Sob holofotes, Mídia Ninja quer ampliar alcance:como apostar no betboo
A "teia" reúne gruposcomo apostar no betbooprodução cultural e comunicaçãocomo apostar no betbootodo o país, ligados ao Fora do Eixo ─ uma redecomo apostar no betboocoletivos criadacomo apostar no betboo2005 para organizar festivaiscomo apostar no betboomúsica independentes. "Através do Fora do Eixo já estamoscomo apostar no betbootodos os Estados, mas são pessoas com múltiplas funções, que são ativistas, produtores e que podem fazer a funçãocomo apostar no betbooninjas", explica.
Atualmente, maiscomo apostar no betboo20 pessoas se dedicam exclusivamente à produçãocomo apostar no betbooconteúdo para a Mídia Ninja nas equipescomo apostar no betbooSão Paulo, Rio, Belo Horizonte, Fortaleza, Porto Alegre e Salvador.
"Um número um pouco maiorcomo apostar no betboopessoas nos dá apoio, inclusive offline (não apenas nas transmissões na internet). Depois temos ainda centenascomo apostar no betboopessoas que são colaboradoras eventuais, mandam uma foto, um parágrafo. É algo que nem dá pra contar, vemcomo apostar no betboofluxo. E agora (depois do início das manifestações) temos maiscomo apostar no betboo1.500 pessoas inscritas para trabalhar para o Mídia Ninja, que ainda não organizamos e não sabemos como vamos organizar", diz.
Fama
A procura por fazer parte da Mídia Ninja deu um salto após o início dos protestoscomo apostar no betbootodo o país. Usando smartphones, laptops e acesso 3G, os colaboradores do grupo atualizavamcomo apostar no betboopágina oficial no Facebook e transmitiam as manifestações ao vivo.
Em São Paulo, atingiram a marcacomo apostar no betboocercacomo apostar no betboo100 mil espectadores ao transmitirem com detalhes os confrontos entre a Tropacomo apostar no betbooChoque e os manifestantes na noitecomo apostar no betboo18como apostar no betboojunho.
Nos protestos contra o governador Sérgio Cabral, no Rio, os ninjas tiveram o triplocomo apostar no betbooaudiência e foram também protagonistas ─ dois deles foram detidos e soltos depois. Em frente à 9ª DP, no bairro do Catete, uma multidão se aglomerou aos gritoscomo apostar no betboo"Ei, polícia, solta a Mídia Ninja".
Com a rejeição dos manifestantes à mídia tradicional, muitas vezes acusadacomo apostar no betbooomitir o vigor dos protestos, os ninjas ganharam apoio e credibilidade junto aos participantes dos atos públicoscomo apostar no betbootodo o país.
Desde então, o grupo foi objetocomo apostar no betbooreportagens nos principais meioscomo apostar no betboocomunicação nacionais, nos jornais americanos New York Times e Wall Street Journal e no britânico The Guardian.
"A popularidade facilitou o nosso trabalho mais do que dificultou. Tem mais gente enchendo o saco, tem mais gente querendo sabotar e cada vez mais calúnias sobre nós. Mas a polícia agora nos trata como jornalistas e recebemos muito apoio e informaçãocomo apostar no betboogente que está nas ruas", diz Torturra.
A cobrança dos leitores, segundo o jornalista, também aumentou, assim como as críticas aos erros e aos posicionamentos do grupo. "Temos o nosso pontocomo apostar no betboovista claro, mas não somos tendenciosos. Acho que ter o pontocomo apostar no betboovista dos jornalistas claro é justamente o que torna a transmissão honesta", defende.
O novo site pretende reunir o conteúdo dos núcleoscomo apostar no betbooprodução jornalística ninja no país ─ o que incluiria textos, blogs, documentários, vídeos e reportagens com pontoscomo apostar no betboovista diversos. Mas Torturra admite que algum tipocomo apostar no betboocontrole será necessário.
"Vamos analisar se algo for muito agressivo, muito ofensivo ou muito fora do que a maioria acredita que é razoável ─ desde um materialcomo apostar no betboomá qualidade, mal apurado, até uma edição que não seja justa. Mas (a seleção do material) é (feita com base) na construçãocomo apostar no betbooum bom senso coletivo, nãocomo apostar no betboouma chefia que vai aplicar um manualcomo apostar no betbooredação."
Financiamento
A popularidade também aumentou os questionamentos sobre o financiamento das operações do grupo. A Mídia Ninja,como apostar no betbooacordo com Torturra, conta somente com parte dos recursos da rede Fora do Eixo e com o investimento voluntário dacomo apostar no betbooprópria equipe.
Em entrevista ao jornal Valor Econômico, o produtor cultural Pablo Capilé, um dos fundadores do Fora do Eixo, afirmou que a rede é autogestionada ─ arrecada dinheiro atravéscomo apostar no betbooeventos e atividades organizadas pelos coletivos e por editais ou licitações públicas. O dinheirocomo apostar no betbooeditais, no entanto, seria o equivalente a entre 3% e 7% do caixa.
"Não é dinheirocomo apostar no betboogoverno, nem dinheirocomo apostar no betboopartido. É política pública", defende Torturra. "Os recursos ajudam a financiar todas as atividades do Fora do Eixo nacionalmente, o que ajuda a Mídia Ninja a funcionar. Mas a Mídia Ninja nunca foi financiada por ninguém."
Em uma reportagem recente, o jornal O Globo afirmava que os "Ninjas querem verba oficial para sobreviver" e destacava postscomo apostar no betboomídias sociais que circulavam fotoscomo apostar no betbooCapilé com lideranças do PT. O produtor admitiu ter fotos com políticoscomo apostar no betboodiversos partidos nas redes sociais, mas negou qualquer influência partidária direta na produção da Mídia Ninja.
Senha compartilhada
Quase toda a equipe da Mídia Ninjacomo apostar no betbooSão Paulo vivecomo apostar no betboouma casa que pertence ao Fora do Eixo, para multiplicar os recursos disponíveis. "Eles (as pessoas que moram na casa) têm a senhacomo apostar no betbooum mesmo cartão (de crédito), mas esses gastos são controlados pelo Fora do Eixo. Isso pode ser usado para pagar a gasolina e a comidacomo apostar no betboopessoas que forem cobrir uma manifestação, mas não seria diferente se fossem produzir um show. Um orçamento específico da Mídia Ninja ainda não existe."
Na lógicacomo apostar no betboodivisão comunitária dos recursos, nenhum dos ninjas recebe salário. Para planejar a operação com um orçamento próprio, eles esperam contar com a ajuda do público, com campanhascomo apostar no betboofinanciamento coletivo pela internet. A primeira delas, que deve ser lançada nessa quarta-feira, deve arrecadar dinheiro para a compracomo apostar no betbooequipamentos para as equipes.
A depender da adesão à campanha, o grupo já pensacomo apostar no betboouma propostacomo apostar no betbooassinatura mensal do site, mas com valores baixos e sem restriçãocomo apostar no betbooconteúdo. "É uma espéciecomo apostar no betbooassinatura-apoio", explica Torturra.
Caso o plano dê certo ─ e caso os leitores manifestem com doações o mesmo apoio que mostraram nas ruas ─ será possível pensar na remuneração dos colaboradores fixos, segundo os ninjas.