Rússia apresenta plano e reforça protagonismo na Síria:ninja crash bet7k

O presidente da Rússia, Vladimir Putin (AFP)
  • Author, Steven Rosenberg
  • Role, Da BBC Newsninja crash bet7kMoscou

ninja crash bet7k O presidente da Rússia, Vladimir Putin, costuma ser acusadoninja crash bet7ksabotar os esforços da diplomacia internacional.

Mas, se a iniciativa da Rússianinja crash bet7krelação à Síria for bem-sucedida, essa poderia ser uma grande vitória para o líder do Kremlin.

Nesta quarta-feira, o governo russo apresentou aos Estados Unidos o plano que prevê que o arsenalninja crash bet7karmas químicas da Síria seja transferido ao controle internacional.

Embaixadores dos cinco membros permanentes do Conselhoninja crash bet7kSegurança da ONU (além dos Estados Unidos e da Rússia, França, Grã-Bretanha e China) se reuniriam no mesmo dia para discutir a proposta.

Conseguir evitar uma ação militar dos Estados Unidos contra umninja crash bet7kseus aliados-chave no Oriente Médio e,ninja crash bet7kquebra, neutralizar o perigo representado pelas armas químicas do presidente sírio, Bashar al-Assad: esse seria um triunfo incrível para Moscou.

De acordo com diversos jornais russos desta quarta-feira, a iniciativa também evitaria que o presidente americano, Barack Obama, vivesse uma situação constrangedora, tornando desnecessária uma ação militar que não agrada a maioria dos americanos.

No tocante à Síria, a Rússia parece ter se mantido um passo à frente dos Estados Unidos.

Enquanto os Estados Unidos vêm sendo acusadosninja crash bet7kindefinição e idas e vindas,ninja crash bet7kdesenhar "linhas vermelhas" eninja crash bet7kreagir com lentidão a elas, o presidente Putin tem se mostrado sólido e inabalável como os muros do Kremlin: consistentemente se opondo a um ataque americano.

E não é só. A Rússia acredita queninja crash bet7kmensagem foi transmitida, eninja crash bet7kposição firme ajudou a diluir o apoio internacional a uma ação militar dos Estados Unidos.

Na semana que vem, a ONU, a União Europeia e o Vaticano expressaram seu apoio a uma solução pacífica.

Até se a iniciativa russa no final for abandonadaninja crash bet7kmeio à paralisia e a discussãoninja crash bet7kdetalhes sem importância dentro do Conselhoninja crash bet7kSegurança da ONU, Moscou ainda pode argumentar que pelo menos tentou uma solução pacífica.

O problema nos detalhes

Mas qual é a chanceninja crash bet7kque a iniciativa seja bem-sucedida?

Não será fácil. Os russos podem ter preparado uma proposta – eles podem até mesmo ter convencido Damasco a aceitá-la. Mas, ainda assim, não há um plano concreto. Não ainda, pelo menos.

A Rússia precisa apresentar detalhesninja crash bet7kcomo acredita que funcionaria o processoninja crash bet7kdesarmamento da Síria no meioninja crash bet7ksua guerra civil; como o arsenal sírio seria verificado; onde as armas seriam guardadas e qual seria o cronograma para que tudo isso ocorresse.

Além disso, há sinaisninja crash bet7kdiscordâncias entre russos e sírios sobre se as armas químicas devem ou não ser destruídas. A expectativa éninja crash bet7kque a Síria acabe cedendo e permita a eliminaçãoninja crash bet7kseu arsenal químico diante da provável argumentação da Rússianinja crash bet7kque essa é a única maneiraninja crash bet7kconseguir um apoio amplo à proposta.

Em um encontro nesta quinta-feiraninja crash bet7kGenebra, o secretárioninja crash bet7kEstado americano, John Kerry, espera que o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, forneça mais detalhes.

O maior problemaninja crash bet7kpotencial é a ameaçaninja crash bet7kuso da força.

Putin disse que a iniciativaninja crash bet7kMoscou pode funcionar apenas se os Estados Unidos e seus aliados descartarem uma ação militar contra Damasco. Mas Obama deixou claro que acredita que apenas a ameaça do uso da força tornou uma solução diplomática possível.

No Conselhoninja crash bet7kSegurança, é difícil imaginar os Estados Unidos, a França e o Reino Unido concordando com uma resolução não-vinculante que não contenha uma ameaçaninja crash bet7ksérias consequências contra Assad caso ele não cumpra o plano estipulado.

Mas, mesmo que um consenso e uma solução diplomática sejam alcançados, isso não vai levar ao fim da violência no país árabe.

De acordo com a edição desta quarta-feira do diário russo Vedomosti, a proposta russa "se refere apenas a armas químicas e à 'linha vermelha'ninja crash bet7kObama, não ao conflito na Síria como um todo, que irá continuar".