Astrônomos identificam origemallbet slotpartícula que pode ajudar a contar a história do Universo:allbet slot
Os neutrinos são partículas subatômicas elementares, ou seja, não há qualquer indícioallbet slotque possam ser divididasallbet slotpartes menores. São emitidos por explosões estelares e se deslocam praticamente à velocidade da luz.
Instalado no Polo Sul eallbet slotoperação desde 2010, o IceCube é considerado o maior telescópio do mundo - mede um quilômetro cúbico. Levou dez anos para ser construído e fica sob o gelo antártico.
O IceCube consisteallbet slotum conjuntoallbet slotmaisallbet slot5 mil detectoresallbet slotluz, dispostosallbet slotuma grade e enterrados no gelo. É um macete científico. Quando os neutrinos interagem com o gelo, produzem partículas que geram uma luz azul - e, então, o aparelho consegue detectá-los. Ao mesmo tempo, o gelo tem a propriedadeallbet slotfuncionar como uma espécieallbet slotrede, isolando os neutrinos, facilitandoallbet slotobservação.
Partícula é segredo do Universo
Desde a concepção do projeto, os cientistas tinham a intençãoallbet slotmonitorar tais partículas justamente para descobrirallbet slotorigem. A ideia é que isso dê pistas sobre a origem do próprio Universo. E é justamente isso que eles acabamallbet slotconseguir.
Os pesquisadores já sabem que a origemallbet slotneutrinos observados na Antártica são um blazar, ou seja, um corpo celeste altamente energético associado a um buraco negro no centroallbet slotuma galáxia. Este corpo celeste está localizado a 3,7 bilhõesallbet slotanos-luz da Terra, na Constelaçãoallbet slotÓrion.
"Eis a descoberta-chave", explica Grant. "Trata-se das primeiras observações multimídiaallbet slotneutrinosallbet slotalta energia coincidentes com uma fonte astrofísica, no caso, um blazar. Esta é a primeira evidênciaallbet slotuma fonteallbet slotneutrinosallbet slotalta energia. E fornece também a primeira evidência convincenteallbet slotuma fonte identificadaallbet slotraios cósmicos."
Conforme afirma o físico, a novidade é a introdução, no campo da astronomia,allbet slotuma nova habilidade para "ver" o universo. "Este é o primeiro passo real para sermos capazesallbet slotutilizar os neutrinos como uma ferramenta para visualizar os processos astrofísicos mais extremos do universo", completa Grant.
"À medida que esse campoallbet slotpesquisa continua se desenvolvendo, também deveremos aprender sobre os mecanismos que impulsionam essa partículas. E, um dia, começaremos a estudar essa partícula fundamental da naturezaallbet slotalgumas das energias mais extremas imagináveis, muito além daquilo que podemos produzir na Terra."
"Esta identificação lança um novo campo da astronomiaallbet slotneutrinosallbet slotalta energia, e esperamos que traga avanços emocionantesallbet slotnossa compreensão do Universo e da física, incluindo como e onde essas partículasallbet slotenergia ultra-alta são produzidas", afirma o astrofísico Doug Cowen, da Universidade Penn State. "Por 20 anos, um dos nossos sonhos era identificar as fontesallbet slotneutrinos cósmicosallbet slotalta energia. Parece que finalmente conseguimos."
Mapeando o desconhecido
Foram décadasallbet slotque astrônomosallbet slottodo o mundo procuraram detectar os chamados neutrinos cósmicosallbet slotalta energia,allbet slottentativas frustradasallbet slotcompreender onde e como essas partículas subatômicas são geradas com energiasallbet slotmilhares a milhõesallbet slotvezes maiores do que as alcançadas no planeta Terra.
O IceCube conseguiu detectar pela primeira vez neutrinos do tipoallbet slot2013. A partirallbet slotentão, alertas eram disparados para a comunidade científica a cada nova descoberta. A partícula-chave, entretanto, só veioallbet slot22allbet slotsetembroallbet slot2017: o neutrino batizadoallbet slotIceCube-170922A, com a impressionante energiaallbet slot300 trilhõesallbet slotelétron-volts demonstrou aos cientistas uma trajetória.
"Apontando para um pequeno pedaço do céu na constelaçãoallbet slotÓrion", relata a astrofísica Azadeh Keivani, da Universidade Penn State, coautora do artigo publicado pela Science. Tão logo a partícula foi identificada,allbet slotforma coordenada e automatizada, quatorze outros observatórios do mundo passaram a unir esforços para identificarallbet slotorigem, com telescópiosallbet slotespectroscopia nuclear e observaçõesallbet slotraio-X e ultravioleta.
Todos os dados gerados foram analisados pelo grupo internacionalallbet slotcientistas até a conclusãoallbet slotque a fonte era o buraco negro supermassivo a 3,7 bilhõesallbet slotanos-luz da Terra.
Essa distância do planeta significa que as informações carregadas pelo neutrino sãoallbet slot3,7 bilhõesallbet slotanos atrás, supondo que o mesmo tenha viajado à velocidade da luz. Nesse ponto, compreender tais propriedades é como olhar para os confins do passado do Universo - atualmente, acredita-se que o Big Bang tenha ocorrido há 13,8 bilhõesallbet slotanos.
Após concluir a origem do neutrino IceCube-170922A, os cientistas vasculharam os dados arquivados pelo detectorallbet slotneutrinos e concluíram que outros 12 neutrinos identificados entre 2014 e 2015 também eram oriundos do mesmo blazar. Ou seja: há a possibilidadeallbet slotcomparar partículas com a mesma origem, aumentando assim a consistência da amostra.
De acordo com os cientistas do IceCube, essa detecção inauguraallbet slotforma incontestável a chamada "astronomia multimídia", que combina a astronomia tradicional -allbet slotque os dados dependem da ação da luz - com novas ferramentas, como a análise dos neutrinos ou das ondas gravitacionais.
"É um campo novo, empolgante e veloz. Que proporciona aos pesquisadores novos insights sobre a maneira como o Universo funciona", analisa o astrofísico Phil Evans, da Universidadeallbet slotLeicester.