Por que comemos mais quando estamos acompanhados?:slots que pagam

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Legenda da foto, Estudos indicam que normais sociais afetam nossos hábitos alimentares

Em 1994,slots que pagamCastro reuniu registros diáriosslots que pagamcercaslots que pagam500 pessoas tantoslots que pagamrelação ao que comiam quanto ao contexto socialslots que pagamque essas refeições aconteciam – sozinhas ou acompanhadas.

Para a surpresa dele, as pessoas comiam maisslots que pagamgrupo do que quando estavam sozinhas.

Experimentos realizados por outros cientistas também revelaram que comemos até 40% mais sorvete e 10% mais massa e carne quando estamos acompanhados. De Castro chamou esse fenômenoslots que pagam"facilitação social", e o descreveu como "a influência mais importante e onipresente sobre a alimentação até então identificada".

Refeições mais longas

O que aguça o nosso paladar quando comemos com outra pessoa? A fome, o humor e as interações sociais foram todos elementos desconsiderados por Castro e outros cientistas.

A razão é muito mais simples: estudos comprovaram que prolongamos o tempo durante o qual comemos quando estamosslots que pagamgrupo e, portanto, acabamos ingerindo mais comida nesses minutos extras.

Uma análise minuciosa feitaslots que pagamvários restaurantes mostrou que grupos mais numerosos desfrutamslots que pagamrefeições mais longas. Por outro lado, quando o horário das refeições é fixo, não houve mudança significativa na quantidadeslots que pagamcomida ingerida.

Em um experimentoslots que pagam2006, cientistas reuniram 132 pessoas e deram a elas 12 ou 36 minutos para comer biscoitos e pizza. Os participantes comeram sozinhos,slots que pagampares ouslots que pagamgruposslots que pagamquatro. Independentemente do tempo que levaram para comer, cada um ingeriu quantidade semelhanteslots que pagamcomida.

Esse experimento forneceu uma das evidências mais fortesslots que pagamque o maior temposlots que pagamrefeição é a chave para entender por que comemos mais quando estamos acompanhados.

A conclusão parece óbvia, já que, quando jantamos com nossos amigos, costumamos demorar mais e, portanto, comer mais.

Quando estamosslots que pagamgrupo, também pedimos mais comida individualmente. Isso foi revelado a partirslots que pagamobservaçõesslots que pagamum restaurante italiano: quanto maior o grupo, mais massas e sobremesas cada pessoa pedia. Refeições desse tipo parecem nos deixar mais famintos, e acabamos cedendo à tentação mesmo antesslots que pagamfazermos o pedido.

Essas constatações levaram C. Peter Herman, um cientistaslots que pagamalimentos, a proporslots que pagam"hipótese do banquete": a indulgência é parte integrante das refeições sociais. Também socializamos a culpa,slots que pagamforma que todos possamos comer mais sem nos preocupar com os excessos.

Além disso, a satisfaçãoslots que pagamcomer juntos pode ser sentida mesmo que nossa companhia não seja real.

Pesquisadores japoneses pediram a voluntários que comessem pipoca sozinhos,slots que pagamfrente a um espelho ou a uma imagem na parede. Resultado: aqueles que comeram dianteslots que pagamum espelho comeram mais pipoca.

Aliás, você já reparou quantos restaurantes usam espelhos como itemslots que pagamdecoração?

'Modelagem social'

Mas às vezes comemos menos quando estamos acompanhados.

Nosso impulso pela comida pode ser "domado" pela necessidadeslots que pagamnos comportar. Poderíamos controlar esse ímpeto comendoslots que pagamacordo com as normas sociais ou podemos observar como os outros estão comendo e seguir o exemplo, um comportamento chamado "modelagem social".

Existem muitos desses exemplos. Estudos mostraram que crianças obesas comiam menosslots que pagamgrupos do que quando sozinhas. Os jovens com excessoslots que pagampeso comeram mais batatas fritas e biscoitos quando acompanhados por um jovem também com excessoslots que pagampeso, mas não quando comeram com alguém com peso normal.

Nos cafés da universidade, as mulheres consomem menos calorias com homens à mesa, mas comem maisslots que pagamgrupos exclusivamente femininos. Eslots que pagamtodos os EUA, as pessoas pedem mais sobremesas quando servidas por garçons com alguns quilinhos extras.

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Legenda da foto, Temposlots que pagamrefeição é chave para entender motivo

No Reino Unido, as pessoas passaram a acrescentar legumes às suas refeições depois que cartazes foram penduradosslots que pagamrestaurantes dizendo que a maioria dos clientes comia legumes.

Um estudoslots que pagam2014 revelou que isso teria um efeito moderado sobre a ingestãoslots que pagamalimentos. As mulheres tendem a ter reações mais fortes do que os homens, e também costumamos imitar o comportamentoslots que pagampessoas que são mais parecidas conosco. Esses padrões estão alinhados com o conceitoslots que pagamque assimilamos os sinaisslots que pagamcomportamento pertinente e comemosslots que pagamacordo com eles.

Até agora, muito poucos estudos consideraram por que evoluímos para comerslots que pagamacordo com o contexto social.

Uma das razões para acatar as normas sociais e não comer mais do que os outros poderia estar relacionada ao compartilhamentoslots que pagamalimentos, já que nossos ancestrais precisavam caçar para comer.

E comer com os outros pode ajudar as crianças a desenvolver preferências por alimentos seguros e nutritivos e, portanto, evitar alimentos potencialmente perigosos.

"Podemos aprender por tentativa e erro, mas isso é arriscado e pode nos deixar muito doentes. Acredito ser muito importante, desde a primeira idade, observar outras pessoas e comer como elas, especialmente aquelas que sobrevivem até a velhice, porque suas escolhas alimentares tendem a ser muito corretas e apropriadas", diz Suzanne Higgs, professoraslots que pagampsicobiologia da comida na Universidadeslots que pagamBirmingham, na Inglaterra.

Sobremesa

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Legenda da foto, Organização Mundial da Saúde estima que até 1 bilhãoslots que pagampessoasslots que pagamtodo o mundo são obesas, incluindo 340 milhõesslots que pagamcrianças

'Escolhas erradas'

Infelizmente, como sempre estamos dianteslots que pagammaior farturaslots que pagamalimentos poucos saudáveis, como batatas fritas e doces, nossas escolhas alimentares podem acabar sendo erradas.

Isso porque, já que costumamos comerslots que pagammodo parecido a nossos círculos sociais próximos, acabamos nos preocupando menos com qualquer excesso se todos comemos mais e ganhamos peso juntos.

Em tais ambientes, "podemos fracassarslots que pagamreconhecer a obesidade quando ela se torna preponderante", diz Sarah-Jeanne Salvy, professora associadaslots que pagammedicina preventiva da Universidade do Alabama.

Salvy estuda os aspectos sociais da alimentação e obesidade.

"Quando os pacientes ouvem o quanto devem pesar com base no gráficoslots que pagamÍndiceslots que pagamMassa Corporal (IMC), ficam surpresos e pensam que o gráfico estava errado ao estabelecer critérios impossíveis", diz.

Neste sentido, uma mudança nas normas sociaisslots que pagamrelação aos mais gordinhos pode explicar parcialmente porque muitas pessoas estão gradualmente se tornando obesas – a Organização Mundial da Saúde estima que até 1 bilhãoslots que pagampessoasslots que pagamtodo o mundo são obesas, incluindo 340 milhõesslots que pagamcrianças.

Felizmente, ter uma alimentação saudável não exige que abandonemos os amigos com alguns quilos a mais do que nós.

Na verdade, devemos reconhecer que nossos hábitos alimentares são amplamente moldados por influências sociais. Sendo assim, seremos mais conscientes sobre como podemos agir nessa situação e tomar o controleslots que pagamnossas refeições – talvez pular o aperitivo ou a sobremesa, por exemplo.

Mas se Herman estiver certo quando fala que somos mais indulgentes quando estamos acompanhados, então conscientemente controlar nosso apetite prejudicaria nossa natureza. Pior ainda quando seu vizinhoslots que pagammesa pede um cheesecake para finalizar o jantar.