaronaldinho betpráticas como limpeza agrícola, a poluição pode matar mais pessoas no campo do queronaldinho betcidades

Isso não afeta apenas paísesronaldinho betdesenvolvimento. Também contribuem para a poluição do ar os incêndiosronaldinho betflorestas no oeste dos Estados Unidos ou o uso intensivoronaldinho betagrotóxicosronaldinho betproduções agrícolasronaldinho betEuropa, Rússia, China e Estados Unidos.

Ar puro da montanha

E a ideia do ar puro da montanha? É verdade que poluentes atmosféricos como material particulado (produzido geralmente da queimaronaldinho betcombustíveis fósseis) e aerossóisronaldinho betcarbono negro (por exemplo, da queimaronaldinho betcarvão) costumam ser menos intensosronaldinho betaltas altitudes. Mas ultrapassar a fronteiraronaldinho betpoluição do ar pode trazer outros problemas.

Enquanto pessoas que vivemronaldinho betlugares a 2.500 metrosronaldinho betaltitude ou mais parecem ter taxas menoresronaldinho betmortalidade por doenças cardiovasculares, derrame e alguns tiposronaldinho betcâncer, os dados mostram que elas têm mais riscoronaldinho betmorte por doença pulmonar crônica eronaldinho betinfecções do trato respiratório inferior (a traqueia, os pulmões, os brônquios etc.).

Isso ocorre provavelmente porque os carros e outros veículos operam com menos eficiênciaronaldinho betaltas altitudes, emitindo mais hidrocarbonetos e monóxidoronaldinho betcarbono - o que se torna ainda mais prejudicial com a radiação solarronaldinho bettais locais. Viver a uma altitude moderada,ronaldinho bet1.500 a 2.500 metros, portanto, pode ser uma escolha mais saudável.

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Legenda da foto, Nem sempre é verdade que quanto maior a altitude, mais saudável é o lugar

Enquanto isto, há argumentosronaldinho betfavorronaldinho betse viver próximo ao mar - ou pelo menos algum lugar próximo à água. Por exemplo, indivíduos que vivem perto do oceano no Reino Unido tendem a ser mais saudáveis do que os demais, levando-seronaldinho betcontaronaldinho betidade e status socioeconômico. Isso provavelmente ocorre por várias razões, diz White, incluindo o fatoronaldinho betque, na evolução, fomos atraídos para lugares com mais biodiversidade como os mares (no passado, isto seria um indicador útilronaldinho betfontesronaldinho betalimentos). Além disso, praias oferecem oportunidades para exercício diário e vitamina D.

E há ainda os benefícios psicológicos. Um estudo que Amber Pearson e seus colegas realizaramronaldinho bet2016ronaldinho betWellington, na Nova Zelândia, descobriu que aqueles que moravam com vista para o mar tinham níveis mais baixosronaldinho betdistresse (estresse excessivo) psicológico. Para cada aumentoronaldinho bet10%ronaldinho betespaço azul que as pessoas pudessem ver, havia uma reduçãoronaldinho betum terço na Escalaronaldinho betDistresse Psicológicoronaldinho betKessler da população (usada para prever transtornosronaldinho betansiedade e humor), independente do status socioeconômico.

Com base no resultado, Pearson afirma: "Pode-se esperar que um aumentoronaldinho bet20% a 30% na visibilidade do espaço azul contribua para deslocar alguém do distresse moderado para uma categoria mais baixa". Pearson notou resultados similaresronaldinho betum estudo subsequente realizado próximo aos Grandes Lagos, nos Estados Unidos (ainda sob revisão). White faz algo parecido com moradoresronaldinho betHong Kong.

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Legenda da foto, Pesquisadores descobriram que quanto mais 'espaço azul' as pessoas viam emronaldinho betrotina, menos estresse e ansiedade experimentaram

No entanto, nem todo mundo pode viver na zona costeira. Por isso, Simon Bell, diretor do departamentoronaldinho betarquiteturaronaldinho betpaisagem da Universidade Estonianaronaldinho betCiências da Vida e do Centro OPENspace na Universidaderonaldinho betEdimburgo, vem avaliando se revitalizar cursos d'água negligenciados na Europa poderia ajudar.

Eles vêm entrevistando moradores antes e depoisronaldinho betáreas serem revitalizadas, entre elas uma praiaronaldinho betprecárias condições próxima a Tallin, na Estônia, um canal industrial pertoronaldinho betum blocoronaldinho betapartamentosronaldinho betestilo soviéticoronaldinho betTartu, no mesmo país, alémronaldinho betlugares na Espanha, Portugal, Suíça e Reino Unido.

A segunda análiseronaldinho betaproximadamente 200 locais recentemente revitalizados lhes permitirá esclarecer como fatores como clima, poluição, odores, sazonalidade, segurança, acessibilidade e outros influenciam no apeloronaldinho betdeterminado corpo d'água.

O objetivo final, diz Bell, é descobrir "o que cria um ótimo espaço azul". Quando os resultados chegarem, ele e seus colegas querem desenvolver parâmetrosronaldinho betqualidade para uso daqueles que querem revitalizar canais urbanos, lagos tomados por mato ou algas, docas antigas, rios e outros espaços azuis negligenciados.

Espaços verdes e azuis são benéficos

Ainda assim, quando se trataronaldinho betbem-estar, pesquisadores não sabem como lagos se comparam a oceanos ou como rios se comparam a mares. Eles também não avaliaram como praias, por exemplo na Islândia, se comparam às da Flórida. O que eles sabem é que fatores complexos como qualidade do ar e da água, aglomeraçãoronaldinho betpessoas, temperatura e até marés altas e baixas interferemronaldinho betcomo algo aparentemente simples como uma visita à praia pode nos influenciar.

"Deve haver um milhãoronaldinho betoutras coisas importantes além do clima e da luz do sol que influenciam alguém no Havaí ou na Finlândia", diz White.

Em termosronaldinho betsaúde, dados também sugerem, contraintuitivamente, que pessoas que vivemronaldinho betlocais com exposição intermitenteronaldinho betvezronaldinho betregular ao sol - como na Dinamarca ou na França - tendem a ter maiores taxasronaldinho betcâncerronaldinho betpele, provavelmente porque o protetor solar não é parte da rotina dos nórdicos e outros que não veem sol o ano todo.

Da mesma forma que alguns espaços verdes e azuis devem ser mais benéficos que outros, pesquisadores também estão percebendo que a influência do ambiente no bem-estar não é igualmente distribuída.

Pessoas vivendoronaldinho betcondições socioeconômicas mais baixas tendem a extrair mais benefíciosronaldinho betespaços naturais do que os ricos, diz White. Isso provavelmente ocorre porque pessoas mais ricas gozamronaldinho betmais privilégios relacionados à saúde, como tirar férias e ter vidas geralmente menos estressantes.

"Aqui no Reino Unido, autoridades locais têm uma obrigação legalronaldinho betreduzir as desigualdadesronaldinho betsaúde. Então uma formaronaldinho betfazer isso é melhorar o sistemaronaldinho betparques", afirma White. "Os mais pobres são os que mais vão se beneficiar".

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Legenda da foto, Uma cidade limpa e próxima ao oceano como Sydney, na Austrália, pode ser uma das melhores opções

Também é importante ressaltar que simplesmente se mudar para uma praia ou floresta relativamente intocada não vai resolver problemas individuais. Outras circunstâncias da vida - como perder ou ganhar um emprego, se casar ou divorciar - tem grande impacto na saúde. Como explica White, independentemente do ambienteronaldinho betque se esteja, "é mais importante ter uma casa do que ficar desabrigadoronaldinho betum parque".

Bell acrescenta que a proximidade à natureza na verdade costuma figurar baixo no rankingronaldinho betfatores considerados mais importante para escolher um lugar para viver, aparecendo após itens como segurança, silêncio, proximidade a escola e trabalho. Mas enquanto benefíciosronaldinho betespaços verdes e azuis não deveriam ser supervalorizados a nível individual, eles funcionamronaldinho betescala maior.

Grosso modo, aqueles que vivem numa cidade limpa e perto do mar, com rápido acesso à natureza - como Sydney ou Wellington -, podem ter acertado na mosca no quesitoronaldinho betlugares mais saudáveis para se viver.