Do folcloredog house slotcamponeses à TV: como o vampiro conquistou nossa imaginação:dog house slot
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The Strain é apenas a mais recente versão da fórmula dos vampiros estabelecida pelo romancedog house slotBram Stoker, lançado no ano do Jubileudog house slotDiamante da rainha Vitória,dog house slot1897.
A primeira adaptação realmente famosa dessa história foi o filme Nosferatu,dog house slot1922, uma obra-prima do cineasta expressionista F. W. Murnau.
Crenças populares
Na época, a viúvadog house slotStoker processou o estúdio por quebradog house slotdireitos autorais. Mas Drácula não é a única fontedog house slotmitos sobre vampiros. The Strain deve muitodog house slotseu sucesso a uma sériedog house slotfábulas ao redor desses seres que datamdog house slotquase 400 anos atrás.
A palavra "vampyre" apareceu pela primeira vezdog house slotinglês no semanário literário London Journaldog house slot1732. O estranho termo tinha sido transportado diretamentedog house slotrelatos conflitantes sobre um incidente bizarro ocorridodog house slotum dos rincões da Monarquiadog house slotHabsburgo (que englobava os territórios da Áustria edog house slotalguns atuais países do Leste Europeu).
A história que correu naquela época foidog house slotque moradores do vilarejo ruraldog house slotMedreyga, no interior da Hungria, assustados com uma misteriosa praga que deixava seus animais sangrando até a morte, pediram às autoridades que desenterrassem o corpodog house slotum vizinho falecido um mês antes, chamado Arnold Paul.
Os camponeses acreditavam que era o cadáver quem estava ameaçando a comunidade, referindo-se a ele como "vampyre", uma criatura ambivalente, presa entre a vida e a morte.
Ao abrirem a sepultura, o corpodog house slotArnold Paul não estava decomposto, enquanto sangue fresco corria pordog house slotboca. Os camponeses então enfiaram uma estacadog house slotseu coração, prendendo-o ao caixão, e atearam fogo a tudo.
Poucos anos depois, um monge beneditino, Augustin Calmet, reuniu relatos semelhantesdog house slotum grande livro chamado Sobre os Vampiros da Hungria, Boêmia, Morávia e Silésia.
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Não é por acaso que as histórias fantásticas relatadas por simples camponeses vinham dessas regiões do Leste Europeu. O castelo do Conde Drácula na Transilvânia, uma região da atual Romênia, ficadog house slotuma das últimas fronteiras da Europa – um local onde a luz do Cristianismo brilhava sem muita força frente à escuridão desconhecida do Império Otomano, do outro lado.
Vampiro aristocrata
No século 18, no entanto, as lendas sobre vampiros passaram a servir para zombar das superstições dos camponeses tidos como ignorantes. Isso dava uma certa segurança à sofisticada sociedade urbanizada, que circulava essas narrativasdog house slotseus jornais e revistas, e mostrando que Londres, Paris ou Viena haviam superado a tirania das crenças medievais. As cidades eram repletasdog house slotpessoas racionais e bem informadas que não acreditavam mais nessas coisas.
Aos poucos, o folclore camponês deu lugar a histórias mais sofisticadas. O vampiro aristocrático, sedutor e transgressor chegoudog house slot1819 com um conto publicado por John William Polidori com bastante sucesso na imprensadog house slotLondres.
Lord Ruthven era o nome do protagonistadog house slotThe Vampyre, um monstro vaidoso e lascivo que se alimentavadog house slotjovens moças nos mais exclusivos recantos da alta sociedade. O vampiro deixava o folclore popular para se misturar à imagem do aristocrata libertino.
A grande ironia está no fatodog house slotPolidori ter sido, por um curto períododog house slottempo, o médico pessoal do mais famoso aristocrata da Grã-Bretanha, Lorde Byron.
O lendário poeta, exilado por causadog house slotsua escandalosa vida sexual, teria passado longas noitesdog house slotuma casa na Suíça na companhia do casaldog house slotescritores Percy e Mary Shelley, nas quais se divertiam contando históriasdog house slotterror. Polidori também participava dos jantares, e o vampiro literário nasceu junto com Frankenstein.
Alguns fofoqueiros da época chegaram até a achar que The Vampyre, inicialmente publicado anonimamente, seria uma confissão do lorde. A história aumentou a notoriedadedog house slotByron e fez as vendas dispararem, mas Polidori raramente recebia os créditos.
Ansiedade apocalíptica
A imagem do vampiro como um demônio sórdido que corrompe as pessoas através do sexo e do dinheiro, alémdog house slotsuas mordidas, é duradoura. Foi essa visão que inspirou a série Varney, o Vampiro, nos anos 1840, e que pordog house slotvez serviudog house slotbase para a obradog house slotBram Stoker.
The Strain mostra que o vampiro ainda assombra os centrosdog house slotpoder do mundo. No século 19, era a capital do Império Britânico. Hoje é Nova York, o motor financeiro e político global, onde a invasão do Mestre é facilitada por uma corporação gerenciada por executivosdog house slotWall Street que buscam a vida eterna.
Na primeira temporada, vimos a cidade americana decair gradualmente para o caos e a barbárie, com seus esgotos tomados pelos mortos-vivos e suas ruas servindodog house slotpalco para assassinatos. Em um país que atualmente ferve com tensões raciais e teme as consequências da crescente desigualdade social, é claro que os produtoresdog house slotThe Strain capitalizam uma ansiedade apocalíptica que paira no ar.
Se há uma preocupação com o fatodog house slota série às vezes abusardog house slotuma tradiçãodog house slotdemonizar os imigrantes pobres, a trama também reúne um bando multiculturaldog house slotheróis que vai restaurar uma visão dos Estados Unidos como um caldeirãodog house slotculturas.
Essa visãodog house slotum grupodog house slotindivíduos diferentes se unindo para derrubar um inimigo implacável também está enraizada nestes séculosdog house slothistóriasdog house slotvampiros.
Talvez por isso as lendas perdurem. Nos cantos escuros onde essas criaturas se escondem, há um rastrodog house slotdestruição, mas tambémdog house slotesperança.
*Roger Luckhurt é professordog house slotLiteratura Contemporânea no Birkbeck College,dog house slotLondres, e autordog house slotensaios sobre personagens fantásticos clássicos
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<italic>Leia<link type="page"><caption> a versão original desta reportagemdog house slotinglês </caption><url href="http://www.bbc.com/culture/story/20150727-from-dracula-to-the-strain-where-do-vampires-come-from" platform="highweb"/></link>no site <link type="page"><caption> BBC Culture</caption><url href="http://www.bbc.com/culture/" platform="highweb"/></link>.</italic>