Ataque no Sinai é golpe no esforço do Egitoaposta esportiva cassinoreconquistar turistas:aposta esportiva cassino

Ataque a ônibusaposta esportiva cassinoturistas no Sinai (AFP)

Crédito, AFP

Legenda da foto, Esse foi o primeiro grande ataque a turistas no país desde 2006
  • Author, Hugo Bachega
  • Role, Especial para a BBC Brasil

aposta esportiva cassino Em visita ao Brasil, o jornalista Hugo Bachega, colaborador da BBC Brasil no Egito, viu com preocupação o atentado que matou no domingo quatro pessoas que viajavamaposta esportiva cassinoum ônibus na Península do Sinai, no Egito.

Segundo Bachega, que já visitou a cidadeaposta esportiva cassinoDahab, onde ocorreu o ataque, a explosão representa mais um duro golpe contra os esforços das autoridades egípcias para dar novo alento à indústria do turismo no país. Confira seu relato:

"Passaporte, por favor". O pedidoaposta esportiva cassinosoldados era tão comum na minha última viagem a Dahab que eu nem me importavaaposta esportiva cassinoguardá-lo ao ser liberado das sucessivas revistas na longa jornadaaposta esportiva cassinocarro entre o Cairo e o Sinai – foram 11 postosaposta esportiva cassinocontroleaposta esportiva cassinouma viagemaposta esportiva cassinonove horas.

A segurança na península, queaposta esportiva cassinotempos normais já era intensa, havia sido reforçada com a escalada da violência no Egito. Mas,aposta esportiva cassinooutubro, a região sul do Sinai ainda era vista como relativamente tranquila para turistas e era era dada como exemplo pelo governo para atrair estrangeiros a áreas distantes das turbulências.

Mas o otimismo das autoridades parecia não convencer muitos a visitar Dahab. Os hotéis estavam às moscas. Restaurantes, sempre vazios. Alguns deles haviam fechado.

Quando a notíciaaposta esportiva cassinoum ataque a estrangeiros no Sinai chegou até aqui no domingo, procurei uma agenteaposta esportiva cassinoturismo no Cairo cuja rotina nos últimos meses foi mais reclamar da faltaaposta esportiva cassinovisitantes do que preparar-se para recepcioná-los. "Era só o que estava faltando", disse ela,aposta esportiva cassinocerta forma resignada. "Já era esperado, ia acontecer mais cedo ou mais tarde".

Foram quatro mortos – três turistas sul-coreanos e o motorista egípcio. A explosão atingiu o ônibusaposta esportiva cassinoque eles estavam no balneárioaposta esportiva cassinoTaba, na fronteira com Israel, próximo a Dahab. Até esta tarde, nenhum grupo havia assumidoaposta esportiva cassinoautoria.

Este foi o primeiro grande ataque a turistas no Egito desde 2006, quando 23 pessoas morreram na explosãoaposta esportiva cassinouma bombaaposta esportiva cassinoDahab. O setor se recuperou. Mas,aposta esportiva cassino2011, veio a revolução, seguidaaposta esportiva cassinoprotestos, violência e, mais uma vez, turistas deixaramaposta esportiva cassinoviajar para lá.

Cadê os turistas?

Ônibus explodiu nas ruas do balneárioaposta esportiva cassinoTaba (AFP)

Crédito, AFP

Legenda da foto, Escaladaaposta esportiva cassinoviolência no país desde 2011 afasta visitantes

O governo egípcio vem se esforçando na propagandaaposta esportiva cassinoque os balneários do Sinai e do Mar Vermelho são seguros para turistas e tem investidoaposta esportiva cassinocampanhas no exterior e num projeto que transmite ao vivo pela internet imagens dos resorts litorâneos, tentando afastá-los das cenasaposta esportiva cassinoviolência comuns ao Cairo e outras cidades.

Países que emitiram alertas desaconselhando viagens ao Egito após o golpeaposta esportiva cassinojulho retiraram restrições a estas duas regiões meses depois, dando um alívio a operadoresaposta esportiva cassinobalneários como Hurghada e Sharm el-Sheikh, que se beneficiamaposta esportiva cassinoaeroportos que possuem voos diretos a cidades europeias, sendo o destino da maioria dos visitantes que viajam ao país.

Outras cidades, no entanto, como as históricas Luxor e Aswan, registraram movimento pertoaposta esportiva cassinozero nos últimos meses. No Cairo, as famosas pirâmidesaposta esportiva cassinoGiza recebem apenas uma fração daqueles que costumavam visitá-las antigamente.

No ano passado, guias do Museu Egípcio me contaram passar dias sem receber turistas. Não é para menos: o museu fica diante da icônica Praça Tahrir, onde protestos e confrontos se tornaram rotina. Hoje, a ruaaposta esportiva cassinofrente ao museu serveaposta esportiva cassinoestacionamento para veículos militares e está fechada por uma cercaaposta esportiva cassinoarame farpado.

Golpeaposta esportiva cassinosetor vital

O ataqueaposta esportiva cassinoTaba marca uma escalada alarmante na violência já que até agora as açõesaposta esportiva cassinomilitantes extremistas eram contra alvos militares.

O turismo é vital para a frágil economia egípcia: emprega milhõesaposta esportiva cassinopessoas e responde a aproximadamenteaposta esportiva cassino10 por cento do Produto Interno Bruto (PIB). Em 2010, melhor ano para o setor, cercaaposta esportiva cassino14,7 milhõesaposta esportiva cassinoestrangeiros visitaram o Egito. No ano passado, foram 9,5 milhões. O Brasil, por exemplo, recebeu cercaaposta esportiva cassino6 milhõesaposta esportiva cassinoturistasaposta esportiva cassino2013.

Na décadaaposta esportiva cassino1990, turistas foram alvoaposta esportiva cassinodiversos ataques realizados por militantes islâmicos. O governo reagiu à violência, e o país voltou a ser considerado seguro para visitantes.

Mas, desde a revolução, turistas voltaram a se preocupar com a violência, que piorou desde a deposição do presidente Mohammed Morsi no ano passado. Ataques passaram a ser frequentes e militantes parecem atuar com liberdade no deserto do Sinai. Mas, até agora, o litoral sul da península parecia imune ao conflito.

Se estrangeiros passarem a ser alvejados, será difícil convencê-losaposta esportiva cassinoque o Egito é realmente uma boa opçãoaposta esportiva cassinoférias.