Ataque no Sinai é golpe no esforço do Egitoaposta esportiva cassinoreconquistar turistas:aposta esportiva cassino
- Author, Hugo Bachega
- Role, Especial para a BBC Brasil
aposta esportiva cassino Em visita ao Brasil, o jornalista Hugo Bachega, colaborador da BBC Brasil no Egito, viu com preocupação o atentado que matou no domingo quatro pessoas que viajavamaposta esportiva cassinoum ônibus na Península do Sinai, no Egito.
Segundo Bachega, que já visitou a cidadeaposta esportiva cassinoDahab, onde ocorreu o ataque, a explosão representa mais um duro golpe contra os esforços das autoridades egípcias para dar novo alento à indústria do turismo no país. Confira seu relato:
"Passaporte, por favor". O pedidoaposta esportiva cassinosoldados era tão comum na minha última viagem a Dahab que eu nem me importavaaposta esportiva cassinoguardá-lo ao ser liberado das sucessivas revistas na longa jornadaaposta esportiva cassinocarro entre o Cairo e o Sinai – foram 11 postosaposta esportiva cassinocontroleaposta esportiva cassinouma viagemaposta esportiva cassinonove horas.
A segurança na península, queaposta esportiva cassinotempos normais já era intensa, havia sido reforçada com a escalada da violência no Egito. Mas,aposta esportiva cassinooutubro, a região sul do Sinai ainda era vista como relativamente tranquila para turistas e era era dada como exemplo pelo governo para atrair estrangeiros a áreas distantes das turbulências.
Mas o otimismo das autoridades parecia não convencer muitos a visitar Dahab. Os hotéis estavam às moscas. Restaurantes, sempre vazios. Alguns deles haviam fechado.
Quando a notíciaaposta esportiva cassinoum ataque a estrangeiros no Sinai chegou até aqui no domingo, procurei uma agenteaposta esportiva cassinoturismo no Cairo cuja rotina nos últimos meses foi mais reclamar da faltaaposta esportiva cassinovisitantes do que preparar-se para recepcioná-los. "Era só o que estava faltando", disse ela,aposta esportiva cassinocerta forma resignada. "Já era esperado, ia acontecer mais cedo ou mais tarde".
Foram quatro mortos – três turistas sul-coreanos e o motorista egípcio. A explosão atingiu o ônibusaposta esportiva cassinoque eles estavam no balneárioaposta esportiva cassinoTaba, na fronteira com Israel, próximo a Dahab. Até esta tarde, nenhum grupo havia assumidoaposta esportiva cassinoautoria.
Este foi o primeiro grande ataque a turistas no Egito desde 2006, quando 23 pessoas morreram na explosãoaposta esportiva cassinouma bombaaposta esportiva cassinoDahab. O setor se recuperou. Mas,aposta esportiva cassino2011, veio a revolução, seguidaaposta esportiva cassinoprotestos, violência e, mais uma vez, turistas deixaramaposta esportiva cassinoviajar para lá.
Cadê os turistas?
O governo egípcio vem se esforçando na propagandaaposta esportiva cassinoque os balneários do Sinai e do Mar Vermelho são seguros para turistas e tem investidoaposta esportiva cassinocampanhas no exterior e num projeto que transmite ao vivo pela internet imagens dos resorts litorâneos, tentando afastá-los das cenasaposta esportiva cassinoviolência comuns ao Cairo e outras cidades.
Países que emitiram alertas desaconselhando viagens ao Egito após o golpeaposta esportiva cassinojulho retiraram restrições a estas duas regiões meses depois, dando um alívio a operadoresaposta esportiva cassinobalneários como Hurghada e Sharm el-Sheikh, que se beneficiamaposta esportiva cassinoaeroportos que possuem voos diretos a cidades europeias, sendo o destino da maioria dos visitantes que viajam ao país.
Outras cidades, no entanto, como as históricas Luxor e Aswan, registraram movimento pertoaposta esportiva cassinozero nos últimos meses. No Cairo, as famosas pirâmidesaposta esportiva cassinoGiza recebem apenas uma fração daqueles que costumavam visitá-las antigamente.
No ano passado, guias do Museu Egípcio me contaram passar dias sem receber turistas. Não é para menos: o museu fica diante da icônica Praça Tahrir, onde protestos e confrontos se tornaram rotina. Hoje, a ruaaposta esportiva cassinofrente ao museu serveaposta esportiva cassinoestacionamento para veículos militares e está fechada por uma cercaaposta esportiva cassinoarame farpado.
Golpeaposta esportiva cassinosetor vital
O ataqueaposta esportiva cassinoTaba marca uma escalada alarmante na violência já que até agora as açõesaposta esportiva cassinomilitantes extremistas eram contra alvos militares.
O turismo é vital para a frágil economia egípcia: emprega milhõesaposta esportiva cassinopessoas e responde a aproximadamenteaposta esportiva cassino10 por cento do Produto Interno Bruto (PIB). Em 2010, melhor ano para o setor, cercaaposta esportiva cassino14,7 milhõesaposta esportiva cassinoestrangeiros visitaram o Egito. No ano passado, foram 9,5 milhões. O Brasil, por exemplo, recebeu cercaaposta esportiva cassino6 milhõesaposta esportiva cassinoturistasaposta esportiva cassino2013.
Na décadaaposta esportiva cassino1990, turistas foram alvoaposta esportiva cassinodiversos ataques realizados por militantes islâmicos. O governo reagiu à violência, e o país voltou a ser considerado seguro para visitantes.
Mas, desde a revolução, turistas voltaram a se preocupar com a violência, que piorou desde a deposição do presidente Mohammed Morsi no ano passado. Ataques passaram a ser frequentes e militantes parecem atuar com liberdade no deserto do Sinai. Mas, até agora, o litoral sul da península parecia imune ao conflito.
Se estrangeiros passarem a ser alvejados, será difícil convencê-losaposta esportiva cassinoque o Egito é realmente uma boa opçãoaposta esportiva cassinoférias.