Quais são as 'drogas da inteligência' e o que aconteceria se todos recorressem a elas para 'turbinar' o cérebro:casa bônus
Durante séculos, trabalhadorescasa bônustodo o mundo fizeram o mesmo: consumiam café para enfrentarcasa bônusjornada diária. Mas isso vem mudando. Jovens que ingressam no mundo corporativo têm experimentado uma gamacasa bônussubstâncias que, segundo eles, melhoram suas habilidades mentais e os ajudam progredircasa bônussuas carreiras.
De fato, algumas dessas chamadas "drogas inteligentes" já são incrivelmente populares. Uma pesquisa recente com dezenascasa bônusmilharescasa bônuspessoas descobriu que 30% dos americanos entrevistados afirmaram tê-las tomado nos últimos 12 meses.
Parece quecasa bônusbreve todos estaremos fazendo o mesmo - e é fácil se deixar levar pelas consequências. Será que essas substâncias vão nos levar a deslumbrantes invenções da era espacial? Ou talvez a uma explosão no crescimento econômico? A semanacasa bônustrabalho pode ficar mais curta, à medida que as pessoas se tornem mais eficientes?
Estímulo mental?
Para responder a essas perguntas, primeiro precisamos entender quais são essas drogas.
A "droga inteligente" original é o piracetam, que foi descoberto pelo cientista romeno Corneliu Giurgea no início dos anos 1960. Na época, ele estava buscando uma substância química que pudesse penetrar no cérebro e deixar as pessoas com sono. Após mesescasa bônustestes, ele criou o "Compound 6215".
Era seguro, tinha muito poucos efeitos colaterais - mas não funcionou. A droga não possibilitou uma melhor noitecasa bônussono a ninguém e pareceu funcionarcasa bônusmaneira oposta àquela pretendida.
O piracetam teve um efeito colateral surpreendente. Quando os pacientes fizeram uso da substância pelo menos uma vez por mês, suas memórias registraram melhorias substanciais. Giurgea imediatamente reconheceu a importânciacasa bônussuas descobertas e cunhou o termo "nootrópico", que combina as palavras gregas para "mente" e "flexão".
Hoje, esse medicamento é o favorito entre estudantes e jovens profissionais que buscam uma maneiracasa bônusmelhorar seu desempenho, embora até hoje, décadas depois da descoberta, não haja evidênciascasa bônusque a substânciacasa bônusfato ajude a incrementar as habilidades mentaiscasa bônuspessoas saudáveis.
Trata-secasa bônusuma droga que não tem aprovação da FDA (Food and Drugs Administration, órgão governamental que fiscaliza medicamentos e alimentos) nos EUA. No Brasil, é vendidacasa bônusfarmácias mediante receita médica.
O empresário e podcaster do Texas Mansal Denton toma o fenilpiracetam, um parente próximocasa bônusuma versão do piracetam originalmente desenvolvida pela União Soviética como um remédio para ajudar os astronautas a suportar as dificuldades da vida no espaço.
"O fenilpiracetam me deixa uma pessoa mais articulada. Então, acabo fazendo várias gravações (de podcasts) quando tomo", diz ele.
Na verdade, esse cenário proporcionado por essas drogas é bastante típico. Embora muitas tenham uma legiãocasa bônusseguidores apaixonados, seus benefícios no cérebro são mínimos ou não comprovados por estudos científicos. O que nos leva a uma conclusão menos instigante: nada seria diferente.
Cérebro 'turbinado'?
E a creatina monohidratada? Esse suplemento dietético consistecasa bônusum pó branco, que geralmente é misturadocasa bônusbebidas açucaradas ou milkshakes, ou tomadocasa bônusformacasa bônuspílula. A substância química é encontrada naturalmente no cérebro, e agora já há algumas evidênciascasa bônusque tomar uma quantidade extracasa bônuscreatina pode melhorarcasa bônusmemória operacional ecasa bônusinteligência.
Mas, apesarcasa bônusser relativamente uma novidade entre jovens profissionais ambiciosos, a creatina tem uma longa história com fisiculturistas, que fazem uso dela há décadas para melhorar seus ganhos musculares. Nos EUA, suplementos esportivos são uma indústria multibilionária - e a maioria contém creatina.
De acordo com uma pesquisa realizada pelo instituto Ipsos Public Affairs no ano passado, 22% dos adultos disseram que tinham tomado um suplemento esportivo no período. Se a creatina tivesse um grande impacto no localcasa bônustrabalho, certamente já teríamos visto alguns sinais disso.
Claro, existem drogas com mais poderes transformadores. "Acho que é muito claro que algumas funcionam", diz Andrew Huberman, neurocientista da Universidade Stanford, nos EUA.
De fato, há uma categoriacasa bônusdrogas inteligentes que recebeu mais atençãocasa bônuscientistas e biohackers - aqueles que buscam alterarcasa bônusprópria biologia e habilidades - do que qualquer outra. São os chamados estimulantes.
Duas opções cada vez mais populares são anfetaminas e metilfenidato, medicamentos vendidos sob as marcas Adderall e Ritalina. Nos Estados Unidos, ambos são aprovados como tratamentos para pessoas com Transtorno do Déficitcasa bônusAtenção com Hiperatividade (TDAH), um distúrbio comportamental caracterizado por sintomascasa bônusdesatenção, inquietude e impulsividade.
Agora, essas drogas são amplamente usadas por pessoascasa bônusambientes altamente competitivos, como uma formacasa bônuselas permanecerem focadascasa bônustarefas específicas.
As anfetaminas têm um longo histórico como "drogas da inteligência" - do matemático húngaro Paul Erdös, que contou com elas para solucionar enigmas matemáticos, ao escritor inglês Graham Greene, que as usou para escrever dois livros ao mesmo tempo. Mais recentemente, há uma abundânciacasa bônusrelatoscasa bônusrevistas sobre seu amplo usocasa bônuscertas áreas, como jornalismo, artes e finanças.
Aqueles que tomaram anfetaminas juram que elas funcionam - embora não da maneira como você talvez pense. Em 2015, pesquisas mostraram que seu impacto sobre a inteligência é "modesto". Mas a maioria das pessoas não as toma para melhorar suas habilidades mentais. O objetivo é melhorarcasa bônusenergia mental e motivação para trabalhar.
Uma observação importante: tanto o Adderall quanto a Ritalina trazem sérios riscos e efeitos colaterais (ver abaixo).
Um dos resultadoscasa bônustomar essas substâncias é a habilidadecasa bônussolucionar tarefas mentalmente desgastantes, especialmente aquelas que proporcionam uma recompensa no final. Um estudo descobriu que muitas pessoas consideravam um problema matemático "interessante" quando faziam uso delas.
E se o uso fosse disseminado?
Mas se toda a nossa forçacasa bônustrabalho começasse a se dopar com estimulantes desse tipo, parece provável que eles teriam dois efeitos principais.
Em primeiro lugar, as pessoas deixariamcasa bônusevitar tarefas desagradáveis, e funcionários preguiçosos que talvez tenham aperfeiçoado a arte da procrastinação passariam a realizar suas tarefas agilmente, mantendo planilhas atualizadas e participando entusiasticamentecasa bônusreuniões enfadonhas.
Em segundo lugar, os escritórios se tornariam ambientes significativamente mais competitivos.
"Parece haver uma parcela crescentecasa bônusfuncionários do Vale do Silício ecasa bônusWall Street usando nootrópicos. Eles se assemelham aos atletas profissionais, que vivemcasa bônusambientes extremamente competitivos e onde há muito o que se perder", diz Geoffrey Woo, CEO e cofundador da empresacasa bônusnutrição HVMN, que produz uma linhacasa bônussuplementos nootrópicos.
O empresário e podcaster do Mansal Denton concorda. "Acho que os nootrópicos apenas tornam tudo cada vez mais competitivo. A facilidadecasa bônusacesso ao capital intelectual russo e chinês nos Estados Unidos, por exemplo, está aumentando. E há uma disposição para obter qualquer vantagem possível que esteja disponível."
Mas também estima-se que haveria prejuízos significativos. As anfetaminas são estruturalmente semelhantes à metanfetamina - uma droga recreativa potente e altamente viciante que arruinou diversas vidas e que pode ser fatal.
Tanto o Adderall quanto a Ritalina são medicamentos conhecidos por provocarem vício, e já existem inúmeros relatoscasa bônusfuncionários que lutaram para se livrar deles. Há também efeitos colaterais, como nervosismo, ansiedade, insônia, dorescasa bônusestômago e até quedacasa bônuscabelo, entre outros.
Haveria impacto na produtividade geral?
Por fim, uma forçacasa bônustrabalho baseadacasa bônusestimulantes não seria necessariamente mais produtiva no geral. "Alguém pensa: essas coisas são perigosas? E isso é importantecasa bônusse considerar a curto prazo", diz Huberman.
"Mas surge também uma outra pergunta: 'Como você se sente no dia seguinte?' Talvez você fique hiper-focado por quatro horas, 12 horas, mas depois foracasa bônusárea por 24 ou 48."
Considerando essas desvantagens, parece justo prever que os estimulantes vendidos sob receita médica provavelmente não mudarão o mundo tão cedo. Mas existe uma versão mais leve na praça, que você pode comprarcasa bônuspraticamente qualquer lugar: cafeína.
Nos Estados Unidos, as pessoas consomem mais café do que refrigerantes, chá e suco juntos. Infelizmente, ninguém jamais estimou seu impacto no crescimento econômico - mas muitos estudos encontraram muitos outros benefícios. Curiosamente, a cafeína traz comprovadamente mais benefícios do que o suplemento comercial à basecasa bônuscafeína que a empresacasa bônusWoo criou, que atualmente é vendido a US$ 17,95 por 60 comprimidos.
Outra opção popular é a nicotina. Os cientistas estão cada vez mais certoscasa bônusque essa droga é um poderoso nootrópico, com a capacidadecasa bônusmelhorar a memóriacasa bônusuma pessoa e ajudá-la a se concentrarcasa bônuscertas tarefas - embora também apresente riscos óbvios bem documentados e efeitos colaterais.
"Existem alguns neurocientistas muito famosos que mastigam Nicorette para melhorar seu funcionamento cognitivo. Mas eles são ex-fumantes e esse é o substituto deles", diz Huberman.
Então, o que aconteceria se todos nós tomássemos pílulas da inteligência? Na verdade, a maioriacasa bônusnós já faz uso delas todos os dias, enquanto bebemos nosso café da manhã. Mas Balzac poderia ter dito isso a você antes.
- casa bônus Leia a versão original casa bônus desta reportagem (em inglês) no site BBC Capital casa bônus .
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