Como os testesqual a melhor plataforma de apostasFacebook usam seus dados pessoais - e como empresas ganham dinheiro com isso:qual a melhor plataforma de apostas
"Muitas vezes essa ferramentaqual a melhor plataforma de apostascoletaqual a melhor plataforma de apostasdados pode não ser para uma coisa positiva. E há um risco que as pessoas correm quando começam a liberar dados, fotos delas, sem saber para quem esses dados estão indo e o que pode ser feito depois."
No caso do último teste que viralizou no Facebook, para fazê-lo, o usuário concordavaqual a melhor plataforma de apostasdar acesso a seu nome, fotoqual a melhor plataforma de apostasperfil, idade e dataqual a melhor plataforma de apostasnascimento, endereçoqual a melhor plataforma de apostase-mail e todas as suas fotos (as que ele próprio postou e as outrasqual a melhor plataforma de apostasque foi marcado).
Informações como essas são valiosas para empresas direcionarem melhor seus anúncios e obterem mais resultados. Há algumas, inclusive, que vivemqual a melhor plataforma de apostasvender dados para outras. Testes como esses que viralizam no Facebook,qual a melhor plataforma de apostasgeral, têm a ver com alguma ação desse tipo por parte delas - uma formaqual a melhor plataforma de apostasengajar os usuários e, ao mesmo tempo, conseguir acesso a dados deles, que autorizam isso muitas vezes sem ler os chamados "termosqual a melhor plataforma de apostasuso".
"As pessoas embarcamqual a melhor plataforma de apostasjogos ou desafios sem ter noçãoqual a melhor plataforma de apostasquem está promovendo aquilo. Então eu diria que a principal recomendação é conter aquela vontade súbitaqual a melhor plataforma de apostasfazer esses jogos e testes", alertou Thiago Tavares, presidente da Safernet, ONG dedicada a questões sobre segurança na internet.
"Eu me lembroqual a melhor plataforma de apostasuma pesquisaqual a melhor plataforma de apostasque veicularam um anúncio 'clique aqui pra infectar seu computador' e teve gente que clicava. Então é importante ver até que ponto a curiosidade faz o usuário tomar atitudes sem prever consequências", acrescenta.
Para Tavares, isso tudo faz parte do "amadurecimento do usuário". Assim como, no passado, as pessoas clicavam para abrir quaisquer e-mails que recebiam - e, muitas vezes, acabavam tendo o computador infectado por um vírus nessa simples ação - e hoje já têm mais cuidado quanto a isso, no caso das redes sociais o processo será o mesmo.
"Antigamente, todo mundo saía comprandoqual a melhor plataforma de apostasqualquer site. Hoje, o usuário tem mais cautela, pra não ter seu cartão clonado. O vírusqual a melhor plataforma de apostase-mails também, a maioria dos usuários reconhece e não clica. No entanto, nas redes sociais, as pessoas ainda não reconhecem esses 'golpes' que são aplicados explorando a curiosidade, as relações humanas, para gerar engajamento. Esses dados são coletados para gerar lucros pra quem coleta ou até para agênciasqual a melhor plataforma de apostasinteligênciaqual a melhor plataforma de apostascasoqual a melhor plataforma de apostascampanhas eleitorais, etc", explicou.
Como funciona a monetização do Facebook?
Reunindo maisqual a melhor plataforma de apostas2 bilhõesqual a melhor plataforma de apostasusuários ao redor do mundo, o Facebook possibilita às empresas fazerem anúncios na plataforma oferecendo a elas um público mais segmentado e a um custo relativamente baixo, conforme explica a especialista Camila Porto.
"A chegada das redes sociais foi,qual a melhor plataforma de apostasprimeiro lugar, uma oportunidade dos pequenos negóciosqual a melhor plataforma de apostasfalar com os clientesqual a melhor plataforma de apostasforma gratuita ou com custo muito baixo. Ele investe uma pequena quantiaqual a melhor plataforma de apostasdinheiro pra falar exatamente com as pessoas que quer falar. Outro ponto é a capacidadequal a melhor plataforma de apostasmensuraçãoqual a melhor plataforma de apostasresultado. Em outros casos, você faz o investimento e não consegue ter uma métrica que te diga quantas pessoas vieram pro seu negócio a partir dele. No Facebook é possível fazer essa análisequal a melhor plataforma de apostastempo real", afirmou.
"O Facebook te dá a possibilidadequal a melhor plataforma de apostasfalar com o mundo todo ou então com um público bem segmentado, como por exemplo 'mulheresqual a melhor plataforma de apostas25 a 35 anos que estao a um quilômetro do seu estabelecimento'."
Por meio desses dados "preciosos" sobre os usuários, o Facebook tem atraído cada vez mais empresas que patrocinam conteúdos na rede social. Segundo dados oficiaisqual a melhor plataforma de apostasabril do ano passado, a plataforma já soma 5 milhõesqual a melhor plataforma de apostasanunciantes publicitários.
"Tem uma frase que diz: 'se você está usando um produto gratuito, o produto é você'. Então a lógica é mais ou menos essa, você usa o Facebookqual a melhor plataforma de apostasforma gratuita e,qual a melhor plataforma de apostascerta forma, você é o produto. As informações que ele coleta, ele fornece para as empresasqual a melhor plataforma de apostasformaqual a melhor plataforma de apostasanúncios", diz Camila Porto.
O Facebook, porqual a melhor plataforma de apostasvez, afirma que tudo o que faz é "para as pessoas" e que deixa claro e público todos os dados que usa. Para uma empresa veicular um anúncio na plataforma, ele precisa ser "bom para as pessoas, proporcionar boas experiências e tem que ser seguro".
"A privacidade das pessoas no Facebook é nossa prioridade. Qualquer aplicativo compatível com o Facebook precisa seguir nossas políticas da plataforma, que estabelecem uma sériequal a melhor plataforma de apostasregras para garantir que as pessoas tenham controle da experiência", afirmou um porta-voz do Facebookqual a melhor plataforma de apostasnota.
Legislação e proteção
Quem fez o teste do gênero oposto ainda pode "proteger" seus dados negando o acesso do aplicativo a eles - mesmo que você já tenha dado essa autorização ao concordar com os termosqual a melhor plataforma de apostasuso, é possível voltar atrás.
Basta ir na seçãoqual a melhor plataforma de apostas"Aplicativos" nas configurações do Facebook e remover o acesso ao "Kueez", que era o responsável pelo teste tão viralizado.
No entanto, essa ainda é uma questão sinuosa, conforme explica o presidente da Safernet. Isso porque, mesmo que você retire a autorização dos seus dados para a empresa, caso ela venha a utilizá-los contra aqual a melhor plataforma de apostasvontade, ainda não há uma lei que o proteja contra isso.
"No Brasil, hoje a pessoa não tem mais controle sobre o que farão com seus dados, nem há uma lei que a ampare. Na Europa, por exemplo, existem agênciasqual a melhor plataforma de apostasproteçãoqual a melhor plataforma de apostasdados, tem penas e multas aplicadas. Quem usar dados sem consentimento e sem seguir regras vai pagar multas altíssimas. E lá o usuário vai ter a quem recorrer", explicou Thiago Tavares.
Segundo ele, há três projetosqual a melhor plataforma de apostasleiqual a melhor plataforma de apostastramitação no Congresso a respeito desse tema, mas que estão parados. O especialista compara a importância dessa regulamentação ao códigoqual a melhor plataforma de apostasdefesa do consumidor, que foi criadoqual a melhor plataforma de apostas1990 para proteger o consumidorqual a melhor plataforma de apostaspossíveis abusos cometidos por empresas.
"Precisamosqual a melhor plataforma de apostasuma lei geralqual a melhor plataforma de apostasproteçãoqual a melhor plataforma de apostasdados. Ela representaria hoje o que o códigoqual a melhor plataforma de apostasdefesa do consumidor representou na décadaqual a melhor plataforma de apostas1990. É preciso proteger os dados do usuários das empresasqual a melhor plataforma de apostasinternet ouqual a melhor plataforma de apostasqualquer empresa que colete dados", reforçou.
Por enquanto, a maior proteção para as pessoas nesses casos envolvendo as redes sociais é "controlar a curiosidade".
"É preciso resistir à tentação do primeiro clique, não aceitar fornecer dados para quem você não conhece ou para quem você não tem certeza sobre a destinação que será dada para esses dados", finalizou.