América Latina vive febref12bet pagaempreendedorismo:f12bet paga
No Brasil, esse investimento representa 1,1% do PIB. Em outros países da região esse volume é ainda menor.
Os latino-americanos simplesmente não inventam muita coisa. Apesarf12bet pagaabrigar 8% da população global, apenas 2,6% dos pedidosf12bet pagaregistrof12bet pagapatente do mundo partiram da região.
Mudançaf12bet pagacultura
Mas tudo isso está começando a mudar.
"Até recentemente, empreendedorismo no Peru era uma questãof12bet pagasobrevivência", conta Gary Urteaga, um empreendedor peruano. "As pessoas começavam seu próprio negócio porque não conseguiam emprego. Então iam vender sanduíches na rua e a lavar carros."
"Mas agora, pela primeira vez, as pessoas estão optando por ser empreendedores."
Urteaga é co-fundador do Cinepapaya.com, uma plataforma para smartphone e tablets que faz a venda onlinef12bet pagaingressos para cinema.
"Começamos há dois anos, com o financiamento do governo peruano para inovação. Não sabíamos nem o que a palavra 'start-up' naquela época. Não sabíamos nada."
E o empresário não está sozinho. Em toda a região, cada vez mais as pessoas estão começando a entrarf12bet pagacontato com termos comuns no Vale do Silício há anos.
Na Colômbia, uma start-up da área médica chamada Keraderm conseguiu financiamento do governo para desenvolver tecnologia ligada a enxertosf12bet pagapele.
Quando um paciente é internado com queimaduras ou ferimentos sérios, a empresa coleta uma pequena mostraf12bet pagasua pele e, após cinco dias, consegue produzir várias camadasf12bet pagaimplantes com as células do paciente. Como é feito a partir da pele da própria pessoa, o riscof12bet pagarejeição é mais baixo.
"Olhar para um país com a Colômbia, que tem vários problemasf12bet pagatermosf12bet pagaviolência e segurança, é ver o quanto mudamos nos últimos 10 anos", diz Jorge Soto, executivo-chefe da Keraderm.
"Agora, os países desenvolvidos vão começar a olhar para nós como uma fontef12bet paganovas ideias e novas empresas."
Controlando bois
No Brasil, Danilo Leão aprendeu sobre empreendedorismo a duras penas. Ele foi criadof12bet pagauma fazenda e, aos 15 anos, cometeu o errof12bet pagavender vacas que estavam prenhes. Após a venda, seu pai lhe explicou que ele poderia ter vendido o animal pelo dobro, já que o bezerro também entraria no negócio.
Dessa maneira, ele começou a notar a faltaf12bet pagainformações confiáveis sobre rebanhos. E, um ano depois, criou o BovControl – uma start-upf12bet pagatecnologia que fornece aos criadores informações online detalhadas sobre as 200 milhõesf12bet pagacabeçasf12bet pagagado no Brasil ef12bet pagaoutras 40 mil cabeças no mundo todo.
A ideia ganhou o interessef12bet pagacriadores, abatedores e empresários não apenas no Brasil, mas também nos Estados Unidos e na África do Sul.
'Ano da inovação'
No Chile, o presidente Sebastián Piñera declarou,f12bet paga2012, que este seria o "ano do empreendedorismo" e que 2013 seria o da inovação.
Seu governou lançou o programa Start-Up Chile, que financia empreendedores do exterior com US$ 40 mil e fornece vistosf12bet pagaum ano para que eles venham para o país desenvolver suas ideias.
Vivek Wadhwa é um consultorf12bet pagatecnologia americano que ajudou o governo chileno com o programa. "Eu cheguei no país há alguns anos para analisar os esforçosf12bet pagadesenvolvimento do governo e o que eu disse a eles foi que, daquela maneira, eles estavam fadados ao fracasso."
"O Chile estava desperdiçando milhõesf12bet pagadólares na tentativaf12bet pagacriar indústriasf12bet pagacima para baixo. E então eu disse que o que eles precisavam eraf12bet pagaempreendedorismo. O Chile precisa ver a si mesmo como outros paísesf12bet pagapopulação pequena, como a Noruega, Israel e Cingapura."
O programa está no seu quarto ano e já financiou cercaf12bet paga1.500 empreendedores, tanto chilenos como estrangeiros, e vem inspirando projetos similares no Brasil, no Peru ef12bet pagaoutras partes do mundo.
Derrubando a burocracia
O governo chileno também adotou outras medidas, como reduzir a burocracia, para incentivar o setor.
Em 2010, um chileno levava uma médiaf12bet paga27 dias para abrir um negócio. Hoje, o processo demora apenas um dia – como acontece no Brasil. De acordo com o Serviço Brasileirof12bet pagaApoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), um microempresário consegue abrir seu negócio no mesmo dia, obtendo seu Cadastro Nacionalf12bet pagaPessoa Jurídica (CNPJ) no Portal do Cidadão. Em alguns setores, claro, é preciso outros documentos, como licenças para o imóvel, claro.
Recentemente, o Chile também a abrigou o LAB 4+, um encontro entre empreendedores e agênciasf12bet pagaquatro governos da região: Colômbia, México, Peru e o próprio Chile. Os quatro países querem, até 2015, aumentar para 1% seus investimentosf12bet pagapesquisa e desenvolvimento.
No entanto, ainda há grandes desafios. Em comparação com a África e a Ásia, pouca gente na América Latina fala inglês – o idioma de facto do empreendedorismo.
E como muitos governos da região sofrem pressão para investirf12bet pagadireitos básicos como saúde e educação,f12bet pagavezf12bet pagacolocar dinheirof12bet pagaprogramas para promover a tecnologia e a inovação. Mas os primeiros passos são promissores.
"Em toda a região, essa cultura vem mudando dramaticamente", diz Soto.