Como a crise na Argentina pode afetar o Brasil?:aposta de jogos da copa

Crédito, Reuters

Alémaposta de jogos da coparepresentar, na visãoaposta de jogos da copamuitos analistas, o resultadoaposta de jogos da copaanosaposta de jogos da copapolíticas econômicas arriscadas, a turbulência coincide com instabilidade dentro e fora do país.

No cenário interno, o que preocupa é a instabilidade política e a descrençaaposta de jogos da copaparte da população na capacidade do governoaposta de jogos da copaCristina Kirchneraposta de jogos da coparesolver os problemas, alémaposta de jogos da copaum climaaposta de jogos da copaanimosidade entre as autoridades e o empresariado.

Já no âmbito internacional, a atual recuperação da economia americana faz com que muitos investidores migrem seus recursosaposta de jogos da copapaíses emergentes para os Estados Unidos - a chamada fugaaposta de jogos da copacapitais, que nos anos 1990 chegou a quebrar naçõesaposta de jogos da copadesenvolvimento. Na lista dos países afetados recentemente estão Argentina, Turquia, Índia, África do Sul e o Brasil.

Emboraaposta de jogos da coparelatório recente o FMI (Fundo Monetário Internacional) tenha dito que os países vizinhos estão mais protegidos contra reflexos da crise argentina do que no passado, economistas ouvidos pela BBC Brasil acreditam que a economia brasileira sentirá efeitos (embora reduzidos) tanto da instabilidade quanto da movimentaçãoaposta de jogos da copacapital especulativo após a recuperação dos EUA.

Efeitos

Para Paulo Márcio Mello, professoraposta de jogos da copaeconomia da UERJ (Universidade do Estado do Rioaposta de jogos da copaJaneiro), o fatoaposta de jogos da copaa Argentina ser o terceiro maior parceiro comercial do Brasil, com 8,27% das exportações, atrásaposta de jogos da copaChina e EUA, basta para que o país sinta efeitos da crise.

A relação comercial também é lembrada por Virene Matesco, professoraaposta de jogos da copaEconomia da FGV. "Trata-se do nosso terceiro mercado, tantoaposta de jogos da copaimportação quantoaposta de jogos da copaexportação. É um parceiro importante, e não interessa a ninguém tê-lo com problemas. Nosso fluxo comercial com eles será diretamente afetado, não há dúvida."

A economista destaca que as pequenas e microempresas da região sul, que segundo ela são responsáveis por 45% das exportações brasileiras, devem ser bastante afetadas, já que vendem grande parteaposta de jogos da copasua produção para o país vizinho.

Quanto às projeções otimistas do FMI, ela contesta e diz que seria o mesmo que afirmar que uma criseaposta de jogos da copaPortugal não afetaria os demais membros da zona do euro. "É claro que afeta. É verdade que quem está com mais problemas na América Latina são Argentina e Venezuela, onde há confluênciaaposta de jogos da copacrises política e econômica e que os outros estão melhores. O Peru vem crescendo, o Chile é muito bem administrado, o México é impulsionado a voltar a crescer junto com os EUA. Mas haverá impactos", diz.

Fernando Ribeiro, professoraposta de jogos da copaEconomia do Insper (Institutoaposta de jogos da copaEnsino e Pesquisa,aposta de jogos da copaSão Paulo), relembra, no entanto, que a substituição dos produtos comprados do Brasil pelos fabricadosaposta de jogos da copasolo argentino não deve ser tão fácil. "O espaço para isso é limitado. Eles estão num processoaposta de jogos da copadesindustrialização desde 1973. Éaposta de jogos da copase duvidar que a Argentina tenha capacidade para isso a curto prazo", indica.

Investidores e ajuda

Cristina Kirchner

Crédito, AFP

Legenda da foto, Reservas internacionais argentinas estãoaposta de jogos da copaníveis preocupantes no governoaposta de jogos da copaCristina Kirchner

Quanto à possibilidadeaposta de jogos da copaa instabilidade argentina afetar o apetite dos investidores internacionais no Brasil, os economistas ouvidos pela BBC Brasil são cautelosos.

Paulo Márcio Mello, da UERJ, acredita que o investidor pode agiraposta de jogos da copaforma "emocional e intuitiva", apesar da racionalidadeaposta de jogos da copatorno da quantidadeaposta de jogos da copareservas internacionais brasileiras e da clara diferença entre a situação do Brasil e da Argentina. "Não estou dizendo que isso vai acontecer amanhã, mas pode haver um receio, já que temos um parceiro importanteaposta de jogos da copacrise", diz.

De volta à situação do Brasil, Matesco, da FGV, relembra que o investidor já está olhando o país com maus olhos devido aos nossos próprios problemas. "Se o investidoraposta de jogos da copacurto prazo tem outras opções pelo mundo, não vai se arriscar por aqui. Vamos sentir um impacto. Já quanto aosaposta de jogos da copamédio e longo prazo, (como) as multinacionais e os grandes grupos, acho que não. Não estar no Brasil é não estar na América Latina, ninguém quer isso."

Mas há os que apostem que o investidor internacional tenhaaposta de jogos da copamente que o Brasil realmente "descolou" dos vizinhos. "Esse impacto no fluxoaposta de jogos da copacapitais será nulo. Ao contrário do que acontecia nos anos 1980, quando algo no México já fazia com que os investidores saíssem correndo do Brasil, existe hoje essa percepçãoaposta de jogos da copadescolamento da Argentinaaposta de jogos da copaquestãoaposta de jogos da copaconduçãoaposta de jogos da copapolítica macroeconômica", diz Ribeiro, do Insper.

Os entrevistados mostram consenso quando questionados sobre uma possível "ajuda" brasileira aos vizinhos. Há pouca margemaposta de jogos da copamanobra e é pouco provável que isso aconteça.

Ainda na semana passada, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, deixou claro que o país está "preparado" e possui reservas suficientes para não se abalar pela crise na Argentina. Já a presidente Dilma Rousseff deixou claro que após conversar com a colega argentina recebeu garantiasaposta de jogos da copaque os vizinhos resolverão seus problemas sozinhos eaposta de jogos da copaque não recebeu pedidoaposta de jogos da copaauxílio.

Uma possibilidade aventada pelos economistas é a compra da safra excedente dos vizinhos. "Temos que ver se é interessante para nós também, mas se for, deve sim, acho que o Brasil deve auxiliar", diz Virene Matesco.