‘É muito difícil saber que o filho naregras de apostas esportivasbarriga vai morrer’:regras de apostas esportivas

AFP
Legenda da foto, Anencefalia é detectadaregras de apostas esportivasultrassom detalhado

Elisa é uma das gestantesregras de apostas esportivasbebês anencéfalos que, desde o ano passado, têm o direitoregras de apostas esportivasinterromper a gravidez, por decisão do Supremo Tribunal Federal.

Depoisregras de apostas esportivaster o procedimento negado no hospital mais pertoregras de apostas esportivassua casa, a 680 kmregras de apostas esportivasRecife, Elisa realizou o procedimento na capital pernambucana.

"Nas capitais do Nordeste, a mudança é grande (desde a decisão do STF)", diz Olímpio Moraes, ginecologista que atendeu Elisaregras de apostas esportivasRecife, no mês passado. "Mas, no interior, há desconhecimento das mulheres, e muitos profissionais não dão informações."

Elisa disse que tinha ouvido falar da decisão do Supremo, mas só soube mais ao fazer buscas na internet e recorrer a uma prima enfermeira, que a acompanhou durante o tratamentoregras de apostas esportivasRecife.

"Acho que, se não tivesse (tido a ajuda), teria continuado (a gravidez), ia ser ainda mais doloroso. Quem não tem informação vai sofrer mais."

A perda ainda é sentida, mas Elisa diz que, mais para frente, pretende retomar o sonhoregras de apostas esportivasampliar a família.

"A dor da perda veio mesmo oito dias depois (do aborto), quando vi meu bebê sendo enterrado. Agora fiquei bem (de saúde), mas é um fardo doloroso."

Dor física e psicológica

Até um ano atrás, mulheres como Elisa só podiam interromper a gestação com autorizaçãoregras de apostas esportivasum juiz.

Em São Paulo, a primeira a obter essa autorização foi Cátia Correa,regras de apostas esportivas1993. Ela descobriu a anencefaliaregras de apostas esportivasum ultrassomregras de apostas esportivasrotina e carregou o bebê até quase oito mesesregras de apostas esportivasgestação.

"Por mim, queria ir ao hospital na hora (e terminar a gravidez). Era muita dor física e psicológica", diz à BBC Brasil. "Não gostava nemregras de apostas esportivassairregras de apostas esportivascasa, porque as pessoas ficavam dizendo: 'que barriga bonita! Quando nasce o bebê?'."

Hoje aos 43 anos, e mãeregras de apostas esportivasquatro filhos adotivos após outras gestações malsucedidas, Cátia ainda sofre ao chegar pertoregras de apostas esportivascrianças recém-nascidas.

Cátia se diz religiosa e contra o aborto, mas comemorou a decisão do Supremo.

"O caso (da anencefalia) é especial. Você vê seu corpo mudando, mas não pode fazer o enxoval do bebê. Na época (em que interrompi a gravidez) fui muito questionada, era dorregras de apostas esportivascimaregras de apostas esportivasdor. Eu tive que brigar para ter esse direito, é ruim. Acho que cada uma tem o direito (de decidir) sim ou não."

'Falsa solução'

Mas na opiniãoregras de apostas esportivasLenise Garcia, membro da comissãoregras de apostas esportivasbioética da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), o aborto é uma "falsa solução".

"(A gravidez) foi um fato na vida dela que não há como apagar. Abortar não vai resolver seu sofrimento."

Questionada ao respeito do direitoregras de apostas esportivasescolha da mulher, ela diz que "o direito da criança está à frente". "E não é uma escolha definitiva. É tomadaregras de apostas esportivasum momentoregras de apostas esportivaspressão. Não achamos que seja uma solução."