'Só uso Facebook para falar com meus avós': pesquisa mostra o que mudou na relação entre jovens e redes sociais nos EUA:aposta quina internet

Pessoas usando smartphone

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Atualmente, apenas 15% dos adolescentes apontam o Facebook comoaposta quina internetprincipal rede social

O pesquisador ressalta que não apenas a frequência mudou, mas também as preferências dos jovens. Há seis anos, o Facebook era apontado como a principal rede social por 68% dos adolescentes. Hoje, apenas 15% dizem o mesmo.

Pessoas usando smartphone

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Legenda da foto, Hoje, 41% dos jovens preferem o Snapchat, e 22% citam o Instagram como rede preferida

Uma das entrevistadas na pesquisa, uma meninaaposta quina internet16 anos, resumiu o sentimento, ao afirmar que só usa o Facebook para se comunicar "com seus avós".

Atualmente, 41% dos adolescentes preferem o Snapchat, e 22% apontam o Instagram (comprado pelo Facebookaposta quina internet2012) como rede preferida.

"O Instagram é principalmente para os pontos altos da minha vida, as coisas realmente importantes que acontecem. E o Snapchat é para as coisas pequenas… como quando vou almoçar com amigos ou fazer compras. E eu uso o Facebook para (me comunicar com) minha família", detalhou outra entrevistada,aposta quina internet15 anos.

Como se comunicam com amigos

A pesquisa, intitulada Social Media, Social Life: Teens Reveal Their Experiences ("Mídia Social, Vida Social: Adolescentes Revelam suas Experiências",aposta quina internettradução livre), foi feitaaposta quina internetmarço e abril deste ano com 1.141 adolescentesaposta quina internet13 a 17 anos nos Estados Unidos.

Robb diz ter ficado surpreso com o declínio na interação cara a cara entre os jovens. Em 2012, metade dos entrevistados dizia que essa eraaposta quina internetmaneira preferidaaposta quina internetse comunicar com amigos. Hoje, apenas 32% afirmam o mesmo, e 35% preferem mensagensaposta quina internettexto.

O percentualaposta quina internetjovens que preferem se comunicar via redes sociais saltouaposta quina internet7% para 16%, e o dos que preferem interagir por chataposta quina internetvídeo passouaposta quina internet2% para 10%. Somente 5% afirmam que telefonemas sãoaposta quina internetmaneira favoritaaposta quina internetse comunicar com os amigos.

"Acho que o instinto é olhar para essa estatística com preocupação, e pretendo continuar observando se essa tendência se mantém no futuro. Se essa mudança for real, vale a pena investigar o que ganhamos e o que perdemos ao mudar nossas preferências na maneira como nos comunicamos", salienta Robb.

Conexões

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Legenda da foto, Pesquisador diz ter ficado surpreso com o declínio na interação cara a cara entre os jovens

Um terço dos jovens diz que as redes sociais são "extremamente" ou "muito" importantesaposta quina internetsuas vidas, enquanto 19% afirmam não usar redes sociais.

E apesaraposta quina internet47% dos entrevistados que possuem smartphone dizerem ser "viciados"aposta quina internetseus telefones, apenas 24% se consideram "viciados" nas redes sociais.

Quase dois terços dos entrevistados dizem encontrar mensagensaposta quina internetconteúdo racista, sexista, homofóbico ouaposta quina internetintolerância religiosa, e 13% afirmam ter sofrido cyberbullying nas redes sociais.

Mas Robb observa que os jovens são mais propensos a dizer que as redes sociais têm efeito positivo do que negativoaposta quina internetsuas vidas: 25% afirmam sentir-se menos sozinhos e 16%, menos deprimidos, enquanto 3% se sentem mais sozinhos ou mais deprimidos ao usar as redes. No geral, 18% dizem sentir-se melhor sobre si mesmos, e apenas 4% afirmam o contrário.

"Acho que esses dados contradizem a percepção que a maioria das pessoas tem", salienta Robb. "A maioria das pessoas se preocupa sobre como as redes sociais podem prejudicar os jovens e aumentar a solidão ou a ansiedade, mas talvez estejam subestimando vários impactos potencialmente positivos."

O pesquisador destaca ainda que tanto efeitos positivos quanto negativos são ampliadosaposta quina internetadolescentes vulneráveis emocionalmente.

Manipulação e distração

Os jovens parecem conscientes sobre os impactos das redes sociaisaposta quina internetoutras atividades do dia a dia: 72% dizem acreditar que as empresasaposta quina internettecnologia manipulam os usuários para que fiquem mais tempoaposta quina internetseus dispositivos, 57% concordam que o uso os distrai quando deveriam estar fazendo a liçãoaposta quina internetcasa e 54% se dizem distraídos quando deveriam estar prestando atenção às pessoas que estão com eles.

O problema não afeta somente os jovens: 33% dizem que gostariam que seus pais passassem menos tempo com seus telefones celulares.

Adolescente usando rede socialaposta quina internetsmartphone

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Legenda da foto, Pesquisa mostra que 26% não abandonam o telefone para dormir e 31% mantêm o dispositivo ligado durante as refeições

Maisaposta quina internetmetade dos adolescentes afirma que desligam ou silenciam seus dispositivos para dormir, e 42% fazem o mesmo durante refeições com outras pessoas. Mas 26% nunca abandonam o telefone para dormir e 31% mantêm o dispositivo ligado durante as refeições.

Na conclusão da pesquisa, os autores ressaltam que as redes sociais são centraisaposta quina internetdiferentes aspectos da vida dos adolescentes, o instrumento por meio do qual "falam com seus amigos, fazem planos para depois da escola, coordenam atividades extracurriculares, ficam por dentro das notícias, mantêm contato com primos, tios e tias, se organizam politicamente, aprendem sobre novos estilos e moda, se conectam com as pessoas com quem têm interesses comuns, documentam e compartilham os pontos altosaposta quina internetsuas vidas, ganham inspiração e expressamaposta quina internetcriatividade".

Para o CEO e fundador da Common Sense, James Steyer, o estudo mostra que, assim como os próprios adolescentes, o papel das redes sociais é complexo e desafia "julgamentos simplistas".

"Por um lado, os adolescentes sentem que as redes sociais fortalecem seus relacionamentos com amigos e familiares, oferecem um importante caminho para autoexpressão e os fazem sentir-se menos sozinhos e mais conectados. Ao mesmo tempo, reconhecem que às vezes os afastamaposta quina internetinterações cara a cara e os fazem sentir-se deixadosaposta quina internetlado e 'menos' que seus pares", destaca Steyer.

Segundo os autores, o estudo não pode afirmar com certeza se as redes sociais causam mal ou melhoram o bem-estar dos adolescentes. "Para muitos jovens, as redes sociais são fonteaposta quina internetconexão e inspiração, uma oportunidadeaposta quina internetcompartilharaposta quina internetcriatividade e aliviar a solidão. No entanto, para alguns outros, às vezes podem aumentar ansiedade e depressão."

"Enquanto a quantidadeaposta quina internettempo que os jovens devotam às redes sociais é uma importante medida, não é a única. Reduzir a relação entre redes sociais e bem-estar dos jovens à noçãoaposta quina internetque menos tempo nas redes vai por si só resolver depressão e ansiedade entre adolescentes é muito simplista - e talvez até perigoso", afirmam os autores.