O lado ruimunibet nbatrabalhar com o que se gosta:unibet nba

Legenda do áudio, Em áudio: Os riscosunibet nbatransformar algo que você gostaunibet nbafazerunibet nbaum trabalho

Christie,unibet nba36 anos, construiu uma carreiraunibet nbatornounibet nbacoisas que ele ama.

Livros e leituras são uma paixão, e quando ele começou a trabalharunibet nbauma livraria independente quando estava na faculdade, ele descobriu que também adorava conversar sobre livros com outras pessoas.

Hoje ele é donounibet nbasua própria livraria, com um parceiro, e também escreve sobre livros, cerveja e esqui para jornais e revistas.

Seus interesses e vida profissional tornaram-se completamente interconectados.

"É difícil imaginar como eu poderia afastar minha atividadeunibet nbaescritor da cerveja ou do esqui ou afastar meu cérebrounibet nbadonounibet nbalivraria do meu prazerunibet nbaler livros ou falar sobre livros."

A ideiaunibet nbafazer profissionalmente o que você ama sempre foi sedutora.

Como diz o provérbio às vezes atribuído a Confúcio: "Escolha um trabalho que você ama e não terá que trabalhar um único dia emunibet nbavida".

Talvez esse sentimento nunca tenha sido tão pertinente, pois, desde que a pandemiaunibet nbacovid-19 começou, mais e mais pessoas têm reconsiderado suas vidas profissionais.

Novos estudos mostram que, cada vez mais, nós queremos nos importar — e mesmo amar — nossas profissões.

Nesse contexto, transformar um hobby ou interesseunibet nbauma carreira pode ser a escolha óbvia.

Mas será que existe um lado ruimunibet nbacombinar nossas paixões com nossas vidas profissionais?

Será que a realidade significa transformar um hobby que nós amamosunibet nbauma obrigaçãounibet nbapreencher uma planilha?

E como você se desligaunibet nbaseu trabalho quando os limites entre trabalho e lazer não estão claras?

Há também questõesunibet nbafinanças a ser consideradas, casounibet nbapaixão não permita que você ganhe dinheiro suficiente para você ter o estilounibet nbavida que deseja.

Então, será que ganhar a vida com aquilo que você ama realmente é tudo aquilo que dizem ser?'

Feliz no emprego, feliz na vida?

Há muitas evidências que sugerem que as pessoas querem encontrar um trabalho que lhes agrade mais.

Uma pesquisa da McKinsey, feitaunibet nba2021, mostrou que dois terçosunibet nbatodos os trabalhadores baseados nos Estados Unidos disseram que a crise causada pela covid fez com que reavaliassem seus propósitos na vida, e 50% diziam estar reconsiderando o tipounibet nbatrabalho que faziam como resultado dessa nova realidade.

Para alguns, desenvolver e monetizar seus interesses pessoais é uma possível saída.

Em uma outra pesquisa, envolvendo 2 mil americanos, 60% disseram que haviam aprimorado suas habilidadesunibet nbaum ou maisunibet nbaseus hobbies desde o início da pandemia no país,unibet nbamarçounibet nba2020, e 40% pensavam que era "muito" ou "extremamente" provável que eles conseguissem ganhar dinheiro com seu hobby após o fim da crise na saúde.

Transformar um interesse pessoal prazerosounibet nbaalgo lucrativo pode parecer uma maneira diretaunibet nbamelhorar o bem-estar.

Mulher decorando bolo

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Monetizar suas atividades favoritas pode parecer uma situaçãounibet nbaque todo mundo sai ganhando, mas os especialistas alertam que pode haver desafios inesperados

Dedicar nosso tempo a atividades que nos trazem alegria nos enriquece, explica o psicólogo clínico Yesel Yoon, baseadounibet nbaNova York.

"Se você permitir que aquela parteunibet nbavocê mesmo seja ativa, isso ajuda no longo prazo a desenvolver um senso maiorunibet nbabem-estar psicológico e felicidade."

Um motivo pelo qual nós sonhamosunibet nbatornar algo prazeroso como um hobby num trabalho, explica Yoon, é a possibilidadeunibet nba"reverter a equação".

Por exemplo, alguém que não gostaunibet nbaseu trabalho, mas deseja aumentar seu sentimentounibet nbafelicidade, pode achar que trocar o emprego por uma atividade mais prazerosa pode resolver.

Trabalhar com algounibet nbaque estamos interessados também pode trazer um sentimento profundounibet nbapropósito. Rikke Hansen, consultoraunibet nbamudançasunibet nbacarreira e apresentadoraunibet nbapodcast baseadaunibet nbaLondres, que frequentemente ajuda pessoas a se movimentar na direçãounibet nbanovos projetosunibet nbacampos pelos quais elas são apaixonadas, diz que quem faz essa mudança com sucesso colhe benefícios reais.

"Você obtém autonomia, você obtém controle, e você obtém propósito. E essa é a forma mais motivacionalunibet nbatrabalhar", diz ela.

Também existe a ideia geralmente aceitaunibet nbaque viverunibet nbaalgo que você ama é uma coisa que todo mundo deseja.

Yoon, porém, alerta contra abraçarmos demais a ideiaunibet nbaque "se você está fazendo um trabalho tolo, você é um vendido, mas, se você estiver fazendo aquilo pelo qual você é realmente apaixonado, aí você está vivendounibet nbaverdade".

Josh Christie, porém, admite que existe um status socialunibet nbaser conhecido como "o cara que é dono da livraria".

O reconhecimento externounibet nbaseu sucesso também pode ser gratificante num nível mais profundo. Ser reconhecido pelo seu trabalho por colegasunibet nbaseu setor é recompensador e, diz Christie, "você não recebe necessariamente esse reconhecimento naunibet nbavida apenas fazendo as coisasunibet nbaque você gosta".

Limites necessários

A realidadeunibet nbafazerunibet nbasua paixão uma carreira também traz complicações.

Primeiro, perseguir hobbies ou interesses por prazer pode ficar diferente quando eles caem na categoria "trabalho".

Para Christie, abrir uma livraria inevitavelmente significou que ele tinha que equilibrar atividadesunibet nbaque ele gosta, como escolher as obras para o estoque da loja, com tarefasunibet nbaempresário, como negociar o aluguel do ponto.

Também tem sido um trabalho pesado para ele. Mesmo com uma outra pessoa na sociedade, ele trabalhaunibet nbaturnos na loja e depois do expediente ainda tem que lidar com muita comunicação profissional (textos, e-mails, ligações telefônicas).

E, enquanto o trabalho pode ser gratificante, o dinheiro que ele ganha não é lá essas coisas.

"Eu tenho essa carreira porque sou apaixonado por isso, mais do que pelas razões financeiras. Eu adoro livrarias independentes, mas não é a carreira mais bem remunerada do mundo", afirma Christie.

Na tentativaunibet nbacompletarunibet nbarenda, ele percebeu que os textos que escrevia sobre cerveja e esqui eram uma coisa pela qual ele podia ser pago, monetizando um outro prazer pessoal.

O sentidounibet nbaidentidadeunibet nbaChristie é profundamente conectado com seu trabalho, o que é comum para pessoas emunibet nbaposição.

Pessoa fazendo uma massa

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Transformar um hobbyunibet nbauma renda pode ser complicado, com limites confusos entre a vida profissional e pessoal

A consultora Rikke Hansen diz que, no casounibet nbaclientes que mudam para atividades baseadasunibet nbasuas paixões, o trabalho geralmente torna-se central paraunibet nbaidentidade.

Mas isso significa que, enquanto o sucesso pode ser potencializado, o mesmo pode ocorrer com os fracassos — ou mesmo o medounibet nbafracasso.

"As pessoas sentem que, se elas fracassaremunibet nbaseu negócio, então elas fracassam enquanto pessoas", afirma.

Para Christie, isso significa que ler avaliações negativas daunibet nbalivraria no site Yelp pode ser uma experiência surpreendentemente dolorosa.

"É realmente difícil ignorar esse tipounibet nbacoisa. Qualquer coisa que coloca seu trabalho para baixo intrinsicamente parece que está colocando você para baixo também", diz ele.

Quando o trabalho está profundamente interconectado com a identidade, também pode ficar difícil para as pessoas colocarem um preço naquilo que elas fazem, algo que Hansen experimentou com seus clientes.

As pessoas podem cobrar menos do que deveriam por seu trabalho ou porque elas têm pouca confiança nelas mesmos ou porque elas sentem que, como seu trabalho é prazeroso, isso é algo que elas estariam dispostas a fazerunibet nbagraça.

Apesarunibet nbaquerer viverunibet nbaalgo que eles amam, "eles acham que trabalho não foi feito para ser divertido", diz Hansen.

Para Christie, isso significa pagar a si mesmo como vendedorunibet nbalivros menos do que ele poderia ganhar porque ele gostaunibet nbaseu trabalho e tem acesso a pequenas vantagens, como livrosunibet nbagraça, que lhe dão prazer.

O maior desafio que Christie enfrentou, porém, ao trabalhar com aquilo que ele ama é "realmente sentir o tempo todo que eu estou trabalhando".

"Conversas sobre coisas que eu amo viram conversas sobre trabalho, ou trabalhos antigos, ou simplesmente se transformamunibet nbatrabalho, e ponto final."

Como alguém que se autodenomina um viciadounibet nbatrabalho, ele tem tido dificuldadesunibet nbaestabelecer limites entre trabalho e paixão — algo comum entre pessoas que monetizam aquilounibet nbaque elas gostam.

Um estudo da Deloitte mostrou que pessoas que são apaixonadas por seus empregos estavam dispostas a trabalhar por períodos mais longos e estar mais disponíveis devido à "motivação interior para aprender e melhorar".

Ao mesmo tempo, Christie não consegue se imaginar fazendo mais nada para viver porque "em muitos casos, eu ainda gosto da atividade tanto quanto gosto do trabalho. A livraria e o que eu escrevo sobre coisas que eu amo são incríveis canais criativos. Eu sou bastante grato a isso."

Josh Christie está tentando encontrar um equilíbrio melhor entre trabalho e lazer no seu dia a dia. Ele também decidiu manter um hobby apenas para si mesmo.

Dois anos atrás, ele começou a fazer bolos e tortas como uma maneiraunibet nbarelaxar.

Mas, quando um editor recentemente lhe perguntou se ele gostariaunibet nbaescrever um artigo sobre isso, ele recusou.

"Eu decidi que isso é algo que eu faço apenas para mim mesmo", diz ele.

"Eu agora percebi que quero manter alguma coisa sagrada."

unibet nba Leia a versão original unibet nba desta reportagem (em inglês) no site BBC Work Life unibet nba .

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