América Latina vive febreflush no pokerempreendedorismo:flush no poker

Participantes da recente conferênciaflush no pokerempreendedores e agênciasflush no pokerquatro países LAB 4+flush no pokerSantiago, Chile

Crédito, Divulg

Legenda da foto, Participantes da recente conferênciaflush no pokerempreendedores e agênciasflush no pokerquatro países LAB 4+flush no pokerSantiago, Chile
  • Author, Gideon Long
  • Role, BBC News, Santiago

flush no poker Por décadas, a maior parte da riqueza gerada nos países da América Latina vinha da exportaçãoflush no pokermatérias-primas.

Petróleo da Venezuela, cobre do Chile, soja da Argentina, banana do Equador, prata do México, carne do Brasil. A vasta região foi premiada com uma fabulosa coleçãoflush no pokercommodities que o mundo quer e precisa.

Mas a América Latina não tem se saído tão bemflush no pokerexportar ideias. Quando se falaflush no pokerempreendedorismo e inovação, a região tem um histórico ruim.

Os países da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) investem,flush no pokermédia, 2,4% do seu PIBflush no pokerpesquisa e desenvolvimento. O Chile e no México – os únicos dois países da região que integram o grupo – esse gasto éflush no poker0,4%.

No Brasil, esse investimento representa 1,1% do PIB. Em outros países da região esse volume é ainda menor.

Os latino-americanos simplesmente não inventam muita coisa. Apesarflush no pokerabrigar 8% da população global, apenas 2,6% dos pedidosflush no pokerregistroflush no pokerpatente do mundo partiram da região.

Mudançaflush no pokercultura

Mas tudo isso está começando a mudar.

"Até recentemente, empreendedorismo no Peru era uma questãoflush no pokersobrevivência", conta Gary Urteaga, um empreendedor peruano. "As pessoas começavam seu próprio negócio porque não conseguiam emprego. Então iam vender sanduíches na rua e a lavar carros."

Jorge Soto
Legenda da foto, O colombiano Jorge Soto recebeu incentivo do governo para desenvolverflush no pokerempresa

"Mas agora, pela primeira vez, as pessoas estão optando por ser empreendedores."

Urteaga é co-fundador do Cinepapaya.com, uma plataforma para smartphone e tablets que faz a venda onlineflush no pokeringressos para cinema.

"Começamos há dois anos, com o financiamento do governo peruano para inovação. Não sabíamos nem o que a palavra 'start-up' naquela época. Não sabíamos nada."

E o empresário não está sozinho. Em toda a região, cada vez mais as pessoas estão começando a entrarflush no pokercontato com termos comuns no Vale do Silício há anos.

Na Colômbia, uma start-up da área médica chamada Keraderm conseguiu financiamento do governo para desenvolver tecnologia ligada a enxertosflush no pokerpele.

Quando um paciente é internado com queimaduras ou ferimentos sérios, a empresa coleta uma pequena mostraflush no pokersua pele e, após cinco dias, consegue produzir várias camadasflush no pokerimplantes com as células do paciente. Como é feito a partir da pele da própria pessoa, o riscoflush no pokerrejeição é mais baixo.

"Olhar para um país com a Colômbia, que tem vários problemasflush no pokertermosflush no pokerviolência e segurança, é ver o quanto mudamos nos últimos 10 anos", diz Jorge Soto, executivo-chefe da Keraderm.

"Agora, os países desenvolvidos vão começar a olhar para nós como uma fonteflush no pokernovas ideias e novas empresas."

Controlando bois

No Brasil, Danilo Leão aprendeu sobre empreendedorismo a duras penas. Ele foi criadoflush no pokeruma fazenda e, aos 15 anos, cometeu o erroflush no pokervender vacas que estavam prenhes. Após a venda, seu pai lhe explicou que ele poderia ter vendido o animal pelo dobro, já que o bezerro também entraria no negócio.

Gado (AFP)

Crédito, AFP

Legenda da foto, Plataforma brasileira que controla gado chamou a atenção dentro e fora do país

Dessa maneira, ele começou a notar a faltaflush no pokerinformações confiáveis sobre rebanhos. E, um ano depois, criou o BovControl – uma start-upflush no pokertecnologia que fornece aos criadores informações online detalhadas sobre as 200 milhõesflush no pokercabeçasflush no pokergado no Brasil eflush no pokeroutras 40 mil cabeças no mundo todo.

A ideia ganhou o interesseflush no pokercriadores, abatedores e empresários não apenas no Brasil, mas também nos Estados Unidos e na África do Sul.

'Ano da inovação'

No Chile, o presidente Sebastián Piñera declarou,flush no poker2012, que este seria o "ano do empreendedorismo" e que 2013 seria o da inovação.

Seu governou lançou o programa Start-Up Chile, que financia empreendedores do exterior com US$ 40 mil e fornece vistosflush no pokerum ano para que eles venham para o país desenvolver suas ideias.

Vivek Wadhwa é um consultorflush no pokertecnologia americano que ajudou o governo chileno com o programa. "Eu cheguei no país há alguns anos para analisar os esforçosflush no pokerdesenvolvimento do governo e o que eu disse a eles foi que, daquela maneira, eles estavam fadados ao fracasso."

"O Chile estava desperdiçando milhõesflush no pokerdólares na tentativaflush no pokercriar indústriasflush no pokercima para baixo. E então eu disse que o que eles precisavam eraflush no pokerempreendedorismo. O Chile precisa ver a si mesmo como outros paísesflush no pokerpopulação pequena, como a Noruega, Israel e Cingapura."

O programa está no seu quarto ano e já financiou cercaflush no poker1.500 empreendedores, tanto chilenos como estrangeiros, e vem inspirando projetos similares no Brasil, no Peru eflush no pokeroutras partes do mundo.

Derrubando a burocracia

O governo chileno também adotou outras medidas, como reduzir a burocracia, para incentivar o setor.

Em 2010, um chileno levava uma médiaflush no poker27 dias para abrir um negócio. Hoje, o processo demora apenas um dia – como acontece no Brasil. De acordo com o Serviço Brasileiroflush no pokerApoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), um microempresário consegue abrir seu negócio no mesmo dia, obtendo seu Cadastro Nacionalflush no pokerPessoa Jurídica (CNPJ) no Portal do Cidadão. Em alguns setores, claro, é preciso outros documentos, como licenças para o imóvel, claro.

Recentemente, o Chile também a abrigou o LAB 4+, um encontro entre empreendedores e agênciasflush no pokerquatro governos da região: Colômbia, México, Peru e o próprio Chile. Os quatro países querem, até 2015, aumentar para 1% seus investimentosflush no pokerpesquisa e desenvolvimento.

No entanto, ainda há grandes desafios. Em comparação com a África e a Ásia, pouca gente na América Latina fala inglês – o idioma de facto do empreendedorismo.

E como muitos governos da região sofrem pressão para investirflush no pokerdireitos básicos como saúde e educação,flush no pokervezflush no pokercolocar dinheiroflush no pokerprogramas para promover a tecnologia e a inovação. Mas os primeiros passos são promissores.

"Em toda a região, essa cultura vem mudando dramaticamente", diz Soto.