Repressão na Turquia se intensifica sem sinalesc 2024 bwinconciliação:esc 2024 bwin
Eu assisti aos caminhões das emissorasesc 2024 bwinTV sendo incendiados, levantando uma fumaça preta que se fundia com a nuvemesc 2024 bwingás lacrimogêno.
Sem dar ouvidos
O que começou como um protestoesc 2024 bwinambientalistas contrários à construçãoesc 2024 bwinum shopping center onde atualmente está o Parque Gezi acabou ganhando proporções muito maiores: um confronto levado adiante por um grupo lutando por mais liberdade na Turquia e pela preservação do Estado laico no país.
Para eles, o governo vem mostrando uma agenda autoritária e neo-islâmica: com o maior númeroesc 2024 bwinjornalistas presos no mundo, restrições à vendaesc 2024 bwinálcool e grandes projetosesc 2024 bwinobras com prioridade sobre direitos humanos.
"Isto não é uma Primavera Árabe", disse a manifestante Melis Behlil.
"Nós temos eleições livres aqui. Mas o problema é que a pessoa que foi eleita não nos dá ouvidos", acrescenta.
Ela me disse que estava no Parque Gezi desde a manhã e que os policiais lançaram gás lacrimogêneo para dentro da área onde ela se encontrava. "Uma bomba (de gás) foi atirada contra a cabeçaesc 2024 bwinum colega. Por sorte, ele estava usando um capacete, que foi partido ao meio", disse.
E o que dizer sobre o timing da operação das forçasesc 2024 bwinsegurança?
A ofensiva para retomar a praça chega um dia antes da dataesc 2024 bwinque o primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, supostamente manteria conversações com os manifestantes – uma chance para um potencial diálogo que parece cada vez mais distante.
Apoio no Parlamento
Se a situação no país é extremamente volátil, a posição do premiê tem-se mantido constante. Desde o início da crise ele vem classificando os manifestantesesc 2024 bwin"vândalos" e "terroristas".
Na terça-feira, ele disse ao Parlamento que o movimento era uma conspiração internacional contra a Turquia para desestabilizaresc 2024 bwineconomia.
Ele atacou a imprensa internacional por lançar "ataques" contra o país e alertou os manifestantesesc 2024 bwinque eles são apenas reféns dentroesc 2024 bwinum jogo muito maior. "Não mostraremos mais tolerância", disse.
Erdogan ainda conta com vasto apoio no país. Embora o movimentoesc 2024 bwinprotesto tenha ganhado as manchetes, outro lado da Turquia ainda existe, e a baseesc 2024 bwinapoio do primeiro-ministro, conservadora e religiosa, ainda se mantém.
Eles apoiam um premiê que venceu três eleições, que aumentou consideravelmente o prestígio internacional da Turquia, que deu início às conversasesc 2024 bwiningresso na União Europeia e lançou um processoesc 2024 bwinpaz com a minoria curda.
Ele exaltou suas tropas nos últimos dias e planeja grandes marchasesc 2024 bwinIstambul e Ancara neste fimesc 2024 bwinsemana.
O medo é que conforme os dois lados do conflito fechem o cerco um contra o outro, a divisão no país aumente, levando a uma paralisia.
Maioria pacífica
"Se ele quiser construiresc 2024 bwincima deste parque, ele vai ter que colocar cimento por cimaesc 2024 bwinnossas cabeças", disse Mert Ustas, um jovem manifestante.
O primeiro-ministro pediu aos manifestantes para que mostrem suas insatisfações nas urnas nas próximas eleições municipais e presidencias turcas, marcadas para o ano que vem.
Mas ele sabe que muito antes disso terá que conter a revolta e lançar um processoesc 2024 bwinreconciliação.
Os confrontos continuam com o cair da noite, mas os manifestantes mais violentos são uma minoria dentroesc 2024 bwinum movimento social pacífico.
Passei dias na Praça Taksim e no Parque Gezi e a maioria das pessoas que conheci eram jovens turcosesc 2024 bwinesquerdaesc 2024 bwinuma atmosfera festiva.
A Turquia estáesc 2024 bwincrise profunda, sem certeza do que está adiante do caminho. Uma grande parte da população sente-se alienada do governo e não será ameaçada por gás lacrimogêneo.
Uma das principais democracias muçulmanas do mundo entra agoraesc 2024 bwináguas cada vez mais perigosas, e até o momento, não há sinalesc 2024 bwinconciliação.