Por mais crédito, Argentina busca ‘fazer as pazes’ com o mercado:stake bet365
Finalmente, na semana passada, a Argentina deu por terminada uma longa disputa internacional ao entrarstake bet365acordo com a petrolífera espanhola Repsol sobre o pagamentostake bet365uma indenização pela expropriaçãostake bet36551% do pacotestake bet365ações da petrolífera YPF, renacionalizadastake bet3652012 - um acordo que será seladostake bet365maio, se o Congresso argentino o aprovar.
Para muitos analistas, todas estas medidas são um indício clarostake bet365que o governo quer "fazer as pazes" com o mercadostake bet365capitais, até mesmo com a intençãostake bet365voltar a contrair dívidas.
Mas por que um governo que se vangloriastake bet365sua políticastake bet365desendividamento e que por anos criticou governantes passados por endividarem o país agora está mandando tantos sinaisstake bet365aproximação com o mercado?
Necessidade
Especialistas como Dante Sica, diretor da consultoria econômica Abeceb.com, acreditam que a resposta é óbvia. "O governo precisastake bet365dólares", assegurou ele à BBC Mundo.
"A mudançastake bet365atitude se deve ao fatostake bet365que, a partirstake bet3652011, a Argentina passoustake bet365um superavit para um deficit e que as medidas tomadas pelo governo para frear a diminuiçãostake bet365divisas não funcionaram", disse Sica,stake bet365referência às restrições cambiais impostas a partir deste ano.
A rigor, o país tem um déficit fiscal há anos (ou seja, gasta mais do que arrecada), ainda que mantenha um superavit comercial, que até agora tem sido a principal fontestake bet365entradastake bet365divisas no país.
Mesmo assim,stake bet3652014, o saldo comercial teve uma queda preocupante: segundo os números oficiais,stake bet365janeiro, o superavit foistake bet365apenas US$ 35 milhões (R$ 82,3 milhões), 88% a menos do que no mesmo mês do ano anterior.
Por isso, economistas como Sica acreditam que o governo está sendo forçado a buscar dinheiro para compensar o gasto público exagerado e, com este objetivostake bet365mente, tem se esforçado para dar sinaisstake bet365boa vontade ao mercado.
Novo endividamento
Economistas alinhados com o governo, como Fernanda Vallejos, do grupo kirchnerista La Gran Marko, dizem que os sinais dados pelo governo têm o objetivostake bet365melhorar a situação para uma futura emissãostake bet365títulos da dívida pública.
Mas Vallejos refuta que isso signifique uma mudança na política governamental.
"O governo nunca se opôs a voltar ao mercado, mas sim a pagar as altas taxas que queriam cobrar", comentou ela à BBC Mundo.
De fato, a própria Cristina Kirchner deu sinais neste sentido durante um discurso no fimstake bet365janeiro.
"Como resultado da moratóriastake bet3652001, o mercadostake bet365capitais estava fechado para nós e, quando não estava fechado, oferecia taxas muito altas", disse.
Mas os críticos do governo afirmam que não foi a moratória que afastou o mercado durante a década kirchnerista, mas a faltastake bet365confiança gerada pelas políticas governamentais.
A isso é atribuído o fatostake bet365países vizinhos como Brasil, Chile e Uruguai terem atraído nos últimos anos muitos investimentos estrangeiros, multiplicando assim suas reservas internacionais, enquanto os fundos do Banco Central argentino tiveram uma forte queda,stake bet365cercastake bet36530%stake bet3652013.
Porstake bet365vez, Vallejos nega que haja faltastake bet365confiança e considera que grande parte do dinheiro que ingressou nos países vizinhos veiostake bet365investimentos especulativos, que não são vistos com bons olhos pelo governo argentino por considerá-los prejudiciais a longo prazo.
Restrição externa
Um pontostake bet365que simpatizantes e críticos do governo concordam é que a chamada restrição externa - ou faltastake bet365dólares - é um dos principais problemas da economia argentina e que ela limita o poderstake bet365compra e o crescimento do país.
A saídastake bet365divisasstake bet365dólares se intensificou nos últimos três anos devido ao forte aumento das importaçõesstake bet365energia, que representam cercastake bet36510% do orçamento nacional.
Por outro lado, o gasto público se manteve alto devido às políticasstake bet365subsídios à energia e ao transporte implementadasstake bet3652002,stake bet365meio à crise econômica, e que o kirchnerismo continua a aplicar até hoje.
Por isso, muitos acreditam que um retorno ao mercadostake bet365capitais é inevitável.
Mesmo assim, ainda falta ver se as medidas que estão sendo tomadas pelo país serão suficientes para que os organismos internacionaisstake bet365crédito voltem a emprestar dinheiro à Argentina, a uma taxa que o governo considere aceitável.
Um dos fatores que levará a isso é o resultado da disputa judicial que Argentina enfrenta nos Estados Unidos com os credores que não aceitaram as trocasstake bet365dívidas por bônusstake bet365valorstake bet365face menor oferecidas pelo paísstake bet3652005 e 2010.
Em fevereiro, o governo argentino solicitou que a Suprema Corte americana revise a decisão que obriga o país a pagar maisstake bet365US$ 1,3 bilhão (R$ 3 bilhões) a um grupostake bet365fundosstake bet365investimento, que exige o pagamentostake bet365100% do valor dos bônus que detêm.
Se a decisão for mantida, a Argentina poderá voltar a uma moratória técnica, o que complicaria seu acesso a novos recursos.