Dilma diz ser contra combate à inflação que sacrifique crescimento:luva bet.m
luva bet.m Um dia antes da divulgaçãoluva bet.mum relatório trimestral do Banco Central que fala sobre as perspectivas para a inflação no ano, a presidente Dilma Rousseff disse nesta quarta-feira que não apoia políticasluva bet.mcontrole inflacionário que sacrifiquem o crescimento.
"Eu não concordo com políticasluva bet.mcombate à inflação que 'olhem' a questão do crescimento econômico, até porque temos uma contraprova dada pela realidade: tivemos um baixo crescimento no ano passado e um aumento da inflação, porque houve um choqueluva bet.moferta devido à crise e fatores externos", disse.
A presidente fez a declaraçãoluva bet.mDurban, na África do Sul, onde participa da cúpula anual dos Brics, grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
O governo Dilma está vivendo hoje uma encruzilhada financeira. Por um lado, precisa adotar medidas para retomar o crescimento do país, que no ano passado foiluva bet.mapenas 0,9%. Do outro, temluva bet.mmanter a inflação sobre controle.
Para alguns economistas, a adoçãoluva bet.mpolíticas fiscais e monetárias expansionistas por parte do governo, especialmente após a crise financeiraluva bet.m2008, ajudaram a turbinar a inflação.
Entre as medidas, estão, por exemplo, a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para automóveis e da taxa básicaluva bet.mjuros, a Selic, como formaluva bet.mestimular o consumo e impulsionar a retomada do crescimento.
Dilma, porém, rebateu a críticaluva bet.mque um menor crescimento amortizaria a escalada inflacionária.
"Esse receituário que quer matar o doente antesluva bet.mcurar a doença é complicado. Eu vou acabar com o crescimento do país? Isso daí está datado. É uma política superada."
Atualmente, a expectativa das instituições financeiras é que a inflação medida pelo Índice Nacionalluva bet.mPreços ao Consumidor Amplo (IPCA) fique por voltaluva bet.m5,71% este ano, longe do centro da meta inflacionária estabelecida pelo BC,luva bet.m4,5%.
Pressão
Dilma falou sobre a política inflacionária do paísluva bet.mum momentoluva bet.mque o governo é pressionado pelos mercados para adotar políticas mais firmesluva bet.mrelação à inflação - possivelmente com uma alta dos juros.
Na última segunda-feira, a projeção para a Selic do fim do ano subiu pela terceira semana seguida,luva bet.m8,25% para 8,5%.
Atualmente, a taxa básicaluva bet.mjuros está a 7,25% ao ano.
Por outro lado, Dilma garantiu que o governo está "atento" e que acompanha a inflação com cuidado, mas disse não acreditar que a altaluva bet.mpreços esteja descontrolada.
"Não achamos que a inflação está fora do controle. Pelo contrário, achamos que ela está controlada e o que há são alterações e flutuações conjunturais", defendeu a presidente.
Para ela, tais "flutuações" hoje estariam ligadas ao aumento dos preços das commodities. "Não tem nada que nós possamos fazer internamente, a não ser expandir a nossa produção, para conter o aumento dos preços das commodities derivado da quebraluva bet.msafra nos Estados Unidos."
Economistas, no entanto, discordam dessa visão e apontam que a existêncialuva bet.mgargalos estruturais na economia brasileira acaba favorecendo a subida dos preços.
Segundo Dilma, o governo está tomando uma sérieluva bet.mmedidas para conter a altaluva bet.mpreços no médio e longo prazo. Uma delas seria o aumento do investimentoluva bet.meducação e qualificação profissional dos trabalhadores.
"O que vai baixar o custo do trabalho vai ser, primeiro, o aumento da produtividade através da ampliação da capacitação, e nós estamos fazendo junto com o setor privado um grande programaluva bet.mformação profissional", disse Dilma.
Como uma segunda medida anti-inflação, a presidente mencionou a desoneração da folhaluva bet.mpagamentos, que também diminuiria a pressão sobre os custosluva bet.mtrabalho.
"A desoneração começou com poucos setores. Agora, todos querem aderir - ou a grande maioria dos setores", disse Dilma. "Temos 42 (setores desonerados), vamos para 44 e já previmos desoneração para 2015."