Redes sociais mudam a dinâmica da busca por empregos:aposta ganha glassdoor

Foto: Reuters
Legenda da foto, Redes sociais trazem mudanças tanto para empregadores quanto para candidatosaposta ganha glassdoorpotencial
  • Author, Paula Adamo Idoeta
  • Role, Da BBC Brasilaposta ganha glassdoorSão Paulo

aposta ganha glassdoor O paulista Marcus Aurélio Kouyomdjian trabalhavaaposta ganha glassdooruma concessionáriaaposta ganha glassdoorveículos quando seu perfil profissional, postado na rede social LinkedIn, chamou a atençãoaposta ganha glassdooruma grande lojaaposta ganha glassdoorprodutos veterinários.

Ele não estava procurando emprego na época, "mas quando veio o convite para o processo seletivo, pensei: Vou ver o que acontece", conta à BBC Brasil.

Marcus Aurélio acabou aceitando o novo emprego. E recomendou a seu filho mais velho, Pedro, que também levasse seu currículo às redes sociais. Pedro, um engenheiroaposta ganha glassdoor25 anos, tampouco pensavaaposta ganha glassdoormudaraposta ganha glassdooremprego, mas recebeu uma proposta interessante e acabou aceitando uma vaga como coordenadoraposta ganha glassdoorobras.

As redes sociais estão trazendo mudanças às dinâmicasaposta ganha glassdoorbuscaaposta ganha glassdoorempregos, tanto para profissionais como os Kouyomdjian quanto para empregadoras, apontam especialistas ouvidos pela BBC Brasil.

Para começar, o contato entre Marcus Aurélio e Pedro e as empresas que os contrataram só ocorreu graças às redes sociais. Nos EUA, esse fenômeno foi batizadoaposta ganha glassdoor"procurar emprego passivamente" ("passive job seeking") - ou seja, alguém que não estava ativamente atrásaposta ganha glassdoorum novo trabalho pode acabar aceitando uma oferta atraente que tenha a ver com seu perfil e seus interesses.

"As redes sociais quebraram paradigmas (no processo)aposta ganha glassdoorcontratações", diz à BBC Brasil Milton Beck, diretoraposta ganha glassdoorsoluçõesaposta ganha glassdoortalento da rede social profissional LinkedIn, que tem 13 milhõesaposta ganha glassdoorusuários no Brasil e 238 milhões no mundo. A rede usa algoritmos para cruzar pré-requisitosaposta ganha glassdoorvagas disponíveis como perfil dos profissionais cadastrados,aposta ganha glassdooracordo comaposta ganha glassdoorexperiência e características postadas online.

Segundo Beck, 70% dos usuários não estão no LinkedInaposta ganha glassdoorbuscaaposta ganha glassdoorempregos, mas sim para manter-se visíveis, fazer contatos e participaraposta ganha glassdoorgruposaposta ganha glassdoorinteresse.

"Eles já estão empregados, mas se surgir uma oportunidadeaposta ganha glassdoorcrescimento profissional, estão abertos a conversas. Antes das redes sociais, essas pessoas não estavam acessíveisaposta ganha glassdoorgrande escala para as empresas que buscam contratá-los."

Rapidez e padronização

Outra mudança, diz Marcelo Miguel Raffaelli Filho, diretor da consultoria Great Place to Work, é que "a informaçãoaposta ganha glassdoorvagas disponíveis eaposta ganha glassdoorcandidatos interessados fica mais rápida": torna-se possível filtrar candidatos por formação acadêmica ou cidade onde mora, por exemplo.

Milton Beck, do LinkedIn
Legenda da foto, Beck explica que o LinkedIn usa algoritmos para aproximar candidatos das vagas adequadas ao seu perfil

"A padronização dos currículos também facilita a comparação dos candidatos; e temos mais qualidade e quantidadeaposta ganha glassdoorinformações disponíveis sobre eles, como cursos, conquistas profissionais e habilidades que muitas vezes não estão no CV impresso. É uma viaaposta ganha glassdoormão dupla: o candidato passa a ter (acesso) a mais conteúdo sobre as empresas", agrega Raffaelli.

E não é só no LinkedIn. Algumas empresas e recrutadoras buscam informações dos candidatosaposta ganha glassdooroutras redes, como Facebook, Google+ e Twitter, ou criam páginasaposta ganha glassdoorcarreiras no Facebook como um pontoaposta ganha glassdoorcontato com potenciais novos funcionários.

Um levantamentoaposta ganha glassdoorabril do grupo Society for Human Resource Management, nos EUA, mostrou que 77% das empresas pesquisadas relataram usar cada vez mais as redes sociais para recrutar funcionários.

Dicas

Como, então, aproveitar o potencial da rede para melhoraraposta ganha glassdoorexposição e seus contatos profissionais? Veja o que sugerem especialistas consultados pela BBC Brasil:

aposta ganha glassdoor Manter o perfil atualizado e com o máximoaposta ganha glassdoorinformações relevantes. "É bom ser detalhado - isso ajuda headhunters a identificar bons candidatosaposta ganha glassdoorpotencial", diz Giuliana Tranquilini Hadade, da empresaaposta ganha glassdoorrecrutamento GNext.

No caso do LinkedIn, "quanto mais detalhado o perfil, melhor será entendido pelos algoritmos, que poderão fazer o melhor cruzamento entre o perfil e as vagas adequadas", diz Beck. "E o perfil não é apenas um currículo: permite detalhar resultados obtidosaposta ganha glassdoortrabalhos anteriores, anexar vídeos, apresentações ou palestras feitos pelo profissional e mesmo gruposaposta ganha glassdoorinteresse e causas que ele defende."

Beck também sugere ilustrar o perfil com uma foto -aposta ganha glassdoorar profissional, é claro. "A foto torna as pessoas mais tangíveis, o que aumentaaposta ganha glassdoorpossibilidadeaposta ganha glassdoorse conectar com outras."

aposta ganha glassdoor Limite seus contatos a quem te interessa. Para Beck, não adianta usar redes profissionais para seguir um grande númeroaposta ganha glassdoorpessoas e empresas indiscriminadamente. "Siga empresas e grupos que te interessam e pessoas que você conhece. Caso contrário, vai se desviar (de seus objetivos)", diz.

Segundo Raffaelli, da Great Place to Work, isso significa também se relacionar com empresas que você admira e com as quais se identifica - essa aproximação pode,aposta ganha glassdooralgum momento, se converteraposta ganha glassdooroportunidades profissionais.

aposta ganha glassdoor Prepare-se para a entrevista. Para Hadade, as redes sociais não substituem o contato cara a cara. "A rede social é um filtro inicial. Mas a entrevista permite conhecer o candidato e seus valores", diz ela.

Marcus Aurélio e Pedro Kouyomdjian
Legenda da foto, Pai e filho, Marcus e Pedro conseguiram empregos pelas redes sociais

aposta ganha glassdoor Bom senso, sempre. Muitas empresasaposta ganha glassdoorRH dizem que se limitam às redes sociais profissionais e ficam longeaposta ganha glassdoorredesaposta ganha glassdoorcaráter mais pessoal, como o Facebook, quando o assunto é avaliar seus candidatos. "Respeitamos a privacidade dos candidatos", diz Raffaelli, da Great Place to Work. Outras usam Facebook e Twitter para conhecer melhor as pessoas que querem recrutar.

Seja como for, é importante lembrar que o que postamos online pode ser acessado por empregadoresaposta ganha glassdoorpotencial, diz Hadade. "Hoje, o que colocamos na internet é como uma tatuagem, que nos acompanha pela vida. É bom ser verdadeiro e transparente, mas também ter bom senso quanto a o que pode te prejudicar profissionalmente."

Indicações

Claro que a rede não traz só vantagens: muitos podem receber abordagens inconvenientes ou ofertasaposta ganha glassdoorvagas que não têm a ver com seus rumos profissionais. E, mesmo antes das redes sociais, já proliferavam sitesaposta ganha glassdoorempregos e RH.

E, ainda que a internet seja cada vez mais usada para recrutamento, para o engenheiro Pedro Kouyomdjian, "ainda não tem nada igual às indicações pessoais".

"Mas as redes sociais são boas para você se manter no mercado. Quando precisar, alguém pode ter ouvido falaraposta ganha glassdoorvocê e visto seu perfil online."

Seu pai, Marcus Aurélio, já trocou o emprego que conseguiu pelas redes sociais por outro,aposta ganha glassdoorconsultoraposta ganha glassdoorvendas corporativasaposta ganha glassdoorveículos, obtido graças àaposta ganha glassdoorrede pessoalaposta ganha glassdoorcontatos. Ele acha que a web é muito boa para fazer "networking" e torná-lo mais visível no mundo corporativo. "Mas não dá para depender só dela."