Aos 50, médica no Rio troca carro por bicicleta elétrica: 'é como um antidepressivo':como pagar para apostar on line
A médica ginecologista conta que decidiu trocar o carro pela bicicleta para fugir do trânsito do Riocomo pagar para apostar on lineJaneiro, poluir menos e praticar exercício. Mas ela diz que foi surpreendida por outro efeito: o novo estilocomo pagar para apostar on linevida fez muito bem para a cabeça, reduzindo o estresse e o mau humor. "É um comprimidocomo pagar para apostar on lineantidepressivo", compara.
Em meio à polêmicacomo pagar para apostar on linetorno da construçãocomo pagar para apostar on linenovas cicloviascomo pagar para apostar on lineSão Paulo, a médica defende que mais espaços destinados ao ciclistas sejam implementados também no Riocomo pagar para apostar on lineJaneiro.
O trajeto que ela percorre para o trabalho é quase todo coberto por ciclovias. "Quando preciso ir pela rua, me sinto com a vida ameaçada", conta.
como pagar para apostar on line Leia seu depoimento sobre o novo estilocomo pagar para apostar on linevida:
Mais ciclovias
Eu trabalho na Rua Xavier da Silveira,como pagar para apostar on lineCopacabana, uma das poucas que tem uma ciclovia. Eu mesma já andei por elacomo pagar para apostar on linecarro e pensei: "para que isso existe? Não passa ninguém aqui. Poderia passar mais um carro e fica esse infernocomo pagar para apostar on lineengarrafamento". E aícomo pagar para apostar on linerepente eu virei uma pessoa que andacomo pagar para apostar on linebicicleta e é engraçado ver pelo outro lado.
Porque o problema da ciclovia é quando não tem bicicleta. É claro que, se você está no carro e olha para um espaço inutilizado, pensa que isso está atrapalhando acomo pagar para apostar on linevida.
Mas é o problema do que vem primeiro, o ovo ou a galinha. Você tem que colocar ciclovia para as pessoas poderem andar. E vai ter um momentocomo pagar para apostar on lineque vai ter ciclovia, não vai ter muito ciclista e muitas pessoas vão pensar: "para que isso está aqui só atrapalhando?".
Se tivesse um montecomo pagar para apostar on linegente andando, ninguém acharia essas coisas. Então, eu consigo imaginar exatamente a reaçãocomo pagar para apostar on linealgumas pessoascomo pagar para apostar on lineSão Paulo contra (as ciclofaixas que estão sendo construídas).
Eu acho que tem que ter mais ciclovia, pois isso permite que mais pessoas se sintam seguras para começar a andarcomo pagar para apostar on linebicicleta. E aí, se mais pessoas andarem, vai ficar melhor, porque as pessoas vão ficar mais educadas sobre o uso da bicicleta e a convivência entre motoristas e ciclistas nas ruas vai melhorar.
Já é assimcomo pagar para apostar on lineoutros países. Eu andeicomo pagar para apostar on linebike alugadacomo pagar para apostar on linecidades da Dinamarca e da Noruega e lá é um marcomo pagar para apostar on linebicicleta. O carro é a minoria.
Perigo
Eu tenho a sorte de, no meu caminho entre a casa e o trabalho, sempre ter ciclovia, ou à beira da praia ou à beira da Lagoa (Rodrigocomo pagar para apostar on lineFreitas). Mas eu sei que quase ninguém da população tem isso.
É muito perigoso andar no Riocomo pagar para apostar on lineJaneiro sem ciclovia. Quando vou à aulacomo pagar para apostar on lineginásticacomo pagar para apostar on lineBotafogo, preciso ircomo pagar para apostar on linebicicleta pela rua e eu me sinto com a vida ameaçada. Mas eu vou porque gostei muitocomo pagar para apostar on lineandarcomo pagar para apostar on linebicicleta, fez muito bem para mim.
Antidepressivo
É engraçado como a bicicleta me fez tão bem. E eu não sou uma pessoa atlética, eu trabalho pra chuchu, eu fico estressada, meu tempo é curto. Mas a bicicleta fez eu chegar no mesmo tempo ou mais rápido nos lugares e me faz muito bem fisicamente e também para a cabeça. É um negócio absurdo. Como médica, eu sei que exercício faz bem para cabeça, mas eu nunca pensei que pudesse ser tanto.
É um comprimidocomo pagar para apostar on lineantidepressivo. Passa o mau humor, o cansaço. É essa coisacomo pagar para apostar on linepegar um ventinho,como pagar para apostar on lineestar ao ar livre. Eu percebi que nunca estava ao ar livre. Hojecomo pagar para apostar on linedia todo mundo tem vitamina D baixa porque a gente passa o tempo todo dentrocomo pagar para apostar on linequatro paredes.
Na verdade, agora, quando tenho que pegar o carro, ou porque está chovendo ou porque eu tenho levar meus filhoscomo pagar para apostar on linealgum lugar, eu acho muito ruim. Agora me sinto muito estranha dentro daquela "banheira". E penso: "O que eu estou fazendo com esse carro enorme aqui, ocupando esse espaço todo?".
A maioria das pessoas está sozinha no carro, naquele engarrafamento. Na realidade, as pessoas sofrem dentro do carro, mas elas estão ali porque não têm outra opção.
É triste, mas é real, na nossa sociedade as pessoas não se mobilizam pelo coletivo, o que no final das contas acabaria revertendo positivamente para elas. Minha escolha não é só pelo coletivo, eu andocomo pagar para apostar on linebike principalmente pelo meu bem-estar. Isso que é o mais incrível e o que pode mais facilmente mobilizar as pessoas.
Bike tradicional x elétrica
A primeira vez que eu penseicomo pagar para apostar on lineusar a bicicleta para voltar do trabalho era porque eu chegava a ficar uma hora no trânsitocomo pagar para apostar on lineIpanema até a Humaitá, que é um trajeto curto,como pagar para apostar on linecercacomo pagar para apostar on linecinco quilômetros. O trânsito no Riocomo pagar para apostar on lineJaneiro piorou muito nos últimos anos.
Eu pensava: "Poxa, eu podia ircomo pagar para apostar on linebicicleta, assim não poluiria o mundo, não gastaria dinheiro com gasolina, não me estressaria com engarrafamento e ainda faria exercício, com uma vista linda da Lagoa e da praia".
Mas com a bicicleta tradicional, eu fico meladacomo pagar para apostar on linesuor e não dá para eu trabalhar assim. Mas então apareceu a perspectiva da bicicleta elétrica e eu pensei: "Que bom! Posso ir no modo elétrico e voltar pedalando".
Em geral eu uso o modo misto. Eu pedalo e a energia gerada é aproveitada pela própria bicicleta.
Vaga, só para carro
Nada é feito realmente para bicicleta. Eu tenho um consultório alugadocomo pagar para apostar on lineum prédio comercialcomo pagar para apostar on lineIpanema que tem uma garagem. Apesarcomo pagar para apostar on lineno meu aluguel eu ter direito a uma vaga, eu posso botar um carro, mas não posso botar minha bicicleta.
Eu tentei criar um caso, mas depois desisticomo pagar para apostar on linebrigar. Como eu sou inquilina, não queria criar problema para o meu locador. Então eu paro na rua, tranco e rezo (para ninguém roubar).
Sem medo
Eu sempre tive essa ideiacomo pagar para apostar on lineandarcomo pagar para apostar on linebike, mas quem me deu muita força foi uma paciente que é fonoaudióloga e usa a bicicleta elétrica para visitar os pacientescomo pagar para apostar on lineCopacabana, Ipanema e Leblon.
Talvez quando você é jovem, você é mais audacioso, mas eu tinha medo. Eu pensava: "Será que vai dar certo? Será que as pessoas vão olhar para mim? Será que eu vou achar os caminhos?". Então ela me incentivou e eu finalmente comprei a elétrica.
Quando eu falo para as pessoas que troquei o carro pela bike, a maioria fica espantada. Um grande número acha legal e se interessa pela ideia. E tem um número que fica apavorado e que fala: "Mas, você anda na rua? Você não tem medo?". As pessoas têm medo do trânsito ecomo pagar para apostar on lineser roubada. Há alguns anos, minha filha teve a bicicleta roubada na Lagoa. Eu nunca tive problema algum.