Garotatelefone pixbet11 anos grávida do estuprador reacende debate sobre aborto no Chile:telefone pixbet

presidente do Chile, Sebastián Piñera (Reuters)
Legenda da foto, Piñera apoiou decisãotelefone pixbetmenina grávida que foi violada pelo padrasto

Apesar da disposição da vítima, o presidente do Colégio Médico do Chile (associação que reúne os cirurgiões do país), Enrique Paris, disse que a interrupção da gravideztelefone pixbetcasos assim é pertinente e que a lei precisa ser revista.

Para ele, o departamentotelefone pixbetÉtica do Colégio Médico tem uma posição clara ao defender que o aborto terapêutico deve ser legalizado no país "nos casostelefone pixbetque a vida da mãe estátelefone pixbetperigo e que o feto seja inviável, e no casotelefone pixbetviolação."

"Imaginem uma meninatelefone pixbet11 anos grávida. Ela corre risco, e o bebê pode nascer com deformações", afirmou.

Piñera

Durante um ato público, Piñera entrou no debate na última terça-feira e disse que a menina tinha “surpreendido a todos” ao dizer que estava decidida a ter o bebê.

“Ela surpreendeu a todos ao falar, com profundidade e maturidade, que, apesar da dor provocada pelo homem que a violou, quer ter e cuidar do seu bebê”, disse o presidente.

O discursotelefone pixbetPiñera e declaraçõestelefone pixbetmembrostelefone pixbetseu governo contrários a qualquer mudança na lei geraram manifestaçõestelefone pixbetapoio e ira nas redes sociais.

“Senhor presidente, uma meninatelefone pixbetonze anos não sabe o que quer e não tem maturidade para ficar com um bebê. Fico ofendido com um presidente que diz tamanha estupidez”, disse o usuário identificado como Ignácio Chehade Rivera, no mural do Facebook da rádio Cooperativa.

A porta-voz do governo, Cecília Pérez, descartou que a revisão da lei tenha respaldo da atual administração, cujo mandato terminatelefone pixbetmarçotelefone pixbet2014.

“Não estamostelefone pixbetacordo com nenhum tipotelefone pixbetaborto, sequer com o terapêutico (em casos específicos, como estupro, má formação do feto e perigo à mãe)”, disse Pérez.

A posição do governo foi endossada pela Igreja Católica. O presidente da Conferência Episcopal do Chile, Ricardo Ezzati, disse que a manutenção da gravidez da garota Belén “significa cuidar da vida”.

Autoridades locais chegaram a ir à Justiça, pedindo o que evolução da gravideztelefone pixbetBelén não seja noticiado pela imprensa. Mas setores da oposição disseram que pretendem levar a discussão adiante.

Herança da ditadura

A atual lei que proíbe todo tipotelefone pixbetaborto no Chile foi sancionadatelefone pixbet1989, nos últimos meses da ditaduratelefone pixbetAugusto Pinochet (1973-1990). Durante o regime militar, a interrupção da gravideztelefone pixbetcasos específicos era permitida.

Diante do caso, a ex-presidente Michelle Bachelet (2006-2010), candidata às próximas eleições presidenciais,telefone pixbetnovembro deste ano, defendeu que o direito aborto seja permitido no país.

“Acho que o aborto deve ser autorizado principalmente nos casostelefone pixbetviolação ou por questão médica, não importando a idade da pessoa. Mas no caso desta meninatelefone pixbetonze anos (o aborto) é ainda mais importante. Ela tem toda uma vida pela frente e deve ser protegida”, afirmou.

Durantetelefone pixbetpresidência, Bachelet promulgou a lei que permitia a pílula do dia seguinte - na época, o debate gerou forte polêmica no país.

“Que pena que essa menina não tenha tomado a pílula do dia seguinte”, disse Bachelet.

A ex-presidente também disse que não é possível negar o fatotelefone pixbetque muitas chilenas praticam o aborto, apesar da proibição.

“A realidade existe e não podemos fingir que o aborto não acontece no país. O problema é que ele é possível somente para quem pode escolher e pagar (por ele)”, disse Bachelet.