Por que eu apoio os Black Blocs:spin cassino
spin cassino Acusadosspin cassino"sequestrar" os protestos dos professores no Riospin cassinoJaneiro na noitespin cassinosegunda-feira, os Black Blocs, como são conhecidos os manifestantes que usam roupas e máscaras pretas e costumam empregar táticas polêmicas, têm dividido a opinião pública no Brasil.
Os críticos descrevem os membros e simpatizantes do grupo como vândalos e baderneiros que depredam o patrimônio público e privado, incluindo ataques contra agências bancárias e prédios do governo – como a tentativaspin cassinoincêndio na sede da Câmara Municipalspin cassinoVereadores do Rio.
De acordo com as autoridades locais, além dos ataques à Câmara, pelo menos nove agências bancárias foram depredadas, um ônibus foi incendiado e outros dez também foram atingidos. Prédios foram pichados, e outros estabelecimentos comerciais também foram danificados, incluindo o Consuladospin cassinoAngola.
Mas há também os que defendem o resultado das ações do grupo, argumentando que, embora discutíveis, elas aumentam a pressão sobre as autoridades e chamam a atenção do país e do mundo justamente para as manifestações que são acusadosspin cassino"sequestrar".
Formadospin cassinoRádio e TV, o produtorspin cassinovídeo e ativista Rafael Puetter,spin cassino27 anos, é um dos cariocas que saemspin cassinodefesa do grupo, embora ressalte que, apesarspin cassinoapoiar os Black Blocs, não recorre à violência quando sai às ruas do Rio.
Para Puetter, é vísivel que o númerospin cassinomanifestantes que aderiram às táticas do grupo vem crescendo nos últimos meses. Leia abaixo o depoimento ao repórter da BBC Brasil Jefferson Puffspin cassinoque Rafael diz por que apoia os Black Blocs.
"Os Black Blocs no Riospin cassinoJaneiro são diferentesspin cassinoqualquer outro lugar do mundo, e colocamspin cassinoprática ações diferentes. Há universitários, mas há também pessoas sem-teto e muitos pobres.
Há muitos ali que não têm nada a perder e nem têm noções políticas sobre o que está acontecendo, mas agora todos estãospin cassinocontato, e há uma interação e uma politização crescente.
Na Câmara dos Vereadores, na segunda-feira, já havia manifestantes dentro do prédio quando os Black Blocs chegaram. Elas pediram para que eles não começassem a depredar, já que a intenção era ocupar. Os Black Blocs nem sabiam que já havia gente ali dentro.
Em um dado momento alguém da ocupação disse 'olha, tem biscoito aqui, podem pegar', e muitos deles ficaram tão empolgados que chegaram a tirar os capuzes para comer, até na frente da polícia. Isso me chamou muito a atenção. Eram pessoas muito jovens e muito simples.
Eu acho que aqueles que não tinham o posicionamento políticospin cassinoum Black Bloc estão agora entrandospin cassinocontato com outros que são bastante ativos politicamente, adquirindo mais conhecimento.
Há também pessoas mais velhas, mas com certeza a grande maioria é jovem.
É perceptível que eles são um grupo muito maior agora do que há quatro meses, quando começaram os protestos no país. No mínimo dez vezes maior.
Eu, pessoalmente, não uso as táticas dos Black Blocs, embora compartilhe basicamente as mesmas ideias. Eu respeito muito o grupo e tenho amigos pessoais que fazem parte e usam as estratégias deles.
Eu não quebraria nada, e nem atiraria pedras contra a polícia, mas acho que é uma ferramenta muito importantespin cassinoresistência que acaba trazendo atenção para uma discussão que neste momento é muito maior do que vidraças quebradas.
Se os protestos estão se tornando mais violentos? Eu acho que eles têm sido violentos desde o início, especialmente levandospin cassinoconta a ação da Polícia Militar.
Para mim, é difícil dizer para onde os protestos estão indo, mas olhando para o presente, é fácil ver que as pessoas não vão desistir. Quem vai para a rua não está desistindo, mesmo diante da violência da polícia.
O que vem por aí? Espero que coisas boas, mas a verdade é que as pessoas estão querendo mudanças, e as pessoas estão prontas para resistir e fazer essas mudanças acontecerem.
Eu acho que a relação das pessoas com os Black Blocs mudou muito nas ruas do Riospin cassinoJaneiro, especialmente depois da semana passada, quando os professores foram 'massacrados' pela polícia.
Os próprios professores têm agora defendido os Black Blocs, dizendo que eles ajudaram.
É importante ver também que eles são acusadosspin cassinoatosspin cassino'vandalismo', mas as ações dos Black Blocs são sempre contra o patrimônio público ou privado, ou seja, prédios, e já a Polícia Militar ataca indivíduos, pessoas. É muito clara essa disparidade.
Eu vejo que, quando os Black Blocs agem como resistência contra esse massacre da população, acabam ganhando apoio.
Em junho, havia mais gritosspin cassino'sem violência, sem vandalismo'. Na segunda-feira, a população aplaudiu quando eles chegaram."