Por que o criador do botão curtir do Facebook apagou as redes sociais do celular:voucher b2xbet

Justin Rosenstein
Legenda da foto, Criador do botão curtir do Facebook diz que tecnologia só deve prender nossa atenção nos momentosvoucher b2xbetque queremos | Foto: Asana/Divulgação

Hoje, Rosenstein prega a conscientizaçãovoucher b2xbetdesenvolvedores como ele, para que novos aplicativos permitam que usuários tenham autonomia para "controlar suas mentes evoucher b2xbetatenção".

"(Temos que) permitir que pessoas não se comuniquem apenas online e compartilhem fotosvoucher b2xbetsi mesmas, mas efetivamente se encontrem e tenham conexões profundas e verdadeiras pessoalmente", diz, sempre acompanhado pelo olhar atentovoucher b2xbetsua assessoravoucher b2xbetimprensa.

Para muitos, os comentários podem parecer convenientes, uma vez que Rosenstein não trabalha mais no Facebook e a rede se tornou alvo constantevoucher b2xbetcríticasvoucher b2xbetdiversos setores.

A reportagem pergunta se ele se arrepende por ter criado a principal fonte da distração que hoje tanto critica.

"Nenhum arrependimento. Sempre que se tenta progredir, haverá consequências inesperadas. Você tem que ter humildade e ter muita atenção no que acontece depois, para fazer mudanças conforme for apropriado", responde.

Atenção x intenção

A principal "consequência inesperada", segundo o executivo, é o fatovoucher b2xbetas redes sociais hoje prenderem nossa atenção independentemente da nossa intenção - ouvoucher b2xbetnossa vontade.

"Muitas vezes, nos vemos 'rolando' algo no telefone e 30 minutos depois sentimos que não foi um tempo bem gasto, sentimos que perdemos um pedaço do dia", diz.

"Ter atenção a isso e fazer essas escolhas sobre como eu quero passar meu dia, eu acho que é muito importante."

Durante a conversa, ele divide os aplicativosvoucher b2xbetdiferentes grupos - aqueles que podem "roubar" nossa atenção, como as redes sociais ou aplicativosvoucher b2xbetmensagens, e aqueles que nós buscamos só quando realmente precisamos e deixamosvoucher b2xbetusar quando estamos satisfeitos.

Mark Zukerberg

Crédito, Reuters

Legenda da foto, Nesta semana, escândalo mostrou que dadosvoucher b2xbet50 milhõesvoucher b2xbetusuários do Facebook foram usadosvoucher b2xbetcampanhas

"Há outros apps no meu telefone como Lyft (espécievoucher b2xbetUber, muito popular nos EUA), Google Maps, ou appsvoucher b2xbetmeditação ou notas, que são ótimosvoucher b2xbettransformar meu telefone, que é quase como algo mágico no meu bolso. Se eu quiser fazer um carro vir até mim, posso fazer isso. Se quiser saber o caminho para um lugar, também posso. Estes são muito úteis."

"Para os outros... bem, eu ainda uso redes sociais, mas, ao esperar até voltar para o computador, eu sou capazvoucher b2xbetmoderar meu comportamento com mais facilidade e, digamos, gastar 20 minutos por dia fazendo isso,voucher b2xbetvezvoucher b2xbetalgo que estou constante checando, mesmo inconscientemente."

A entrevista à BBC Brasil aconteceu semanas antesvoucher b2xbeto Facebook ocupar manchetesvoucher b2xbettodo o mundo,voucher b2xbetnovo um escândalo que envolve o usovoucher b2xbetdadosvoucher b2xbetmaisvoucher b2xbet50 milhõesvoucher b2xbetpessoasvoucher b2xbetcampanhasvoucher b2xbetmarketing político.

Um ex-funcionário da consultoria Cambridge Analytica, responsável pela campanha digital que elegeu Donald Trump nos Estados Unidos, revelou que a empresa teria usado informações pessoais coletadas a partirvoucher b2xbetum testevoucher b2xbetpersonalidade no Facebook para influenciar o eleitorado a favorvoucher b2xbetseu cliente.

O escândalo resultou no afastamento do CEO da Cambridge Analytica, Alexander Nix, nesta segunda-feira, evoucher b2xbetpedidosvoucher b2xbetexplicações a Mark Zuckerberg, fundador do Facebook, pelos governos dos EUA e da Inglaterra.

Após diasvoucher b2xbetsilêncio, Zuckerberg, admitiu que a rede social "cometeu erros" no caso da Cambridge Analytica e se comprometeu a criar novas regras que poderão tornar mais difícil a "coleta"voucher b2xbetinformaçõesvoucher b2xbetusuários por aplicativos.

Procurado novamente pela BBC Brasil, Rosenstein não comentou o caso até a publicação desta reportagem.

'Curtir é uma emoção muito simples'

Durante a entrevista na sede da Asana,voucher b2xbetmais recente empreitada milionária, dedicada ao gerenciamento do tempovoucher b2xbetequipesvoucher b2xbetempresas, Rosenstein comentou os perigos da polarização gerada pela atenção excessiva que costumamos dar a curtidas no Facebook.

"Hoje, as redes sociais são muito eficientesvoucher b2xbetmostrar coisas que você gosta e que vão chamarvoucher b2xbetatençãovoucher b2xbetvolta para elas. Então, quando eu criei originalmente o botão curtir, há muitos anos, isso parecia uma boa primeira aproximação para aquilo que chama a atençãovoucher b2xbetalguém. Se você está tentando identificar qual é o conteúdo mais útil para mostrar a alguém, mostrar coisas que ele gosta é uma ideia muito boa", diz.

Aplicativos instaladosvoucher b2xbetcelular

Crédito, AFP

Legenda da foto, Segundo a empresa, o Brasil está entre os cinco principais mercados da Asana fora dos Estados Unidos

Ele segue: "mas se você parar aí, há problemas."

"Se você continuar a mostrar às pessoas apenas as informaçõesvoucher b2xbetque elas gostam, e não aquelas que contradizem suas perspectivas e podem desafiar intelectualmente, vamos criar bolhas onde as pessoas continuamente veem informações que concordam com o que elas pensam."

Hoje, Rosenstein admite que "curtir é uma emoção simples, uma reação muito simples para ser a única coisa a se basear" nas redes.

"Então precisamos nos mover para um novo paradigma,voucher b2xbetque pensamosvoucher b2xbetcomo sermos eficientes para as pessoas passarem seu tempo bem, para que elas vejam conteúdo que elas não apenas gostam, mas que as complete, que seja educacional, que desafie elas a pensarem diferente."

Brasil

Multimilionário - estima-se que Justin Rosenstein tenha deixado o Facebookvoucher b2xbet2008 com o equivalente a maisvoucher b2xbetUS$ 700 milhões (cercavoucher b2xbetR$ 2,3 bilhões) a mais no bolso -, o executivo se dedica atualmente à ioga, meditação e a "ajudar a humanidade a prosperar, permitindo que equipes trabalhem juntas sem esforço".

É este o principal slogan da Asana, cujo valorvoucher b2xbetmercado ultrapassa US$ 900 milhões e que recebeu recentemente mais US$ 75 milhões do fundovoucher b2xbetinvestimentos liderado por Al Gore - vice-presidente dos EUA durante o governovoucher b2xbetBill Clinton.

Pessoa usando celular

Crédito, AFP

Legenda da foto, Rosenstein admite que 'curtir é uma emoção simples, uma reação muito simples para ser a única coisa a se basear' nas redes

A empresa já tem 30 mil clientes pagantesvoucher b2xbet192 países - incluindo gigantes como Google, Uber, Spotify, IBM e Nasa, segundo o executivo.

"Em uma companhia comum, o estado normal é muito caótico. Se você perguntar a membrosvoucher b2xbetuma equipe qual é seu objetivo, eles serão capazesvoucher b2xbetexplicar. Mas se você fizer perguntas muito básicas, como quais são as etapas que faltam entre agora e chegar a seu objetivo, ou quem é responsável por esses passos, qual o status desses passos, eles não sabem responder", diz.

Com interface parecida com avoucher b2xbetuma rede social, a Asana promete concentrar todas as etapas e pessoas envolvidasvoucher b2xbetprojetosvoucher b2xbetuma única plataforma, reduzindo o tempo perdido com reuniões, trocasvoucher b2xbete-mails ou perdavoucher b2xbetinformações.

O português acabavoucher b2xbetentrar para a listavoucher b2xbetidiomas do serviço e o executivo pretende expandirvoucher b2xbetatuação no Brasil.

Segundo a empresa, o Brasil está entre os cinco principais mercados da Asana fora dos Estados Unidos - e o númerovoucher b2xbetclientes mais que dobrou desde o ano passado.