Conflito na Síria não assusta brasileiros no Líbano:apostas esportivas renata fan

Manifestante libanesa pró-Assadapostas esportivas renata fanBeirute | Foto: AP
Legenda da foto, Apoio a regimeapostas esportivas renata fanAssad divide facções políticas e religiosas no Líbano
  • Author, Tariq Saleh
  • Role, De Beirute, Líbano, para a BBC Brasil

apostas esportivas renata fan A tensão no Líbano com um possível ataque militar dos Estados Unidos contra a Síria já afeta a população local e estrangeira.

Mas os brasileiros que moram no país árabe ouvidos pela BBC Brasil veem poucas razões para temer uma possível escalada no conflito ou eventualmente deixar o país.

Morando há sete anos no Líbano, o comerciante Nagib Barakat,apostas esportivas renata fan44 anos, disse que não sairia do país nem no casoapostas esportivas renata fanuma retaliação,apostas esportivas renata fansolo libanês,apostas esportivas renata fangrupos aliados do presidente sírio Bashar al-Assad após uma eventual ação militar americana.

"Daqui eu não saio. Me sinto mais seguro aqui do que no Brasil, onde pessoas morrem todos os dias como consequênciaapostas esportivas renata fanassaltos e violência urbana no geral", disse Barakat, naturalapostas esportivas renata fanSão Paulo.

Os Estados Unidos consideram lançar uma ação militar contra o regimeapostas esportivas renata fanAssad, que o governo americano acusaapostas esportivas renata fancometer crimesapostas esportivas renata fanguerra durante o conflito na Síria.

O presidente sírio, Bashar al-Assad, nega ter usado armas químicas durante ataques a grupos opositoresapostas esportivas renata fanseu país.

A possibilidadeapostas esportivas renata fanenfrentamentos entre facções a favor e contra Assad tem dado o tom da mídia libanesa, que destaca constantemente o medo da populaçãoapostas esportivas renata fanque a guerra na Síria cruze as fronteiras.

Além disso, os libaneses temem que o grupo militante extremista libanês Hezbollah, aliado do regime sírio, possa lançar foguetes contra Israel, que reagiria lançando ataques militares contra o país.

Por conta disso, algumas embaixadas, como a americana e a francesa, já retiraram seus funcionários não-essenciais e aconselharam seus cidadãos a deixarem ou evitarem viagens ao Líbano. O Consulado-geral do Brasilapostas esportivas renata fanBeirute preparou um planoapostas esportivas renata fanevacuaçãoapostas esportivas renata fanemergência, caso a situaçãoapostas esportivas renata fansegurança se deteriore.

Adnan Jaroush | Foto: Arquivo pessoal
Legenda da foto, Brasileiro diz que moradores do país 'não tem mais o que temer'

Moradorapostas esportivas renata fanSultan Yakoub, no Vale do Bekaa, e próximo da fronteira com a Síria, Barakat lembra que,apostas esportivas renata fan2006, quando muitos brasileiros foram evacuados durante o conflito entre Israel e o Hezbollah, ele não saiu do país.

"Na época eu mandei meus três filhos e esposa para o Brasil pela evacuação do consulado. E agora, novamente, só mandaria minha família embora. Eu ficarei", afirmou.

A cidadeapostas esportivas renata fanSultan Yakoub possui cercaapostas esportivas renata fan90%apostas esportivas renata fansua população formada por brasileiros descendentesapostas esportivas renata fanlibaneses. A região é forte redutoapostas esportivas renata fanbrasileiros no Líbano e abrigaria a maior comunidade no país.

Acostumados

Naturalapostas esportivas renata fanGuarulhos (SP), e também moradorapostas esportivas renata fanSultan Yakoub, o fazendeiro Adnan Jaroush,apostas esportivas renata fan48 anos, contou que a maioria da população da cidade não dá sinaisapostas esportivas renata fanque pretende deixar o Líbano, mesmo se a situaçãoapostas esportivas renata fansegurança no país se deteriorar.

"Já estamos acostumados a guerras. Muitos aqui viveram os anosapostas esportivas renata fanguerra civil, guerra com Israel e outros conflitos. Não temos mais o que temer", disse.

No entanto, ele revelou que os quatro filhos sempre comentam que preferiam ir ao Brasil e que a proximidade geográfica com a Síria preocupa alguns brasileiros na cidade.

"Em um caso extremo, ninguém arriscaria a vidaapostas esportivas renata fansua família. Eu não sou diferente. Se eles não se sentirem confortáveis, mando eles para o Brasil."

Lívia Tawil | Foto: Arquivo pessoal
Legenda da foto, Lívia Tawil tem passaportes preparados por precaução, mas não quer deixar o país

Sobre a possibilidadeapostas esportivas renata fanum ataque americano contra a Síria, Jaroush explicou que a maioria dos brasileiros é contra porque temem que o conflito só aumentaria e afetaria ainda mais sírios e libaneses. "Não queremos mais destruição. Nós já vivemos guerras demais nesta região."

O conflitoapostas esportivas renata fandois anos e meio na Síria já deixou maisapostas esportivas renata fan100 mil mortos, segundo as Nações Unidas (ONU), e cercaapostas esportivas renata fan2 milhõesapostas esportivas renata fanrefugiados. No Líbano, os refugiados já estãoapostas esportivas renata fantornoapostas esportivas renata fan1 milhãoapostas esportivas renata fanum país cuja população é pouco maisapostas esportivas renata fan4 milhões.

Mais tranquila

Enquanto regiões do Líbano vivem maior tensão e medo por estarem próximas da Síria, alguns brasileiros se mostram menos apreensivos.

Lívia Tawil,apostas esportivas renata fan49 anos,apostas esportivas renata fanSalvador, disse que um grupoapostas esportivas renata fan60 amigos brasileiros já foram avisados por telefone pelo consulado para que deixem seus passaporte e outros documentos prontos para o casoapostas esportivas renata fanuma saída emergencial do país.

"Mas muitosapostas esportivas renata fannós não tememos uma repercussão muito grande nas nossas áreas. Poucos mostram vontadeapostas esportivas renata fansair do Líbano", falou ela, que mora há 16 anos no país e tem dois filhos.

Para Tawil, a violência deve ocorrer entre as comunidades muçulmanas sunitas e xiitas porque "estão envolvidos na Síria". "Os cristãos não tem nada com os problemas na Síria e ninguém acredita que teremos violênciaapostas esportivas renata fannossas áreas", disse.

"Claro que se a violência chegar até a gente, saio pelos filhos. Os passaportes estãoapostas esportivas renata fandia, por precaução."

Lisiane Haddad | Foto: Arquivo pessoal
Legenda da foto, Chef brasileira afirma que libaneses 'já passaram por coisas piores'

O conflito civil na Síria dividiu as facções e forças políticas libanesas, já que os xiitas ligados ao Hezbollah vêm dando apoio político e enviado soldados à Síria para lutar contra os rebeldes ao ladoapostas esportivas renata fantropas do governo.

Já a maioria dos sunitas se posiciona a favor dos rebeldes sírios e há relatosapostas esportivas renata fanque jovens libaneses se juntaram às fileiras do Exército Livre Sírio (ELS) para derrubar o governoapostas esportivas renata fanAssad.

As diferenças internas levaram a uma forte polarização política no Líbano e a episódiosapostas esportivas renata fanviolência, especialmenteapostas esportivas renata fanTrípoli, segunda maior cidade do país, entre a maioria sunita e uma minoria alauita (mesmo grupoapostas esportivas renata fanAssad).

Outra brasileira, Lisiane Haddad,apostas esportivas renata fan34 anos, naturalapostas esportivas renata fanPorto Alegre, disse que já se acostumou aos cenáriosapostas esportivas renata fanguerra e a política no país.

"Em 2006, não saí e agora também não pensoapostas esportivas renata fansair. Não me sinto ameaçada com mais violência aqui", disse Haddad, que é chefapostas esportivas renata fancozinhaapostas esportivas renata fanseu restaurante na região metropolitana da capital Beirute, onde mora há 16 anos.

De acordo com ela, os moradoresapostas esportivas renata fanseu bairro não demonstram sinaisapostas esportivas renata fanmedo como pessoasapostas esportivas renata fanoutras áreas mais tensas do país.

"As pessoas se acostumaram a sempre haver problemas no país. Poucos deixariam suas vidas aqui, já passamos por coisas piores", disse ela.

Atualmente, segundo dados do Itamaraty, a comunidade brasileira no Líbano chega a cercaapostas esportivas renata fan10 mil cidadãos.