Rússia descarta proposta que ameace uso da força contra a Síria:bwin login

Rebeldebwin loginAleppo (Reuters)
Legenda da foto, Uma ofensiva intercional contra a Síria poderia ser evitada se país entregar armas químicas

bwin login O president russo, Vladimir Putin, descartou nesta terça-feira qualquer proposta para lidar com a guerra na Síria que inclua a possibilidadebwin loginse usar a força contra o regimebwin loginBashar al-Assad.

A declaração foi feita após a França anunciar que estava preparando uma propostabwin loginresolução a ser apresentada ao Conselhobwin loginSegurança da ONU para colocar as armas químicas da Síria sob controle internacional, com o objetivobwin logindestruí-las.

A proposta francesa é incluir na resolução uma ameaçabwin loginconsequências "extremamente graves" caso a Síria não cumpra as condições estipuladas para entregar o seu arsenal químico.

Grã-Bretanha e Estados Unidos se juntaram à França para trabalharbwin loginuma proposta conjunta, na qual seriam estabelecidos prazos e retaliações caso a Síria não cumpra suas promessas, mas uma reunião do Conselhobwin loginSegurança que iria discutir a possível resolução foi adiada a pedido da Rússia.

De acordo com um comunicado da chancelaria russa, o Ministro das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, "deixou claro que a proposta francesabwin loginbuscar uma aprovação no Conselhobwin loginSegurança da ONU para uma resolução que responsabilizasse o governo sírio pelo suposto usobwin loginarmas químicas era inaceitável”.

Na segunda-feira, a Rússia havia sugerido que o governo sírio entregasse suas armas químicas à comunidade internacional. A Síria disse que aceitaria a proposta.

Convenção

De acordo com a agênciabwin loginnotícias russa Interfax,bwin loginvisita a Moscou, o chanceler sírio, Walid Muallem, afirmou que Damasco está pronto para adotar a Convençãobwin loginArmas Químicas, que proíbe tanto a produção como o uso desse tipobwin loginarmamento.

O chanceler francês Laurent Fabius
Legenda da foto, Chanceler francês diz que texto da ONU deve incluir ameaçabwin loginataque na Síria

"Nós gostaríamosbwin loginfazer parte da Convençãobwin loginArmas Químicas. Estamos prontos para honrar nossos compromissos sob essa convenção, inclusive fornecendo informações sobre essas armas”, disse Muallem pouco antesbwin loginvoltarbwin loginMoscou.

Ele também teria dito que seu país está disposto a mostrar as instalações militares para representantes da ONU, da Rússia ebwin loginoutros países.

Mas o secretáriobwin loginEstado americano, John Kerry, já disse que a Síria precisa ir além, e que qualquer acordo tem que ser sacramentado por uma resolução vinculante da ONU que estabeleça claramente as consequências à Síria caso ela não cumpra suas promessas.

Kerry deve ter um encontro com Lavrov na quinta-feira na Suíça.

Os Estados Unidos acusam as forças do governo síriobwin loginpromover um ataque químico nos arredoresbwin loginDamascobwin login21bwin loginagosto, matando 1.429 pessoas.

Já o governo sírio responsabiliza os rebeldes pelo ataque,bwin loginmais uma tentativabwin loginderrubar Assad,bwin loginum conflito que já deixou 100 mil mortos, segundo a ONU.

Destino das armas

Fontes do governo britânico disseram à BBC que o texto exato sobre a proposta conjuntabwin loginresolução ainda não foi aprovado.

De acordo com o jornalista da BBC Nick Robinson, diplomatas dos três países estão discutindo questões como quais armas deverão ser removidas da Síria, para aonde elas seriam levadas, quais as datas previstas, e quem deveria supervisionar essa operação.

Inspetores da ONU (Reuters)
Legenda da foto, Síria diz que pode autorizar que inspetores da ONU verifiquem suas instalações militares

Mais cedo, o premiê britânico, David Cameron, disse que a ONU deveria garantir que a proposta feita pela Rússia não era uma armação.

"Precisamos um calendário claro,bwin loginprocessos e consequências para o casobwin loginisso não acontecer”, disse Cameron.

A França também afirmou que quer evitar um plano que possa ser usado apenas como uma manobra protelatória pela Síria.

Discussões

Outro ponto que está sendo discutido na ONU é se a resolução usaria o Capítulo 6 ou 7 da Carta da ONU.

Obwin loginnúmero 7 prevê possíveis ações militares para restaurar a paz, enquanto o 6 estipula apenas métodos pacíficos.

A correspondente da BBCbwin loginassuntos diplomáticos, Bridget Kendall, afirma que pode levar dias ou até semanasbwin logindiscussões no Conselhobwin loginSegurança.

A questão, segundo ela, é se os países conseguirão formular uma proposta que agrade a todos os membros.

O presidente americano, Barack Obama, pediu ao Congresso nessa terça-feira que adiassebwin loginvotação para autorizar ou não o ataque contra a Síria. Isso, segundo o líder americano, daria mais tempo à Rússia para convencer os sírios a entregarem suas armas químicas.

A repórter da BBCbwin loginWashington Jane Hill diz que Obama deve realizar reuniões com lideranças do Senado americano nesta terça-feira, antesbwin loginfazer um pronunciamento à nação sobre o possível ataque à Siria, à noite.

"O que ele (Obama) quer é checar a seriedade da disposição tanto da Rússia como da Síria para acabar com o arsenal químico sírio", disse o senador Carl Levin.

O Senado americano começou a debater na segunda-feira um possível ataque contra a Síria, como solicitou Obamabwin login31bwin loginagosto.