Estradas ou ciclovias, qual o símbolo do progresso?:bet 658

  • Author, Sarah Jacobs
  • Role, Estudante, Universidadebet 658Oxford, blogueira da BBC Brasil

bet 658 Posso dizer que eu sou uma ciclista nata. Minha mãe pedalava grávida e eu tinha menosbet 658um ano quando ela começou a me carregar na garupa.

Desde então, nunca mais pareibet 658pedalar. Sempre moreibet 658cidades que têm o que eu poderia chamarbet 658uma boa "cultura da bicicleta" e nunca senti a necessidadebet 658aprender a dirigir.

Em Oxford, onde moro, andarbet 658carro não tem graça, pois a estrutura do centro da cidade privilegia os trajetosbet 658bicicleta. Entre meus amigos, só dois têm carro. Sei que no Brasil a proporção é diferente e muitos jovens da classe média alta ganham carros dos pais ao completar 18 anos.

Mas essa "cultura da bicicleta" não vem apenas do indivíduo. É algo mais amplo, que envolve decisões do poder público. Em muitas cidades, as pessoas não andam mais frequentementebet 658bicicleta porque não se sentem seguras ou respeitadas nas ruas.

Foto: Helson Ferreira/Flickr

Crédito, Helson Ferreira Flickr

Legenda da foto, Bicicletadabet 658Brasília; blogueira discute atual cenário da 'cultura da bicicleta' no país

Acho que Brasília, a cidade onde eu morei no ano passado, é um exemplo disso.

Brasília foi construída durante uma época na qual o carro era o símbolo do futuro. O progresso estava na construçãobet 658estradas e fábricasbet 658automóveis. Os carros dominam a cidade, criando um ambiente que é, muitas vezes, hostil para ciclistas. Muitos lugares na cidade carecem da infraestrutura adequada para bicicletas.

Na minha viagem, foi interessante ver uma certa mudançabet 658que a "cultura da bicicleta" é estimulada por meio do ativismobet 658duas rodas.

Um exemplo são as "bicicletadas" mensais – vertentes brasileiras da Massa Crítica (Critical Mass), um movimento global não muito conhecido, mas que tem presençabet 658centenasbet 658cidades do mundo. O objetivo dos ciclistas é reivindicar o direitobet 658estar nas ruas, respeitados e sem medo.

Participeibet 658uma bicicletadabet 658Brasília e fiquei inspirada pela energia e motivação dos ativistas, pedalando e gritandobet 658massa pela cidade, sem medo dos carros cujos motoristas pareciam incomodados com o espetáculo.

Mas essa não pode ser uma batalha entre motoristasbet 658carro e ciclistas. Iniciativas concretas têmbet 658virbet 658cima. Sua rua ou seu bairro estão mais seguros para ciclistas? Será que o Brasil vive o iníciobet 658uma mudança? E se houvesse segurança nas ruas, você pedalaria mais?