Garotajogo que paga dinheiro11 anos grávida do estuprador reacende debate sobre aborto no Chile:jogo que paga dinheiro
- Author, Marcia Carmo
- Role, De Buenos Aires para a BBC Brasil
jogo que paga dinheiro O casojogo que paga dinheirouma meninajogo que paga dinheiro11 anos que engravidou após ser estuprada pelo padrastro colocou o direito ao aborto no centro do debate político no Chile. A discussão ganhou força com as declarações do presidente Sebastián Piñera, cujo governo defende a legislaçãojogo que paga dinheirovigor, que proíbe todo tipojogo que paga dinheirointerrupção da gravidez.
A vítima, chamada Belén, vive no sul do país e está grávidajogo que paga dinheiropouco maisjogo que paga dinheirotrês meses. O drama da garota fez com que médicos e setores da oposição passassem a pedir a revisão da lei que proíbe a interrupção da gravidez.
Belén, porjogo que paga dinheirovez, disse que, apesar do graujogo que paga dinheiroviolência sofrido, quer manter a gestação.
"Para mim vai ser como uma boneca que vou amar muito apesarjogo que paga dinheiroser deste homem que me machucou tanto", disse a menina ao Canal 13jogo que paga dinheirotelevisão.
Apesar da disposição da vítima, o presidente do Colégio Médico do Chile (associação que reúne os cirurgiões do país), Enrique Paris, disse que a interrupção da gravidezjogo que paga dinheirocasos assim é pertinente e que a lei precisa ser revista.
Para ele, o departamentojogo que paga dinheiroÉtica do Colégio Médico tem uma posição clara ao defender que o aborto terapêutico deve ser legalizado no país "nos casosjogo que paga dinheiroque a vida da mãe estájogo que paga dinheiroperigo e que o feto seja inviável, e no casojogo que paga dinheiroviolação."
"Imaginem uma meninajogo que paga dinheiro11 anos grávida. Ela corre risco, e o bebê pode nascer com deformações", afirmou.
Piñera
Durante um ato público, Piñera entrou no debate na última terça-feira e disse que a menina tinha “surpreendido a todos” ao dizer que estava decidida a ter o bebê.
“Ela surpreendeu a todos ao falar, com profundidade e maturidade, que, apesar da dor provocada pelo homem que a violou, quer ter e cuidar do seu bebê”, disse o presidente.
O discursojogo que paga dinheiroPiñera e declaraçõesjogo que paga dinheiromembrosjogo que paga dinheiroseu governo contrários a qualquer mudança na lei geraram manifestaçõesjogo que paga dinheiroapoio e ira nas redes sociais.
“Senhor presidente, uma meninajogo que paga dinheiroonze anos não sabe o que quer e não tem maturidade para ficar com um bebê. Fico ofendido com um presidente que diz tamanha estupidez”, disse o usuário identificado como Ignácio Chehade Rivera, no mural do Facebook da rádio Cooperativa.
A porta-voz do governo, Cecília Pérez, descartou que a revisão da lei tenha respaldo da atual administração, cujo mandato terminajogo que paga dinheiromarçojogo que paga dinheiro2014.
“Não estamosjogo que paga dinheiroacordo com nenhum tipojogo que paga dinheiroaborto, sequer com o terapêutico (em casos específicos, como estupro, má formação do feto e perigo à mãe)”, disse Pérez.
A posição do governo foi endossada pela Igreja Católica. O presidente da Conferência Episcopal do Chile, Ricardo Ezzati, disse que a manutenção da gravidez da garota Belén “significa cuidar da vida”.
Autoridades locais chegaram a ir à Justiça, pedindo o que evolução da gravidezjogo que paga dinheiroBelén não seja noticiado pela imprensa. Mas setores da oposição disseram que pretendem levar a discussão adiante.
Herança da ditadura
A atual lei que proíbe todo tipojogo que paga dinheiroaborto no Chile foi sancionadajogo que paga dinheiro1989, nos últimos meses da ditadurajogo que paga dinheiroAugusto Pinochet (1973-1990). Durante o regime militar, a interrupção da gravidezjogo que paga dinheirocasos específicos era permitida.
Diante do caso, a ex-presidente Michelle Bachelet (2006-2010), candidata às próximas eleições presidenciais,jogo que paga dinheironovembro deste ano, defendeu que o direito aborto seja permitido no país.
“Acho que o aborto deve ser autorizado principalmente nos casosjogo que paga dinheiroviolação ou por questão médica, não importando a idade da pessoa. Mas no caso desta meninajogo que paga dinheiroonze anos (o aborto) é ainda mais importante. Ela tem toda uma vida pela frente e deve ser protegida”, afirmou.
Durantejogo que paga dinheiropresidência, Bachelet promulgou a lei que permitia a pílula do dia seguinte - na época, o debate gerou forte polêmica no país.
“Que pena que essa menina não tenha tomado a pílula do dia seguinte”, disse Bachelet.
A ex-presidente também disse que não é possível negar o fatojogo que paga dinheiroque muitas chilenas praticam o aborto, apesar da proibição.
“A realidade existe e não podemos fingir que o aborto não acontece no país. O problema é que ele é possível somente para quem pode escolher e pagar (por ele)”, disse Bachelet.